O 16º Festival América do Sul Pantanal traz para o público uma programação bem variada na área de dança, para agradar aos mais diversos públicos amantes do movimento do corpo. Atrações regionais, nacionais e internacionais prestigiam renomados bailarinos e grupos de dança, trazendo à nossa terra preciosidades na área do espetáculo em dança.
Dentre as atrações regionais está o espetáculo “Derive-se”, do programa Plataforme-se. Eles vão se apresentar no dia 28 de maio, sábado, às 15 horas, no Jardim da Independência. O programa PLATAFORME-SE é um espaço de criação, experimentação e difusão das produções em dança e videodança, a partir de Campo Grande/MS. A plataforma, também virtual, foi idealizada pelas artistas da dança Ralfer Campagna e Jackeline Mourão, em 2017, e promove ações a partir da tríade: corpo, câmera e cidade.
A primeira iniciativa resultou no espetáculo-intervenção Deriva, uma criação com perspectiva de ocupação e interação, explorando as questões fronteiriças da cidade. Além disso, três videodanças foram criadas como desdobramento deste trabalho de rua. Em 2019 realizou o projeto piloto CTA – Corpos Transeuntes em Ação, onde 07 intérpretes foram provocados a performar a cidade em 1 minuto a partir de dispositivos e comandos para a ação. Em 2020, em meio a pandemia, estreamos a série FRONTEIRAS: histórias e vidas dançadas de 08 artistas de diferentes regiões do Brasil que se encontram na cidade de Salvador/BA no ano de 2019.
O espetáculo “Delírios – traços dançantes em Lídia Baís”, prestigia uma das homenageadas do Festival deste ano, a artista visual modernista sul-mato-grossense que dá nome ao espetáculo. A apresentação será no dia 27 de maio, às 19 horas, na Escola Estadual Leme do Prado (Ladário).
O espetáculo foi idealizado pela bailarina, coreógrafa, atriz, artista circense e professora Társila Bonelli, sul mato-grossense de Dourados, pós-graduada em Dança e Consciência Corporal na FACULDADE METROCAMP/Campinas-SP, formada em Direito e licenciatura em Artes Cênicas pela UFGD/Universidade Federal da Grande Dourados, formada em balé clássico pela Academia Anna Pavlowa, com conhecimento em vários estilos de dança, tais como: jazz, dança moderna, contemporânea, sapateado, dança de salão, entre outros.
Tarsila vem desenvolvendo sua pesquisa em dança a mais de 15 anos, sempre relacionando com outras artes, especialmente com o teatro e circo. Trabalhou como professora e bailarina em várias academias de Dourados e cidades do Estado/MS.
A Ginga Cia de Dança traz ao Fasp o espetáculo “Silêncio Branco”, no dia 29 de maio, às 19h15, no Clube Corumbaense.O espetáculo trata de um tema social tão difícil quanto urgente: a violência contra a mulher.
Em todo tempo de atividade, a companhia abordou inúmeras vezes em suas produções o universo feminino e agora, enfrenta o que considera o maior desafio, apresentar com arte e dança uma realidade de objetificação da mulher que culmina em agressões e feminicídios.
O diretor e criador da Companhia, Chico Neller conta que o processo de coleta de dados e pesquisa foi extremamente difícil, e um dos maiores enfrentamentos de sua carreira profissional. A ideia de ouvir as vítimas pra entender os casos, além dos índices foi um enorme obstáculo. Elas se recusavam. “Precisávamos nos aproximar dos sentimentos, estar ao lado delas para conseguir melhor representar essas emoções. Além disso, enfrentei a acusação de que, por ser homem, eu não tinha ‘o lugar de fala’ para montar o espetáculo. Entendo que as mulheres precisam ser mais ouvidas, mas isso só irá reduzir quando todos estivermos envolvidos”, defende Neller.
