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Cultura

“Cultura se promove com políticas públicas, respeito à pluralidade e inclusão social”

Cultura exige uma política pública e não se faz política pública sem investimentos

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Cultura, turismo, meio ambiente, políticas de inclusão social e interação social com respeito à pluralidade. Esses são conceitos que devem nortear as políticas públicas de promoção da cidadania e afirmação da identidade cultural, segundo o secretário-adjunto de Cidadania e Cultura, Eduardo Romero. Para o secretário-adjunto, a pluralidade não exclui segmento, daí o acerto do Governo do Estado em suas ações voltadas às chamadas minorias, que na soma, segundo Romero, são a maioria, como as comunidades indígenas e quilombolas, as mulheres, os jovens, os deficientes, a comunidade LGBT+, os negros e os idosos.

Para Eduardo Romero, nunca se investiu tanto com resultados na área cultural. “Cultura não é só aquilo que dá para fazer. Cultura exige uma política pública e não se faz política pública sem investimentos”, mas a forma de aplicação dos recursos também faz a diferença. Ele destaca o modelo de gestão dos dois grandes festivais promovidos no Estado e que têm relação com o meio ambiente e o turismo, discutindo não só a arte, mas também o desenvolvimento local. ”Os festivais não podem chegar nas cidades como um grande evento sem deixar nada para as comunidades. Uma das preocupações que o nosso governo tem é de, sempre que acontecerem esses grandes festivais, pensar o que fica para a comunidade local (…) a grande pauta tem que ser as pessoas, independentemente de qual segmento elas estão inseridas”.

Confira entrevista com o secretário-adjunto de Cidadania e Cultura de Mato Grosso do Sul, Eduardo Romero:

Pergunta – A diversidade cultural em MS chama a atenção pela sua associação ao meio ambiente e ao turismo. A música e a culinária são os componentes da genética cultural, que traz ainda os ingredientes do artesanato, das artes plásticas e artes visuais, integração que dá visibilidade a dois grandes festivais promovidos no Estado – o de Inverno de Bonito e o América do Sul em Corumbá. Esses eventos continuarão a ser incentivados pelo Governo do Estado? Os festivais melhoraram as ações e interações sociais para a afirmação da cultura?

Eduardo Romero – Sem sombra de dúvidas. Mato Grosso do Sul tem uma característica de relação cultural com as questões ambientais e turísticas pela vocação do Estado. Temos o Pantanal, o Cerrado, resquícios de Mata Atlântica. Esse cenário geográfico tem uma correlação direta com as culturas existentes aqui. Nós somos um Estado de muita miscigenação, recebemos povos de diversas partes do Brasil e do mundo… é natural que ao falar das questões culturais, a gente lembra da culinária, da gastronomia, do artesanato, do comportamento, do turismo, porque é esse movimento que se integra e faz as coisas acontecerem e esses dois festivais, o de Inverno de Bonito e o América do Sul em Corumbá já são marcas carimbadas do Estado. O Festival América do Sul chega à sua 16ª edição, ou seja, não é um festival novo, faz parte do calendário cultural, tornou-se uma tradição. É um festival que agrega todas as características de fronteira, um festival internacional, que integra toda a América do Sul, com a participação dos países vizinhos, trazendo a sua cultura, as suas manifestações para essa integração. Acontece no coração do Pantanal, que é a cidade de Corumbá, uma das cidades mais antigas do Estado, teve a sua importância na navegação, quando ainda nós tínhamos acessos reduzidos por ferrovia e rodovia. O acesso era pelo rio Paraguai. Então, o Festival América do Sul não só continua sendo financiado, incentivado, apoiado pelo Governo do Estado, como já é um direito garantido pela população de Corumbá, do Brasil e toda América do Sul. A edição deste ano está prevista para 26 a 29 de maio, está sendo desenhada uma programação que resultou de consulta pública realizada com a comunidade de Corumbá. O Festival de Inverno de Bonito chega à sua 21º edição e a programação detalhada deve ser divulgada em breve. É também um festival consolidado, integra as belezas naturais ali concentradas. Bonito e o Pantanal são belezas de Mato Grosso do Sul que o mundo conhece. A interação da comunidade local com visitantes de todas as partes do Brasil e do exterior faz a diferença. O Festival de Bonito vai acontecer entre 28 de junho a 31 de julho. Recentemente realizamos uma audiência pública em Bonito, ouvindo o segmento cultural, os moradores da cidade. É importante destacar que tanto o Festival América do Sul quanto o Festival de Inverno não se resumem a shows. Há um conjunto de eventos e atividades de interação social e cultural, discussão sobre o desenvolvimento local, trocas de experiências, oficinas, bate papos, rodas de conversas, exposições e integração da cultura com ações de cidadania, atendendo as demandas locais, porque os festivais não podem chegar nas cidades como um grande evento sem deixar nada para as comunidades. Uma das preocupações que o nosso governo tem é de, sempre que acontecerem esses grandes festivais, pensar o que fica para a comunidade local. Mais que a afirmação da cultura, é uma vitrine para o Brasil e para o mundo.

