fbpx
Connect with us

Economia

Estado quer ampliar produção de mel em 10% neste ano

Promovendo maior interação do setor produtivo

Publicado

on

Maior produtor de mel do Centro-Oeste, com 984 mil quilos do produto em 2020, Mato Grosso do Sul quer elevar produtividade em pelo menos 10% neste ano. Essa meta já tem sido buscada por meio das ações da Secretaria de Produção, Meio Ambiente, Desenvolvimento Sustentável e Agricultura Familiar (Semagro). No ano passado, o número de apicultores cadastrados junto a Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro) cresceu 8% passando de 1.016 subiu para 1.097 produtores. Mesmo assim a atividade ainda tem muito espaço para crescimento no Estado.

Visando debater os desafios da cadeia produtiva do mel e meios de interligar a agricultura e a apicultura, foi realizada ontem a primeira live do ano da campanha Agrocooperação. Lançado em setembro do ano passado, o projeto é uma iniciativa do governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro) e Agência Estadual de Defesa Sanitária, Animal e Vegetal do Mato Grosso do Sul (Iagro). O encontro teve a participação do superintendente de Ciência e Tecnologia, Produção e Agricultura Familiar da Semagro, Rogério Beretta, do diretor-presidente da Iagro, Daniel Ingold e do assessor da Coordenadoria de Pecuária (Copec) da Semagro, Orlando Serrou Camy Filho. A mediação ficou a cargo do diretor operacional do Sindag, Cláudio Júnior Oliveira.

A AgroCooperação visa promover a conformidade na produção agropecuária, estimular a adoção de boas práticas agrícolas e em apicultura, troca de experiências e informações. O objetivo é estabelecer e reforçar o diálogo entre produtores rurais, apicultores e profissionais da aviação agrícola e revendas de defensivos agrícolas – conscientizando sobre os limites de cada um e a responsabilidade com a produção segura e ambientalmente sustentável de alimentos. A iniciativa conta com o apoio do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal (Sindiveg), Sindicato Nacional das Empresas da Aviação Agrícola (Sindag), Associação Nacional dos Distribuidores de Insumos Agrícolas e Veterinários (Andav) e da Associação dos Engenheiros Agrônomos do Mato Grosso do Sul (Aems).

De acordo com o superintendente de Pecuária da Semagro, Rogério Beretta, o evento é de extrema importância para a cadeia produtiva debater as boas práticas no setor. “Este tipo de debate nos permite avançar de modo sustentável na apicultura, que é um princípio básico da secretaria”, enfatizou. Ele destacou que a percepção das pessoas quanto ao setor produtivo mudou bastante. “Hoje temos que focar não apenas em produzir, mas como produzir de uma maneira que consiga manter a sustentabilidade e não agredir outros setores. Trabalhamos muito isso na secretaria”, destacou o superintendente.

O superintendente ressaltou os desafios que Mato Grosso do Sul tem em relação a obter o status de Estado Carbono Neutro até 2030. “Mesmo assim temos tranquilidade devido aos nossos programas que já atuam neste sentido, com objetivos e metas que são sempre de produzir com sustentabilidade”, afirmou.

Crescimento

As abelhas e outros polinizadores são amplamente reconhecidos pelo seu importante papel e contribuição para a segurança alimentar e nutricional, agricultura sustentável, saúde ambiental e dos ecossistemas, enriquecimento da biodiversidade e outros aspectos do desenvolvimento sustentável. A atividade se divide em apicultura que são as abelhas com ferrão e a Meliponicultura que trabalha com as abelhas sem ferrão ou abelhas indígenas, abelhas nativas, ou ainda, simplesmente chamadas de “meliponíneos” ou “melíponas”. No Brasil, a atividade é desenvolvida por pequenos e médios produtores na maioria das regiões e está em franca expansão. O mel de melíponas é um produto peculiar e de alto valor de mercado por ser considerado orgânico. No Mato Grosso do Sul, 11,5% são criadores de abelha sem ferrão, mas há outros 16,8% que exploram as duas atividades, segundo levantamento realizado pela Câmara.

De acordo com dados repassados pelo assessor da coordenadoria de Pecuária, Orlando Camy Filho, na live, Mato Grosso do Sul tem evoluído na produção de mel a cada ano. Por meio da Câmara são feitos estudos, pesquisas e análises da situação em que se encontram os produtores nas diversas regiões, visando subsidiar os profissionais na elaboração das ações que atendam as demandas, desde a qualificação tecnológica, a capacitação, a organização produtiva e de comercialização, além das estruturas disponíveis para a aquisição de insumos, crédito e assistência técnica. “O objetivo é que Mato Grosso do Sul seja referência em qualidade e organização, com a melhoria de renda dos pequenos produtores e da conservação ambiental”, observou.

