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Mudança no perfil dos turistas de pesca fortalece economia com sustentabilidade

Entre os barcos com pescadores, se destacam também os barcos-hotéis

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“Quem está te falando isso é alguém que já pescou muito: a emoção de você pegar um peixe grande e soltá-lo é muito maior do que quando você o pesca e mata”. A frase do empresário do setor de turismo de pesca Ademilson Esquivel é reveladora ao demonstrar o quanto a prática do pesque e solte é uma realidade presente no cotidiano daqueles que fazem da pesca mais que um lazer, um esporte.

Diante de inúmeras discussões sobre cotas e demais situações envolvendo a pesca, inúmeros empresários do turismo de pesca de Mato Grosso do Sul optaram pela pesca esportiva, o pesque e solte, a tornando rentável e sustentável para o setor.

“Para nós, agora já é a abertura da temporada de pesca, pois desde 2019 optamos deixar de lado essas discussões e aderir 100% ao pesque e solte. Em nossa associação, dos 24 barcos, 23 são exclusivos para o pesque e solte durante toda a temporada de pesca”, explica Ademilson, integrante da (Associação Corumbaense das Empresas Regionais de Turismo), principal instituição do setor em Mato Grosso do Sul.

Há 23 anos no setor, Esquivel frisa que há décadas os empresários do turismo de pesca que atuam no rio Paraguai consideram o período de liberação do pesque e pague como a abertura geral de temporada de pesca, tanto que vem sendo percebido durante vários anos uma mudança no perfil desses turistas que chegam ao Estado.

A existência de uma mudança de perfil vem acompanhada da ideia de sustentabilidade, o que prova que o pesque e solte vai além do lazer quando é entendido de forma mais complexa. “São 165 mil peixes adultos e em idade de reprodução que deixam de ser retirados dos rios. Quando você entende isso, muda seu pensamento, cria-se uma maturidade empresarial. Nossa ‘vibe’ agora é outra”, frisa Ademilson.

Entre os barcos com pescadores, se destacam também os barcos-hotéis, cada vez mais cômodos para receber os turistas de pesca em Mato Grosso do Sul

Estudo confirma retorno de turistas

 

O empresário sustenta que desde 2010 pesquisas vem sendo feitas pela Acert para saber se, adotado exclusivamente a modalidade pesque e solte, os turistas voltariam ao Estado. A taxa de retorno era de 70%, sendo que até 2019 apenas metade dos turistas optavam por levar o peixe embora ao invés de devolvê-lo ao rio.

“Dos grupos que tinha, eu perdi só um, e te digo com toda a clareza que a pessoa que vem aqui e não quer devolver o peixe, para mim não serve. É insensível à situação. É a mesma coisa de fazer um passeio ecológico e jogar o lixo no chão”, destaca Esquivel, que projeta para um futuro breve o uso de iscas artificiais, já realizado treinamentos quanto a isso e até sobre o correto manuseio de peixes, reduzindo mortandade.

Mais mulheres, mais famílias, mais empregos

Parte dessa mudança de perfil parte da consciência de sustentabilidade e de uma crescente adesão de mulheres e famílias à pesca, antes associada ao público masculino, em viagens individuais ou em grupos de amigos. “Hoje temos um 1/3 do nosso público formado por essas famílias”, frisa o Ademilson, que completa.

“Realizamos um evento chamado Anzol Rosa. Foram 508 mulheres participantes, que ficaram uma semana em um barco no Pantanal, pescando. Temos assim uma clara mudança de público, perfil e de pensamento”, destaca o empresário, ressaltando que os barcos-hotéis hoje possuem sistemas de tratamento de água, climatização e até piscinas.

Os números da Acert indicam um impacto extremamente positivo da pesca esportiva para Corumbá. São 998 empregos diretos com o turismo de pesca, gerando R$ 15 milhões apenas em folha salarial por ano – ou seja, é um dinheiro que chega à Corumbá vindo de outros locais e fica por lá, abastecendo tanto grandes como pequenos negócios.

Segmento forte e que traz retorno

Em especial nos últimos cinco anos, vários segmentos são trabalhados pela Fundtur (Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul) para serem fortalecidos, e um dos principais nesta lista é a pesca esportiva, que conta com campanha específica e promoção já pronta para ser realizada a partir do final de fevereiro.

“Pesque e solte, volte sempre. Esse é o nome da nossa campanha para fomentar o setor. Também participamos do Pesca Trade Show, levando uma caravana até lá para divulgar a nossa pesca esportiva, isso sem contar o apoio que damos na realização de cursos em várias regiões”, comenta o diretor-presidente da Fundtur, Bruno Wendling.

Grupos de mulheres que desembarcou em 2022 em Corumbá para pescaria no rio Paraguai; presença feminina é cada vez mais comum nesse tipo de turismo

O dirigente comenta ainda que o segmento é um dos mais importantes para o turismo sul-mato-grossense, pois ele tem oferta muito qualificada e grande estrutura, estando os barcos-hotéis da região de Corumbá entre os melhores do país.

