Melhorar o escoamento da produção na agricultura familiar, promovendo renda a populações isoladas, facilitar o trânsito pelas estradas rurais, garantir manutenção de vias urbanas, oferecer transporte hospitalar e acima de tudo integrar o campo e a cidade. Estes são alguns dos benefícios que as patrulhas mecanizadas estão trazendo aos municípios do interior. Somente neste ano o Governo do Estado já entregou mais de 2,8 mil equipamentos agrícolas desde 2015 e a meta é chegar a 3,8 mil até o final do ano. Os veículos e maquinários ajudam os municípios a promover serviços públicos essenciais no campo.
Governador entregou chaves de caminhões a prefeitos de 40 municípios (Foto: Chico Ribeiro)
Hoje pela manhã (20) foi a vez do governador do Estado, Reinaldo Azambuja, entregar 26 caminhões-caçamba e 19 motoniveladoras a 40 municípios do Estado. A solenidade foi realizada no estacionamento do Buffet Yoted, em Campo Grande, e contou com a presença de inúmeros prefeitos das cidades contempladas.
Os novos equipamentos agrícolas fazem parte do programa Prosolo (Plano Estadual de Manejo e Conservação de Solo e Água), da Semagro (Secretaria de Estado da Produção, Meio Ambiente, Desenvolvimento Sustentável e Agricultura familiar) com recursos do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Eles serão usados para manutenção e adequação de estradas vicinais, assim como na conservação do solo.
O maquinário ajuda no fortalecimento da agricultura familiar do Estado, dando suporte aos pequenos produtores. As 19 motoniveladoras foram repassadas para as cidades de Anastácio, Caarapó, Costa Rica, Deodápolis, Glória de Dourados, Guia Lopes da Laguna, Iguatemi, Itaporã, Jateí, Naviraí, Nova Alvorada do Sul, Paranaíba, Paranhos, Rio Brilhante, Sete Quedas, Sidrolândia, Tacuru, Três Lagoas e Vicentina.
Já os caminhões têm como destino as cidades de Amambai, Bataguassu, Batayporã, Brasilândia, Campo Grande, Corumbá, Costa Rica, Dois Irmãos do Buriti, Douradina, Dourados, Glória de Dourados, Guia Lopes da Laguna, Iguatemi, Itaquiraí, Japorã, Jaraguari, Ladário, Maracaju, Miranda, Naviraí, Nova Andradina, Novo Horizonte do Sul, Ponta Porã, Porto Murtinho, Santa Rita do Pardo e Taquarussu.
De acordo com o governador do Estado, Reinaldo Azambuja, são R$ 240 milhões que serão investidos na ação que visa entregar até 3,8 mil máquinas. “Temos uma previsão que todos os 79 municípios vão receber, são motoniveladoras, caminhões, pás-carregadeiras e outros. Então, conforme as indústrias vão entregando é feito o repasse. Temos ainda mais uma entrega até o final deste mês. O importante é que todos municípios serão contemplados.
O secretário de Produção, Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico e Agricultura Familiar (Semagro) Jaime Verruck, destacou a importância do PROSOLO, que ajuda a viabilizar os recursos para aquisição dos equipamentos. “O governo estabeleceu esse programa do PROSOLO, que é um programa de solo e água. Uma boa parte foi utilizada para obras de carreamento de resíduos dos rios, das estradas. Então nós definimos ainda dentro do PROSOLO que o Governo faria a aquisição de equipamentos com recursos do Ministério da Agricultura e com verba do Governo do Estado. É um programa de mais de R$ 200 milhões, sendo 50% do valor pago pelo Estado de Mato Grosso do Sul e 50% através do Ministério da Agricultura”, afirmou.
Governo Municipalista
Esta gestão municipalista do Governo do Estado em promover apoio irrestrito às administrações municipais foi amplamente elogiada pelos prefeitos presentes ao evento. Seja em obras, maquinário, infraestrutura, o Governo tem sido parceiro forte na melhoria de vida das populações.
