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FIB 2023

Atrações durante o Festival de Bonito vão ter recursos de acessibilidade

Os recursos que estão disponíveis para o público durante o Festival são: a audiodescrição e libras

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O acesso à cultura a pessoas com deficiência está garantido no XXII Festival de Inverno de Bonito. Diversas atrações, desde os shows principais, contação de histórias, demais ações na área de literatura, apresentações de dança, teatro e circo e gastronomia vão oferecer recursos acessíveis com o intuito de atender a todos os públicos e sensibilizar os participantes do evento para a importância da acessibilidade.

Os recursos que estão disponíveis para o público durante o Festival são: a audiodescrição e libras. A audiodescrição é um tipo de acessibilidade comunicacional que possibilita às pessoas com deficiência ver as imagens por meio das palavras e está prevista em lei. Por meio da narração, ela dá elementos para que estes usuários especiais consigam construir imagens mentais acerca de suas vivências.

A Língua Brasileira de Sinais visa promover a acessibilidade comunicacional para pessoas com deficiência auditiva e foi reconhecida como meio legal de comunicação e expressão pela Lei 10.436/2002. A língua de sinais também é conhecida como língua gestual, pois utiliza as mãos e os dedos, em substituição à língua, para se comunicar. É por meio dela que as pessoas surdas, ou com deficiência auditiva, se comunicam entre si e com o mundo.

Para a coordenadora de acessibilidade do Festival, especialista em acessibilidade cultural e audiodescritora, Ivone dos Santos, promover acessibilidade num Festival como o de Bonito é de suma importância para as pessoas que precisam de acesso tanto físico como comunicacional, que é o caso de Libras e de Audiodescrição. “É um direito que as pessoas com deficiência, as pessoas idosas que precisam de acesso para participar como qualquer pessoa. A acessibilidade é para todas as pessoas, independentemente de você ter algum tipo de deficiência ou não. Atualmente ela está muito focada nas pessoas com deficiência ou nas pessoas com mobilidade reduzida, no caso de idosos ou de alguém que sofreu algum acidente, e é temporário, pais que andam com carrinhos de bebê. Então, ela se expande não só para pessoas com deficiência mas também para outras pessoas que estão necessitando naquele momento”.

Ivone enfatiza que a acessibilidade não é somente física. “Existe acessibilidade comunicacional. Uma pessoa que é surda precisa do intérprete de Libras para ela poder ter acesso ao que está sendo produzido como uma música, uma palestra, uma oficina. É importante que tenha Libras para essas pessoas poderem estar presentes e participar como qualquer outro cidadão”.

A coordenadora explica que a audiodescrição é um recurso que está disponível não apenas para deficientes visuais, mas para pessoas em outras situações. “No caso das pessoas com deficiência visual, a audiodescrição é de fundamental importância para as pessoas terem acesso às imagens, à comunicação visual. E não é só para as pessoas com deficiência visual a audiodescrição. Pesquisas têm demonstrado que ela favorece tanto pessoas com deficiência visual, como pessoas idosas, pessoas que não têm muita literacia, pessoas que se encontram de qualquer maneira num estado em que ela não está compreendendo muito bem o que está acontecendo de maneira visual e também pessoas com deficiência intelectual”.

Felipe de Jesus Sampaio, intérprete de Libras, responsável pela tradução em Libras do Festival de Inverno de Bonito 2023, está feliz em participar novamente do Festival. “A gente já teve essa experiência no Festival do ano passado, em que eu também fui responsável pela demarcação das ações e os shows. A gente tem a empresa Comunique Acessibilidade, que é a empresa que está prestando serviços ao Festival. A área cultural é uma área que me encanta muito, a gente está cada vez procurando mais saber e entender e estou muito feliz em realizar novamente o Festival na parte inclusiva”.

Felipe diz que durante a seleção que foi feita da parte da programação que teria tradução em Libras, o principal critério foi a programação mais cultural do Festival. “A seleção que a gente fez foi pensar mais no lado mais cultural, não desviar das palestras, dos eventos, mas a gente queria trazer a acessibilidade para um lado mais cultural, porque geralmente a comunidade surda de Bonito não tem tanto acesso a esse tipo de arte, a espetáculos de teatro, de circo, então as ações são mais voltadas para este tema, junto com a literatura também, que é uma área que a comunidade surda tem uma ligação cultural. Os shows principais, os shows do CMU a gente vai fazer acessibilidade, vamos organizar o espaço, o local onde a comunidade surda e as pessoas com deficiência de um modo geral vão poder ficar, espero que que seja um evento inclusivo e espero que seja o momento muito legal”.

