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Biodança, ovnis, perucas: com o que trabalham as novas profissões

Lista oficial de ocupações foi atualizada pelo Ministério do Trabalho

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Ela tem a habilidade de transformar completamente a aparência de uma pessoa. Basta mudar textura, comprimento e cor do cabelo, e surge uma nova personalidade. Raquél Reis, de 41 anos, é confeccionadora de perucas há mais de uma década. Já produziu até 200 cabelos diferentes em um mês. Uma rotina pesada de trabalho, que atende desde profissionais do mundo das artes, até pessoas comuns que sofrem com a queda de cabelo por causa do tratamento contra o câncer.

Brasília (DF) 08/06/2024 - Raquél Reis confeccionadora de perucas - Ovnis, brinquedos, perucas: com o que trabalham novas profissões do país.
Foto: Raquél Reis/Arquivo Pessoal
Foto: Raquél Reis/Arquivo Pessoal

“É um trabalho muito puxado e custoso. A pessoa quer que você faça por medida, no formato da cabeça dela, tem que tirar medidas, fazer marcações, fio a fio, para aparecer tudo maravilhosamente natural. É complicado”, diz Raquél. “Mas eu amo esse poder da transformação. Toda vez que faço uma peruca para alguém, primeiro coloco em mim, vejo se estou feliz e confortável, depois passo para a minha cliente. É um mercado lindo, crescendo cada vez mais. Antigamente, tinha o preconceito da peruca. Hoje, não”.

O trabalho de confeccionador de peruca é uma das 19 novas profissões reconhecidas no Guia Brasileiro de Ocupações. Ele foi lançado na quinta-feira passada (6) pelo Ministério do Trabalho e Emprego e a Organização Internacional do Trabalho (OIT).

Raquél Reis diz que a produção de perucas garante uma remuneração suficiente para pagar as contas. A demanda antes da pandemia era maior, mas vem aumentando progressivamente. Ela prefere trabalhar de forma autônoma, para conseguir atender desde clientes comuns até produções artísticas maiores para o cinema, televisão e teatro. Atualmente, está envolvida na peça O Rei Leão, em cartaz em São Paulo. Já trabalhou para os filmes Nosso Sonho, sobre a dupla Claudinho e Buchecha, e Mamonas Assassinas.

A demanda de pessoas com câncer, que perdem os cabelos por causa da quimioterapia, também costuma ser alta. Raquél já atendeu 18 pessoas com essa necessidade em um mês. Um trabalho que, apesar de não trazer ainda um retorno financeiro alto, traz muita satisfação em poder ajudar as pessoas a recuperarem um pouco da autoestima.

“Quando a pessoa está começando a quimioterapia, eu consigo tirar o próprio cabelo da cliente e fazer a peruca. Antes, eu pedia para alguns amigos coletarem cabelo. Mas um dia ninguém podia ir e eu fui junto, acabei chorando junto com a cliente. Agora estou sendo mais profissional. É difícil ver uma mulher perdendo o que ela ama, porque isso é a moldura do nosso rosto. Mas a pessoa chora no momento e, depois que ela coloca o cabelo, volta a sorrir”, diz Raquél.

Guia Brasileiro de Ocupações

A versão atualizada do Guia Brasileiro de Ocupações lista 2.609 profissões do mercado de trabalho. A ideia é que o documento sirva de referência para trabalhadores, estudantes, empregadores e pesquisadores. Há informações sobre a média salarial, habilidades, conhecimentos e requisitos de cada uma das ocupações. Além de dados sobre desligamentos e admissões em 2023.

As 19 ocupações que aparecem pela primeira vez na lista ainda não têm todas as informações acima. A entrada na Classificação Brasileira de Ocupações (CBO) é o primeiro passo para que profissionais e instituições busquem maior reconhecimento e organização da profissão. A identificação inicial tem fins classificatórios para registros administrativos, mas não pode ser confundida com a regulamentação da profissão, que sempre é realizada por meio de lei no Congresso Nacional.

As 19 novas profissões são: terapeuta reiki, instrutor de ioga, instrutor de meditação, facilitador de biodança, facilitador de grupos de movimento, condutor escolar terrestre, lactarista, brinquedista, condutor de cães domésticos, monitor de animais domésticos, instrutor de mobilidade com cães-guia, biólogo em meio ambiente e diversidade, biólogo em saúde, ergonomista, hidrojatista, ufólogo, analista de sucesso do cliente, analista de experiência do cliente e confeccionador de perucas.

