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Educação

Só metade das escolas públicas têm projetos antirracistas, aponta ONG

Políticas em prol da diversidade começaram a cair em 2015

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Hoje universitária, a brasiliense Nathalia Maciel, de 19 anos, que se identifica como mulher negra, acostumou-se a ouvir em sala de aula sobre heróis e heroínas brancos e feitos de europeus que chegaram ao Brasil. Estudou o ensino fundamental e médio em escola pública na região administrativa de Santa Maria, a 40 km do centro da capital. “Sentia falta de saber sobre pessoas negras, que só eram citadas em 20 de novembro (dia da Consciência Negra). As pessoas só faziam para ganhar nota nas matérias”, lamenta.

A percepção da estudante sobre a falta de projetos que valorizem a diversidade e enfrentem problemas como o racismo pode ser constatada em números. Segundo levantamento da ONG Todos Pela Educação, apenas metade (50,1%) das escolas públicas do país tiveram ações contra o racismo em 2021, ano em que foi feita a última pesquisa do Sistema Nacional de Avaliação Básica (Saeb).

O fato é que, naquele ano, o total de escolas públicas com projetos para combater racismo, machismo e homofobia caiu ao menor patamar em 10 anos. Os dados utilizados foram extraídos dos questionários contextuais do Saeb destinados a diretores e diretoras escolares, entre 2011 a 2021.

Falhas

A pesquisadora Daniela Mendes, analista de políticas educacionais do Todos Pela Educação, contextualiza que quando questões raciais e de gênero não são trabalhadas dentro das escolas, o ensino falha tanto no processo de aprendizagem dos alunos quanto na construção de uma sociedade melhor, com menos violência e menos desigualdades.

“O impacto que esses dados nos mostram não é apenas educacional. As violências sofridas nas escolas podem ser tanto físicas e verbais quanto simbólicas com insinuações e constrangimentos que tornam o ambiente escolar um espaço hostil para determinados grupos. Isso tem um impacto na evasão escolar”, afirmou Daniela Mendes.

Colonização

De acordo com o que analisa a pesquisadora Gina Vieira, professora da rede pública no Distrito Federal e com projetos premiados em relação à diversidade em sala de aula, a escola no Brasil não promove a diversidade.

“A escola brasileira, assim como o projeto de colonização do país, trabalha na lógica da homogeneização. Então, nós temos um currículo racista e uma educação racista. Nós temos um currículo oficial que ainda conta a história oficial que é contada na perspectiva do homem branco europeu”, pontua.

Ela explica que são raros os materiais pedagógicos diversos que incorporem as vozes dos povos historicamente excluídos. “A gente está, por exemplo, comemorando 20 anos da Lei 10.639 [que inclui História e Cultura Afro-Brasileira no currículo escolar], que é resultado da luta histórica do movimento negro pelo direito da história da África e de pessoas negras em diáspora”. Ela cita que as leis não são o suficiente para mudança de perspectivas, mas sim uma mudança cultural e de políticas públicas. “Como diz o Drummond, os lírios não nascem por força da lei”.

Em queda

A quantidade de escolas com projetos atentos à diversidade começou a cair a partir do ano de 2015, quando o índice havia chegado ao maior patamar no período: 75,6%. Desde então, os números despencaram.

Além de racismo, a atuação contra homofobia e machismo está na menor parte das escolas brasileiras. Em 2011, por exemplo, 34,7% das escolas relataram ter ações. Em 2017, o índice chegou a 43,7%. Mas, também caiu nos anos seguintes. Em 2021, representava apenas 25,5%.

Para Daniela Mendes, analista de políticas educacionais do Todos Pela Educação, o avanço de uma pauta ultraconservadora nos últimos anos, os impactos da pandemia e a falta de coordenação nacional durante a última gestão do Ministério da Educação foram fatores que podem ter influenciado o cenário.

Para a professora Gina Vieira, cabe à sociedade estar mobilizada para cobrar uma escola antirracista e contra machismo e homofobia. “A gente precisa rechaçar com toda força essa perspectiva que a gente viveu nos últimos quatro anos entre o professor e a escola representados como inimigos da sociedade. Como alguém que devo fiscalizar, denunciar, gravar e achincalhar. Um país que não valoriza a educação, a escola e os educadores está fadado ao retrocesso”, afirma.

Providências

Em nota à reportagem, o Ministério da Educação garantiu que tem trabalhado para modificar esse cenário desde o início da atual gestão. A primeira ação foi a recriação da Secadi (Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão). “Uma pasta que já se configura como uma ação afirmativa, na qual tem em sua estrutura a Diretoria de Políticas de Educação Étnico-racial Educação Escolar Quilombola, um instrumento institucional para formular, articular e executar as políticas voltadas para a implementação da Lei 10.639/03”.

