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Sustentabilidade

Guardião de atrativos famosos, Jardim pode aderir a programa que paga por serviços ambientais

Os detalhes do programa foram explicados pela coordenadora de Serviços Ecossistêmicos e Biodiversidade da Semadesc

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O município de Jardim, na região Sudoeste de Mato Grosso do Sul, abriga a bacia de um dos rios mais encantadores do Estado pela transparência de suas águas que revela todo seu interior: o Rio da Prata. Ao longo desse rio estabeleceram-se balneários e outros atrativos turísticos; o mais antigo e conhecido é o Recanto Ecológico Rio da Prata que leva os turistas a uma experiência única de flutuação, permitindo interagir com peixes e plantas aquáticas.

Também está em Jardim a Reserva Particular do Patrimônio Natural Buraco das Araras, uma enorme cratera onde centenas de araras vermelhas sobrevoam de um lado para outro, cenário mágico que atrai multidão de contempladores do mundo todo.

Jardim faz divisa com o vizinho famoso Bonito e por guardar riquezas naturais tão importantes, está contemplado no Programa de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) Uso Múltiplo Rios Cênicos. Em sua segunda edição, o PSA Uso Múltiplo Rios Cênicos expandiu sua abrangência, antes restrita às bacias dos rios da Prata e Formoso, em Jardim e Bonito, agora chegando também aos rios Betione e Salobra, em Miranda e Bodoquena.

Na quinta-feira (28) aconteceu o lançamento do segundo Edital do PSA na Câmara Municipal de Jardim, com as presenças de autoridades, proprietários rurais e empresários do setor turístico.

“É um sonho que está se realizando. A gente que vive aqui, via o rio da Prata sofrendo muito com o problema das enxurradas que iam turvando as suas águas. Agora isso está mudando. Esse programa do Governo do Estado que identificou os pontos críticos e apontou as medidas que precisavam ser tomadas, as intervenções nas estradas, as curvas de nível nas lavouras e pastagens. Hoje o rio já está limpo novamente. E agora esse outro programa vem premiar o proprietário que cuida bem da terra. Vejo nisso o principal: o reconhecimento”, disse o diretor de Meio Ambiente de Jardim, Antonio Carlos Piazer.

Os detalhes do programa foram explicados pela coordenadora de Serviços Ecossistêmicos e Biodiversidade da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), Sylvia Torrecilha.

Segue o mesmo regramento: dentre as ações que podem ser remuneradas estão os usos do solo mais sustentáveis e adoção de práticas conservacionistas, como a implantação de sistemas agroflorestais e silvipastoris, extrativismo, restauração de florestas estacionais e demais formas de vegetação arbórea nativas do Cerrado e Mata Atlântica; restauração de áreas úmidas, implantação de práticas de conservação de solo e água, com componentes arbóreos constituídos por espécies nativas ou espécies nativas consorciadas com espécies exóticas, dentre outros.

Potência agroambiental

“Mato Grosso do Sul é a maior potência agroambiental do País”, ponderou o secretário executivo de Meio Ambiente da Semadesc, Artur Falcette.

“Não tem como falar de Meio Ambiente sem falar o Agro. Por isso o governador Eduardo Riedel entende ser fundamental o envolvimento do setor nessa pauta. Esperamos, ao final de quatro anos, entregar um programa robusto que reconheça os esforços de todos os proprietários rurais na preservação e conservação do Meio Ambiente”, afirmou, pedindo ainda que os presentes sejam multiplicadores para trazer mais gente ao programa. “Queremos que Jardim tenha protagonismo”.

O empresário Rooswelt Sampaio, da RPPN Buraco das Araras, participou da primeira edição do PSA e compareceu ao lançamento da segunda edição para dar seu testemunho e garantir nova adesão.

“Foi muito tranquilo. Eles fizeram duas propostas, acatamos uma que era a coleta de águas das chuvas. Eles fazem propostas que a gente consegue cumprir, o prazo é bom, um ano para fazer tudo o que foi acordado, e o pagamento aconteceu dentro do combinado. Estamos aqui novamente”, disse.

A empresária Iara da Mota Rodrigues é proprietária do Balneário Santuário do Prata, também participou da primeira edição do PSA e também estará na segunda. “Quando entrei no programa, acreditei que seria mais difícil. Foi tranquilo. Ninguém está ali para dificultar nada.

