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Mata Atlântica perdeu 48,6 mil hectares em dez meses, aponta relatório

Dados foram divulgados pela Fundação SOS Mata Atlântica

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Entre janeiro e outubro de 2022, a Mata Atlântica perdeu 48.660 hectares, por desmatamento. Somente entre os meses de agosto e outubro, a área desflorestada foi de mais 6.850 hectares. Os dados são do novo boletim do Sistema de Alertas de Desmatamento (SAD) Mata Atlântica, divulgado nesta terça-feira (31), pela Fundação SOS Mata Atlântica.

O SAD Mata Atlântica resulta de uma parceria entre a fundação, a Arcplan e o Projeto de Mapeamento Anual do Uso e Cobertura da Terra no Brasil (MapBiomas), que contribui com a ferramenta de MapBiomas Alerta. O sistema capta notificações de todo o mapa do bioma, que compreende 17 brasileiros. Ao todo, durante o período de dez meses, foram emitidos 6.378 alertas e, entre agosto e outubro, 1.117.

Entre janeiro e outubro, os estados com maior área desmatada do bioma foram Bahia e Minas Gerais, com 15.814 e 14.389 hectares, respectivamente. O Piauí aparece em terceiro lugar na lista, com 6.232 hectares.

A fundação ressalta que os dados apontam a concretização do aumento gradual do raio de desmatamento na Mata Atlântica, assim como em outros biomas do país. A entidade pondera, ainda, que, em todos os casos, independentemente do bioma, a devastação está relacionada à expansão agropecuária e a falhas na fiscalização e no combate ao desmatamento, “o que também marcou 2022 em todo o Brasil”.

Nos primeiros dez meses de 2022, as atividades agrícolas responderam por 86,4% da área derrubada. Na Bahia, a proporção foi de 73,2%; em Minas Gerais, de 93,4%; e, no Piauí, de 64,5%.

Sofisticação de método

O processo feito pela equipe do SAD Mata Atlântica tem uma série de etapas. O sistema utiliza uma classificação automática de indícios de desmatamento baseado na comparação entre imagens de satélite Sentinel 2 (10 metros de resolução). Os focos de potencial desmatamento são enviados ao MapBiomas Alerta. Lá, são validados mensalmente, refinados e auditados individualmente, em imagens de alta resolução.

Cada desmatamento confirmado é cruzado com informações públicas, incluindo as propriedades do Cadastro Ambiental Rural (CAR), embargos e autorizações de desmatamento do Sistema Nacional de Controle da Origem dos Produtos Florestais (Sinaflor), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Depois, a informação confirmada fica disponível em uma plataforma única, aberta, que monitora todo território brasileiro.

Um aspecto de destaque, relativo ao boletim, é como o método do SAD amplia a varredura das áreas de desmatamento. O sistema é capaz de identificar indícios da derrubada de árvores a partir de 0,3 hectare, tornando visíveis focos que passam despercebidos por outros sistemas, como o Atlas da Mata Atlântica, concebido como parceria entre a SOS Mata Atlântica e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que monitora áreas acima de 3 hectares.

Dos mais de 6 mil alertas emitidos durante os dez meses de análise, 63% foram de áreas com dimensão entre 0,3 e 3 hectares. A maior área desmatada (72%) está concentrada em 846 perímetros com mais de 10 hectares.

Em entrevista concedida à Agência Brasil, o diretor executivo da SOS Mata Atlântica, Luis Fernando Guedes Pinto, comentou o significado do monitoramento do SAD. Segundo ele, agentes responsáveis pelo desmatamento têm aprendido a burlar os sistemas de detecção.

“É uma iniciativa nova de monitoramento de desmatamento na Mata Atlântica, porque agora a gente está enxergando desmatamentos bem pequenos”, disse. “O objetivo é que ele possa auxiliar a ação rápida de fiscalização e desmatamento e até causar a interrupção de um desmatamento detectado.”