A novidade deste ano é um grupo de whatsapp que será criado com a comunidade surda de Bonito para acompanhar a programação do Festival. “Nós vamos criar um grupo por whatsapp onde vai ser divulgada a programação com acessibilidade para a comunidade surda de Bonito. Como eu trabalhei na Feira Literária de Bonito agora no mês de julho, que eu tive um contato enorme com a comunidade surda, nós vamos fazer este grupo no whatsapp onde nós vamos mandar todas as informações em vídeo para o pessoal”, finaliza Felipe.

Construído de forma transversal, envolvendo diversas pastas da gestão estadual e ouvindo a sociedade, o XXII FIB acontecerá de 23 a 27 de agosto com realização do Governo de MS, Fundação de Cultura, Sesc MS e Prefeitura de Bonito.

Mais informações sobre o Festival de Inverno de Bonito estão disponíveis nos sites https://www.festivaldeinvernodebonito.ms.gov.br/ e https://agenciadenoticias.ms.gov.br/

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

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FIB 2023

Ação sustentável do FIB 2023 preserva 3,2 milhões de litros de água e coleta 1 tonelada de recicláveis

Os recicláveis coletados praticamente somaram uma tonelada – incluem-se aí 968,29 quilogramas de papel, plástico, vidro e lata – durante os cinco dias de Festival de Inverno de Bonito 2023.

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Com um bom e velho sertanejo romântico ecoando a partir do porta-malas do carro, aberto, Gabriel dos Santos, com seus 19 anos, leva a vida como coletor de recicláveis. Acostumado ao trabalho da madrugada, quase passa despercebido o quão importante é sua atividade. Ao fim de show, começa o serviço, que ainda vai noite à dentro, até o amanhecer. Pode não parecer, mas o trabalho de Gabriel é essencial para que a sustentabilidade seja efetiva, na prática.

Os recicláveis coletados praticamente somaram uma tonelada – incluem-se aí 968,29 quilogramas de papel, plástico, vidro e lata – durante os cinco dias de Festival de Inverno de Bonito 2023. Já a coleta de materiais orgânicos somou 32 kg, enquanto o óleo usado totalizou 132 kg, ou seja 3 milhões e 200 mil litros de água foram preservados.

As mãos de Gabriel foram duas de muitas que fizeram tais números serem alcançados. O lixo vale dinheiro, coletá-lo gera renda e preserva o meio ambiente. “Normalmente fazemos a coleta no aterro e levamos para a empresa, onde prensamos o material e fazemos os fardos levados para Campo Grande”, explica o coletor sobre o seu dia a dia de trabalho.

“Já estou acostumado a trabalhar de madrugada, levanto 3h e vou até 11h. Volto às 13h e só paro 18h. Com o festival entrei mais cedo, logo após os shows. É uma oportunidade que facilita o nosso trabalho. A gente ajuda o festival e o festival ajuda a gente. É geração de renda”, destaca Gabriel, que largou o desejo de ser jogador de futebol para ser coletor junto a mãe e aproximadamente mais 10 pessoas vinculadas a uma pequena empresa local, de sua família.

Tal empresa foi uma das colaboradoras do festival, que teve em seu cerne a sustentabilidade – desde estruturas inteiras feitas de bambu, substituindo metais e plásticos, até detalhes de decoração dos palcos e outros espaços. A parceria aconteceu através do trabalho da gestora das ações referentes a coleta e destinação do lixo descartado na área do festival.

“Quando você dá ferramentas para a população, ela abraça”, frisa a gestora Ana Franzoloso, que com a Du Bem estimula mais que preservar: ela mostra que o empreendedorismo sustentável é viável e que é importante desenvolver ações nessa linha no trabalho, em casa e no lazer.