P – O Governo passou a destinar um percentual mínimo no orçamento do Estado para a promoção da cultura, criando inclusive um fundo, o FIC, para fomentar a produção em todos os segmentos da cultura, dando ênfase aos elementos que identificam o sul-mato-grossense e moldam sua identidade. Pode-se dizer que a política cultural do Estado tem contemplado as demandas da classe artística de MS?

Eduardo Romero – Nós temos feito uma grande mudança de entendimento sobre a cultura. Mato Grosso do Sul tem mostrado para o Brasil e para o mundo que cultura não é só perfumaria. Cultura não é só aquilo que dá para fazer. Cultura exige uma política pública e não se faz política pública sem investimentos. O FIC, o nosso Fundo de Investimento Cultural, é um grande fomento à política cultural, em todas formas e linguagens. Aqui, a cultura se desenvolve, avança e cresce nos investimentos. Neste ano o FIC agora está disponibilizando para a sociedade R$ 8 milhões, podendo ser destinados a projetos inscritos até R$ 250 mil, contemplando cada modalidade dos respectivos segmentos. Vamos, ainda este ano, já em compromisso firmado pelo governador Reinaldo Azambuja e orçamento garantido, abrir uma nova edição do FIC neste ano, mas com liberação de recursos e execução em 2023, quando estarão sendo disponibilizados outros R$ 8 milhões. Historicamente, é o maior investimento do IFC, mas que não se resume só nisso. Temos vários outros investimentos. Ultrapassamos no ano passado, entre reformas, restauro de prédios históricos e outros espaços e equipamentos culturais, como museus e teatros, investimentos de R$ 130 milhões. Em todo o Estado, olhando para todos os municípios. Nós temos um programa muito forte, da Secretaria de Cidadania e Cultura, organizado pela Fundação de Cultura, de apoio aos municípios nas atividades culturais, incluindo no calendário não só eventos, mas também a formação de técnicos e de equipes de difusão cultural, inclusive para disputar a liberação de recursos públicos, através dos editais que são lançados. Mato Grosso do Sul tem mostrado que a cultura não pode ser só um discurso. A cultura tem que ter uma política pública e política pública e tem que ter marco legal e investimentos.

P – Diferentemente de muitas regiões, onde também se verifica grande diversidade humana e ambiental, a identidade cultural do Estado é moldada pela mestiçagem de costumes e tradições, mesmo estando associada aos legados migratórios e imigratórios, mantendo um forte tempero regional. As atividades culturais no Estado têm contribuído para o desenvolvimento econômico e social, considerando que a identidade do Estado se assenta ao sabor da gastronomia, das produções musicais, artesanato indígena, artes plásticas, festas populares e danças?