“Isso gera sem sombra de dúvidas um aumento fluxo, do ticket médio, e movimenta muito economia. É o barqueiro, o piloteiro, o garçom, todos saem ganhando e qualidade do serviço prestada acompanha. É um fruto que colhemos, pois o trabalho do Governo foi para potencializar nossas virtudes. A taxa de retorno do turista de pesca em Mato Grosso do Sul é superior a de outros segmentos”, conclui Wendling.

Temporada do pesque e solte

Válida desde 1º de fevereiro, a liberação para realizar o pesque e solte abrange toda a calha do rio Paraguai, na porção brasileira, e toda a calha do rio Paraná, na porção sul-mato-grossense, não estando liberado em outros rios do territórios sul-mato-grossense. Vale ressaltar que ainda estamos em período de defeso, quando a pesca para retirada do peixe sem retorno dele para a água é proibida.

A liberação da pesca em geral ocorre apenas no dia 1º de março. Até lá, os amantes da pesca podem participar do Fipec (Festival Internacional de Pesca Esportiva), que acontece em Corumbá desde 1990, sendo realizado pela Acert, que acontece entre este sexta-feira (3) e domingo (5).

O evento é um dos maiores da pesca esportiva em água doce no Brasil, contando com o apoio do Governo de Mato Grosso do Sul. A prova principal contará com 350 equipes, somando ainda 1,5 mil inscritos na categoria infanto-juvenil.

“O festival motiva o pesque e solte. A ideia de realizar o festival agora, no início da temporada de pesca esportiva, foi agora alcançada. Isso incentiva a modalidade e tem adesão dos turistas”, explica o presidente da Acert, Luiz Antônio Martins.

Ao todo, mais de R$ 100 mil em prêmios serão distribuídos na competição, que segundo a Fundação Municipal de Turismo do Pantanal, de Corumbá, movimentou mais de R$ 3,5 milhões na economia local, com mais de 1 mil empregos gerados e 10 mil pessoas passando pela cidade em três dias – a ocupação hoteleira ficou em 66%.

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

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Em parceria com a Funed, Fundesporte promove curso de treinamento desportivo da base ao alto rendimento

O curso é gratuito e visa capacitar e atualizar professores e treinadores

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Nos dias 3 a 5 de maio, a Fundesporte (Fundação de Desporto e Lazer de Mato Grosso do Sul), por meio da UCAPES (Unidade de Capacitação Esportiva) e em parceria com a Funed (Fundação de Esportes de Dourados) vai realizar o curso “treinamento desportivo da base ao alto rendimento” na Escola Estadual Presidente Vargas em Dourados.

A Funed apoia o evento com hospedagem, alimentação, material e o local do curso, que é gratuito e visa capacitar e atualizar professores e treinadores, que trabalham ativamente com a aplicação do treinamento físico e desportivo em alunos de idade escolar entre 12 e 17 anos. Os participantes receberão um certificado de 20 horas/aula.

“O curso é de extrema importância para a formação dos professores e treinadores. O conhecimento adquirido neste curso não apenas aprimora as habilidades técnicas e táticas, mas também promove uma compreensão mais profunda dos princípios do treinamento desportivo”, frisa o diretor-presidente da Fundesporte, Paulo Ricardo Nuñes.

O curso abordará quatro tópicos: evolução do treinamento desportivo, modelos de métodos de treinamento, periodização e aplicação prática de métodos de treinamento desportivo.

A proposta é discutir sobre o aprimoramento de técnicas e métodos de treinamentos, dentro dos planejamentos realizados pelos profissionais. O ministrante será o professor Geovany Rafael Bisol, professor de Educação Física com mestrado em saúde e desenvolvimento. “A ideia do curso é trabalharmos os conceitos dentro do treinamento esportivo e as novas tendências. E nós vamos fazer uma interação com dois períodos teóricos e dois períodos de aula prática”, frisa o professor.

As inscrições podem ser feitas pelo link: http://ww2.cursos.escolagov.ms.gov.br/Fundesporte/Home/DetalhesEvento/2796.

Abertura dia 03: 19h

Dia 04: 7h30 às 12h30 e dàs 13h30 às 18h30

Obs: no período vespertino o curso será realizado na UNIGRAN -Centro Universitário da Grande Dourados, rua Balbina de Matos , 2121 – Jardim Tropical

Dia 05: 7h30 às 12h30

Endereço: Escola Estadual Presidente Vargas, Rua Oliveira Marques, 1955 – Centro.

(Com assessoria. Foto: Divulgação)

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Prefeitura de Dourados homologa contrato com Infraero para gestão do Aeroporto

Prefeito Alan Guedes deve assinar contrato com a empresa nos próximos dias

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O prefeito Alan Guedes assinou, nesta terça-feira (30), a homologação do processo que vai passar à Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária) a gestão do Aeroporto Regional de Dourados. O documento foi publicado no Diário Oficial e o contrato entre as duas partes deve ser oficializado nos próximos dias.