Apenas na Praça da Liberdade, coração do festival, foram 35 grandes recipientes espalhados por diversos pontos. Outros seis ficaram no CMU (Centro de Multiplo Uso) e, por fim, quatro no Palco das Águas, onde os principais shows aconteceram entre quarta-feira (23) e domingo (27). Houve ainda um biodigestor instalado na Praça da Liberdade.

“Tendo essas ferramentas disponíveis as pessoas fazem o descarte correto. Quando elas não tem, jogam em qualquer lugar”, explica Ana ao falar do trabalho que passa pela conscientização, coleta, separação, preparação, prensa, transporte e destinação dos materiais, que muitas vezes se trata da comercialização para reciclagem ou transformação em novos itens.

Aprovação do público

Quem visitou Bonito na semana passada além de aproveitar o Festival de Inverno pode percebeu claramente os efeitos das ações de sustentabilidade, partindo desde a organização até de expositores que ali estavam – um desses exemplos foi a área erguida pelos Pirilampos do Planeta, um trabalho envolve quase 100 catadores no Rio de Janeiro (RJ).

“O Festival está lindo e gostei de tudo que vi até agora. Tenho que destacar para você também a limpeza. Olha, passei agora a pouco aqui ao lado e vi eles limpando tudo. Está uma beleza, tudo bem conservado”, comenta a professora aposentada e advogada Rejane Sichinel. “Temos que fazer essas ações de sustentabilidade, coletando e destinando corretamente o lixo, pois só assim vamos conseguir preservar o meio ambiente, ainda mais em Bonito”, finaliza.

Adriane Gomes também elogiou o trabalho sustentável feito no Festival. “Logo que acabou o show, vi uma equipe fazendo a coleta dos resíduos. Não teve tanta coisa jogada no chão como em outros tempos, mas muitas lixeiras espalhadas. Isso é bom”, diz a campo-grandense.

Ana Franzoloso explica que cerca de 25 pessoas estiveram envolvidos em todos os processos do trabalho, desde a estratégia traçada por sua empresa até os catadores parceiros – houve ainda catadores conhecidos na região, informais, que aproveitaram o momento para angariar uma renda extra. A presença de pessoas da região nesse processo de coleta foi pensada por Ana justamente para fazer a roda girar localmente, ao invés de “importar” soluções.

“A limpeza convencional quem faz é a prefeitura, mas essa de recicláveis é conosco. Pode perceber que procuramos evitar nesse festival o vidro, sendo mais vendido produtos de latinha. Isso acontece pois o vidro hoje é um grande problema do meio ambiente, não tem tanta reciclagem, enquanto a latinha já fecha um ciclo completo, tem um amplo mercado. Então o vidro atualmente corresponde a cerca de 10% do material apenas”, explica.

Todo o trabalho se concentrou na Praça da Liberdade, CMU (Centro de Multiplo Uso) e no Palco das Águas, onde as atrações principais se apresentaram diariamente. Na praça, a tenda Bonito é Reciclar e Preservar foi mantida pela Du Bem, com ações mostrando como funciona toda a logística reversa, o descarte e transformação dos produtos.

“Tem material que é transformado em sacos de lixo, outra parte é transformada em mangueiras para atender indústrias de Mato Grosso do Sul. Fora isso, mostramos como é feito o aproveitamento de peças, que há uso também de tecidos novos que sobram. Temos um pouco de arte, cultura e educação. E também o biodigestor que gera gás de cozinha a partir de restos de comida, cascas, virando compostagem”, conclui Franzoloso.

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

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FIB 2023

Plural, Festival de Inverno de Bonito recebe 100 mil pessoas em cinco dias

Entre os shows, Paulinho Moska e Maria Gadú, Fafá de Belém, Iza, Emicida, Trio Parada Dura e Emicida. O slogan deste ano foi “onde a arte inspira a natureza respira”.

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Muito além dos shows musicais, o FIB (Festival de Inverno de Bonito) 2023 teve um pouco de tudo: teatro, dança, cinema, oficinas, grafite, contação de histórias/literatura, gastronomia, artesanato, circo, economia criativa, esportes, programação infantil, inclusão, tecnologia e sustentabilidade.