Eduardo Romero – É importante a gente entender o que é Mato Grosso do Sul. Um Estado jovem, com pouco mais de 40 anos, mas um Estado que surge da miscigenação de raças. Essa mistura de raças, um Estado que tem hoje mais de 93 comunidades indígenas de oito etnias, que tem movimentos de diferentes culturas, outros olhares, características diversas. Nós temos 22 comunidades quilombolas, povos que aqui chegaram e se alojaram, como os orientais, formando esse grande caldeirão, toda essa efervescência, de modo que toda atividade tem que olhar para essa pluralidade, para essa diversidade. Uma das decisões do governo foi criar a Secretaria de Cidadania e Cultura, unindo os dois componentes que não se separam, a cultura e a cidadania. Não há como falar de cultura sem falar de cidadania. Todas as nossas ações, todos os nossos programas, todos os investimentos e os eventos estão voltados para essa diversidade, essa característica plural da nossa identidade.

P – Mato Grosso do Sul possui vários museus e prédios antigos no conjunto do patrimônio histórico do Estado que revelam o “DNA” cultural e a influência nos processos de desenvolvimento econômico e social. Há perspectiva de investimentos na restauração de monumentos, museus e outras ações voltadas à preservação do patrimônio histórico?

Eduardo Romero – Todos os nossos prédios históricos estão basicamente passando por reformas e restauro. Nós temos em Campo Grande o Teatro Aracy Balabanian, a Casa do Artesão, Centro Cultural José Otávio Guizzo, Igreja da Tia Eva; em Corumbá, foi entregue recentemente a Igreja da Candelária; temos o Museu da Tecnologia em Maracaju, o Castelinho de Ponta Porã. Nós temos vários equipamentos públicos, sejam eles já tombados como patrimônio histórico ou não, mas de importância cultural significativa, que estão passando por reforma ou restauro. São mais de R$ 130 milhões sendo investidos nesses espaços para que a gente possa dar à sociedade condições de permanecer com esses ambientes histórico-culturais por muito mais tempo e que eles atendam também a demanda de circulação dos nossos bens culturais. Cuidar do patrimônio, preservar o patrimônio histórico é cuidar da memória cultural, da nossa identidade, preservar o próprio Estado.

P – Durante a pandemia de Covid-19 a classe artística foi uma das mais afetadas pelas restrições sanitárias, momento em que o Governo do Estado lançou programa de apoio. Qual foi o alcance da resposta do Governo ao grande contingente de pessoas envolvidas nas atividades artístico-culturais que ficaram “reféns” das restrições sanitárias, impedidas de trabalhar e obterem uma renda mínima em Mato Grosso do Sul.

Eduardo Romero – Mato Grosso do Sul foi o primeiro Estado a lançar um programa próprio de apoio aos artistas durante a pandemia, o MS Cultura Presente, etapas um, dois, três. Depois somamos aos demais estados na Lei Aldir Blanc e recebemos repasse de R$ 16 milhões para auxiliar os artistas em todos os municípios. Criamos, ainda, editais específicos para todos os trabalhadores na área cultural, não só para a classe artística, mas também para aqueles que não sobem aos palcos, a parte técnica, a parte operacional, aquele trabalhador da cultura que desempenha sua atividade, mas está invisível diante do público. Abrimos chamamento e o Governo do Estado liberou o auxílio emergencial, três parcelas de R$ 600. Olhamos para todos os segmentos porque a classe artística foi a primeira a parar e a última a voltar, lembrando que no leque do qual falamos no início, se insere o trade turístico. E foi esse movimento de ajuda que gerou uma grande ação do Governo do Estado chamada de Retoma MS, que se desdobrou em várias medidas, com a destinação de recursos para o setor turístico, com auxílios ao microempreendedor e os agentes de turismo. Essa integração foi de justamente olhar para aqueles que foram mais afetados pela pandemia de Covid-19. Política pública se faz assim, olhando para todos os segmentos, todas as faixas da população, fazendo investimentos onde a população mais precisa e Mato Grosso do Sul passou a ser referência na forma como lidar com a pandemia e colocar recursos públicos para acesso da população. Quando se fala em recursos públicos, tem que seguir alguns requisitos, tem que ter respeito à legislação e prioridades, estender o braço àqueles que precisam de auxílio. Todos os segmentos que estavam em situação de vulnerabilidade foram contemplados por editais e chamamentos de auxílios emergenciais.