Com o acordo, o Aeroporto de Dourados passará a ser mais um entre os 27 já administrados pela empresa que, apenas no último feriado, movimentaram quase 92 mil passageiros e cerca de 890 voos no período, entre pousos e decolagens.

Essa expertise da Infraero foi o principal motivo que levou a Prefeitura de Dourados, até então responsável pelo terminal, a repassar a gestão.

“É melhor fiscalizarmos o contrato do que gerir o aeroporto. Hoje, a robustez da obra nos faz ter um olhar mais profissional. A gente prefere entregar isso para uma empresa que tenha experiência e pessoal para isso, como é o caso da Infraero, que é uma empresa preparada e terá mais agilidade na resolução de eventuais problemas”, afirma o prefeito Alan Guedes.

Terminal foi revitalizado e será utilizado até a liberação do novo (Foto: Marcos Macedo/Prefeitura de Dourados)

O Aeroporto Regional de Dourados está passando por obras de revitalização e adequação, que está na fase final, mas ainda não foi feita a entrega oficial por parte da Engenharia do Exército Brasileiro, responsável pelos trabalhos. Apesar disso, a documentação do processo de homologação está sendo inserida no sistema para análise dos órgãos de controle.

“Ainda não temos uma data para a reabertura do Aeroporto, já que o retorno das operações dependem do aval da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) após esse processo de análise. Então, no que for de competência da Prefeitura de Dourados, estamos nos adiantando para que, quando a entrega oficial aconteça, esses trâmites estejam encaminhados”, explica Mariana de Souza Neto, diretora-presidente da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito).

De acordo com Mariana, devido a sua categoria, o Aeroporto de Dourados não é obrigado a ter, nesse momento, a seção contra incêndios homologada para retornar à operação. “Esse fator não é impeditivo para que o aeroporto volte a funcionar. Além disso, o caminhão que atua na seção contra incêndios que opera em Dourados e está cedido para o Aeroporto de Bonito, deve retornar nas próximas semanas para Dourados”, completa.

Prefeito Alan Guedes assinou a homologação nesta terça (Foto: Rodrigo Pirola/Prefeitura de Dourados)

Histórico

Fechado desde maio de 2021 para obras na pista, o Aeroporto de Dourados já teve o adiamento de entrega dos trabalhos por várias vezes. Desde então, passageiros têm que ir para Campo Grande ou Ponta Porã para pegar voo.

Responsável pela obra, o Exército Brasileiro enfrentou vários imprevistos, como infiltrações e ondulações inesperadas na pista. Também foram necessários vários aditivos de valores para não parar o serviço e, atualmente, o custo total do projeto se aproxima dos R$ 100 milhões.

O aeroporto já tem um terminal, que será utilizado até que o novo prédio fique pronto. A estrutura atual foi revitalizada no ano passado pela prefeitura de Dourados, que destinou R$ 770 mil em recursos próprios.

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

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Cerest fecha Abril Verde e celebra parceria com empresas e trabalhadores

Data é alusiva ao 28 de abril, Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho

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O Centro Regional de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest) de Dourados encerra, nesta terça-feira (30), as ações do Abril Verde, mês de prevenção à acidentes e doenças relacionadas ao trabalho. A data é alusiva ao dia 28 de abril de 1969, quando uma explosão de uma mina no estado da Virgínia, nos Estados Unidos, matou 78 trabalhadores. O triste episódio desencadeou ações de reflexão sobre a segurança e saúde do trabalhador.

Em 2003, a Organização Internacional do Trabalho consagrou o 28 de abril como o Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho e, dois anos depois, foi instituido, na mesma data, o Dia Nacional em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho.

Para marcar o Abril Verde, o Cerest realizou atividades em parceria com empresas e instituições que buscaram alertar trabalhadores e futuros profissionais de diversos setores, empoderando-os com conhecimento acerca dos riscos de agravos à saúde relacionados ao trabalho e sensibilizando-os sobre a importância da prevenção no dia a dia e nos ambientes laborais.

Orientação de futuros profissionais da saúde (Foto: Divulgação)

Entre as ações realizadas durante o mês, a equipe do Cerest atuou com profissionais da atenção primária em saúde; fez parceria intersetorial com a Guarda Municipal de Dourados e com o Ministério Público do Trabalho; atividades educativas promovidas tanto para profissionais de saúde quanto para a população; a realização de encontro com responsáveis técnicos pela vigilância em saúde do trabalhador dos municípios da microrregião.

Além disso, agentes do Cerest participaram da Conferência Municipal de Gestão do Trabalho e de Educação na Saúde e do 2º Encontro Estadual de Segurança e Saúde do Trabalho de Mato Grosso do Sul.

De acordo com Taissa Gonçalves Leal, médica do Cerest, as ações realizadas durante o Abril Verde alcançaram o público desejado. “Nós ficamos muito satisfeitos com a participação das trabalhadoras e dos trabalhadores nas atividades desenvolvidas neste mês. Cada uma delas foi importante para estabelecer e manter processos e meios ambientes de trabalho seguros e saudáveis”, completa.

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

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