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Saúde

Frio pode contribuir para ocorrência de infarto, dizem especialistas

Acompanhamento médico pode reduzir riscos

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Dias mais frios podem contribuir para a ocorrência de infarto em pacientes que apresentam fatores de risco, como aqueles que têm lesão coronária ou hipertensos. A cardiologista Rica Buchler, diretora de reabilitação cardíaca do Instituto Dante Pazzanese, alerta que o acompanhamento médico e controle de condições preexistentes podem reduzir os riscos.

“No frio, os pacientes que têm alguma lesão coronária por depósito de gordura – aterosclerose – existe a constrição do vaso e, além da constrição ou do espasmo do vaso, existe o aumento da viscosidade do sangue, isso pode obstruir artéria ou ramo de artéria coronária levando ao infarto. Não só isso, também a pressão arterial tende a se elevar no frio”, disse a cardiologista.

Ela explicou que, na tentativa de manter a temperatura do corpo, no frio, os vasos sanguíneos se contraem, então eles diminuem o diâmetro, é a chamada vasoconstrição. “A vasoconstrição pode levar ao infarto e pode piorar a hipertensão em pacientes com predisposição”, acrescentou.

“Imaginando que uma coronária seja um tubo e tenha uma obstrução de 60%, por exemplo, com 40% [sem obstrução], vai passando sangue normalmente [pelos vasos]. Só que, diante do frio, ela pode ter um espasmo e esse vaso se ocluir, causando o infarto”, exemplificou.

O cardiologista Luiz Antônio Machado César, assessor científico da Sociedade de Cardiologia do estado de São Paulo (Socesp) e professor da Faculdade de Medicina da USP, relatou que há estudos demonstrando a maior incidência de infarto em temperaturas mais frias. “É uma curva que lentamente tem um aumento dos casos de morte por infarto à medida que a temperatura cai, grau a grau. Mas fica bem mais evidente, quase três vezes mais mortes por infarto, abaixo de 14 graus”, disse sobre resultado de pesquisa da USP da qual foi orientador.

Quando comparados os períodos das estações do ano, o inverno foi quando mais ocorreram mortes por infarto na comparação com as outras estações.

“O que a gente observou claramente era [um maior risco] para pessoas acima de 65 anos. Quando se vê no todo [considerando todas as idades], a gente já vê a diferença. Quando separa por idade, nitidamente isso é bem evidente acima de 65 anos, porque são as pessoas que têm muito mais [incidência de] hipertensão arterial, tem muito mais chance de já ter a doença coronária, de eventualmente já ter tido infarto, de já ter sintomas de doença. É a faixa etária em que mais está presente a doença. As pessoas de mais risco são as pessoas que mais vão ter o efeito do frio”, explicou.

Em relação aos do grupo de risco, além de pacientes com lesão coronária, Rica Buchler também citou pessoas que já tiveram infarto, com ponte de safena, com angioplastia, hipertensos e que já tiveram acidente vascular cerebral. Ela lembrou que o infarto é uma consequência de vários fatores, como pressão arterial descontrolada, diabetes descontrolado e colesterol muito alto, e que, quando paciente e médico conseguem controlá-los, a suscetibilidade ao infarto diminui, inclusive no tempo frio.

Para evitar os riscos das baixas temperaturas, a médica avalia que primeiramente a pessoa deve conhecer sua situação de saúde. “Pessoas que vão anualmente ou semestralmente ao cardiologista sabem a real condição que elas têm, então elas se conhecem bem, conhecem a medicação que tomam, então essas pessoas estão mais seguras.” Outra recomendação da cardiologista, é evitar sair nos horários mais frios do dia.

O professor Machado César também alertou para a importância de se manter a medicação para pessoas com doenças já identificadas anteriormente, de se proteger ao máximo quando sair de casa e evitar contraste de temperatura.

“O contraste é o maior desencadeante daquelas situações de espasmo, de vasoconstrição, que é o contato com uma temperatura muito fria. Ou seja, você está dentro de casa em uma temperatura de 20 ou 18 graus e, de repente, sai para fazer alguma coisa fora e está 2 graus. Vai ter vasoconstrição na pele, na orelha, no nariz e, se tiver doença, você pode ter vasoconstrição lá [no coração] e desencadear um quadro de infarto. Então, evitar isso para quem tem mais de 60, 65 anos”, disse.