Ufólogo

Brasília (DF) 08/06/2024 - Ufólogo Edison Boaventura (d) - Ovnis, brinquedos, perucas: com o que trabalham novas profissões do país.
Foto Edilson Boaventura/Arquivo Pessoal
Foto: Edilson Boaventura/Arquivo Pessoal

Objetos voadores não identificados (Ovnis) e extraterrestres povoam o imaginário social há tempos. Além de lendas populares e temas de ficção, eles são fonte de pesquisa para um grupo de pessoas que se denominam ufólogas. É o caso do Edison Boaventura Junior, 57 anos, que trabalha com o assunto há 42 anos e divulga os conteúdos nas redes sociais. Aposentado, foi gerente do Banco do Brasil durante toda a vida e, com o salário, custeou os estudos na área de ufologia.

“O meu interesse pelos ovnis surgiu em 1981, depois de avistar um objeto voador não identificado em Guarujá, no litoral de São Paulo. Tinha 14 anos de idade, minha mãe e meu irmão mais novo presenciaram o fato, além de alguns vizinhos. Era um objeto alaranjado, muito grande, que soltava objetos menores por baixo. Cheguei a contar 16 objetos. Até que eles desapareceram em uma velocidade rápida”, conta Edison.

Em 1985, Edison fundou o grupo ufológico do Guarujá, que afirma pesquisar mais de 600 casos, envolvendo fenômenos de avistamentos, luzes, pousos de objetos e até contatos diretos com tripulantes. A expectativa agora é que, com o reconhecimento oficial de que a ufologia é uma profissão, possam existir remunerações e postos de trabalho oficiais no governo, em áreas de inteligência ou militar, centros científicos e universidades.

“Fato inédito acontecendo no Brasil. Não conheço nenhum outro país no mundo que tenha ali na sua grade o código de ufólogo reconhecido como profissão. É um marco nacional e internacional. Acredito que essa iniciativa deve ser seguida por outros países também, que vão usar o nosso exemplo para sistematizar isso nos ministérios do trabalho deles”, analisa Edison. “Segundo passo é sistematizar tudo para definir o que é um ufólogo. Precisa ter nível superior? Tem que fazer algum curso? Ele vai ser reconhecido pelo MEC? Se a pessoa escreveu algum livro ou publicou algum trabalho em revista especializada?”.

Facilitador de biodança

Um dos nomes que mais chama a atenção na nova lista de ocupações é o do facilitador de biodança. Parece algo mais novo e desconhecido, mas é uma prática que existe desde a década de 1960. Foi criada por um psicólogo e antropólogo chileno, Rolando Toro, e trazida para o Brasil nos anos 1970. Por aqui, ela tem como principal instituição a Associação Brasileira de Facilitadores de Biodança (Abraça), da qual Wanderléia Aparecida Coelho é presidente.

“A biodança integra música, movimento e atividades em grupo. O objetivo é que as pessoas possam se reconhecer dançando e, assim, caminhar de forma mais plena pelo mundo. Toda sessão, que dura em média duas horas ou duas horas e meia de trabalho semanais, potencializa os despertares do indivíduo. Não é uma coreografia marcada, ela não tem passos definidos. O que ela tem são estímulos através da música, das vivências pessoais e do grupo, para que cada indivíduo possa se conhecer através do próprio movimento”, explica Wanderléia.

Segundo a presidente da Abraça, a biodança integra os conhecimentos de várias ciências. Começa com a ideia de promoção da saúde e se aprofunda em outros caminhos de desenvolvimento humano e de autoconhecimento, dentro de uma jornada existencial.

O profissional que deseja se tornar um facilitador em biodança precisa passar por um processo de formação exigente. A qualificação dura 4 anos, com 400 horas de teoria e prática. Para iniciar o curso, é obrigatório que já tenha participado de sessões e rodas de biodança, para depois seguir os estágios de formação teórica, estágios e apresentação de monografia. Uma vez concluído, ele se torna um facilitador, conceito importante para entender a profissão.

