A Prefeitura de Dourados, por meio do Núcleo de Vigilância Sanitária, adverte a população sobre a ilegalidade da comercialização dos DEFs (Dispositivos Eletrônicos para Fumar) e acerca dos perigos à saúde humana causados pelos produtos. Mesmo com resolução da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), vigente desde 2009, seguida por decisão do órgão municipal feita no mesmo ano, que proíbe a venda, importação e propaganda de quaisquer dispositivos do tipo, os itens são facilmente encontrados no comércio do município.
“Considerando a inexistência de dados científicos que comprovem a eficiência, a eficácia e a segurança no uso e manuseio de quaisquer dispositivos eletrônicos para fumar, conhecidos como cigarro eletrônico, em face da incidência do Princípio da Precaução, adota a seguinte Resolução”, consta no documento da Anvisa.
De acordo com o Núcleo de Vigilância Sanitária de Dourados, primeiramente o foco é voltado à uma campanha educativa e orientativa sobre assunto para que a população tome conhecimento da ilegalidade e riscos envolvendo os produtos. Posteriormente deve ocorrer fiscalização nos estabelecimentos do município e caso os itens sejam encontrados, serão apreendidos, e haverá sanções de acordo com a lei nº 6.437 de 20 de agosto de 1977. “Temos que deixar claro que é um produto proibido, que não tem registro na Anvisa e entra no país de forma ilegal. Mesmo sendo derivado de tabaco é ilegal”, ressalta a diretora do Núcleo, Ana Paula Triches.
Vale destacar que a legislação vale para todos os itens desse tipo, independentemente do modelo ou nomenclatura utilizada para o produto.
Riscos
De acordo com a Anvisa, estudos científicos demonstram que o uso dos dispositivos eletrônicos para fumar está relacionado com aumento do risco de jovens ao tabagismo, potencial de dependência e diversos danos à saúde pulmonar, cardiovascular e neurológica.
A Agência afirma ainda que os cigarros eletrônicos estão na quarta geração, onde é encontrada concentração maior de substâncias tóxicas. Existem ainda os cigarros de tabaco aquecido. São dispositivos eletrônicos para aquecer um bastão ou uma cápsula de tabaco comprimido a uma temperatura de 330°C. Dessa forma, produzem um aerossol inalável.
Pesquisa recente do Covitel (Inquérito Telefônico de Fatores de Risco para Doenças Crônicas Não Transmissíveis em Tempos de Pandemia), realizada pela Vital Strategies e pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel), aponta que um em cada cinco jovens no Brasil, na faixa de 18 a 24 anos de idade, usa o cigarro eletrônico.
O diretor executivo da Fundação do Câncer e médico oncologista, Luiz Augusto Maltoni, disse em entrevista à Agência Brasil que o cigarro eletrônico produz grande volume de substâncias tóxicas e cancerígenas que levam a doenças importantes, como cânceres de pulmão, esôfago, boca, pâncreas, bexiga, entre outros; doenças cardiovasculares com forte relação com tabaco, entre as quais infarto e derrame cerebral; e doenças pulmonares, como enfisema.
“Essas são um pouco da abrangência dos males dos produtos decorrentes tanto do cigarro convencional, como do cigarro eletrônico, que vem travestido de aromas e sabores e formatos, como pen drive, para enganar os jovens que pode ser inócuo”, comenta.
Ele lembrou ainda que esses produtos são causas de comprometimento da saúde em formas que não eram conhecidas. Nos Estados Unidos, por exemplo, foi registrada antes da pandemia da covid-19 a síndrome Evali, que identifica lesão pulmonar associada ao uso de produtos de cigarro eletrônico ou vape.
“É uma inflamação aguda dos pulmões em jovens. Esses pacientes vão para CTIs e são entubados. Há relatos de alguns jovens que são submetidos a transplante de pulmão pela destruição dos pulmões por esse processo inflamatório agudo e tem relação com o cigarro eletrônico”, disse.
Dados divulgados nesta terça-feira (14) pelo Ministério da Saúde mostram que os casos de febre Oropouche estão se espalhando pelo Brasil. O país contabiliza, neste momento, 5.102 casos da doença, sendo 2.947 no Amazonas e 1.528 em Rondônia.