Entre as atrações nacionais está a Companhia de Ballet da Cidade de Niterói (CBCN), que traz o espetáculo “Presença na ausência”, no dia 28 de maio, às 19h15, no Clube Corumbaense. A Companhia foi fundada em 01 de Março de 1992, pela Prefeitura Municipal da Cidade de Niterói, por iniciativa de um grupo de bailarinos da cidade, que objetivava a existência de um importante núcleo oficial de trabalho para bailarinos, professores, coreógrafos e demais profissionais ligados ao universo da dança.
Foi a sexta companhia pública de dança a ser criada no país e tornou-se reconhecidamente um dos mais importantes centros nacionais de produção contemporânea. Em janeiro de 2012, a Cia foi declarada Bem Cultural de Natureza Imaterial do Estado do Rio de Janeiro e, atualmente, conta em seu quadro artístico com trinta bailarinos aprovados em concursos públicos.
Outra atração nacional é o espetáculo Planta do Pé, idealizado pela bailarina Maria Eugênia, de São Paulo. Dançarina e pesquisadora, conduzida pelos pais, Antonio Nóbrega e Rosane Almeida aos sete anos passou a visitar e aprender diversas danças populares brasileiras.
Aos nove anos iniciou as participações nos espetáculos de seus pais com os quais compartilhou de prêmios como: “Melhor Espetáculo de Dança do Ano” pelo jornal Folha de São Paulo, Melhor Espetáculo de Dança do Século” pela revista Bravo! E Melhor Pesquisa em Dança pelo prêmio APCA de São Paulo.
Paralelamente às atividades com a família criou a Companhia Soma em 2008 com a qual se apresentou por diversos países da Europa.
É formada em licenciatura em História pela PUC de São Paulo. Compõe a equipe pedagógica do programa Formação Tecnica da FUNARTE, do Instituto Brincante, da Pós- Graduação “A Arte de Ensinar Arte” do Instituto Singularidades.
Maria Eugênia também apresentará o “Cabeção pelo mundo”, uma performance que acontecerá nos dias 25, 26, 28 e 29 de maio em diferentes locais durante festival. O espetáculo “Planta do Pé será apresentado no dia 27, às 18h30, no Porto Geral.
O Fasp terá este ano duas atrações internacionais na área de dança: uma delas é a Acadenia de Danças Folclóricas ADAF, da Bolívia, que se apresenta no dia 26 de maio, 18 horas, no Mirante do Porto Geral.
Os artistas da Academia de Danças Folclóricas ADAF da cidade de La Paz, nos dão os segredos desta província inca, o país dos aymaras, berço da divindade inca Pachamama. O seu repertório é a imagem deste país, cheio de cor e referências a forças míticas, onde se misturam ritos pré-colombianos e cristãos. Suas danças oferecem poesia e amor, fonte de conforto.
Entre a diversidade oferecida por eles, você encontrará os famosos Caporales, espelho dos famosos carnavais, mas também a Diablada, uma das danças tradicionais mais coloridas e originais da Bolívia, que mistura sua música entre as forças do inferno e as forças dos anjos.
A outra atração internacional é a Cia. Danza Bethania Joaquinho, do Paraguai, com o espetáculo “Lost and Found”. A Companhia se apresenta nos dias 28 e 29 de maio, às 19 horas, no Clube Corumbaense.
A Cia. Danza Bethania Joaquinho é um grupo profissional independente que produz obras de dança contemporânea por meio de autogestão de recursos. A direção está a cargo de Bethania Joaquinho, bailarina profissional e coreógrafa, professora de ballet clássico, jazz e dança contemporânea, ex-bailarina do Ballet Nacional do Paraguai e do Ballet Stagium de São Paulo, Brasil.
A companhia se destacou em apresentações como grupo convidado em importantes eventos como a XI Bienal Iberoamericana de Arquitetura. A Companhia cnta também a cada ano com o “Ciclo de Criação”, uma temporada em que os integrantes desenvolvem seus próprios processos criativos, de onde se obtém como resultado obras de pequeno formato que logo são produzidas e estreadas em diferentes espaços alternativos. A Companhia oferece funções benéficas e de acesso livre e gratuito, facilitando o alcance de obras e produções de primeiro nível à comunidade cultural e à sociedade em geral.
(Com assessoria. Fotos: Divulgação)