P – As políticas culturais no Estado têm sua interface nas políticas de promoção da cidadania, com ações específicas voltadas à mulher, à população negra, pessoas com deficiência, idosos, indígenas e comunidades vulneráveis. Essas políticas de promoção da cidadania têm alcançado os objetivos, as ações estão de fato chegando na ponta, o braço do Estado tem alcançado as chamadas “minorias”?

Eduardo Romero – As chamadas minorias ‘entre aspas’, que na soma são muito mais que a maioria, precisam daquilo que denominamos de políticas públicas de direito. É por isso que o Estado, pensando nisso, cria as subsecretarias específicas, porque existe especificidade para você falar do que precisa a população idosa, o que deve ser feito para a população deficiente, para a população indígena, para a população negra, para a juventude, para a mulher, para a comunidade LGBT+, para todos os segmentos que precisam ter ações afirmativas concretas. Nós temos inúmeros resultados muito visíveis que podem ser mencionados. Se pegarmos cada um dos exemplos, veremos que Mato Grosso do Sul tem pensado nesse coletivo. A gentes está sempre olhando para a inclusão social, para o diálogo da cidadania em todas as ações, inclusive em ações transversais com outras secretarias, de forma integrada, como a agricultura familiar nas comunidades quilombolas, educação nas comunidades indígenas, programa de segurança alimentar e o que estamos tentando fazer é trazer essa discussão para todos os setores. Como se pensar em políticas de direito sem buscar essa transversalidade. O Estado faz muito, tem feito e está fazendo muita coisa, então por que não integrar as ações nesse coletivo. Na Secretaria de Cidadania e Cultura pensamos muito nisso, não só com muita propriedade e dedicação. Entendemos que a grande pauta tem que ser as pessoas, independentemente em qual segmento elas estão inseridas. A grande pauta nossa tem sido o sul-mato-grossense.

(Com assessoria. Foto: Divulgação)

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Cultura

Museus de MS recebem temporada cultural no estado entre 13 e 19 de maio

Os museus e casas de memória de todo o estado de Mato Grosso do Sul que se inscreverem no site do IBRAM realizarão uma programação especial

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Com o tema “Museus, Educação e Pesquisa”, a 22ª Semana Nacional de Museus acontece entre 13 e 19 de maio de 2024, com a proposta de levantar uma reflexão sobre os ‘objetivos de desenvolvimento sustentável’ (ODS), das Nações Unidas.

Em 2024, as metas são para garantir educação de qualidade inclusiva e equitativa, na promoção de oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos (na área de educação de qualidade), e para construir infraestruturas resilientes, promover a industrialização inclusiva e sustentável e fomentar a inovação (na área de indústria, inovação e infraestruturas).

Anualmente, o tema é proposto pelo ICOM (Conselho Internacional de Museus) para a comemoração do Dia Internacional dos Museus, que é celebrado no dia 18 de maio, com uma temporada cultural coordenada pelo IBRAM (Instituto Brasileiro de Museus).

Em Mato Grosso do Sul, as ações são organizadas pelo Sistema Estadual de Museus de MS, que integra a Gerência de Patrimônio Histórico e Cultural da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul. O evento no Estado é realizado em parceria com a SED (Secretaria de Estado de Educação), Sectur (Secretaria Municipal de Cultural e Turismo) e Iphan (Instituto do Património Histórico e Artístico Nacional).