No entanto, ele lembrou que isso não significa que todo mundo que sair no frio terá infarto. “A pessoa está em um grupo que é mais fácil que isso aconteça, mesmo assim é uma probabilidade, não é que ela terá [necessariamente um infarto]”, acrescentou.

(Fonte: Agência Brasil. Fotos: Reprodução)

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Saúde

Saúde realiza oficina preparatória do PlanificaSUS em Campo Grande

Durante a abertura do encontro, o secretário de Estado de Saúde, Dr. Maurício Simões Corrêa, destacou a importância do PlanificaSUS para o fortalecimento do SUS (Sistema Único de Saúde) no estado.

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A SES (Secretaria de Estado de Saúde), em parceria com a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde de Campo Grande) realizou na quarta-feira (4) ‘Oficina Preparatória PlanificaSUS Campo Grande’, no auditório da Faculdade Estácio de Sá, com o objetivo de expandir a planificação no Mato Grosso do Sul.

Durante a abertura do encontro, o secretário de Estado de Saúde, Dr. Maurício Simões Corrêa, destacou a importância do PlanificaSUS para o fortalecimento do SUS (Sistema Único de Saúde) no estado. Com a expansão do projeto para a macrorregião de Campo Grande, os cidadãos sul-mato-grossenses terão acesso a um atendimento mais humanizado e eficiente, com foco na prevenção e no cuidado integral.

“Campo Grande é a maior área e a mais complexa do nosso Estado, que ela sirva de exemplo para quando nós formos ampliar o Planifica para as demais regiões do nosso Estado e também para as demais linhas de cuidado. Vamos fazer boa utilização do recurso público e desenvolver um trabalho que daqui alguns anos os próximos gestores possam falar do belíssimo trabalho que foi feito, um trabalho realizado por todos nós”, afirmou o secretário.

O Estado tem se destacado na implementação do PlanificaSUS, um projeto estratégico desenvolvido pelo Ministério da Saúde em parceria com o CONASS (Conselho Nacional de Secretários de Saúde). O objetivo principal do PlanificaSUS é aprimorar e integrar a APS (Atenção Primária à Saúde) com a AAE (Atenção Ambulatorial Especializada) na organização da RAS (Rede de Atenção à Saúde) no SUS.

Em Mato Grosso do Sul, a iniciativa já foi implementada nas regiões de Jardim e Aquidauana na linha de cuidados materno infantil, buscando criar protocolos e fluxos de trabalho que tornem a APS mais acessível e eficaz, reduzindo o tempo de espera por atendimentos especializados e aumentando a satisfação dos usuários. Com a padronização dos processos e a adoção de boas práticas, espera-se que Mato Grosso do Sul consiga reduzir os indicadores de óbito materno e infantil, que são grandes desafios para o sistema de saúde pública.

Para a superintendente de Atenção Primária à Saúde da SES, Karine Cavalcante da Costa, o principal objetivo da SES é a sustentabilidade do projeto. “Sustentabilidade do projeto, esse é o nosso objetivo. Primeiro, aproveitar toda essa oportunidade e material que o Einstein traz para nós, essa transferência de tecnologia, e vocês vão perceber que eles trazem as ferramentas de trabalho e que essas ferramentas de trabalho podem ser customizadas, vocês vão perceber que é muito precioso isso. E a intenção é a gente padronizar esses processos de trabalho, tanto na gestão estadual, como na gestão municipal também. E a nossa linha de cuidado, a primeira que trabalhamos no Estado foi a linha materno infantil, essa metodologia é a nossa metodologia, o nosso carro-chefe”, enfatizou Karine.

A secretária municipal de saúde de Campo Grande, Rosana Leite, destacou a importância de realizar o PlanificaSUS na Capital do estado. “Isso faz do SUS essa pujança, é essa prática individualizada que ela se customiza e vai para as outras instâncias. E essa participação de todos vocês, cada um trazendo algo que possa ser contribuído”.

Além disso, a integração entre a Atenção Primária e a Atenção Ambulatorial Especializada tem se mostrado essencial para garantir que os pacientes sejam acompanhados de forma contínua e integral, evitando a fragmentação do cuidado. O PlanificaSUS também tem permitido a otimização dos recursos, através do uso de ferramentas de gestão que auxiliam no monitoramento e avaliação dos resultados das ações.