“A gente está enxergando mais desmatamento do que antes. Os estados líderes de desmatamento são caracterizados por desmatamentos muito grandes. A grande diferença é em estados como Paraná e Santa Catarina, onde a produção agrícola, os proprietários de terra, já tinham aprendido que a gente só enxergava desmatamento acima de 3 hectares e passavam a fazer pequenos desmatamentos todo ano, iam comendo a floresta pela borda. Isso era invisível para as imagens de satélite e agora, com esse novo método, a gente passa a enxergar esses desmatamentos mesmo feitos em áreas pequenas e percebe que, na sequência, vêm a agricultura e as pastagens”, destacou.

Quanto às especificidades de São Paulo, o diretor da fundação pontua que o estado tem “participação relativamente pequena” no desmatamento. As principais regiões afetadas, acrescenta ele, são o Vale do Ribeira e a região metropolitana de São Paulo, em que se observa um desmatamento associado a loteamentos e novas construções. “Muitos desses desmatamentos acontecendo, inclusive, em áreas mananciais e protegidas pela Lei da Mata Atlântica [Lei nº 11.428/2006]”, finaliza.

(Fonte: Agência Brasil. Foto:Reprodução)

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Especialistas debatem inteligência artificial e empreendedorismo no ParkTec-CG

O ParkTec-CG, inaugurado pela Prefeitura Municipal de Campo Grande em 2023, é um polo tecnológico situado em Mato Grosso do Sul

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Inteligência Artificial é um dos principais temas da atualidade e se tornou um grande diferencial para o mercado, devido à sua transversalidade, podendo ser aplicada em vários setores, desde o mercado financeiro até o varejo. Por isso, o Parque Tecnológico de Campo Grande (ParkTeck-CG) promoveu encontro com especialistas que discutiram sobre transformação tecnológica e inovação.

Em palestra intitulada ‘Desmitificando a Inteligência Artificial’, Bruno Nogueira, professor da Faculdade de Computação da UFMS, abordou a evolução do mercado de trabalho e as novas possibilidades que as tecnologias oferecem para empresas e profissionais. O professor abordou sobre o tema durante o evento ‘Tech e Invest CG’.

De acordo com ele, as ferramentas de inteligência artificial já são uma realidade da vida moderna e vieram para ficar. Então, quem souber usá-las, certamente irá se destacar. A aplicação dessas ferramentas, de forma responsável, pode proporcionar mais produtividade, soluções e produtos inovadores.

Negócios que adotarem IA se tornarão mais competitivos, uma vez que o mercado começa a se movimentar para a contratação de pessoas que sabem usá-las de forma consciente, com qualidade e para o bem. “Estamos vivendo uma revolução. Há uma demanda muito grande no mercado por empresas e profissionais que se interessam e desenvolvem produtos e serviços com aplicações de inteligência artificial”, explica o professor.

Neste sentido, as novas tecnologias também são aliadas da jornada empreendedora para enfrentar as adversidades e desafios, especialmente diante das rápidas transformações que acontecem no mundo.

“Nós precisamos olhar para essas mudanças como aprendizados e possíveis soluções de adaptação, e as novas tecnologias podem nos ajudar na identificação de riscos, níveis de impacto e criação de planos de ação”, afirma Leila da Silva Oliveira Farias, arquiteta de dados da B3 e palestrante do painel Resiliência nos Negócios.

Para o cenário de startups, a IA também é um dos segmentos que deve seguir em alta no mercado até o próximo ano. “É um tema que ainda vai gerar muita transformação. O grande desafio é que essas tecnologias saiam de um meio para uma solução como um fim dos problemas que são resolvidos sem elas na vida real”, afirma Murilo Domingos, sócio e diretor de novos negócios da Darwin Startups.

Paula Abrahão, Head de Inteligência Artificial da B3, afirma que essas ferramentas vão mudar a forma como lidamos com a nossa vida e o trabalho. Estarão, portanto, cada vez mais próximas de todas as profissões. Lidar com essas mudanças culturais é fundamental para que a sociedade se adapte às novas tendências do mercado e das profissões.

