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Economia

MS segue em desenvolvimento econômico, aponta estudo do Sindifiscal

Lançado nesta segunda-feira, Boletim Econômico viabiliza acesso às informações sobre receita e despesas do Estado

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Conhecer a finalidade e destino dos tributos pagos é essencial para que a população tenha maior conhecimento sobre a economia de sua cidade, estado e país, assim como para a transparência das ações do poder público.

Com o objetivo de ampliar o acesso a estas informações, o Sindifiscal/MS (Sindicato dos Fiscais Tributários Estaduais de Mato Grosso do Sul) lançou nesta segunda-feira (21), em Campo Grande, o Boletim Econômico, desenvolvido pelo Observatório Econômico da entidade e com dados sobre o desenvolvimento econômico estadual, pautando-se no comparativo entre receita total e despesas líquidas a partir de 2020. “Como agente fiscalizador, iniciamos a análise da arrecadação do Estado para subsidiar as tratativas da diretoria frente às negociações do governo. Este trabalho, iniciado em 2015 cresceu à medida que víamos a influência e receptividade destes dados, já rotineiros no setor e, sendo assim, nasceu este produto que será de grande importância para gestores públicos, representantes de segmentos produtivos e para a imprensa”, relata o presidente do Sindifiscal/MS, Francisco Carlos Assis, conhecido como Chiquinho.

Ainda segundo o presidente, é essencial explicar detalhadamente sobre a influência dos tributos – responsáveis pela arrecadação e geração de receita, no cotidiano social. “Muitas vezes as pessoas questionam o pagamento de impostos, mas estes são essenciais para a administração pública. Sem os tributos, não há arrecadação e logo, não há entrega de serviços indispensáveis à população. Nosso papel como fiscais tributários é cobrar do sistema a qualidade da entrega dos serviços diante dos tributos arrecadados e por isso o Boletim é tão importante, ao ampliar o conhecimento e acesso à radiografia atual da situação econômica do Estado, por meio de dados consolidados”, pontua Chiquinho.

MS em expansão – Mesmo diante do impacto mundial de situações negativas, como a pandemia de Covid-19 e a recente guerra entre Rússia e Ucrânia, Mato Grosso do Sul segue em significativo crescimento. É o que aponta o primeiro Boletim Econômico, cuja compilação de dados revela crescimento de 22,9% na arrecadação em 2021, alcançando o montante de R $16,2 bilhões. Dentre os tributos, o ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), responsável por 85,3% do total da receita tributária do Estado, atingindo a marca de R $13,8 bilhões no último ano. A variação da arrecadação deste tributo entre 2020 e 2021 atingiu 24,6%.  “A importação dos fertilizantes é muito importante para o agronegócio, um dos principais setores produtivos. Diante da guerra é importante ficarmos atentos à atuação do governo Federal, para que isso não se torne um problema para nossa produção”, avalia o fiscal tributário e diretor do Observatório Econômico do Sindifiscal/MS, Clauber Aguiar.

Ainda segundo o fiscal é importante observar a escalada de preços do barril do petróleo, o que impacta diretamente todos os segmentos da economia nacional. “A paridade precisa ser trabalhada politicamente, via União e estados, devido ao ICMS, já que o valor do barril saltou de 60 dólares para 120 dólares em um ano, impacta diretamente no produto, não apenas na bomba de gasolina e no proprietário dos veículos, mas a todos os setores atrelados, como comércio e serviços”, destaca.

Entretanto, Mato Grosso do Sul se manteve economicamente estável mesmo diante das influências políticas e sociais recentes. Com o agronegócio forte, alavancando outros setores produtivos, o comparativo entre receita e despesas teve saldo positivo. “Observamos crescimento das despesas liquidadas no período, o que ocorreu porque a receita subiu muito. A variação na casa dos 20% acima do previsto entre o início e final do ano é a comprovação de que as transferências vindas da União durante a pandemia resultaram em acréscimo na receita do Estado, ou seja, só houve aumento das despesas liquidadas porque houve crescimento da receita. É um cenário positivo, já que a arrecadação de tributos sobre o valor dos combustíveis puxou a arrecadação, que não registrou queda, se mantendo sempre acima da inflação”, finaliza Aguiar.

O boletim bimestral será disponibilizado gratuitamente no portal da entidade (www.sindifiscalms.org.br). Caso haja sazonalidade em setores determinantes da economia, a periodicidade poderá ser alterada, antecipando a disponibilidade de informações.

 

Observatório Econômico – o Observatório Econômico é uma estrutura pertencente ao Sindifiscal/MS. O principal objetivo é monitorar a economia do Estado de Mato Grosso do Sul. O projeto foi lançado em 2015 e produz pesquisas e elabora estudos técnicos com informações e propostas que possibilitem a atuação da entidade e municípios no cenário governamental. E assim, cumprir sua responsabilidade social, pensando soluções para o seu desenvolvimento.

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

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Economia

Mercado financeiro reduz previsão da inflação para 4,7%

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© Reuters/Pilar Olivares/Direitos Reservados

A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – considerado a inflação oficial do país – passou de 4,72% para 4,70% este ano. A estimativa foi publicada no boletim Focus desta segunda-feira (20), pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC) com a expectativa de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos.

Para 2026, a projeção da inflação também caiu, de 4,28% para 4,27%. Para 2027 e 2028, as previsões são de 3,83% e 3,6%, respectivamente.

A estimativa para este ano está acima do teto da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,5% e o superior 4,5%.

Depois de queda em agosto, em setembro a inflação oficial subiu 0,48%, com influência da alta da conta de luz. Em 12 meses, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumula 5,17%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE).