Além do pagamento e da orientação para cumprir o plano de ação, eles passam outras orientações de como cuidar melhor do solo, isso eu achei muito importante.” Convencido pelos relatos e explicações técnicas, Waldir Gonçalves Junior, proprietário de uma fazenda de 1 mil hectares que abrange trechos do rio da Prata e de seus afluentes Rio Verde e Beija Flor, decidiu aderir ao PSA. “Tem alguma coisa ainda que precisa melhorar, acho que cercar as APPs (áreas de proteção permanente), vale a pena participar, é importante”, acredita.

O Edital foi publicado na edição dessa segunda-feira (25) e republicado na edição de quarta-feira (27) do Diário Oficial do Estado. A data limite para envio e recebimento das propostas é 25 de novembro de 2023. O período de avaliação e habilitação das propostas, com cálculo da pontuação inicial pela Comissão de Seleção da Semadesc será de 26 de novembro de 2023 a 25 de março de 2024.

A publicação do resultado preliminar do processo de seleção deve ocorrer em abril de 2024 e, a convocação para assinatura do contrato, até maio do próximo ano. Essa segunda edição do PSA está sendo lançada nessa semana na região. Na quarta-feira (27) o programa foi apresentado aos moradores de Bonito e nessa sexta-feira (29) será a vez dos moradores de Bodoquena. O evento acontece a partir das 18h30 na Câmara Municipal de Bodoquena.

 

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

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Sustentabilidade

PMEs investem em energia sustentável para diminuir custos e contribuir com o meio ambiente

Pequenas e médias representam 14% das empresas brasileiras que já usam energia solar

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Segundo estudo realizado pelo Sebrae em parceria com o IBGE, os pequenos negócios estão mais conscientes das pautas ambientais. A pesquisa Pulso dos Pequenos Negócios revelou que o uso de energia solar já é realidade, sendo adotada por 14% dessas empresas. Cientes deste novo cenário e buscando alternativas financeiramente mais acessíveis em abastecimento de energia, novos investidores e empresários apostam em energia fotovoltaica. Além disso, a redução do impacto ambiental na cadeia de produção das companhias é importante para marcas que promovam a responsabilidade social, estabelecendo relacionamentos saudáveis com a comunidade, parceiros comerciais, fornecedores e consumidores.

Para Rodrigo Bourscheidt, CEO da Energy+, rede de tecnologia em energias renováveis que oferece soluções voltadas para a geração de energia distribuída, o crescimento do mercado de energia renovável deve ser impulsionado por inovações tecnológicas, políticas econômicas, aprimoramentos na eficiência operacional e um renovado comprometimento global com a transição para fontes sustentáveis de energia, que pode ganhar força com a adesão das empresas em todo o país. Atualmente, 22% dos clientes da Energy+ são PMEs.

Pequenas empresas dão exemplo no uso de energia verde

De Recife (PE), Pedro Paixão comanda a Ultra Cursos, rede de ensino profissionalizante que conta com mais de 60 cursos em 11 áreas. Atualmente são 28 unidades em operação, em oito estados. “Mantemos uma postura responsável em relação ao meio ambiente e à sociedade, com iniciativas como o uso de 100% de energia verde proveniente de usinas solares em oito de nossas escolas. A meta é que em dois anos todas as unidades estejam operando com energia solar, trazendo benefícios para os franqueados e a natureza”, diz o CEO.

A catarinense Lavô, maior rede de lavanderias self-service do país, possui mais de mil unidades comercializadas e mais de 500 em operação. Atualmente cerca de 15% da rede possui plano de assinatura solar. A implementação dos paineis oferece uma redução significativa na conta de energia e impacta diretamente na rentabilidade do empreendimento. A assinatura não gera custos para o franqueado, somente o da energia, e auxilia na construção de mais usinas solares pelo aumento da demanda, além de gerar um desconto de, em média, de 12% da tarifa. “Nosso objetivo é mostrar que é possível ser sustentável de forma econômica e eficaz. Esse é um benefício para ambos os lados, já que o franqueado ganha com a economia e o meio ambiente sofre menos impacto”, afirma o CEO da rede, Angelo Max Donaton.