O diretor-presidente da Iagro, Daniel Ingold, também presente ao encontro, ressaltou o papel do Iagro na regulação e orientação da cadeia produtiva. “A Iagro não abre mão de ser a entidade reguladora e fiscalizadora, mas focamos também na orientação dos produtores. A orientação é que a Iagro seja agregadora na sustentabilidade em MS”, frisou. A meta do Iagro é ampliar o cadastro dos apiários e registro de colmeias. “Tivemos um incremento de cadastro na Iagro. Em 2020 eram 1.016 produtores de mel com 25.109 colmeias. Já no ano passado, o volume subiu para 1.097 apicultores, e 27.145 colmeias. Aumento de 8% que mostra a importância da integração em relação a informação. Não se trata apenas de regulação da atividade, queremos saber onde estão os apicultores quem são e isso será possível com a atualização de dados destas pessoas no cadastro da Iagro”, acrescentou.

Boas práticas

A necessidade de discutir boas práticas na aplicação de defensivos que possam garantir a sobrevivência da apicultura foi destacada no encontro virtual. O superintendente salientou que a Semagro tem trabalhado forte no fomento destas ações. “Temos que entendendo o ecossistema como um todo e não apenas questão financeira. A forma e o momento correto de praticar isso e uma exemplo de que a Iagro faz trazendo conhecimento transferindo tecnologia e unindo as cadeias como a apicultura e agricultura”, destacou.

Quanto a relacionamento entre cadeias, Beretta disse que a Semagro deve divulgar em breve o Plano estadual de florestas. “Mato Grosso do Sul tem o 2º maior maciço florestal do País com uma grande indústria se instalando em Ribas do Rio. Isso aumenta a possibilidade dos apicultores produzirem nas florestas de eucaliptos. O interelacionamento é este foco na produção correta, no modo de conduzir o processo produtivo. Isso ratifica a campanha do Agrocooperação”, pontuou.

Finalmente ele ressaltou  que as entidades devem ter olhar olhar atento na difusão, no trabalho na questão da sanidade e preservação de espécies. “Entendemos que o respeito a estes pontos é de extrema importância para um fechamento com chave de ouro na apicultura. Por isso temos o Agrocooperação como um programa de Governo alinhado com a Semagro e suas subsidiárias”, finalizou.

(Com assessoria. Foto: Divulgação)

Continue Lendo
Clique para comentar

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Economia

Pesquisa mostra diferença de preço de 32,25% no etanol e de 22,98% na gasolina em MS

No caso da gasolina comum, a menor média encontrada foi de R$ 5,74 em Campo Grande; e a maior de R$ 7,05, em Corumbá.

Publicado

on

Os preços médios da gasolina comum e do etanol comum apresentam diferença de, respectivamente, 22,98% e 32,25% entre as diferentes regiões do Estado.

É o que mostra a pesquisa de novembro de preços de combustíveis realizada pelo Procon Mato Grosso do Sul, instituição vinculada à Sead (Secretaria de Estado de Assistência Social e dos Direitos Humanos).

No caso da gasolina comum, a menor média encontrada foi de R$ 5,74 em Campo Grande; e a maior de R$ 7,05, em Corumbá.

Já em relação ao etanol comum, o melhor preço médio ao consumidor foi de R$ 3,75, também em Campo Grande, e o maior de R$ 4,96, na cidade pantaneira.

O Procon também fez o levantamento dos preços da gasolina e etanol aditivados, diesel S500 e S10, comum e aditivado, e GNV (Gás Natural Veicular). A pesquisa foi realizada em 53 postos de combustíveis, na Capital e também em Coxim, Ponta Porã, Três Lagoas, Jardim, Aquidauana e Corumbá.

(Com assessoria. Foto: Divulgação)

Continue Lendo

Economia

Lucro da Caixa sobe 21,6% e chega a R$ 9,4 bilhões em 2024

Despesas de pessoal e administrativas aumentaram 10% no período

Publicado

on

O lucro líquido da Caixa Econômica Federal (Caixa) nos nove primeiros meses de 2024 atingiu R$ 9,4 bilhões, montante 21,6% superior ao registrado pelo banco no mesmo período do ano passado. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (13) pelo banco.

As despesas de pessoal e administrativas da Caixa totalizaram R$ 33 bilhões no acumulado dos nove primeiros meses de 2024, um aumento de 10,1% em relação ao mesmo período do ano anterior. O resultado, segundo o banco, foi influenciado pelo Programa de Demissão Voluntária (PDV) aberto pela instituição. Desconsiderando o efeito do PDV, em curso, o aumento nas despesas seria de 7,2% para o período.

No terceiro trimestre de 2024 (julho, agosto e setembro), o lucro líquido da instituição foi de R$ 3,3 bilhões, 0,7% acima do registrado nos mesmos meses do ano passado e 0,7% abaixo do lucro do segundo trimestre de 2024 (abril, maio, junho). Nesse período, as despesas de pessoal e administrativas chegaram a R$ 10,8 bilhões, um crescimento de 6,3% em relação ao mesmo período do ano passado e de 0,3% quando comparado ao segundo trimestre de 2024.

Carteira de crédito

A carteira de crédito da Caixa encerrou setembro de 2024 com saldo de R$ 1,2 trilhão, crescimento de 10,8% em relação a setembro de 2023 e de 3% quando comparado a junho de 2024. O destaque, segundo o banco, foram os aumentos, nos últimos doze meses, de 14,7% no setor imobiliário, de 13,8% no agronegócio, e de 3,9% no saneamento e infraestrutura.