Além disso, segundo MEC, foi retomada a formação de professores a partir do apoio financeiro às universidades e relançado o Programa de Desenvolvimento Acadêmico Abdias Nascimento, que fomenta a pesquisa na graduação e pós-graduação. “Outra iniciativa resgatada foi a Cadara, a comissão de assessoramento do MEC formada por entes federais e sociedade civil. Ainda há um longo caminho pela frente, mas hoje a Secadi está empenhada em garantir recursos para que no próximo ano possa investir ainda mais em ações de combate ao racismo”.

Para Ingridy, que é uma adolescente negra, de 15 anos, também moradora de Brasília, e estudante de escola pública, uma escola preocupada com diversidade e disposta a não ser homogênea seria fundamental também para o dia a dia. E isso parece uma aula simples. “Ajudaria a combater o preconceito e promoveria o respeito e a aceitação na escola”, avalia.

(Fonte: Agência Brasil. Foto:Reprodução)

Educação

Prefeitura de Dourados realiza 1º Interclasse de Robótica nas escolas da Reme

A competição começou nesta terça (14) e conta com a participação de nove escolas

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Começou nesta terça-feira (14), o 1º Interclasse de Robótica, promovido pela Prefeitura de Dourados, por meio da Semed (Secretaria Municipal de Educação). A competição interna das escolas municipais conta com a participação de 610 alunos inscritos, todos matriculados na robótica de nove escolas da Reme (Rede Municipal de Ensino).

Hoje (15), das 14h às 16h, é a vez da Escola Municipal Álvaro Brandão.  “Nossa competição está acontecendo em 9 escolas, com um total de 610 alunos inscritos. As melhores equipes de cada escola irão para um confronto final, que vai ser realizado dia 15 de junho no IFMS (Instituto Federal de Mato Grosso do Sul”, informa o secretário de Educação, Carlos Vinícius Figueiredo.

Ainda de acordo com a Semed, a premiação para os vencedores de cada escola vai ser definida internamente pela direção respectiva. Também haverá uma premiação para os campeões da etapa final no IFMS.

“A competição é uma forma de estimular ainda mais todos os sentidos já fomentados pela robótica: coordenação motora, raciocínio lógico, pensamento computacional, inteligência emocional, trabalho em equipe, agilidade e criatividade, liderança e comprometimento,  organização e disciplina”, enumera o secretário.

Robótica  nas escolas

A Prefeitura adquiriu 50 kits de robótica que são usados por alunos do 6° ao 9° ano no período contraturno. Cada kit compreende 10 conjuntos robóticos que atendem até 50 alunos, ou seja, são 500 conjuntos na rede toda. A nova tecnologia inclui material de apoio do professor e do aluno, toda a grade, a composição curricular, a metodologia empregada e os treinamentos para os professores.

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

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Educação

Iniciação Musical chega às Escolas da Reme de Itaporã.

O projeto denomina-se “Musica na Escola” e será ministrado pelo excelente músico instrumentista Cristiano Heitor, que também é servidor público.

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Nesta quinta-feira (09), aconteceu a aula inaugural de Violão para os alunos das Escolas Maria Timira e Sonia Paiva e Salvador de Aguiar, através de uma ação conjunta entre Gerencia de Educação, Getcel, e Assistência Social.

O projeto denomina-se “Musica na Escola” e será ministrado pelo excelente músico instrumentista Cristiano Heitor, que também é servidor público.

Num primeiro momento as aulas serão ministradas no espaço físico da Porciúncula e do serviço de convivência- Projeto Vincular.

É a administração pública investindo em mais esta ação. “O aprendizado de música, além de favorecer o desenvolvimento afetivo da criança, amplia a atividade cerebral, melhora o desempenho escolar dos alunos e contribui para integrar socialmente o indivíduo”. Destaca a gerente de educação Denise Pacco.

(Com assessoria. Foto: Divulgação)

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Educação

Prefeitura da Capital divulga resultado preliminar do processo de assistente educacional inclusivo

Conforme o edital de número 10/2024-02, o processo seletivo é para formação de Cadastro de Reserva (CR) do Processo n. 19647/2023.

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A Prefeitura de Campo Grande, através da Secretaria Municipal de Educação (Semed), divulgou nesta sexta-feira (10), o resultado preliminar da prova de títulos do processo seletivo para contratação de assistente educacional inclusivo. A relação tem 232 nomes.

Conforme o edital de número 10/2024-02, o processo seletivo é para formação de Cadastro de Reserva (CR) do Processo n. 19647/2023.

Assim, foi estabelecido o prazo de dois dias úteis, contados a partir da data de publicação do Edital, para interposição de recurso em face do presente Resultado Preliminar.

A relação com o nome de 232 classificados pode ser conferida a partir da página 4 do Diogrande, pelo link: https://diogrande.campogrande.ms.gov.br/download_edicao/eyJjb2RpZ29kaWEiOiI5MjI0In0%3D.pdf

(Com assessoria. Foto: Divulgação)

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