Os demais casos foram registrados ou estão em investigação na Bahia, Acre, Espírito Santo, Pará, Rio de Janeiro, Piauí, Roraima, Santa Catarina, Amapá, Maranhão e Paraná.
Os dados foram atualizados até o dia 15 de março.
“Há algumas semanas está acontecendo um espalhamento para outras regiões do Brasil. A gente não está só naquela concentração na Região Norte, que foi o primeiro momento. A gente acreditou que ia ficar concentrado, mas vimos que houve um espalhamento”, alerta a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Ethel Maciel.
“Introduzimos a vigilância dessa nova doença, fizemos a construção das orientações para observação clínica. A gente não tinha nenhum manual ou protocolo para febre Oropouche. Distribuímos os testes para toda a rede Lacen [laboratórios centrais] e, por isso, estamos conseguindo captar, fazer o diagnóstico correto para essa doença. Estamos monitorando de perto e entendendo melhor essa nova arbovirose”, esclarece.
A maioria dos casos de febre Oropouche no país foi diagnosticada em pessoas com idade entre 20 e 29 anos. As demais faixas etárias mais afetadas pela doença são 30 a 39 anos, 40 a 49 anos e 10 a 19 anos.
A visão integrada entre a saúde humana, animal e saúde ambiental tem sido debatida por diversos cientistas do mundo, principalmente, após a pandemia da Covid-19. Desta forma, a SES (Secretaria de Estado de Saúde), por meio da Coordenadoria de Saúde Única, realiza quarta-feira (15) o ‘II Symposium One Health/Saúde Única’, no Centro de Convenções do Bioparque Pantanal, em Campo Grande.
O evento abordará políticas, programas e projetos que estão sendo desenvolvidos na temática da Saúde Única, pela coordenadoria de Saúde Única da SES, além de mobilizar toda a sociedade para trabalhar este novo conceito de forma integrada e, assim, estar preparada para eventuais ameaças endêmicas e pandêmicas.
Confira a programação:
Quarta-feira, 15 de maio:
8 horas às 9 horas – Credenciamento e Coffee Break
9 horas às 10 horas – Projeto Rota da Celulose
Danielle Ahad, das Neves – SES/MS
Danila Fernanda Rodrigues Frias -SES/MS
10 horas às 11h30 – Projeto Teníase/Cisticercose
Juliana Maria P. F. Gonfiantini Fernandes – SFA/MS
Luciano Fabrízio Bariani José de Oliveira – Iagro/MS
O prazo para receber a primeira dose da vacina contra a dengue termina no próximo domingo (19). Nesta última semana, seguem ações especiais do Núcleo de Imunização da Sems (Secretaria Municipal de Saúde) com empresas para levar a Qdenga aos colaboradores. Por outro lado, a vacinação da segunda dose, para quem completou três meses da primeira, segue normalmente.
A Prefeitura de Dourados fez uma parceria com a Sanesul (Serviço de Saneamento de Mato Grosso do Sul) para que os colaboradores fossem vacinados contra a dengue e gripe nas unidades Onofre P. de Matos e Presidente Vargas. Uma parte foi atendida na última semana de abril e outra nesta semana. Pouco mais de 100 servidores participaram da ação e, os que receberam as duas vacinas, precisaram de um intervalo de 24 horas entre uma e outra.
Edvan Marcelo Marques, gerente do NI, a parceria com as empresas tem sido fundamental para fazer a vacina contra a dengue chegar aos douradenses. “A exemplo da Sanesul, muitas empresas entenderam a importância da vacinação contra a dengue chegar ao maior número de douradenses, com o benefício direto de evitar que o colaborador fique afastado em caso do contágio, já que a vacina protege contra forma grave da doença de forma muito efetiva”, explica.
Segundo ele, a vacinação contra covid-19 e influenza, ambas também disponíveis em todas Unidades Básicas de Saúde, também são importantes nesta relação das empresas com os colaboradores. “A possibilidade do funcionário com as vacinas em dia estar impossibilitado de comparecer ao trabalho por causa de uma síndrome respiratória ou mesmo uma gripe mais forte é infinitamente menor do que uma pessoas que não recebeu a vacina, o que evidentemente, se reflete na produtividade da empresa. É uma relação em que todos ganham”, completa.