“Ele se diferencia de ser um professor, porque a gente parte do princípio de que estamos ali para criar condições para que um indivíduo se desenvolva. Facilitando processos, criando condições. E não ensinando, no sentido mais conservador da palavra. Ensinar é alguém oferecer conhecimento para outro aprender. A biodança parte do princípio de que já existe esse potencial humano e o facilitador cria condições para despertar os potenciais”, diz Wanderléia.

O profissional formado pode atuar em grupos regulares privados, voltados para a área do desenvolvimento humano e promoção da saúde. Ou na área da educação, para a formação de outros facilitadores. E até mesmo passar em um concurso público em alguns estados e municípios que disponibilizam vagas para essa formação específica. A ABRAÇA ainda não tem um levantamento sobre a média salarial da categoria, mas é uma pesquisa que está no horizonte.

Brasília (DF) 08/06/2024 - Professora de Yoga, Satyla Leal - Ovnis, brinquedos, perucas: com o que trabalham novas profissões do país.
Foto: Satyla Leal/Arquivo Pessoal
Satyla Leal/Arquivo Pessoal

Instrutor de yoga

Conceito e prática que tem origem na Índia, a yoga (ou ioga) é difundida há um bom tempo pelo Brasil. É fácil encontrar um número alto de praticantes e professores nas redes sociais. Um desses perfis é o de Satyla Leal, de 30 anos, que dá aulas virtuais e presenciais há quatro anos. Ela já pensou em ser educadora física, cursou administração, trabalhou como vendedora em shopping, até encontrar o caminho profissional na yoga. Profissão que, por comparação com as outras, pode parecer menos agitada, mas exige um longo tempo de dedicação.

“O meu dia começa às 4h da manhã. É bem cedinho mesmo, para eu conseguir fazer minha prática antes de começar a dar as aulas. Às 6h, eu tenho a primeira aula, que é virtual. Depois, por volta das 7h, dou uma aula presencial. Na sequência, eu faço musculação para fortalecer o corpo e a própria prática. E aí vem os cuidados com a casa e os estudos. No período da tarde, tenho mais aulas particulares, que só terminam às 19h”, conta a professora.

Satyla diz que a profissão exige muito envolvimento físico e emocional, e que uma pessoa interessada em se tornar professora precisa ter disciplina e estar engajada nos princípios da yoga. Praticar o que ensina.

“Yoga significa união. O objetivo da prática é essa integração da gente com a gente mesmo, com os nossos pilares essenciais: o corpo, a mente, o espírito e a harmonia deles para a gente transitar pela vida e todos os desafios. A Yoga não vai resolver os problemas, mas vai te trazer disciplina para o que precisa ser feito. Aprender a trabalhar a mente não como inimiga, mas como ferramenta. Aprender a ouvir o próprio coração”, diz a professora.

Brinquedista

Já pensou em ser um profissional pago para brincar e organizar brincadeiras de criança? O trabalho de brinquedista envolve uma dose alta de diversão, mas é sério e exige uma formação específica para que a pessoa seja capaz de lidar com uma rotina diária movimentada de trabalho. O mercado de trabalho tem opções principalmente em brinquedotecas de escolas, hospitais e empresas privadas.

Brasília (DF) 08/06/2024 - Brinquedoteca do hospital da Santa Casa de Poços de Caldas (GO) - Ovnis, brinquedos, perucas: com o que trabalham novas profissões do país.
Foto: Hospital da Santa Casa de Poços de Caldas/Divulgação
Foto: Hospital da Santa Casa de Poços de Caldas/Divulgação

“O brinquedista se ocupa de selecionar o acervo da brinquedoteca. Os brinquedos e jogos que mais atendem ao público, conforme a idade e o ambiente onde as crianças estão inseridas. Uma brinquedoteca hospitalar, por exemplo, não pode ter determinados tipos de brinquedos por conta da higienização. O profissional vai organizar os espaços dentro da brinquedoteca para que sejam atraentes, para que as crianças interajam ali dentro. Ele ensina e incentiva brincar. Pode trazer projetos de músicas ou artes. Também cuida da parte de limpeza e da segurança do brinquedo, se ele precisa de manutenção e descarte. Tem que acolher famílias. Não é pouca coisa”, explica Maria Célia Malta Campos, psicopedagoga e presidente da Associação Brasileira de Brinquedoteca (ABBri).