A abertura oficial do evento será no dia 13 de maio, às 10h, no MIS (Museu da Imagem e do Som), localizado no Memorial da Cultura Apolônio de Carvalho (na Av. Fernando Corrêa da Costa, 559, 3° andar). Na ocasião será realizada a ‘Mesa Redonda’ com o tema “Museus, Educação e Pesquisa – Altas Habilidades e Arte Educação”, com participação de Eliane Fraulob, gerente pedagógica do CEAM/AHS (Centro Estadual de Atendimento Multidisciplinar para Altas Habilidades/Superdotação) e de Israel Zayed, arte educador, pesquisador e artista visual.

No dia 14 de maio, às 8hs, será realizada a Oficina “Museus e Patrimônio”, com organização de Cristiane Freire e ministrada por Caciano Lima, para alunos e professores da Escola Estadual Maria Constança de Barros Machado, na Rua Marechal Rondon, 451, Bairro Amambaí.

No dia 17 de maio, das 14h às 16h30, será realizado o VIII Encontro da REM (Rede de Educadores em Museus) de Mato Grosso do Sul, com a palestra “Museus, Educação e Pesquisa – Uma conversa sobre a Política Nacional de Educação Museal (PNEM) e outras experiências da Educação Museal em Mato Grosso do Sul”. O evento será no auditório do Museu das Culturas Dom Bosco, no Parque das Nações Indígenas.

No 18 de maio, das 16h às 21h, acontecerá um grande Sarau para a celebração do Dia Internacional de Museus, na Praça da Locomotiva, (localizada na Orla Ferroviária, ao lado do MuAU – Museu de Arte Urbana). Para este evento estão sendo programadas intervenções artísticas, música, feira de artesanato e artes visuais, praça de alimentação.

A gerência de Patrimônio Histórico e Cultural e a Coordenação do Sistema Estadual de Museus (SIEM-MS) organizam e realizam os ventos específicos e durante toda a semana (13 a 19 de maio). Os museus e casas de memória de todo o estado de Mato Grosso do Sul que se inscreverem no site do IBRAM realizarão uma programação especial. Em breve serão divulgados os museus inscritos no site do Ibram.

A coordenadora do Sistema Estadual de Museus, Cristiane Freire, diz que o intuito maior do evento é sempre promover, divulgar, valorizar e fortalecer os museus ou espaços e casas de memória. “Porque se busca ampliar o público para essas instituições especialmente neste período, mas com um desejo de que a partir desta possibilidade esse público volte quantas vezes ele se sentir tocado, participante desses lugares especiais que são os museus e casas de memória. Também se tem a intenção de integrar diferentes instituições, então abre-se um diálogo entre museus e casas de memória. A ideia de fortalecer esses equipamentos culturais proporciona um aumento de visibilidade, também incentiva a realização de novas ações e novos projetos, assim a gente tem a possibilidade de colocar para a sociedade que ainda não conhece os museus das cidades do Estado, que elas possam conhecer, e aquelas que já conhecem que retornem”.

(Com assessoria. Foto: Divulgação)

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Cultura

Fundação de Cultura abre inscrições gratuitas para oficina de percussão

Poderão participar pessoas a partir de 14 anos. Elas não precisa ter conhecimento sobre o instrumento.

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Estão abertas as inscrições para oficina gratuita de percussão brasileira no Centro Cultural José Octávio Guizzo, unidade da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul. As aulas serão ministradas pelo musicista Chico Simão. Ao todo são ofertadas 25 vagas. As inscrições são gratuitas e devem ser feitas pelo link: https://forms.gle/vnxLpo6CJNFZJsTQ7 . Poderão participar pessoas a partir de 14 anos. Elas não precisa ter conhecimento sobre o instrumento.