No acumulado dos nove primeiros meses de 2024, foram concedidos R$ 465,5 bilhões em créditos totais pelo banco, aumento de 15,3% na comparação com mesmo período de 2023. No terceiro trimestre de 2024, foram concedidos R$ 163,4 bilhões, elevação de 12,8% em comparação com o mesmo período do ano anterior, e 2,7% em comparação com o segundo trimestre de 2024.

O índice de inadimplência da carteira de crédito da Caixa encerrou setembro de 2024 em 2,27%, redução de 0,40 pontos percentuais (p.p.) em relação a setembro de 2023 e aumento de 0,07 p.p. quando comparado a junho de 2024.

Crédito imobiliário

O crédito imobiliário da Caixa é o mais representativo na composição do crédito total do banco, com 67,2% de participação e saldo de R$ 812,2 bilhões em setembro de 2024, crescimento de 14,7% em comparação a setembro de 2023 e de 3,6% em relação a junho de 2024.

Desse saldo, R$ 474,9 bilhões utilizaram recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviços (FGTS), aumento de 17,3% em comparação a setembro de 2023 e de 4% quando comparado a junho de 2024. Outros R$ 337,3 bilhões utilizaram recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), crescimento de 11,3% em comparação a setembro de 2023 e de 3,1% em relação a junho de 2024.

No acumulado dos nove primeiros meses de 2024, as contratações habitacionais totalizaram R$ 176 bilhões, um aumento de 28,6% em relação ao mesmo período de 2023. No terceiro trimestre, foram R$ 63,4 bilhões em contratações, elevação de 23,4% em relação ao mesmo período de 2023 e de 3,5% em comparação ao segundo trimestre de 2024.

Continue Lendo

Economia

Vendas no comércio crescem 0,5% em setembro e igualam patamar recorde

Setor cresce 3,9% em 12 meses, diz IBGE

Publicado

on

As vendas no comércio brasileiro cresceram 0,5% na passagem de agosto para setembro. Esse desempenho coloca o setor de volta ao nível mais alto da série, atingido anteriormente em maio de 2024.

A constatação faz parte da Pesquisa Mensal de Comércio, divulgada nesta terça-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado positivo volta a colocar o comércio brasileiro no campo positivo na comparação entre meses imediatamente seguidos, uma vez que tinha recuado 0,2% na passagem de julho para agosto.

Na comparação com setembro de 2023, o setor avançou 2,1%. No acumulado de 2024, o ganho somado é de 4,8%. Em 12 meses, o setor cresce 3,9%. Observando dados trimestrais, o terceiro trimestre de 2024 se expandiu 0,3% ante o conjunto dos meses abril, maio e junho. Em relação ao terceiro trimestre de 2023, a alta é de 4%.

Atividades

Quatro das oito atividades pesquisadas pelo IBGE apresentaram resultados positivos: outros artigos de uso pessoal e doméstico (3,5%), combustíveis e lubrificantes (2,3%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, e de perfumaria (1,6%) e hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,3%).

Por outro lado, móveis e eletrodomésticos (-2,9%), equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-1,8%), tecidos, vestuário e calçados (-1,7%) e livros, jornais, revistas e papelaria (-0,9%) tiveram queda.

O IBGE destaca que, ao longo de 2024, o desempenho dos supermercados e artigos farmacêuticos têm sustentado crescimento.

As vendas nos supermercados têm o maior peso na pesquisa do IBGE, 55,6%. Já os artigos farmacêuticos figuram como terceiro maior peso (11%), perdendo para combustíveis e lubrificantes.

O gerente da pesquisa, Cristiano Santos, classifica o resultado como “bastante expressivo”. Ele enfatiza que o desempenho tira o comércio de uma zona de estabilidade em um nível já alto.

“Se a gente está circundando o nível recorde, mais ou menos, desde maio, a gente está em uma base alta”, aponta.

Ele explica que fatores como aumento de crédito para a pessoa física, expansão do número de pessoas ocupadas e crescimento da massa salarial dos trabalhadores ajudaram a impulsionar o comércio brasileiro. “Esse cenário vem puxando o ano de 2024.”

Veículos e motos

O IBGE também divulga dados do chamado varejo ampliado, que inclui as atividades de veículos, motos, partes e peças; material de construção; e atacado especializado de produtos alimentícios, bebidas e fumo. Com esses setores agregados, o comércio cresceu 1,8% na passagem de agosto para setembro, superando o maior patamar da série histórica, atingido em agosto de 2013.

“Também teve a questão do crédito para aquisição de veículos, que foi bastante forte, de 2,4% de agosto para setembro”, diz.

Na comparação com setembro de 2023, o comércio ampliado se expandiu 3,9%. Em 12 meses, o ganho acumulado é de 3,8%.

(Fonte: Agência Brasil. Foto: Reprodução)

Continue Lendo

Mais Lidas

Copyright © 2021 Pauta 67