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No coração do Pantanal, Agraer leva serviços básicos de Ater ao Povo Guató

Pela Seaf, também participaram da expedição os servidores Aparecida Lemos, Antônio Carlos Corrêa e Dionedison Terena.

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Durante praticamente uma semana de trabalho incansável, de 24 a 30 de abril, a equipe da Agraer navegou pelo rio Paraguai e aportou na Ilha Ínsua, na região da Serra do Amolar, no Pantanal. Com todo o suporte da Marinha do Brasil, o grupo formado pelos quatro servidores – Yaiza Baís (assistente social), Francimar Perez (engenheira agrônoma), Gildete Lima (socióloga) e Flávia Leal (veterinária) estiveram em contato direto com a comunidade Guató, levando assistência técnica e buscando compreender demandas específicas em torno da agricultura familiar.

“Pelo difícil acesso até essa região o trabalho da Marinha do Brasil é imprescindível. Aqui, podemos trocar saberes com o Povo Guató, ouvir suas demandas para que possamos levar aos nossos gestores”, explicou a servidora da Agraer, Yaiza Baís que vê na expedição a oportunidade de “democratizar o acesso às políticas públicas de agricultura familiar como o PAA Indígena e o Proacinq que foram criados para os povos indígenas”.

Para dona Catarina Guató, que sabe as maravilhas de viver no coração do Pantanal e ao mesmo tempo os desafios de acesso impostos pela própria natureza, a expedição foi tão essencial que ela deseja que sejam feitas outras mais. “Ter uma expedição dos Povos Guatós é muito importante porque não é fácil uma viagem até a cidade. Ter os serviços na porta de casa facilita a vida na aldeia. Muita coisa a gente tem conhecimento com o grupo da expedição. Meu desejo é que vocês venham outras vezes, que tenha mais e mais serviços assim por aqui. Algo que me deixa muito feliz”, avaliou a indígena Catarina.

A viagem vem sendo preparada desde o início do ano. Após dois dias de viagem pelo Rio Paraguai, o grupo aportou na sexta-feira (26), na comunidade tradicional de etnia Guató, localizada cerca de 340 km da área urbana de Corumbá, a ação contou com a colaboração de diversas instituições parceiras. Ao todo, estão sendo oferecidos mais de 30 tipos diferentes de serviços aos indígenas.

Dentro deste pacote estão os atendimentos na agricultura familiar executados pelo Governo do Estado, por meio da Agraer e da Seaf – Secretaria Executiva de Agricultura Familiar, dos Povos Originários e Comunidades Tradicionais – da Semadesc. “Aqui, nosso papel é informar sobre os serviços básicos de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER), destacando políticas públicas voltadas aos povos originários, como o Programa de Apoio às Comunidades Indígenas e Quilombolas de Mato Grosso do Sul [Proacinq] e o Programa de Aquisição de Alimentos Indígena”, reforçou Francimar Perez, da Agraer.

Em todo Mato Grosso do Sul, o programa dispõe de R$ 5 milhões para comprar a produção de agricultores indígenas que vivem em 32 municípios. Cada produtor pode vender o montante equivalente a R$ 15 mil ao ano em produtos variados, como hortaliças, frutas, até mesmo queijo, frango, leite e ovos caipira.

“Esta expedição é mais do que uma simples jornada técnica; é uma missão de identificação das necessidades da agricultura familiar para os povos originários. Muitas vezes, essas comunidades enfrentam dificuldades de acesso devido ao isolamento geográfico, e é nosso compromisso garantir que recebam o apoio necessário para prosperar e desenvolver suas atividades agrícolas de forma sustentável”, pontuou o secretário-executivo da Seaf, Humberto Melo.

Pela Seaf, também participaram da expedição os servidores Aparecida Lemos, Antônio Carlos Corrêa e Dionedison Terena.

Os Guató

Considerado o povo do Pantanal por excelência, os Guató ocupavam praticamente toda a região sudoeste do Mato Grosso, abarcando terras que hoje pertencem àquele Estado, ao Mato Grosso do Sul e à Bolívia.