O objetivo da oficina é fomentar a cultura local através de atividades culturais coletivas gratuitas no Centro Cultural. Busca-se formar um grupo de percussão focado na pesquisa e execução dos ritmos brasileiros nos encontros às terças, quintas-feiras e sábados, das 18h às 20h. Os alunos aprenderão sobre o instrumento, como manuseá-lo e tirar som com cadência, assim como tocar de fato em grupo.

Os instrumentos serão disponibilizados pelo professor e oferecidos gratuitamente para os alunos, assim como sua manutenção e cuidados. Para o professor e artista Chico Simão “é uma oportunidade de aprender um novo instrumento, sentir como é a percussão na música e desenvolver a musicalidade de cada participante”.

O Oficineiro

Paulistano, músico com graduação pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, pós-graduado em Gestão Cultural, fundador, professor e produtor do grupo de percussão Bojo Malê, baterista e percussionista da banda Sarravulho, professor e produtor de eventos e projetos culturais.

Chico Simão acumula em seu currículo mais de 20 anos de experiência como percussionista e baterista e ministra oficinas de música em grandes capitais como Belo Horizonte, São Paulo, Rio de Janeiro, Campo Grande, além de cidades como Bonito, Corumbá, Ivinhema e Coxim.

Desde 1997 dedica-se à pesquisa de sons e ritmos da música brasileira e da costa oeste africana como Guiné e Senegal, difundindo diversas manifestações culturais populares como Maracatu Nação de Baque Virado, Capoeira, Maculelê, Samba, Samba-Reggae e Percussão Corporal.

Para Chico Simão, tocar um instrumento e socializar por meio da prática musical são atividades que trazem uma série de benefícios, tanto a nível individual quanto coletivo. “Tocar um instrumento por si só já é algo muito enriquecedor, estudos mostram que aprender a tocar um instrumento pode melhorar habilidades cognitivas, como memória, concentração e raciocínio. Isso ocorre devido à complexidade envolvida na produção musical, que estimula diferentes áreas do cérebro. Tocar um instrumento exige coordenação entre mãos, olhos, dedos e mente. Esse processo auxilia no desenvolvimento da motricidade fina e da habilidade de multitarefa. A música é uma forma poderosa de expressar emoções e sentimentos. Através da prática musical, é possível externalizar emoções de uma maneira saudável e positiva”.

Serviço:

Oficina de Percussão Brasileira

Local: Centro Cultural José Octávio Guizzo

Dias: Terças-feiras, quintas-feiras e sábados

Horário: 18 às 20 horas

Inscrições gratuitas pelo link: https://forms.gle/vnxLpo6CJNFZJsTQ7

(Com assessoria. Foto: Divulgação)

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Cultura

Em maio, Boca de Cena vai evidenciar a qualidade da produção de teatro e circo de MS

Laila Pulchério é formada em relações públicas, produtora cultural e fotógrafa. Atua no Circo do Mato – Grupo de Artes Cênicas, em Campo Grande, desde 2003

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Entre os dias 13 e 19 de maio, Campo Grande vai respirar teatro e circo. A Mostra Boca de Cena – Semana de Teatro e Circo de Mato Grosso do Sul apresentará peças teatrais gratuitas em todos os cantos da Cidade Morena. Serão espetáculos de teatro e circo apresentados na Praça Ary Coelho e na Lona da Mostra, que fica ao lado do Memorial da Cultura, e no Teatro Aracy Balabanian. O festival é organizado pelo Governo do Estado, por intermédio da FCMS (Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul) e Setesc (Secretaria de Estado de Turismo, Esporte e Cultura).

Ao todo, serão 52 espetáculos de teatro e circo para toda a família. Além das apresentações, durante a semana será realizado o Seminário Estadual de Teatro e o primeiro Seminário de Circo, que discutirá políticas públicas para a área, sobre o fazer e pensar a arte como um todo, para todos os cantos do Estado.