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Juros básicos

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros  – a Selic – definida em 15% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do BC. As incertezas do cenário econômico externo e indicadores que mostram a moderação no crescimento interno estão entre os fatores que levaram à manutenção da Selic, na última reunião, no mês passado.

A intenção do colegiado é, de acordo com a ata divulgada, manter a taxa de juros atual “por período bastante prolongado” para garantir que a meta da inflação seja alcançada.

A estimativa dos analistas é que a taxa básica encerre 2025 nesses 15% ao ano. Para o fim de 2026, a expectativa é que a Selic caia para 12,25% ao ano. Para 2027 e 2028, a previsão é que ela seja reduzida novamente para 10,5% ao ano e 10% ao ano, respectivamente.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Mas, além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas.

Assim, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia. Quando a taxa Selic é reduzida a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.

PIB e câmbio

Nesta edição do boletim Focus, a estimativa das instituições financeiras para o crescimento da economia brasileira este ano passou de 2,16% para 2,17%. Para 2026, a projeção para o Produto Interno Bruto (PIB, a soma dos bens e serviços produzidos no país) ficou em 1,8%. Para 2027 e 2028, o mercado financeiro estima expansão do PIB em 1,82% e 2%, respectivamente.

Puxada pelas expansões dos serviços e da indústria, no segundo trimestre deste ano a economia brasileira cresceu 0,4%. Em 2024, o PIB fechou com alta de 3,4%. O resultado representa o quarto ano seguido de crescimento, sendo a maior expansão desde 2021, quando o PIB alcançou 4,8%.

A previsão da cotação do dólar está em R$ 5,45 para o fim deste ano. No fim de 2026, estima-se que a moeda norte-americana fique em R$ 5,50.

Andreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil

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Economia

Taxa de desemprego em agosto fica em 5,6% e repete recorde de mínima

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© Marcello Casal jr/Agência Brasil

A taxa de desocupação no trimestre encerrado em agosto ficou em 5,6%, repetindo o menor patamar já registrado pela série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua.

Os dados foram divulgados nesta terça-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O país tinha, no fim de agosto, 6,1 milhões de pessoas desocupadas, o menor contingente da série. O número de ocupados chegou a 102,4 milhões.

Com esse resultado, o nível da ocupação, que mede o percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar, ficou em 58,1%, se mantendo no nível mais alto da série histórica.

O número de empregados com carteira assinada também foi recorde e alcançou 39,1 milhões de pessoas.

Mercado de trabalho

A pesquisa do IBGE apura o comportamento no mercado de trabalho para pessoas com 14 anos ou mais e leva em conta todas as formas de ocupação, seja com ou sem carteira assinada, temporário e por conta própria, por exemplo. Pelos critérios do instituto, só é considerada desocupada a pessoas que efetivamente procura uma vaga. São visitados 211 mil domicílios em todos os estados e no Distrito Federal.

Caged

A Pnad é divulgada no dia seguinte a outro indicador de comportamento do mercado de trabalho, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e que acompanha apenas o cenário de empregados com carteira assinada.

De acordo com o Caged, o mês de agosto apresentou saldo positivo de 147.358 vagas formais. Em 12 meses, o balanço é positivo em 1,4 milhão de postos de trabalho formais.

Bruno de Freitas Moura – Repórter da Agência Brasil

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Economia

Microempreendedores individuais estão mais otimistas com relação ao acesso a crédito, mostra pesquisa

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ASN Nacional - Agência Sebrae de Notícias Foto: Divulgação.

O otimismo do microempreendedor individual (MEI) aumentou no último ano. A Sondagem Econômica do MEI, realizada mensalmente pelo Sebrae em conjunto com a Fundação Getulio Vargas (FGV), mostra que no último mês de junho, na comparação com o mesmo período do ano passado, o Índice de Confiança do MEI (IC-MEI) aumentou 2,3 pontos. Além disso, o sexto mês de 2025 registrou o menor nível da série histórica dos MEIs que avaliam como “difícil” o acesso a crédito (63,2%) – em 2024, esse indicador foi de 67,8%.

“A análise precisa ser feita com base no cenário econômico do país. A confiança está associada ao bom momento econômico que voltou ao Brasil. Associado a isso, o MEI é aquele que se vira, que levanta de manhã e faz sua própria renda. Agora, o Estado está dando condições para que ele continue gerando emprego e renda”, afirma o presidente do Sebrae, Décio Lima.

No recorte por atividades, os profissionais de Serviços lideram o avanço no IC-MEI, com 3,9 pontos em junho de 2025 contra junho de 2024. No mesmo período, os MEIs do Comércio somaram 2,3 acima e os da Indústria recuaram 0,8 ponto. Nesse intervalo de um ano, todas as regiões tiveram variação positiva: Nordeste (4,8 pontos), Sul (4,9 pontos), Sudeste (1,2 ponto) e Norte/Centro-Oeste (0,3 ponto).

Foto: Divulgação.

Crédito

Quando avaliado o fator crédito, apesar do maior acesso, o “custo financeiro” continua sendo a maior dificuldade enfrentada para 25,6% dos MEIs. O presidente do Sebrae, Décio Lima, reforça que as elevadas taxas de juros praticadas no mercado prejudicam o desenvolvimento dos pequenos.

Nós, do Sebrae, junto com o governo do presidente Lula e do vice Alckmin, temos trabalhado incessantemente para apoiar os empreendedores a buscarem alternativas em um ambiente econômico que não foi feito pensando nos pequenos negócios, mas na acumulação de capital.

Décio Lima, presidente do Sebrae.

Por meio do Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas (Fampe), o Sebrae, ao longo de 2025, deve chegar a R$ 12 bilhões em crédito para pequenos negócios viabilizados com garantia do FAMPE.

Por Márcia Lopes

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