Durante cinco dias (de 23 a 27 de agosto), a cidade de 23.659 habitantes (IBGE 2022) viu o número de pessoas se multiplicar: aproximadamente 100 mil prestigiaram as atrações, espalhadas por toda a cidade, inclusive na periferia e em escolas públicas (https://www.festivaldeinvernodebonito.ms.gov.br/festival-de-bonito-leva-o-carinho-da-contacao-de-historias-para-escola-da-periferia-da-cidade/).

Pessoas de todos os lugares vieram a um dos destinos mais prestigiados do Brasil aproveitar o Festival e visitar as belezas naturais (https://www.festivaldeinvernodebonito.ms.gov.br/turistas-estrangeiros-prestigiam-belezas-naturais-e-atividades-culturais-no-festival-de-bonito-2023/). Hotéis e pousadas trabalharam com lotação máxima.

Entre os shows, Paulinho Moska e Maria Gadú, Fafá de Belém, Iza, Emicida, Trio Parada Dura e Emicida. O slogan deste ano foi “onde a arte inspira a natureza respira”.

Novidades

Uma das novidades deste ano foi o Festival Bonitinho, que promoveu a participação das famílias por meio de uma programação voltada para as crianças, como Palavra Cantada (https://www.festivaldeinvernodebonito.ms.gov.br/palavra-cantada-traz-alegria-ao-publico-de-todas-as-idades-com-cancoes-que-remetem-a-realidade-das-criancas/) e Mundo Bita (https://www.festivaldeinvernodebonito.ms.gov.br/festival-de-inverno-de-bonito-combina-diversao-infantil-do-mundo-bita-e-cultura-refinada-da-danca-contemporanea/).

Inclusão

Outro foco do FIB 2023 foi a inclusão, com um espaço dedicado exclusivamente a pessoas com deficiência em frente ao palco e Libras (Língua Brasileira de Sinais) durante as apresentações (https://www.festivaldeinvernodebonito.ms.gov.br/festival-de-inverno-de-bonito-promove-inclusao-por-meio-de-atracoes-com-acessibilidade/).

 

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

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FIB 2023

Festival de Inverno de Bonito promove inclusão por meio de atrações com acessibilidade

Sobre o espaço à frente do palco dos grandes shows destinados às pessoas com deficiência, Danieli diz ser uma ação muito importante, pois proporciona que eles tenham mais visibilidade

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O acesso à cultura a pessoas com deficiência esteve garantido no Festival de Inverno de Bonito 2023. Diversas atrações, desde os shows principais, contação de histórias, demais ações na área de literatura, apresentações de dança, teatro e circo e gastronomia ofereceram recursos acessíveis em Libras e audiodescrição com o intuito de atender a todos os públicos e sensibilizar os participantes do evento para a importância da acessibilidade.

A coordenadora de acessibilidade do Festival, especialista em acessibilidade cultural e audiodescritora Ivone Angela dos Santos, afirmou que a cada Festival há a necessidade de se ampliar as ações com acessibilidade para a população. “A cada edição do Festival precisamos ampliar mais, oferecer mais ações com acessibilidade para que se chegue a 100%, tudo acessível. Houve uma participação boa das pessoas com deficiência, de idosos, em algumas contações de histórias, nos shows apareceram muitas pessoas e elas se divertiram bastante”.

“Eu conversei com os pais e eles falaram da importância de continuar tendo essas ações e mais ações que atendam pessoas com deficiência. É importante eles trazerem os filhos para participar. Eles têm o direito de participar como qualquer outra pessoa. A gente precisa ampliar as ações para que eles possam participar de tudo. Estamos progredindo. Em 2016, a gente iniciou e agora em 2023 a gente continua”, acrescentou.

Felipe de Jesus Sampaio, intérprete, responsável pela tradução em Libras (Língua Brasileira de Sinais) do Festival de Inverno de Bonito 2023, diz que houve um avanço nesta área considerando o Festival do ano passado. “Tivemos um primeiro contato com a comunidade surda de Bonito mais diretamente por meio da Feira Literária de Bonito. Agora foi uma efetivação do que a gente estava criando. Criamos um grupo de Whatsapp com a comunidade surda e fomos trazendo todos os dias a programação do Festival. Tivemos uma troca muito boa dentro do grupo, falando quais os horários que eles iam para a praça, fazendo essa troca”.

