A chegada de uma severa frente fria a Mato Grosso do Sul, preocupa toda a população. Além de crianças, idosos e pessoas em situação de rua, o período também é difícil e perigoso para os animais, em especial aqueles que não tem um lar ou abrigo adequado.
De acordo com o Cemtec-MS (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima do Estado), as mínimas no decorrer da semana, podem ficar na casa dos 4° e a sensação térmica pode atingir temperaturas negativas em alguns municípios do Estado, como em Rio Brilhante, onde a madrugada de terça-feira (17) registrou sensação térmica de -1°. Na madrugada de quarta-feira, segundo a meteorologia, Campo Grande foi a Capital mais fria do Brasil, com mínima na casa dos 4°.
A previsão é de aumento gradativo da temperatura, mas o clima frio permanece ainda por alguns dias. Se para os humanos enfrentar as baixas temperaturas é difícil, para os animais não é diferente e alguns cuidados são essenciais para manter a saúde e bem-estar do pet, como explica a médica veterinária homeopata, Mônica de Souza.
“É importante manter os animais aquecidos no período. Cães e gatos são muito sensíveis às baixas temperaturas e adoecem com o clima frio, mas alguns cuidados podem prevenir doenças e garantir melhor qualidade de vida a eles”, explica.
Nos cães, o principal problema é a tosse dos canis, doença semelhante a uma gripe humana, acomete apenas os cães e é contagiosa entre eles. Causada por vírus, pode ser prevenida por meio de vacinas, mas a queda da imunidade ocasionada pelas baixas temperaturas pode ser agente facilitador da disseminação da doença.
“Ao ser exposto ao estresse térmico, a imunidade do cão cai e ao ser acometido pela tosse canina, o animal fica vulnerável à bactéria Bodertella, que leva a quadros de evolução da doença para pneumonia. Raças de pelo curto, como pitbull, doberman, pinscher e boxer, sentem muito frio e são menos resistentes às infecções respiratórias, pois, geneticamente não são resistentes às baixas temperaturas e por isso, são mais vulneráveis. Animais de pelos longos tem mais resistência, mas não significa que não precisam de cuidados especiais no período”, destaca a veterinária.
Já nos gatos, o principal problema é a falta de hidratação, já que nos dias frios, bebem menos água, podendo assim, desenvolver a SUF (Síndrome Urológica Felina). Com isso, além de oferecer ambientes quentes e confortáveis aos felinos, também é indispensável manter água fresca disponível. É importante também atenção aos animais geriátricos, tanto cães quanto gatos.
“Nesta época, os animais idosos também sofrem. Aqueles que têm artrite ou artrose, sentem mais dores, dificuldade de locomoção, começam a mancar e até param de andar, dependendo do caso. Além da consulta ao veterinário, a homeopatia é ótima aliada para a recuperação dos movimentos e auxílio na dor”, defende a Dra. Mônica que é diretora da Sigo Homeopatia Veterinária, empresa que há 20 anos atua no segmento.
Inclusive, a homeopatia veterinária atua como aliada na prevenção e tratamento de doenças comuns nessa época, como resfriados e tosse dos canis. “O InfectoSigo e o ForSigo colaboram no fortalecimento do sistema imunológico do animal, tornando o pet mais resistente para enfrentar o período”, explica.
Cuidado e amor – A auxiliar de Recursos Humanos, Flávia Basmage é tutora de cinco cães de tamanhos e raças diferentes. Além da Golden Jade, há ainda a Bulldog Aika, a Pinscher Nina e as recém resgatadas Luna e Nala.
Todas recebem os mesmos cuidados e nesta terça-feira (17) já estão agasalhadas com roupas e até mesmo passam mais tempo dentro de casa, ou em áreas cobertas. As casinhas estão com cobertores e longe da exposição ao tempo.
“Sempre observamos o comportamento delas para avaliar se estão com frio, Quando os focinhos começam ficar gelados e elas começam a se aninhar, é sinal que está na hora de colocar os agasalhos e protegê-las do frio”, relata Flávia.
Tutora zelosa dos gatos Jolie, Napoleão, Hanna e Lua, a autônoma Keila Santos prepara o ambiente para os dias mais frios. Além de fornecer cobertas aos gatos, cuida do momento do banho de sol, já que mora em apartamento e ainda reforça a alimentação.
“Nesta época eles sentem mais fome, então é importante os alimentar bem. Também coloco no espaço externo para que tomem sol e sempre os mantenho aquecidos, pois, gatos sentem muito frio e o cuidado é especial com o Napoleão, que foi resgatado com fraturas e passou por várias cirurgias”, relata.
Atenção especial – Se você tem um pet e quer manter a saúde e bem-estar do seu amigo nos dias mais frios, a médica veterinária apresenta dicas para enfrentar as baixas temperaturas:
Mantenha os animais bem agasalhados e se possível dentro de casa;
Animais que ficam no quintal, precisam de espaço com cobertura e acesso à cobertas, ou algum tipo de cama protegida, longe do sereno e friagem;
Gatos também precisam de locais adequados e quentinhos;
Mantenha a água fresca sempre disponível:
As vacinas devem estar em dia;
Ao primeiro sintoma de gripe ou problema de saúde, busque auxílio de um veterinário.
(Com assessoria. Fotos: Divulgação)