O governador Reinaldo Azambuja percorreu de carro nesta sexta-feira (11) um dos trechos da MS-345, entre Anastácio e o distrito de Águas de Miranda, em Bonito, e autorizou o início das obras de pavimentação dos lotes 1 e 2 da referida rodovia, totalizando 52 km e custo de R$ 95,6 milhões. Os 100 km da MS-345 – do trevo com a BR-419 à Capital do Ecoturismo – serão totalmente pavimentados e as obras já se iniciaram, incluindo 14 pontes de concreto.
“São investimentos (R$ 212 milhões) em uma obra sonhada por décadas, que vai encurtar distâncias, interiorizar o desenvolvimento e fomentar o nosso turismo, que tem a pesca como o grande atrativo aqui na beira do Rio Miranda”, disse o governador, durante ato realizado em Águas de Miranda. “Esse é o MS que cresce com os municípios, com a população, os ribeirinhos, os guias de turismo, gerando empregos, oportunidades e qualidade de vida”, enfatiza.
Presente ao evento, o deputado Paulo Corrêa, presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, disse que os investimentos do governo em infraestrutura “têm mudado completamente o cenário econômico do Estado”, citando a integração dos eixos da Rota Bioceânica e o fim do isolamento no Pantanal, onde mais de 300 km de estradas estão sendo implantados. O deputado realçou ainda o “excelente trabalho” do secretário Eduardo Riedel.
A ordem de serviço foi assinada na presença dos prefeitos dos municípios do Sudoeste, dentre os quais Josmail Rodrigues, de Bonito, que classificou como “um presente” o asfaltamento da importante via, conhecida como Estrada do 21, polo de turismo de pesca. Acompanharam o governador na agenda os secretários Eduardo Rocha (Governo e Gestão Estratégica) e Geraldo Resende (Saúde).
Era um lugar esquecido
A MS-345 se interliga do trevo com a BR-419, a 21 km de Anastácio, ao centro de Bonito, cortando uma região em expansão agropecuária, com áreas também de eucaliptos e mata virgem. São 28,6 km da BR-419 até o Rio Miranda, no município de Anastácio, e mais 70,2 km até a Capital do Ecoturismo, entrecortados por morraria, vales, desfiladeiros e recursos hídricos que tornam a região um potencial para o turismo de aventura e contemplação.
Da varanda de sua pousada e restaurante na avenida principal de Águas de Miranda, Maria Aparecida dos Santo Souza, 53, lembra do lugar esquecido que era no passado o distrito e vislumbra desenvolvimento e prosperidade com a pavimentação da MS-345. A infraestrutura chegou somente em 2016, quando o governador Reinaldo Azambuja entregou o asfalto da travessia urbana do povoado – cerca de 1 km – da ponte do Rio Miranda à saída para Bonito.
“Isso aqui era um atoleiro, a estrada ficava intransitável quando chovia”, diz ela, conhecida como Dona Cida. “O governador entendeu nosso sofrimento e primeiro asfaltou o centro do distrito, agora, vai pavimentar a estrada toda. Uma benção!”, reage a moradora, que chegou àquela região na década de 1970 com a família (de paranaenses) para viver da pesca profissional. “Foi um começo difícil, a gente era esquecida, só aparecia mesmo o turista atrás do peixe.”
Dona Cida está radiante com a transformação do distrito, distante 70 km de Bonito. “Valeu a pena ser perseverante, vai melhorar tudo, graças a Deus”, diz ela, que morou com o marido, João Roberto (Maceda), 58, e um filha em barraco na beira do Rio Miranda. Empreendedora há 18 anos, ela atua nos setores gastronômico e hoteleiro (pousada com 10 apartamentos) e pretende ampliar seus negócios. “O turismo vai bombar, graças ao nosso governador”, aposta.
“Vai virar um fervo”
Águas de Miranda, mesmo sem a infraestrutura viária que está chegando, tornou-se um dos polos de pesca esportiva do Estado pela piscosidade do Rio Miranda. Hoje, o lugar tem boa estrutura de acomodações (hotéis, pousadas e pesqueiros) e a prefeitura de Bonito pretende desenvolver vários projetos para fomentar e qualificar a atividade turística, incluindo grandes eventos e capacitação da mão-de-obra local, informou o prefeito Josmail Rodrigues.
Mesmo quem não está integrado à cadeia do turismo vislumbra uma mudança radical na sua vida e região. Morando há 33 anos em uma das curvas do trecho que corresponde ao lote 2 da obra, Aral Gonçalves, o Dedé, 66 anos, vê o progresso acenando com a movimentação das máquinas e operários. Dono de um bolicho típico de beira de estrada, foi peão de fazenda e testemunhou os tempos difíceis com a falta de acesso, energia e comunicação.