Entre 1940 e 1950 iniciou-se de modo mais intenso a expulsão dos Guató de seus territórios tradicionais por fazendeiros de gado e comerciantes de peles. Foram poucas as famílias que permaneceram na ilha Ínsua, ao ponto de os Guató serem considerados extintos pelo órgão indigenista oficial na década de 1950 e, assim, excluídos de quaisquer políticas de assistência.

 

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

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Saque-Calamidade está disponível a trabalhadores de 59 cidades gaúchas

Valor máximo para retirada é de R$ 6.220 por conta do FGTS

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Trabalhadores de 59 municípios do Rio Grande do Sul afetados pelas fortes chuvas que atingem o estado desde o fim de abril já podem fazer a solicitação de saque do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) na modalidade Calamidade.

A lista atualizada dos municípios habilitados está disponível neste site.

Necessariamente, o estado de calamidade pública ou situação de emergência do município precisa ser reconhecido pelo governo federal por meio de portaria do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, publicada no Diário Oficial da União, para o trabalhador ter direito ao benefício. Em 1º de maio, o Decreto nº 57.596 já havia reconhecido o estado de calamidade no território gaúcho.

O Saque-Calamidade pode ser feito pelos trabalhadores residentes em áreas afetadas por desastre natural indicadas pelas secretarias municipais de Defesa  Civil. Para ter acesso ao recurso, o trabalhador precisa ter saldo na conta do FGTS. O valor máximo para retirada é de R$ 6.220 por conta vinculada, limitado ao saldo da conta.

A Caixa Econômica Federal informa que não há mais intervalo mínimo de 12 meses entre o último e o novo saque na modalidade Calamidade para os residentes nos municípios habilitados do Rio Grande do Sul neste mês de maio.

Municípios

A Caixa divulgou, nesta quinta-feira (16) mais 17 municípios gaúchos atingidos por enchentes em que pode ser solicitado o Saque-Calamidade do FGTS. Ao todo, os trabalhadores de 59 cidades podem fazer a solicitação ao banco público pelo aplicativo FGTS, disponível para smartphones, sem precisar comparecer a uma agência física.

Até 6 de agosto deste ano, trabalhadores de dois municípios – Canoas e Maratá – poderão solicitar à Caixa a retirada do dinheiro.

O pedido de saque poderá ser feito, até 12 de agostos – por trabalhadores de mais 15 municípios: Bento Gonçalves;   Cachoeirinha; Capela de Santana; Faxinal do Soturno;  Forquetinha;  Guaporé; Lagoão;  Passo do Sobrado;   Rio Pardo;  Roca Sales;  Santiago;  São Jerônimo; Sapiranga;  Taquari e Teutônia

O período de saque já está aberto em 42 municípios: Agudo; Anta Gorda; Arvorezinha; Arroio do Meio; Bom Retiro do Sul; Campo Bom; Candelária; Carlos Barbosa; Caxias do Sul; Encantado; Eldorado do Sul; Esteio; Farroupilha; Feliz; Guaíba; Igrejinha; Harmonia; Jaguari; Lajeado; Mata; Montenegro; Nova Esperança do Sul; Nova Palma; Nova Petrópolis; Nova Santa Rita; Paverama; Portão; Porto Alegre; Porto Xavier; Rolante; Santa Cruz do Sul; Santa Tereza; São José do Herval; São Leopoldo; São Marcos; São Sebastião do Caí; Serafina Corrêa; Sinimbu; Sobradinho; Taquara; Triunfo e Venâncio Aires.

Como sacar

Para pedir a liberação do dinheiro, o trabalhador deve entrar no aplicativo FGTS e fazer a solicitação, clicando em “Solicitar meu saque 100% digital” ou no menu inferior “Saques” e selecionar “Solicitar saque”; clicar em “Calamidade pública” — Informar o nome do município e selecionar na lista disponível, depois digitar o CEP e o número de sua residência.