A primeira brinquedoteca do país foi montada em 1981: a Brinquedoteca Indianópolis, em São Paulo, tendo como diretora a pedagoga Nylse Helena Silva Cunha. A ABBri surge em 1984 e está com 39 anos de existência. Hoje, quem deseja se tornar um brinquedista precisa passar por um curso livre de 40 ou 50 horas. Não é exigido diploma universitário, basta ter o ensino médio completo.

O reconhecimento na Classificação Brasileira de Ocupações foi importante, segundo os brinquedistas, para evitar confusões com outros tipos de atividades, que possuem filosofias bem diferentes.

“A gente diferencia bastante o brincar da brinquedoteca do brincar pedagógico voltado para um ensino. O brincar para nós é livre, criativo, onde a criança se comunica, se expressa, ela é o centro da atividade”, explica Maria Célia. “Existe uma base sólida para diferenciar esse profissional do educador e do recreador. O recreador lidera e organiza situações de brincadeira. Ele é o centro da atividade. E para nós é o contrário. O centro da atividade é a criança”.

(Fonte: Agência Brasil. Foto:Reprodução)

 

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Dourados realiza 2ª Conferência Regional LGBTQIAPN+ para debater inclusão e respeito

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No próximo dia 23 de maio, durante todo o dia, Dourados será palco da 2ª Conferência Regional LGBTQIAPN+, que acontecerá na Câmara Municipal. O evento, que é gratuito e aberto ao público, é uma realização da Prefeitura de Dourados, por meio da Coordenação de Direitos Humanos e Cidadania e da Coordenadoria de Políticas Públicas da Diversidade Sexual.

Esta Conferência representa uma importante etapa preparatória rumo à 4ª Conferência Nacional LGBTQIAPN+, que será realizada ainda este ano, em Brasília. Trata-se de um momento estratégico para fortalecer o debate público, ampliar a escuta das demandas da população LGBTQIAPN+ e construir propostas concretas que assegurem mais dignidade, respeito e oportunidades para essa parcela da sociedade.

A coordenadora de Políticas Públicas da Diversidade Sexual, Cláudia Assumpção, reforça a importância da participação popular e destaca a relevância do evento no cenário regional. “A conferência se consagra como um espaço de pluralidade, diversidade e construção coletiva”, enfatiza. “Esperamos um bom número de pessoas engajadas, que compreendem a urgência de avançarmos na promoção dos direitos humanos”, continua. “Agradecemos imensamente ao prefeito Marçal Filho por todo o apoio e sensibilidade com essa pauta, e à comissão organizadora que tem se dedicado com firmeza à luta pelos direitos da população LGBTQIAPN+”, afirmou Cláudia.

A história da população LGBTQIAPN+ no Brasil é marcada por resistência, mas também por importantes conquistas sociais, jurídicas e políticas nos últimos anos. A criminalização da homofobia e transfobia, o direito ao casamento civil igualitário, o uso do nome social e a crescente inclusão de pessoas LGBTQIAPN+ em espaços institucionais e educativos são frutos de décadas de mobilização, ativismo e diálogo com o poder público. No entanto, os desafios ainda são muitos, e eventos como a Conferência reafirmam a necessidade de manter viva a luta por uma sociedade mais justa, equitativa e acolhedora.

A programação do evento contará com mesas temáticas, palestras, debates, apresentações culturais e a construção de propostas que serão encaminhadas para a etapa estadual da conferência. O encontro será um momento de troca de experiências, articulação de estratégias de enfrentamento à discriminação e de incentivo à criação de políticas públicas que atendam às reais necessidades da comunidade LGBTQIAPN+ da região de Dourados e dos 14 municípios vizinhos.

Na semana passada, aconteceu reunião de organização, na Casa dos Conselhos, com participação de representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), das universidades federal (UFGD) e estadual (UEMS), lideranças indígenas, movimentos sociais e integrantes do gabinete do vereador Franklin Schmalz, presidente da Comissão de Direitos Humanos e Cidadania da Câmara Municipal.

Também esteve presente o coordenador de Direitos Humanos e Cidadania do Município de Dourados, Luiz Carlos Ferreira Calado, que recepcionou os participantes em nome do prefeito Marçal Filho, reafirmando o compromisso da gestão municipal com a pauta dos direitos humanos e com a realização da Conferência. A participação de diversos segmentos da sociedade demonstra um compromisso coletivo com a defesa da vida, do amor, da liberdade e da cidadania.