“O 21 era um deserto, pouca gente passava por aqui. Depois que abriu a estrada de Guia Lopes (da Laguna) a Bonito, então, ficou mais abandonado ainda”, conta Dedé. “Com toda a dificuldade a gente criou raiz, não troco meu lugar pela cidade. Agora, será uma maravilha com esse asfalto, isso aqui vai virar um fervo, tenho fé”, diz ele, cujo comércio e sitio estão situados a 30 km do distrito. “Quero que Deus abençoe nosso governador pelo que está fazendo por nós.”
São 14 pontes de concreto
A pavimentação da MS-345 começou pelo lote 4 (a partir de Bonito), que corresponde a um trecho de 25 km, em execução pela empresa Via Magna, também responsável pelo lote 3, de 22,7 km. São 160 operários e pelo menos 60 equipamentos (máquinas e caminhões) circulando na execução dos serviços de terraplenagem e drenagem de águas pluviais. Alguns trechos exigirão a detonação de rochas, prevista para a próxima semana.
O engenheiro responsável pela obra, Jerry Gibertoni, informou que a meta da empreiteira é antecipar o prazo de entrega do asfalto, previsto para um ano e meio. Também antecipou que as onze pontes de concreto projetadas para os dois lotes estão sendo iniciadas simultaneamente, com contratação de mais 40 trabalhadores. “Vamos acelerar as obras de arte aproveitando o período de estiagem”, disse o engenheiro da Via Magna.
Nos lotes 1 e 2, os serviços estão na fase inicial, com limpeza do terreno e levantamento topográfico. No lote 2, cuja extensão é de 23,4 km, já surgem obras civis, com a implantação de redes de bueiros e manilhamento para contenção de águas pluviais. Nesses dois trechos, serão construídas três pontes de concreto. Com a abertura de desvios, as obras não vão interromper a MS-345. A estrada, hoje cascalhada, está em boas condições de tráfego.
A Prefeitura de Dourados está realizando um mutirão de limpeza em diversos pontos da cidade, com ênfase nas escolas municipais, diante da proximidade da volta às aulas, e também em unidades de saúde e equipamentos públicos. Nesta primeira quinzena de janeiro, atendendo determinação do prefeito Marçal Filho, as equipes da Semsur (Secretaria de Serviços Urbanos) atuaram de forma intensa com roçada, poda e/ou supressão de árvores, pintura e outros serviços que têm impactado em asseio e beleza no município. As ações prosseguem nos próximos dias.
Nesta quinta-feira (16), equipes da Semsur concentram os trabalhos na Escola Municipal Professora Efantina de Quadros, Ceim (Centro de Educação Municipal Infantil) Ivo Benedito, no distrito de Itahum, Terminal Rodoviário Renato Lemes Soares, Pavilhão de Eventos Dom Teodardo Leitz, Parque Rego D’Água, Praça do Transbordo, Ceper do 3º Plano, e nas avenidas Marcelino Pires e Weimar Gonçalves Torres.
Já foram atendidas as escolas municipais Frei Eucário Schmitt, Armando Campos Belo, Aurora Pedroso de Camargo, Professora Maria da Conceição Angélica e Sócrates Câmara. A UPA (Unidade de Pronto Atendimento), o estádio Frédis Saldivar (Douradão), o Centro de Convivência do Idoso “Andre´s Chamorro” , o Cras (Centro de Referência da Assistência Social) da Vila Cachoeirinha, a Secretaria Municipal de Saúde e Prefeitura também receberam os serviços. Além desses locais, o quadrilátero central entre as ruas Monte Alegre e Cuiabá e Toshinobu Katayama e Albino Torraca contou com as intervenções.
O prefeito Marçal Filho ressalta que os serviços são uma necessidade eminente no município e além de levarem mais asseio e beleza aos locais, geram impacto positivo em outros pontos, como saúde pública, por exemplo. “Encontramos o centro da cidade com o mato muito alto, condições críticas de limpeza, o que também era notório em espaços públicos”, ressalta Marçal Filho. “Logo no dia 2 começamos os serviços que estão mudando o aspecto da nossa cidade e ainda ajudam a prevenir infestação de insetos, mosquito da dengue e animais peçonhentos”, destaca o prefeito.
As ações continuarão de forma intensificada na área urbana e na área rural do município levando os serviços de limpeza, poda de árvores, pintura, conforme as necessidades de cada local.
Em tempo recorde, com apenas 9 dias úteis de trabalho à frente da Prefeitura de Dourados, o prefeito Marçal Filho e sua equipe jurídica conseguiram reverter no Tribunal de Contas do Estado (TCE) a perda de 3 mil vagas na educação infantil em razão de erros grosseiros cometidos pela gestão anterior na contratação de escolas conveniadas. A irresponsabilidade do governo passado foi atestada pela Divisão de Fiscalização de Educação do TCE, que apontou erros graves, como a omissão em relação ao formato de distribuição de merenda escolar, uniformes, material didático e pedagógico para as crianças.