“A transição energética limpa é uma estratégia inteligente de negócios, de modo que a sustentabilidade passou a ser imperativo para empresas que desejam prosperar a longo prazo. Neste cenário, as energias renováveis são uma mina de ouro para aqueles que têm a visão de liderar a transição para um futuro mais verde”, finaliza Bourscheidt, CEO da Energy+.

(Com assessoria. Foto: Divulgação)

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Sustentabilidade

Operação conjunta visa conter 12.555 ligações irregulares na cidade de Corumbá

Objetivo da Sanesul e da Polícia Civil é por fim ao prejuízo com uma perda significativa de água na região

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Uma operação conjunta entre a Sanesul (Empresa de Saneamento de Mato Grosso do Sul) e a Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública) foi intensificada no começo desta semana com objetivo por fim a fraude nas ligações irregularidades de rede de água na cidade de Corumbá.

A estratégia envolvendo a atuação da Polícia Civil e técnicos da empresa é conter o alarmante número de ligações de água irregulares na cidade.

O diretor-presidente da Sanesul, Renato Marcílio, observa que o uso irresponsável da água prejudica não apenas os consumidores que pagam regularmente, mas também impacta nas tarifas e no fornecimento adequado de água para toda a comunidade.

Para o dirigente, a Sanesul está empenhada em combater as ligações irregulares e garantir o uso sustentável e equitativo dos recursos hídricos em Corumbá.

“Estamos totalmente comprometidos em resolver essa questão das ligações irregulares em Corumbá”, afirmou Renato Marcílio. “É fundamental para nós cumprir as exigências do marco regulatório do saneamento e garantir que a população tenha acesso a um serviço de qualidade”, acrescentou.

Redes Clandestinas

De acordo com o gerente da unidade regional da Sanesul em Corumbá, Marcos Martins, foram identificadas 12.555 ligações irregulares clandestinas na região.

Segundo ele, o índice de perdas é significativo, chegando a 70%, devido aos chamados “gatos”.

“Para se ter uma ideia, no mês de abril, a Sanesul produziu 1,3 milhão m³ de água, essa é a média mais ou menos, e foi utilizado de forma irregular 350 mil m³ de perda de água, o que dá uma perda de 70%. Desses 70%, evidentemente, nós temos aí 10% de vazamento e 60% de fraude”, afirmou.

Ele disse que o mutirão teve início da segunda-feira (6) com a participação de policiais civis e funcionários da empresa e que a ideia é intensificar ainda mais a operação que conta, inclusive, com o apoio de outras regionais da Sanesul.

Marcos Martins ressaltou a importância desse trabalho em conformidade com a lei do marco regulatório do saneamento, enfatizando que o não cumprimento dessas normas pode acarretar na perda de recursos federais destinados à Educação e Saúde do município.

Além disso, gerente destaca a atual crise hídrica enfrentada pela região, especialmente devido às dificuldades no Rio Paraguai e expressou preocupação com o elevado índice de perda líquida de água, alertando para a possibilidade de desabastecimento em Corumbá caso essa situação persista.

O gerente regional explica que a Sanesul tem investido em equipamentos e tecnologia para redução de perdas, principalmente combatendo vazamentos. No entanto, mais de 60% das perdas são atribuídas a fraudes, conhecidas como “gatos”. Diante desse cenário, a Sanesul uniu forças com a Polícia Civil e a Secretaria de Segurança Pública para conscientizar a população de que o furto de água é um crime que será punido.

Martins enfatiza que a ação não tem como objetivo principal a punição, mas sim regularizar a situação das ligações clandestinas. Ele ressaltou que a empresa está promovendo um mutirão para identificar e corrigir as 12.555 ligações inativas na região, as quais indicam desvio de água.

Além das medidas punitivas, a Sanesul está realizando campanhas de conscientização para incentivar a regularização das ligações clandestinas.

Diante da situação crítica, com a produção de água sendo desviada de forma irregular, Martins enfatiza a importância do uso racional da água, especialmente em tempos de seca no Rio Paraguai.

Ele destacou que, somente no mês de abril, a Sanesul registrou uma perda de 70% na produção de água, sendo 60% atribuídos a fraudes.

