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Saúde

Ser Doador de órgãos é sinônimo de amor e altruísmo

Dia Nacional de Doação de Órgãos é celebrado no final do mês

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O mês de setembro traz à tona uma pauta muito importante: a doação de órgãos. Esta atitude pode ajudar a salvar muitas vidas, além de ser, por vezes, a única chance de recomeço para quem aguarda na fila de transplantes.

Mesmo sendo referência mundial na área de transplantes e ocupando o 2º lugar no ranking, ficando atrás apenas dos EUA, o Brasil ainda possui milhares de pessoas aguardando na fila de transplante. Por isso, no próximo dia 27 é celebrado o Dia Nacional de Doação de Órgãos. A data é uma maneira de incentivar a sociedade a praticar esse gesto de amor e altruísmo.

Médica nefrologista da Unimed Campo Grande, Dra. Rafaella Campanholo Grandinete, explica o que fazer para tornar-se um doador. “É essencial lembrar que para ser um doador é preciso informar os familiares sobre esse desejo, porque são eles quem autorizam a doação de órgãos e tecidos em casos de óbito”.

As doações também podem ocorrer entre pessoas vivas, desde que isso não prejudique a saúde dos envolvidos e que atenda o que estabelece a legislação. Nestes casos, podem ser doados um dos rins, parte do fígado, parte da medula óssea ou parte do pulmão.

Um caso recente de transplante entre pessoas vivas, foi o da Lorena Teixeira Webster, de 32 anos, que após oito anos de espera e um diagnóstico de lúpus, recebeu um rim, doado pelo esposo, Washington Torres Magalhães. O transplante foi realizado em agosto deste ano, no Hospital Unimed Campo Grande, mesmo local onde a paciente recebeu o diagnóstico da doença, na época.

“O diagnóstico mudou completamente a minha vida. Desde o início meu médico disse que eu precisaria de um transplante. Hoje, eu sei que Deus me deu vida através da minha mãe e agora, através do meu esposo, ele me deu qualidade de vida”, falou Lorena após o transplante.

Sobre o que sentiu em poder doar uma parte de si para a esposa, Washington disse “acho que cada um tem uma missão nessa vida e se essa for a minha, me sinto honrado em poder oferecer um pouco de qualidade de vida pra ela. Somos um só e doando um pouquinho de mim ficamos mais completos”.

Lorena foi a terceira paciente transplantada na unidade hospitalar.

Transplante Renal  

O Hospital Unimed Campo Grande é credenciado pelo Ministério da Saúde desde o início de 2020 para realização de transplantes renais, sem contar que é o único da rede privada de Mato Grosso do Sul a contar com o serviço.

“Além de ser o único da rede privada do estado a fazer esse tipo de transplante, o hospital já fazia a captação de outros órgãos”, lembra Dra. Rafaella.

Vale destacar que o serviço oferecido pela instituição contempla toda a sociedade sul-mato-grossense e não apenas beneficiários do plano, pois antes, muitos órgãos captados aqui eram enviados para atender pacientes de outros estados do Brasil por falta de leitos.

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

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Saúde

Boletim Epidemiológico: MS registra 15.901 casos confirmados de dengue

Em relação à Chikungunya, o Estado já registrou 3.143 casos prováveis, sendo 893 confirmados

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Mato Grosso do Sul já registrou 19.110 casos prováveis de Dengue, sendo 15.901 casos confirmados, em 2024.  Estes dados foram apresentados no boletim referente à 39ª semana epidemiológica, divulgado pela SES (Secretaria de Estado de Saúde) nesta quinta-feira (3). Segundo o documento, 30 óbitos foram confirmados em decorrência da doença e outros 18 estão em investigação.