Para o prefeito de Batayporã, Germino da Roz Silva, este apoio é imprescindível para alavancar o progresso, porque muitas vezes o município não tem como comprar o equipamento. No evento ele recebeu um caminhão caçamba. “Nós já recebemos outras máquinas, duas patrolas, e estamos muito satisfeitos com este apoio do Governo. Este é um maquinário robusto, caro. Então, para o município é importante por dois fatores: atendimento ao pequeno agricultor que facilita muito. E segundo ponto é o melhoramento das vias, para escoamento. O produtor rural precisa de um escoamento de qualidade. Então essas entregas garantem o posicionamento do Estado nos melhores lugares nos rankings nacionais de competitividade”, sinalizou.
Em Sidrolândia, onde existem 28 assentamentos, a entrega de patrulhas mecanizadas muda o cenário de produção dos pequenos agricultores. Segundo a prefeita de Sidrolândia, Vanda Cristina Camillo, a postura do Governo em ajudar os municípios é extremamente positiva. “Sempre o Governo municipalista vem de encontro às nossas necessidades. Temos aqui 28 assentamentos que são beneficiados com todos os equipamentos”, assinalou.
O prefeito de Três Lagoas, Ângelo Guerreiro, destacou que estas ações do Governo vêm fortalecer todas as prefeituras. “O Governo vem assistindo a todas as prefeituras com inúmeros investimentos. Todos os municípios receberam e recebem apoio do Estado nas suas cidades. Isso vem fortalecer ainda mais todos os prefeitos que podem gerar mais renda, mais emprego, para fomentar o pequeno, o médio produtor, isso envolve a cadeia produtiva em geral”, afirmou.
Na solenidade ainda foram entregues 10 vans para transporte de pacientes, por meio do Programa Saúde da Família (PSF), vinculado a SES (Secretaria Estadual de Saúde), ampliando assim para 94 o número de veículos entregues à saúde desde 2019.
Também participaram da solenidade os secretários de Produção e Agricultura Familiar, Jaime Verruck, de Saúde, Flávio Brito, o presidente da Assembleia Legislativa Paulo Corrêa, o presidente da Agraer, André Nogueira, deputados federais, estaduais, prefeitos e vereadores.
A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – considerado a inflação oficial do país – passou de 4,72% para 4,70% este ano. A estimativa foi publicada no boletim Focus desta segunda-feira (20), pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC) com a expectativa de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos.
Para 2026, a projeção da inflação também caiu, de 4,28% para 4,27%. Para 2027 e 2028, as previsões são de 3,83% e 3,6%, respectivamente.
A estimativa para este ano está acima do teto da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,5% e o superior 4,5%.
Depois de queda em agosto, em setembro a inflação oficial subiu 0,48%, com influência da alta da conta de luz. Em 12 meses, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumula 5,17%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE).
Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros – a Selic – definida em 15% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do BC. As incertezas do cenário econômico externo e indicadores que mostram a moderação no crescimento interno estão entre os fatores que levaram à manutenção da Selic, na última reunião, no mês passado.
A intenção do colegiado é, de acordo com a ata divulgada, manter a taxa de juros atual “por período bastante prolongado” para garantir que a meta da inflação seja alcançada.
A estimativa dos analistas é que a taxa básica encerre 2025 nesses 15% ao ano. Para o fim de 2026, a expectativa é que a Selic caia para 12,25% ao ano. Para 2027 e 2028, a previsão é que ela seja reduzida novamente para 10,5% ao ano e 10% ao ano, respectivamente.
Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Mas, além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas.
Assim, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia. Quando a taxa Selic é reduzida a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.
PIB e câmbio
Nesta edição do boletim Focus, a estimativa das instituições financeiras para o crescimento da economia brasileira este ano passou de 2,16% para 2,17%. Para 2026, a projeção para o Produto Interno Bruto (PIB, a soma dos bens e serviços produzidos no país) ficou em 1,8%. Para 2027 e 2028, o mercado financeiro estima expansão do PIB em 1,82% e 2%, respectivamente.