O delegado da Polícia Civil de Corumbá, Fillipe Araújo, disse que o furto de água na região é um crime permanente e a pessoa que for identificada será conduzida até a delegacia.

Ele disse que somente na investida iniciada na segunda-feira durante visita em 10 residências foi identificada a prática de furto de água por meio dessas ligações clandestinas.

“É um crime que se propaga e está se consumando a toda hora, e a pessoa pode ser presa em flagrante”, avisou o delegado, advertindo que além das punições previstas em lei o fraudador também está sujeito a multas.

 

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

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Sustentabilidade

Drive Thru da Reciclagem tem recorde de coletas e nova edição já programada para junho

Durante os dias 14, 15 e 16 de março, o espaço de sustentabilidade montado nos altos da Avenida Afonso Pena, na Capital, mobilizou milhares de pessoas

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A 11ª edição do Drive Thru da Reciclagem, a primeira com participação da Agems (Agência Estadual de Regulação), bateu o recorde de coleta de resíduos sólidos. Durante os dias 14, 15 e 16 de março, o espaço de sustentabilidade montado nos altos da Avenida Afonso Pena, na Capital, mobilizou milhares de pessoas e recebeu 8,822 toneladas de resíduos.

“Foi extremamente positivo. Com o envolvimento da Agems nós conseguimos mais apoiadores, mais parceiros e um aumento de quase 50% em relação ao Drive anterior, onde tivemos cerca de 4,5 toneladas de resíduos coletados” comemora Ana Cristina Franzoloso, da DuBem Sustentável, organizadora do evento.

“É muito bom saber que, todos juntos, a gente consegue um resultado efetivo, falando de saneamento e de preservação da água através do descarte correto e de práticas sustentáveis”, completa.

Somente em eletrônicos, foram descartados pela população 4.874 quilos. Os medicamentos somaram 101 quilos. Recebendo doações de livros e apostilas, o espaço da gibiteca foi ponto de coleta para mais 1.100 quilos de materiais.

O cálculo da organização é que o montante de resíduos que deixou de ser descartado na natureza representa 53,2 milhões de litros de água preservados. Para incentivar o plantio de diferentes espécies, foram doadas 1.550 mudas nos três dias.

Comemorando os expressivos resultados, os organizadores já trabalham com foco na 12ª edição, que acontecerá nos dias 6,7 e 8 de junho.

O projeto educativo da agência, um dos destaques da última edição, vai ganhar ainda mais espaço, aumentando o número de estudantes que terão oportunidade de aprender e se tornarem multiplicadores de ações sustentáveis.

“A escola, as crianças são o nosso futuro. Elas são a semente que vão gerar esses resultados, então, vamos apostar ainda mais na educação e na participação dos estudantes”, anunciou o diretor-presidente, Carlos Alberto de Assis.

Ação presente, olho no futuro

A diretora de Saneamento Básico e Resíduos Sólidos, Iara Marchioretto, informou que pretende fortalecer a presença de grupos sociais específicos, como os idosos e comunidades quilombolas que trabalham com economia circular.  “Além disso, podemos trazer projetos das concessionárias de gás e energia elétrica sobre eficiência energética e biometano”, reforça.

“A parceria da Agems vai ser ampliada e novos apoiadores serão convidados a integrar essa corrente de preservação da água, educação ambiental, incentivo ao descarte correto e reuso do que antes seria considerado ‘lixo’. E vamos também fortalecer a solidariedade”, completa a diretora de Inovação, Rejane Monteiro.

A proposta para a edição de junho é aproveitar o período de inverno e agregar a campanha do agasalho para arrecadar doações assistenciais.

Resultado

O 11º Drive Thru da Reciclagem coletou também:

  • 630 kg de papel misto
  • 52 kg de latinhas de alumínio
  • 480 kg de papelão
  • 230 kg de plásticos diversos
  • 85 kg de garrafas pet
  • 430 kg de livros
  • 235 kg de plásticos coloridos
  • 45 kg de sucata de ferro
  • 560 kg de vidro
  • 310 litros de óleo de cozinha usados

E ainda arrecadou 1.253 unidades de peças para doações, entre roupas, sapatos, mochila e cadeirinha para criança.

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

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