“A IA está para nos desafiar e aumentar o nosso cognitivo. Quanto mais as usamos, entendendo que somos responsáveis pela alimentação desses dados, elevamos nossa inteligência. Porém, é preciso saber sempre mais do que a IA para ter senso crítico sobre ela”, conclui Paula, palestrante do quadro Potencializando negócios por meio da Inteligência Artificial.

ParkTec-CG

O ParkTec-CG, inaugurado pela Prefeitura Municipal de Campo Grande em 2023, é um polo tecnológico situado em Mato Grosso do Sul. Seu objetivo central é impulsionar o desenvolvimento socioeconômico da cidade e região através da inovação, empreendedorismo e economia criativa. A infraestrutura abrangente é destinada ao suporte operacional, programas de aceleração e incubação, organização de eventos e treinamentos, facilitando o acesso à comunidade, empresas e instituições que buscam inovar.

Endereço: Avenida Rachid Neder, 760 – Monte Castelo, Campo Grande/MS
Site: campogrande.ms.gov.br/parkteccg/
Redes sociais: @parkteccg
Telefone: 67 99638 1911
E-mail: contato@parkteccg.com.br

 

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

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Mega-Sena sorteia nesta quinta-feira prêmio acumulado em R$ 25 milhões

O sorteio será realizado às 20h, horário de Brasília

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As seis dezenas do concurso 2.725 da Mega-Sena serão sorteadas, a partir das 20h (horário de Brasília), no Espaço da Sorte, localizado na Avenida Paulista, nº 750, em São Paulo.

O sorteio terá a transmissão ao vivo pelo canal Caixa no YouTube e no Facebook das loterias Caixa. O prêmio da faixa principal está acumulado em R$ 25 milhões.

As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília) nas casas lotéricas credenciadas pela Caixa, em todo o país ou pela internet.

Jogo simples, com seis números marcados, custa R$ 5.

(Fonte: Agência Brasil. Foto:Reprodução)

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Operação Cosud: 333 pessoas presas e 3 toneladas de drogas apreendidas em MS

Ao todo 3.631 pessoas foram abordas e 2.427 veículos fiscalizados.

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A Operação Cosud, realizada entre os dias 8 e 12 de maio, no Estado de Mato Grosso do Sul, resultou na apreensão de mais de 3 toneladas de drogas, 47.400 maços de cigarros apreendidos e 333 pessoas presas. Ao todo 3.631 pessoas foram abordas e 2.427 veículos fiscalizados.

A ação foi coordenada pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), por meio COPI (Coordenadoria de Operações Integradas e Cooperação Interagências).

A operação reuniu a Polícia Civil, Polícia Militar, Agepen, Coordenadoria Geral de Perícias, Departamento de Operações de Fronteira (DOF) e a Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Fronteira (Defron), totalizando um efetivo de 885 policiais e 272 viaturas.

O Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud) foi criado em 2019 e abrange os estados do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, e conta com a participação convidada do Mato Grosso do Sul. O objetivo dessa aliança é a de fortalecer a cooperação entre os Governos dessas regiões e impulsionar ações socioeconômicas e ambientais, o que inclui a área da Segurança Pública.

“O entrosamento e cooperação existentes entre os órgãos e instituições, foram fatores primordiais para o planejamento e execução dos trabalhos, ressaltando o profissionalismo e disposição envidados por todos os integrantes da segurança pública que não mediram esforços para a demonstração de supremacia da força estatal contra a criminalidade, com isso propiciando maior tranquilidade e sensação de segurança à população das regiões de fronteiras e divisas dos estados limítrofes com o Mato Grosso do Sul”, destacou o coordenador Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), Coronel Edimilson de Oliveira Ribeiro.

Para o Secretário-Executivo de Segurança Pública da Sejusp, coronel Wagner Ferreira da Silva, a Operação realizada traz benefícios diretos à população sul-mato-grossense.

“Além dos resultados efetivos de apreensões e prisões no enfrentamento ao crime, a Operação Cosud arrasta consigo um valor inestimável, que é a integração entre os estados e o compartilhamento de conhecimento. Este é um legado que produzirá resultados duradouros para todos os entes envolvidos”, concluiu o secretário-executivo.

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