Puxada pelas expansões dos serviços e da indústria, no segundo trimestre deste ano a economia brasileira cresceu 0,4%. Em 2024, o PIB fechou com alta de 3,4%. O resultado representa o quarto ano seguido de crescimento, sendo a maior expansão desde 2021, quando o PIB alcançou 4,8%.
A previsão da cotação do dólar está em R$ 5,45 para o fim deste ano. No fim de 2026, estima-se que a moeda norte-americana fique em R$ 5,50.
A taxa de desocupação no trimestre encerrado em agosto ficou em 5,6%, repetindo o menor patamar já registrado pela série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua.
O país tinha, no fim de agosto, 6,1 milhões de pessoas desocupadas, o menor contingente da série. O número de ocupados chegou a 102,4 milhões.
Com esse resultado, o nível da ocupação, que mede o percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar, ficou em 58,1%, se mantendo no nível mais alto da série histórica.
O número de empregados com carteira assinada também foi recorde e alcançou 39,1 milhões de pessoas.
Mercado de trabalho
A pesquisa do IBGE apura o comportamento no mercado de trabalho para pessoas com 14 anos ou mais e leva em conta todas as formas de ocupação, seja com ou sem carteira assinada, temporário e por conta própria, por exemplo. Pelos critérios do instituto, só é considerada desocupada a pessoas que efetivamente procura uma vaga. São visitados 211 mil domicílios em todos os estados e no Distrito Federal.
Caged
A Pnad é divulgada no dia seguinte a outro indicador de comportamento do mercado de trabalho, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e que acompanha apenas o cenário de empregados com carteira assinada.
De acordo com o Caged, o mês de agosto apresentou saldo positivo de 147.358 vagas formais. Em 12 meses, o balanço é positivo em 1,4 milhão de postos de trabalho formais.
Bruno de Freitas Moura – Repórter da Agência Brasil
ASN Nacional - Agência Sebrae de Notícias Foto: Divulgação.
O otimismo do microempreendedor individual (MEI) aumentou no último ano. A Sondagem Econômica do MEI, realizada mensalmente pelo Sebrae em conjunto com a Fundação Getulio Vargas (FGV), mostra que no último mês de junho, na comparação com o mesmo período do ano passado, o Índice de Confiança do MEI (IC-MEI) aumentou 2,3 pontos. Além disso, o sexto mês de 2025 registrou o menor nível da série histórica dos MEIs que avaliam como “difícil” o acesso a crédito (63,2%) – em 2024, esse indicador foi de 67,8%.
“A análise precisa ser feita com base no cenário econômico do país. A confiança está associada ao bom momento econômico que voltou ao Brasil. Associado a isso, o MEI é aquele que se vira, que levanta de manhã e faz sua própria renda. Agora, o Estado está dando condições para que ele continue gerando emprego e renda”, afirma o presidente do Sebrae, Décio Lima.
No recorte por atividades, os profissionais de Serviços lideram o avanço no IC-MEI, com 3,9 pontos em junho de 2025 contra junho de 2024. No mesmo período, os MEIs do Comércio somaram 2,3 acima e os da Indústria recuaram 0,8 ponto. Nesse intervalo de um ano, todas as regiões tiveram variação positiva: Nordeste (4,8 pontos), Sul (4,9 pontos), Sudeste (1,2 ponto) e Norte/Centro-Oeste (0,3 ponto).
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Crédito
Quando avaliado o fator crédito, apesar do maior acesso, o “custo financeiro” continua sendo a maior dificuldade enfrentada para 25,6% dos MEIs. O presidente do Sebrae, Décio Lima, reforça que as elevadas taxas de juros praticadas no mercado prejudicam o desenvolvimento dos pequenos.
Nós, do Sebrae, junto com o governo do presidente Lula e do vice Alckmin, temos trabalhado incessantemente para apoiar os empreendedores a buscarem alternativas em um ambiente econômico que não foi feito pensando nos pequenos negócios, mas na acumulação de capital.
Décio Lima, presidente do Sebrae.
Por meio do Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas (Fampe), o Sebrae, ao longo de 2025, deve chegar a R$ 12 bilhões em crédito para pequenos negócios viabilizados com garantia do FAMPE.