Nos últimos 14 dias, Brasilândia registrou incidência média da doença. Já os óbitos registrados ocorreram nos municípios de Maracaju, Chapadão do Sul, Coronel Sapucaia, Dourados, Laguna Carapã, Naviraí, Sete Quedas, Amambai, Paranhos, Ponta Porã, Iguatemi, Itaquiraí, Aparecida do Taboado, Mundo Novo, Campo Grande e Bonito. Entre as vítimas, 15 delas possuíam algum tipo de comorbidade.

Vacinação

Ainda conforme o boletim, 92.216 doses do imunizante já foram aplicadas na população-alvo para a vacinação. Ao todo, Mato Grosso do Sul já recebeu do Ministério da Saúde 173.140 doses do imunizante contra a dengue. O esquema vacinal é composto por duas doses com intervalo de três meses entre as doses.

A vacinação contra a dengue é recomendada para crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos, 11 meses e 29 dias de idade, faixa etária que concentra o maior número de hospitalização por dengue, dentro do quadro de crianças e adolescentes de 6 a 16 anos de idade.

Chikungunya

Em relação à Chikungunya, o Estado já registrou 3.143 casos prováveis, sendo 893 confirmados. Não há óbitos registrados. A SES alerta que as pessoas devem evitar a automedicação. Em caso de sintomas de dengue ou Chikungunya, a recomendação é procurar uma unidade de saúde do município.

Confira os boletins:

Boletim Epidemiológico Dengue SE 39 – 2024

Boletim Epidemiológico Chikungunya SE 39 – 2024

(Com assessoria. Foto: Divulgação)

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Saúde

Brasil elimina elefantíase como problema de saúde pública

OMS parabenizou o país pelo estágio alcançado contra a doença

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A filariose linfática, popularmente conhecida como elefantíase, foi eliminada do território brasileiro como problema de saúde pública. Considerada uma das maiores causas globais de incapacidade permanente ou de longo prazo, a doença permanecia endêmica apenas na região metropolitana do Recife, incluindo Olinda, Jaboatão dos Guararapes e Paulista. O último caso confirmado, segundo o Ministério da Saúde, foi registrado em 2017.

Causada pelo verme nematoide Wuchereria Bancrofti, a filariose linfática é transmitida pela picada do mosquito Culex quiquefasciatus, também conhecido no Brasil como pernilongo ou muriçoca, infectado com larvas do parasita. Entre as manifestações clínicas mais importantes estão edemas ou acúmulo anormal de líquido nos membros, nos seios e na bolsa escrotal, que podem levar o paciente à incapacidade.

Em nota, a Organização Mundial da Saúde (OMS) parabenizou o país pela eliminação da filariose linfática como problema de saúde pública. “Eliminar uma doença é uma conquista importante e que exige um compromisso inabalável”, avaliou o diretor-geral da entidade, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

“Parabenizo o Brasil por seus esforços para libertar sua população do flagelo de uma doença dolorosa, desfigurante, incapacitante e estigmatizante. Este é mais um exemplo do incrível progresso que estamos fazendo contra as doenças tropicais negligenciadas, além de dar esperança a diversas outras nações que ainda lutam contra a filariose linfática para que também possam eliminar a doença”, completou Tedros.

Cenário global

De acordo com a OMS, o Brasil agora se une a outros 19 países e territórios que também foram certificados pela eliminação da filariose linfática como problema de saúde pública. São eles: Malawi, Togo, Egito, Iêmen, Bangladesh, Maldivas, Sri Lanka, Tailândia, Camboja, Ilhas Cook, Quiribati, Laos, Ilhas Marshall, Niue, Palau, Tonga, Vanuatu, Vietnã e Wallis e Futuna.

Nas Américas, três países permanecem classificados pela entidade como endêmicos para a filariose linfática: República Dominicana, Guiana e Haiti. Nessas localidades, segundo a OMS, se faz necessária a administração em massa de medicamentos capazes de interromper a transmissão da doença.