A Conferência também conta com apoio institucional da Presidência da Câmara de Vereadores, que se mostrou receptiva e sensível à causa, oferecendo a estrutura do plenário para acolher o evento. O vereador Franklin, além de anfitrião no legislativo, tem se mostrado atuante e parceiro nas pautas que envolvem os direitos humanos e a diversidade sexual.

Entre as presenças confirmadas, destaca-se Bel Silva, assistente social e primeira mulher trans aprovada no Programa de Residência Multiprofissional em Saúde da Família Sesau/Fiocruz em Campo Grande. Especialista em saúde da família, Bel Silva trará importantes contribuições para o debate, a partir de sua trajetória de superação, protagonismo e atuação profissional na promoção da equidade em saúde.

“Mais do que um evento, a 2ª Conferência Regional LGBTQIAPN+ é uma convocação à empatia, à responsabilidade social e ao reconhecimento de que a diversidade enriquece a cidade, fortalece os vínculos comunitários e garante o protagonismo de populações historicamente marginalizadas”, consideramos organizadores.

As inscrições podem ser feitas por meio do link (https://forms.gle/RMuiCPzLW78cNVx98) disponíveis nas redes sociais da Prefeitura de Dourados e dos órgãos parceiros.

Com assessoria.

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Na Expoagro, prefeito destaca esforços para volta dos voos comerciais em Dourados

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Na abertura oficial da Expoagro, o prefeito Marçal Filho exaltou o protagonismo de Dourados e do Estado no agro nacional. Foto: A. Frota

O prefeito de Dourados, Marçal Filho, foi cirúrgico na manhã de sábado, durante solenidade oficial de abertura da 59ª Exposição Agropecuária e Industrial (Expoagro), e detalhou para um público atento e exigente os esforços que a prefeitura está fazendo para a volta dos voos comerciais no Aeroporto Regional Francisco de Matos Pereira. “O município atendeu todas as exigências da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea) para homologação do aeroporto para voos comerciais e agora depende exclusivamente da licitação que a Infraero vai fazer para aquisição da Estação Prestadora de Serviços de Telecomunicações e de Tráfego Aéreo”, ressaltou.

Marçal Filho também destacou a parceria do governo do Estado para superar os desafios de colocar o aeroporto regional em operação. “Estive pessoalmente em reunião com executivos da Azul e da GOL e já havia conversado por telefone com executivos da Latam”, ressaltou o prefeito. “Nesta sexta-feira o governador Eduardo Riedel anunciou que a Latam aterrissa de Dourados com o primeiro voo em setembro e esse anúncio é fruto da parceria que o município e o Estado firmaram para nossa cidade pudesse retomar os voos comerciais para os grandes centros do Brasil”, completou o prefeito.

Durante a abertura da Expoagro, Marçal Filho também destacou a força do agronegócio do município e do Mato Grosso do Sul. Marcaram presença na solenidade o governador Eduardo Riedel, o vice-governador José Carlos Barbosa (Barbosinha), o presidente da Assembleia Legislativa, Gerson Claro, o ex-governador Reinaldo Azambuja, além de deputados estaduais, federais, vereadores, prefeitos da região e o presidente do Sistema Famasul, Marcelo Bertoni. O presidente do Sindicato Rural de Dourados, Gino Ferreira, anfitrião da feira, também foi destaque nas homenagens.

Em seu discurso, Marçal Filho parabenizou Gino Ferreira pela realização da Expoagro, que, segundo ele, “entra para a história”. O prefeito exaltou o protagonismo de Dourados e do Estado no agro nacional, citando o crescimento em áreas antes pouco exploradas, como a produção de laranja, amendoim e celulose, fruto do trabalho iniciado ainda na gestão do ex-governador Reinaldo Azambuja.

Ele também fez questão de ressaltar a importância da atuação do deputado federal Rodolfo Nogueira, presidente da Comissão da Agricultura da Câmara dos Deputados, além de saudar a parceria com os deputados estaduais presentes, representados na pessoa do deputado Zé Teixeira. Marçal Filho também falou da parceria com a Câmara de Dourados pela governabilidade e recuperação do município e destacou a condução do Legislativo Municipal pela presidente da Câmara de Vereadores, Liandra Brambilla.