O Boca de Cena teve início em 2008, com organização da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul, em comemoração a duas datas importantes: Dia Internacional do Teatro e Dia Nacional do Circo. Até sua edição em 2018, o festival havia contemplado 123 apresentações de artistas sul-mato-grossenses, com público estimado de 22 mil pessoas.

“O Boca de Cena é um verdadeiro presente para a população de Mato Grosso do Sul, uma oportunidade de acesso à cultura de forma gratuita e democrática. Estamos empenhados em proporcionar uma semana repleta de espetáculos teatrais e circenses de alta qualidade, levando entretenimento e reflexão para todos os cantos da capita”, salienta o secretário de Estado de Turismo, Esporte e Cultura, Marcelo Ferreira Miranda.

Boca de Cena chega à 15ª edição ocupando diversos locais públicos e de cultura na capital

O diretor-presidente da Fundação de Cultura do estado, Eduardo Mendes, explica que Boca de Cena visa valorizar os artistas locais. “Além de destacar a riqueza cultural sul-mato-grossense, o Boca de Cena vem para destacar e valorizar nossos talentosos artistas locais. Estamos também preparando homenagens para reconhecer as contribuições significativas daqueles que muito fizeram pela cultura de Mato Grosso do Sul”.

Homenagens

Neste ano, serão homenageados os atores Lú Bigatão e Fernando Cruz, na área do teatro, e Malu Morenah e Laila Pulchério, no circo, durante a solenidade de abertura, programada para 13 de maio, às 19 horas, no Teatro Aracy Balabanian. Lú Bigatão Rios é atriz formada pela EAD/USP (Escola de Artes Dramáticas da Universidade de São Paulo), jornalista formada pela UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) e mestre em Meio Ambiente pela Uniderp (Universidade para o Desenvolvimento do Estado e da Região do Pantanal). Ela atua no teatro, no audiovisual e na educação ambiental. São 40 anos dedicados ao teatro, em que atuou em mais de 50 espetáculos, escrevendo, dirigindo e/ou produzindo.

Fernando Cruz, nascido em Porto Alegre (RS), em 1963, atua e milita nas artes públicas desde os anos 1980 no Teatro Imagináro Maracangalha, criado em 2006, em Campo Grande. Ele é ator, diretor e pesquisador em Teatro de Rua e Documental, Cultura Popular, Agitprop (Agitação e Propaganda), Intervenção, Performance e Cortejo. É licenciado em Artes Visuais pela UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) e especialista em Ciências da Linguagem/Estudos Literários pela UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul), com pesquisa em transposição da literatura medieval para dramartugia de rua. Atuou como Conselheiro Nacional de Cultura do Ministério da Cultura, de 2010 a 2014. Além disso, é articulador da RBTR (Rede Brasileira de Teatro de Rua).

Malu Morenah é formada pela extinta Academia Piolin de Artes Circenses (1978-1982, SP) em acrobacia aérea, contorcionismo e funambulismo. Profissional sindicalizada das Artes Cênicas desde 1980, teve enfoque na preparação do ator sob a estética e a coreografia cênica da linguagem do circo-teatro. Nos últimos anos, tem colabordo com projetos de parceiros em outras capitais e festivais em países da América Latina. Também faz locuções para audiovisuais em português e castelhano.

Laila Pulchério é formada em relações públicas, produtora cultural e fotógrafa. Atua no Circo do Mato – Grupo de Artes Cênicas, em Campo Grande, desde 2003. É responsável pela administração, elaboração de projetos, registros fotográficos e de vídeos, operação de som e luz de alguns espetáculos, comunicação, além da manutenção do espaço. Ao longo desses mais de 20 anos com o Circo do Mato, Laila fotografou e produziu vídeos de toda trajetória do grupo, estudos, pesquisas, reformas da sede, produções de espetáculos, projetos e, naturalmente, todos os trabalhos artísticos do grupo. Participa dos colegiados de circo e de teatro na capital e no estado.

Confira aqui a programação completa do Boca de Cena 2024.

 

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

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