O Tribunal de Contas do Estado apontou ainda que o contrato da governo passado não previa a avaliação da aptidão das escolas para a prestação de serviços de educação infantil e ainda criava notas para classificá-las com o objetivo de excluir as escolas que estiverem acima do número de vagas solicitadas. Ainda segundo o TCE, o contrato barrado pela Divisão de Contas do Estado eliminava a possibilidade de entrada de novas escolas interessadas em firmar convênio com o município, comprometendo a isonomia na contratação das instituições.
Após tomar posse, em 1 de janeiro, o prefeito Marçal Filho foi informado que o Tribunal de Contas do Estado havia concedido liminar ao Ministério Público de Contas no dia 27 de dezembro de 2024 suspendendo a contração das 3 mil vagas juntos às escolas e creches particulares de Dourados. “Essa notícia caiu como uma bomba para nosso governo e, também, para os pais das crianças já que é público e notório que a Rede Municipal de Ensino encerrou 2024 com um déficit de mais de 1.000 vagas na educação infantil e caso se confirmasse a perda dessas 3.000 vagas conveniadas a situação ficaria insustentável”, enfatiza Marçal Filho.
Uma das primeiras medidas adotadas pelo prefeito na primeira semana de governo foi bater às portas do Tribunal de Contas do Estado, em Campo Grande, acompanhado pela equipe jurídica do município para revogar a liminar que suspendeu o processo de contratação das 3.000 vagas. “Demonstramos no processo do TCE que os problemas criados no contrato pelo governo passado seriam corrigidos pelo nosso governo e que a manutenção da liminar iria causar um prejuízo gigantesco para a Educação em Dourados, já que o município não teria como criar milhares de vagas no espaço de 30 dias”, explica Marçal.
Para corrigir os problemas no contrato do governo anterior, o prefeito determinou a adoção de critérios transparentes para o envio de merenda escolar às entidades filantrópicas que forem contratadas, enquanto as escolas não filantrópicas ficariam responsáveis pelo fornecimento da merenda por conta própria. O prefeito também determinou que a Secretaria Municipal de Educação assumisse a responsabilidade pelo fornecimento dos kits de material escolar e que as escolas contratadas pelo município ficariam responsáveis pelo fornecimento dos uniformes escolares.
Ao receber a manifestação da Prefeitura de Dourados no processo que havia barrado liminarmente a contratação das 3.000 vagas, o conselheiro Flávio Kayatt decidiu pela revogação da liminar e determinou a exclusão do edital da previsão de classificação com o objetivo de excluir instituições da contratação, bem como pela manutenção do credenciamento de novas escolas e creches particulares durante todo o ano letivo de 2025.
O prefeito Marçal Filho recebeu com entusiasmo a decisão do Tribunal de Contas do Estado ao mesmo tempo em que lamenta a falta de planejamento das gestões anteriores que não investiram na construção de novas escolas municipais e, muito menos, em creches. “Estamos mobilizando esforços para receber o maior número possível de crianças neste ano letivo, mas infelizmente não teremos como garantir vagas para todas elas”, alerta. “No Censo de 2010 Dourados tinha 173.647 habitantes, chegou a 243.367 habitantes no Censo 2022 e no final do ano passado o IBGE apontou uma população de mais de 261 mil pessoas, ou seja, a cidade ganhou 17.273 habitantes em apenas 2 anos e quantas escolas foram construídas nesse período?”, questiona o prefeito.
Prefeitura de Dourados convoca empresas do transporte escolar para vistoria dos veículos
Para a Agetran conceder a emissão do alvará que autoriza a atividade de transporte de alunos em Dourados, os proprietários das vans devem ter registro no Cadastro Econômico do município.
A Prefeitura de Dourados, por meio da Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran), publicou portaria convocando as empresas proprietárias de Vans utilizadas no transporte de estudantes para a vistoria nos veículos. A fiscalização inicia na segunda-feira, dia 20, e se estende até o dia 31 de janeiro, sempre das 7h30 às 12h30.
A Agetran informa que a vistoria é realizada pelo Departamento Estadual de Trânsito (Detran) e suas autorizadas. Após essa etapa, o documento emitido deve ser apresentado na Escola Pública de Trânsito (EPT), localizada à Rua Vivaldi de Oliveira, número 5795, Jardim Márcia.
Para a Agetran conceder a emissão do alvará que autoriza a atividade de transporte de alunos em Dourados, os proprietários das vans devem ter registro no Cadastro Econômico do município.
Na vistoria, deve ser entregue apresentado o documento do veículo, cópia da vistoria do Detran, documentos do proprietário, motorista e monitor, certificado do curso de transporte escolar dos motoristas e monitores, certidões negativas civil e criminal do proprietário, motorista e monitor e seguro de passageiros.
O não comparecimento no prazo determinado poderá acarretar sanções administrativas na Lei Municipal n° 2174, de 31 de março de 1998 e Decreto Municipal n° 434, de 17 de agosto de 2001. A não realização da vistoria será considerada serviço clandestino, que é ilegal. Em caso de dúvidas e outras informações, os interessados podem entrar em contato no telefone 2222-1204.