Marçal aproveitou a ocasião para fazer um balanço dos primeiros quatro meses de gestão, destacando as medidas adotadas para enxugar a folha de pagamento da prefeitura e regularizar a situação financeira do município, incluindo a retirada do nome de Dourados do CAUC, o “SPC das prefeituras”, o que permite ao município receber repasses federais e firmar convênios.

Ele relatou que recebeu uma prefeitura mergulhada em dívidas e citou como exemplo a situação da Fundação de Serviços de Saúde (Funsaud), que administra a UPA e o Hospital da Vida, com dívidas superiores a R$ 80 milhões. O prefeito destacou ainda as obras de recapeamento em andamento no Grande Água Boa e a abertura de licitações para construção de postos de saúde e escolas, além do projeto para trocar toda a iluminação da cidade por lâmpadas de LED até o fim da gestão e os ajustes necessários nos projetos do Fonplata.

Marçal Filho enfatizou que a atual gestão está focada no resgate da autoestima dos douradenses. “Estamos trabalhando para que Dourados não seja apenas a segunda maior cidade do Estado, mas que seja a melhor para se viver”, ressaltou. “Isso só é possível com a união da nossa equipe, dos deputados e do governador”, afirmou. O prefeito encerrou seu discurso anunciando que, com apoio da bancada federal e do Estado, planeja revitalizar os parques da cidade e criar um novo cartão-postal para Dourados, que será o Parque Arnulpho Fioravante.

DESENSOLVIMENTO

O governador Eduardo Riedel também discursou e ressaltou a importância da Expoagro como uma das maiores feiras do Estado. Ele elogiou a estrutura do parque e as obras em andamento em Dourados, como o recapeamento de bairros como Água Boa e Santo André, destacando a parceria com o prefeito Marçal Filho. Riedel afirmou que o desenvolvimento é a melhor ferramenta para combater a pobreza e que o Estado está trabalhando em três frentes: orçamento estadual, recursos federais e atração de investimentos privados. “O investimento privado só vem se o projeto da cidade for bom e oferecer retorno”, disse, garantindo que Mato Grosso do Sul está se estruturando para seguir crescendo.

Com assessoria.

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Diretoria do Previd de Dourados toma posse para o próximo triênio

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Prefeito Marçal Filho deu posse à nova diretoria do Previd de Dourados. Foto: A. Frota

A nova diretoria executiva do Instituto de Previdência Social dos Servidores do Município de Dourados (Previd) tomou posse na manhã desta sexta-feira (9) para o mandato 2025-2028. A solenidade foi realizada na sede do instituto com a presença do prefeito Marçal Filho, servidores municipais e representantes da administração pública.

Reconduzido ao cargo de diretor-presidente, o servidor Theodoro Huber inicia sua terceira gestão à frente do instituto, ao lado de Gleicir Carvalho (diretora de Benefícios), Márcio Rodrigues (diretor Financeiro) e Kalyanna Gianello Santini (diretora Administrativa).

Em seu discurso, o prefeito Marçal Filho destacou que a recondução da atual presidência reflete o reconhecimento do trabalho sério e comprometido com a gestão dos recursos previdenciários dos servidores municipais. “Cuidar da previdência dos aposentados é um trabalho visionário e de grande responsabilidade, que vem sendo muito bem conduzido por toda a equipe do Previd”, afirmou.

Theodoro Huber agradeceu aos votos recebidos e ressaltou a importância da campanha, durante a qual percorreu diversos setores da Prefeitura e da Câmara Municipal para apresentar as propostas da gestão. “Foi uma experiência muito gratificante. Agora, vamos intensificar o trabalho e adotar o modelo digital como novo padrão da instituição”, declarou.

O diretor-presidente também comemorou o alcance da meta histórica de R$ 1 bilhão em patrimônio, o que consolida o Previd como o maior instituto de previdência de Mato Grosso do Sul.

A estrutura administrativa do Previd é formada por um Conselho Curador, um Conselho Fiscal e uma Diretoria Executiva composta por quatro membros, com mandato de três anos. A nova diretoria foi eleita no dia 24 de abril pelos servidores municipais ativos e aposentados.

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