São necessários para o saque um documento de identificação com foto — carteira de identidade, Carteira Nacional de Habilitação (CNH) ou passaporte — com envio da frente e do verso do documento;  foto do próprio rosto (selfie), na qual  que o documento apresentado; comprovante de residência em nome do trabalhador (conta de luz, água, telefone, gás, fatura de internet e/ou TV e fatura de cartão de crédito, entre outros), emitido até 120 dias antes da decretação de calamidade; certidão de casamento ou escritura pública de união estável, caso o comprovante de residência esteja em nome de cônjuge ou companheiro.

Em razão dos alagamentos, se não for possível apresentar comprovante de residência em nome do trabalhador, o cidadão deverá apresentar declaração do município atestando que é residente na área afetada. A dispensa do comprovante de residência foi oficializada nesta quinta-feira (16), pelo governo federal.

Mais informações sobre o Saque-Calamidade podem ser obtidas no site oficial do FGTS.

(Fonte: Agência Brasil. Foto:Reprodução)

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Mais de 98% dos territórios quilombolas no Brasil estão ameaçados

Levantamento é do Instituto Socioambiental em parceria com a Conaq

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Levantamento inédito do Instituto Socioambiental (ISA) em parceria com a Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq) aponta que 98,2% dos territórios quilombolas estão ameaçados por obras de infraestrutura, empreendimentos minerários e por sobreposições de imóveis particulares. 

“Os resultados mostram que praticamente todos os quilombos no Brasil estão impactados por algum vetor de pressão, evidenciando a violação dos direitos territoriais das comunidades quilombolas”, avalia Antonio Oviedo, pesquisador do ISA.

“É urgente o cancelamento de cadastros de imóveis rurais e de requerimentos minerários que incidem sobre os quilombos, bem como consulta prévia da comunidade sobre qualquer obra de infraestrutura ou projeto que possa degradar o território ou comprometer os modos de vida dos moradores”, alerta o pesquisador.

Entre os impactos ambientais que afetam os territórios quilombolas estão o desmatamento, a degradação florestal e os incêndios, além da  perda de biodiversidade e degradação de recursos hídricos pela exploração mineral e atividades de agricultura e pecuária no entorno dos territórios, facilitadas por obras de infraestrutura como a abertura de estradas e rodovias.

“Estudos mostram que obras de infraestrutura e outros projetos agropecuários e de mineração são planejados, implementados e medidos conforme expectativas setoriais e segundo metas macroeconômicas, mas desconectados das reais demandas sociais locais”, aponta o estudo.

“O resultado tende a violações de direitos, perda de oportunidades socioeconômicas e estrangulamento de modos de vida e usos dos recursos naturais. Tais obras e projetos acabam abrindo caminho para mais degradação ambiental e impactos sociais de todo tipo. As rodovias, por exemplo, causam grandes impactos sociais e ambientais, especialmente os projetos que não contemplam medidas de controle do desmatamento”, diz o pesquisador.

Biko Rodrigues, coordenador executivo da Conaq, lembra que os quilombolas estão na Caatinga, no Cerrado, no Pantanal, no bioma amazônico, na Mata Atlântica, estão em todos os biomas. “As comunidades quilombolas são a fronteira que impede a destruição dessa biodiversidade. Mas, mesmo assim, os megaempreendimentos têm assolado o nosso território e deixado o nosso povo na miséria e na pobreza. Nossos territórios são territórios étnicos e territórios ricos, mas mesmo a gente sendo essa fronteira, nosso povo vem sofrendo ameaça e perseguição e assassinato das nossas lideranças por defender o território livre para as futuras gerações”, denuncia.

“E essa morosidade no processo [de titulação dos territórios] é o que coloca as comunidades quilombolas nessa situação de vulnerabilidade. Porque se as comunidades tivessem com o seu território regularizado, muitos desses empreendimentos não estariam sobrepostos ao nosso território”, acrescenta o líder quilombola.