“Além de se tornar o 20º país a ser validado pela eliminação da filariose linfática como problema de saúde pública, o Brasil também se tornou o 53º país a eliminar pelo menos uma doença tropical negligenciada”, destacou a OMS, em comunicado publicado nesta terça-feira (1º).

Dados da entidade mostram que, em 2023, 657 milhões de pessoas em 39 países e territórios viviam em áreas onde é recomendado tratamento em massa contra a filariose linfática. A estratégia consiste na administração de quimioterapia preventiva para interromper a infecção. A meta definida pela OMS é eliminar pelo menos 20 doenças tropicais negligenciadas até 2030.

(Fonte: Agência Brasil. Foto: Reprodução)

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Saúde

Síndrome rara em pacientes da Capital une Hospital Regional e USP em estudo clínico

A coordenadora do ambulatório, Aline M. Kozoroski Kanashiro, explica que a síndrome causa um comprometimento funcional grave no paciente.

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O Ambulatório de Distúrbios Vestibulares e do Equilíbrio, do HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul), está conduzindo um estudo clínico sobre nove casos de vestibulopatia bilateral devido à possível vestibulotoxicidade (danos causados por substância em estrutura ou função do equilíbrio corporal) por aminoglicosídeos (classe de antibióticos).

A coordenadora do ambulatório, Aline M. Kozoroski Kanashiro, explica que a síndrome causa um comprometimento funcional grave no paciente. “Começamos a atender pacientes com queixa de vertigem, e esses foram diagnosticados com vestibulopatia bilateral, que é uma condição na qual os dois labirintos são danificados”.

Os pacientes em questão apresentam características semelhantes e por esse motivo são objetos do estudo. Aline Kanashiro acrescenta que a síndrome provoca uma redução significativa na qualidade de vida e aumenta o risco de quedas, já que os pacientes passam a ter tonturas, percepções errôneas do movimento e comprometimento do equilíbrio com muita dificuldade para andar.

A vestibulopatia bilateral associada ao uso de medicamentos é uma condição rara, com prevalência de apenas 3,64 casos por 100 mil habitantes, de acordo com estudos populacionais. O fato de que nove casos ocorreram em um único ambulatório especializado, em apenas um ano, levantou as preocupações.

Para dar continuidade ao estudo, a neurologista e chefe do Ambulatório de Vertigem do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), Cristiana Borges Pereira, disponibilizou-se para vir ao HRMS com um equipamento essencial para a condução dos exames de avaliação do labirinto, o vídeo-Head Impulse Test.

Esse teste, que realiza a medição computadorizada do reflexo vestíbulo-ocular, não está disponível no SUS, o que torna o acesso ao equipamento uma oportunidade crucial para a avaliação precisa dos pacientes.

Cristiana ressalta a importância desses exames, que podem contribuir para aprimorar ainda mais o tratamento dos pacientes.

“Esses exames são fundamentais para que possamos identificar o dano que esses pacientes apresentam. Vimos que alguns tiveram um dano considerável, e outros, menos, mas todos com algum grau de comprometimento. Isso será importante também para conscientizar os médicos que estão prescrevendo essa medicação. Em alguns casos, ela é indispensável, mas e naqueles em que existem alternativas? Será que não vale a pena tentarmos outros medicamentos para preservar a função do labirinto desses pacientes?”, questionou.

A Marielle Alves Correa Esgalha, diretora-presidente do HRMS, destacou a importância da iniciativa. “O HRMS sempre buscou a excelência no cuidado com nossos pacientes, e este esforço, em parceria com a Cristiana e a equipe do Ambulatório de Distúrbios Vestibulares, reforça nosso compromisso em oferecer o melhor diagnóstico e tratamento. A saúde dos nossos pacientes está sempre em primeiro lugar”, afirmou a diretora.

Esse estudo poderá fornecer respostas valiosas sobre vestibulopatias,  além de contribuir para a melhoria das práticas clínicas e, consequentemente, do atendimento à população.

(Com assessoria. Foto: Divulgação)

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