“Nós somos muito satisfeitos de ter o município de Campo Grande como participante do projeto e muito satisfeitos de renovar mais um triênio com o estado do Mato Grosso do Sul, essa parceria grande, com todo o time da secretaria”, finalizou o coordenador Nacional do PlanificaSUS, Márcio Paresque.

A oficina também contou com a presença da assessora e responsável pela Câmara Técnica da APS do CONASS, Maria José Evangelista, e do consultor do CONASS, Eugênio Vilaça Mendes.

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

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Saúde

SUS passará a custear novo remédio para tratamento de neuroblastoma

Conitec aprova betadinutuximabe, conhecido como Qarziba

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A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) recomendou nesta quinta-feira (5) a incorporação do medicamento betadinutuximabe ao tratamento do neuroblastoma de alto risco. Isso significa que o remédio passará a ser custeado e distribuído pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A condição para o tratamento é a de que o paciente tenha sido previamente tratado com quimioterapia e alcançado pelo menos uma resposta parcial, seguida de terapêutica mieloablativa e transplante de células tronco.

O pedido de incorporação do medicamento foi submetido à Conitec em janeiro deste ano pelo laboratório farmacêutico Recordati, que comercializa o remédio com o nome Qarziba.

O neuroblastoma é o terceiro tipo de câncer infantil mais recorrente, depois da leucemia e de tumores cerebrais. O remédio, que custa cerca de R$ 2 milhões, é indicado para casos de alto risco ou recidiva e já foi utilizado em mais de mil pacientes de 18 países. Segundo o fabricante, ele melhora a sobrevida, aumenta a probabilidade de cura e reduz o risco de a doença voltar.

Em janeiro deste ano, uma campanha de arrecadação de recursos para o tratamento de Pedro, filho do indigenista Bruno Pereira, chamou a atenção para a urgência da incorporação do betadinutuximabe ao SUS. Em apenas três dias, a campanha alcançou a meta, mas a família de Pedro se uniu a outras famílias que também vivenciam a dificuldade de acesso aos remédios para o tratamento do neuroblastoma.

Na reunião da Conitec desta quinta-feira também foi aprovada a incorporação ao SUS de novos remédios para doença pulmonar obstrutiva crônica. Confira as demais deliberações da comissão aqui.

 

Neuroblastoma - infográfico sintomas e destaque. Foto: Arte/EBC
Arte/EBC

(Fonte: Agência Brasil. Foto: Reprodução)

 

 

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Saúde

Programas de residência abrem 63 vagas no Hospital Regional em Campo Grande

Programas de Residência Médica, Multiprofissional e Uniprofissional estão com inscrições abertas

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A Fundação Serviços de Saúde de Mato Grosso do Sul (Funsau/MS) está com processos seletivos em aberto para preenchimento de vagas em programas de residência Médica, Multiprofissional e Uniprofissional do Hospital Regional de Mato Grosso do Sul.

Para o Programa de Residência Médica 2025 estão sendo ofertadas 33 vagas para acesso direto, discriminadas nas seguintes especialidades: Anestesiologia (2), Clínica Médica (7), Cirurgia Geral (5), Ginecologia e Obstetrícia (4), Medicina Intensiva (3), Neurologia (2) e Pediatria (10). Com pré-requisito estão disponíveis dez vagas: Cardiologia (4), Coloproctologia (1), Gastroenterologia (2) e Nefrologia (3).

As inscrições para a residência médica iniciaram nesta quinta-feira, 5 de setembro, e seguem até dia 18 de setembro de 2024, e são feitas exclusivamente pelo site da Associação Médica do Rio Grande do Sul (AMRIGS), pelo endereço www.amrigs.org.br ou www.amms.com.br.

Já o Programa de Residência Multiprofissional e Uniprofissional 2025 ofertam 20 vagas em diversas áreas e três áreas de concentração, como mostra a tabela abaixo.

O período de inscrições para o Programa de Residência Multiprofissional e Uniprofissional 2025 iniciou no dia 26 de agosto de 2024 e segue até 10 de setembro de 2024. As inscrições deverão ser realizadas através da Fundação Universidade Empresa de Tecnologia e Ciências (Fundatec), exclusivamente pelo site www.fundatec.org.br.

É importante que cada candidato revise atentamente as informações e os cronogramas descritos nos editais disponíveis nos links abaixo.

Edital Programa de Residência Médica 2025

Edital Programa de Residência Multiprofissional e Uniprofissional 2025

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

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