Os territórios quilombolas da Região Centro-Oeste registram mais da metade (57%) de sua área total afetada por obras de infraestrutura, seguida das regiões Norte (55%), Nordeste, Sul (34%) e Sudeste (16%). O quilombo Kalunga do Mimoso, em Tocantins, tem 100% de sua área em sobreposição com três empreendimentos planejados, uma rodovia, uma ferrovia e uma hidrelétrica.

Um total de 1.385 empreendimentos minerários pressionam 781 mil hectares em territórios quilombolas. O Centro-Oeste também figura como a região em que os quilombos estão mais pressionados por requerimentos minerários, com 35% da área dos territórios afetados, seguido do Sul (25%), Sudeste (21%), Norte (16%) e Nordeste (14%). O território Kalunga, no Goiás, é o mais pressionado, com 180 requerimentos em sobreposição a 66% de sua área.

Mais de 15 mil cadastros de imóveis rurais foram identificados em sobreposição aos territórios quilombolas. As regiões Sul e Centro-Oeste são as mais impactadas, onde 73% e 71% da área dos territórios quilombolas, respectivamente, encontra-se pressionada por imóveis rurais privados.

A Região Sudeste também apresenta uma alta taxa de sobreposição, de 64%, seguida da Região Norte, com 19%. No Pará está o território com a mais alta taxa, o Erepecuru, com 95% de sua área em sobreposição a imóveis rurais.

Os territórios quilombolas ocupam 3,8 milhões de hectares, o que corresponde a 0,5% de todo território nacional, e exercem um papel positivo na conservação ambiental, com mais de 3,4 milhões de hectares de vegetação nativa.

(Fonte: Agência Brasil. Foto:Reprodução)

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Equipes de MS seguem com buscas e resgates em cenário devastado por enchentes no Rio Grande do Sul

Imagens feitas pela equipe mostram como o trabalho está sendo feito em um local devastado pelos alagamentos

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Policiais e bombeiros de Mato Grosso do Sul permanecem em terras gaúchas junto com representantes de outros estados no atendimento que inclui buscas, resgates, distribuição de alimentos e remédios.

Em cidades como Rocas Sales, bombeiros sul-mato-grossenses procuram vítimas das enchentes com a ajuda de um drone e da cadela farejadora Laika, da raça pastor holandês. Entre os desaparecidos estão seis pessoas de uma mesma família.

Imagens feitas pela equipe mostram como o trabalho está sendo feito em um local devastado pelos alagamentos. O grupo, que saiu de Campo Grande na segunda-feira (12), conta com especialistas em salvamento terrestre, aquático e de altura.

Nesta quinta-feira (16) retorna a Campo Grande a primeira equipe de bombeiros de Mato Grosso do Sul enviada para ajudar no atendimento às vítimas da pior tragédia climática do Rio Grande do Sul. Desde a chegada à cidade de São Leopoldo, os militares fizeram 613 salvamentos e outras 512 ações humanitárias.

Outras duas equipes dos bombeiros de MS permanecem no Estado gaúcho, assim como um helicóptero da Sejusp (Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública) usado por policiais militares que já fizeram 114 resgates de pessoas e animais, além do transporte de marmitas (1.350), outros alimentos (1.750 kg), garrafas de água (2.050), cobertores e medicamentos.

Doações

No início da semana 15 mil cobertores doados para o Estado gaúcho saíram de Campo Grande em voos comerciais. Todo o trabalho de transporte foi organizado pelo Corpo de Bombeiros e pela Defesa Civil Estadual.

A população também pode ajudar as vítimas com doações. Todas as escolas da Rede Estadual e unidades das forças de segurança de Mato Grosso do Sul, como Polícia Militar e Corpo de Bombeiros Militar, os campi da UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul), o Centro de Convenções Albano Franco e o edifício da Fiems estão arrecadando alimentos não perecíveis, produtos de higiene e de limpeza, água mineral, roupas de cama e banho e roupas e calçados em bom estado.

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

 

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