“O grupo de Whatsapp com a comunidade surda de Bonito foi uma ideia que efetivou muito bem a comunicação. Todo dia eu mandei a programação com acessibilidade, qual era a programação do dia que ia ter intérprete, qual o local, e eles perguntavam para nós, para mim e para a outra intérprete, a Larissa, onde era o local. É legal que eles conversavam entre si. O grupo é temporário, foi criado para o Festival, e foi o momento mais importante de comunicação daqui, diretamente com a comunidade surda de Bonito”.

Felipe fala que o espaço de acessibilidade que foi oferecido à frente do palco nos grandes shows no Festival deste ano foi muito importante. “A área reservada para pessoas com deficiência proporcionou um contato direto das pessoas com os intérpretes de Libras também. O dia que teve mais pessoas foi no show da Iza, com um público de 11 pessoas surdas, foi bem interessante no sentido de efetivar mesmo o que a gente estava programando”.

“As pessoas precisam ter acesso às informações, então os intérpretes de Libras vêm como esse meio de comunicação de realmente trazer a informações. Somos intérpretes que entendem da cultura. Teatro, circo, rodas de conversa, temas que são importantes a gente tem o domínio para a gente poder passar”, afirma Felipe.

Laryssa Durigon, intérprete de Libras há dois anos, participou do Festival de Inverno de Bonito do ano passado. Para ela, acessibilidade é essencial, precisa acontecer em todos os lugares. “Ser mediador dessa comunicação, das expressões, dos sentimentos, dos shows é importantíssimo. Eu consigo sentir que nesse Festival a gente está muito mais próximo da comunidade surda, porque no ano passado a gente não tinha tanto conhecimento de quem eram as pessoas da comunidade surda, e este ano a gente está muito mais próximo, a gente conhece mais, então a gente vê a importância das Libras”.

Danieli Vergutz é intérprete de Libras há dez anos e também participou do Festival do ano passado. Ela diz que a participação da comunidade surda este ano foi muito grande. “A gente viu de fato uma participação da comunidade surda este ano, eles estavam muito mais interessados até por conta deste contato que eles já fizeram que veio da Feira Literária, e foi muito mais divulgada a questão da acessibilidade, a comunidade surda está ciente da programação que é acessível para eles poderem participar. A gente viu bastante a participação deles este ano”.

Espaço garantido

Sobre o espaço à frente do palco dos grandes shows destinados às pessoas com deficiência, Danieli diz ser uma ação muito importante, pois proporciona que eles tenham mais visibilidade. “A comunicação do surdo se dá no campo visual. Logo, eles precisam ter mais essa aproximação para que eles consigam, de fato, ter a compreensão do que está acontecendo no palco. E para a pessoa com deficiência, com mobilidade reduzida também, é muito importante neste sentido porque a gente sabe das dificuldades que eles já encontram no dia a dia. Enfim, isso veio com certeza para somar, esse espaço, para que eles poderem ter mais este acesso”.

Maurício Loubet, intérprete de Libras, afirma que é fundamental a participação dos intérpretes de Libras para que o conhecimento alcance acesso também à Cultura Surda. Cada interpretação é um momento único, pois existem diversos contextos e comunidades linguísticas. Ontem (26), por exemplo, foi magnífico poder interpretar em Libras questões da cultura e língua Guarani.

Maurício observa que não só a comunidade surda presta atenção na tradução em Libras das atrações do Festival, mas também todo o público. “Quando sinalizamos, não são apenas os surdos que admiram os Sinais em Libras, os ouvintes também se fascinam. Há toda uma ‘incorporação’, ‘manifestação’ quando estamos interpretando. Se a história tem o boi como protagonista, naquele momento eu sou o boi! O meu corpo assume o comportamento de um boi. Se estou interpretando uma história que envolve a caça indígena, naquele instante, eu assumo o papel de indígena ou, se preferirem, membro de povo/grupo originário. Quando estou sinalizando acho uma incrível experiência, pois eu esqueço do mundo externo, esqueço até das dores internas (dor de cabeça, na coluna por exemplo), pois fico compenetrado no universo oral auditivo para transmitir todo enunciado para o mundo espaço-visual”, finaliza Maurício.

Confira as fotos: https://www.festivaldeinvernodebonito.ms.gov.br/acessibilidade/

 

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

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