Connect with us

Economia

Economia de MS teve a maior taxa de crescimento do país em 2020

Das 27 unidades da federação, 24 registraram encolhimento de suas economias, com taxas negativas

Publicado

on

A economia de Mato Grosso do Sul cresceu 0,25% em 2020, a maior taxa registrada entre todas as unidades da federação durante o período da pandemia, de acordo com levantamento do PIB (Produto Interno Bruto) realizado pela Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar) em parceria com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Das 27 unidades da federação, 24 registraram encolhimento de suas economias, com taxas negativas. Somente 3 Estados obtiveram desempenho positivo: MS, com 0,25%; Roraima com 0,12% e MT, com 0,01%. O valor do PIB sul-mato-grossense gerado em 2020 foi de R$ 122,62 bilhões, com um PIB per capita de R$ 43.649,17, o quinto maior valor per capita entre todos os Estados brasileiros.

“O primeiro dado importante que foi destacado é que, em 2020, período que nós tivemos a mais grave crise da história recente da saúde brasileira, Mato Grosso do Sul tomou uma decisão estratégica de criar o Prosseguir (Programa de Saúde e Segurança na Economia) que teve envolvimento das federações do setor produtivo com o objetivo de equilibrar economia com a saúde”, comentou o secretário Jaime Verruck.

De acordo com o titular da Semagro, “esse resultado do PIB confirma que a estratégia do Prosseguir foi correta. É um crescimento pequeno, mas quando nós observamos que, das 27 unidades de federação, 24 tiveram um encolhimento de suas economias e somente Mato Grosso do Sul e outros dois Estados tiveram taxas positivas de crescimento, isso mostra que nós tivemos políticas públicas adequadas. Mostra que nós não somos uma ilha, que nós não somos fechados, que nós interagimos com o mercado internacional, com o mercado local e mostra para o país que o Mato Grosso do Sul teve uma ação correta em 2020”.

De acordo com o relatório do PIB de 2020 (clique aqui para fazer o download), entre os grandes setores, a única taxa de crescimento real negativa ocorreu no Setor Terciário, com -3,64%, influenciado principalmente pelos setores de serviços, onde se destacaram os segmentos de Alojamento e alimentação, cuja variação em volume foi de -23,4%, e Serviços domésticos, com variação de -17,3%. Aqui o resultado é devido ao impacto da pandemia de COVID-19 sobre este setor.

“Em 2020 estávamos em uma rampa de crescimento de investimento privado e o Governo do Estado teve a capacidade de equilibrar esse crescimento econômico com a saúde da população. Esse resultado do PIB nos mostra que houve uma estratégia diferenciada. Mantivemos o avanço do setor privado, mantivemos a captação de investimentos externos e sabíamos que alguns setores não tinham como não ser impactados, como é esse é o caso dos Serviços, principalmente alojamento e alimentação. Mesmo assim, Mato Grosso do Sul adotou uma estratégia correta de equilíbrio entre saúde e crescimento, priorizando a vida das pessoas, mas mantendo as atividades econômicas”, lembrou Jaime Verruck.

O relatório ainda mostra que os setores da agropecuária e da indústria apresentaram bons resultados em 2020, com variações de volume de 14,56% e 0,03%, respectivamente. Esses números são resultados de um ano favorável para a agropecuária em geral, refletido nas safras de soja, na produção da silvicultura e na criação pecuária em geral, bem como pelo lado da indústria, sobretudo no setor de celulose e de fabricação de álcool, que representam grande parcela da nossa indústria de transformação.

Destaques por setor da economia

Entre os grandes setores, a Agropecuária a apresentou a maior variação dos grupos de atividades na economia do Mato Grosso do Sul, com aumento de 14,6% em 2020, em relação a 2019. Esse resultado foi motivado sobretudo pela recuperação de safra da soja naquele ano frente ao ano anterior, na atividade de Agricultura, inclusive apoio à agricultura e a pós-colheita, bem como da Pecuária, inclusive apoio à pecuária, em geral, com destaque para aves e suínos. Produção florestal, pesca e aquicultura, por sua vez, apresentou estabilidade em volume. Apesar do crescimento da Agropecuária, alguns dos segmentos da agricultura tiveram redução em volume, como o cultivo de cereais e de laranja, entre outros.

O setor industrial, por sua vez, apresentou estabilidade em volume em 2020, em relação ao ano anterior. Neste grupo, destacou-se o crescimento de 2,2% de Indústrias de transformação e a variação de 0,6% em Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação. Na primeira atividade, ressalta-se a contribuição da fabricação de celulose, papel e produtos de papel e de fabricação de álcool e outros biocombustíveis. Em contrapartida, foram observadas retrações em volume nas atividades de Construção (-4,2%) e Indústrias extrativas (-26,6%).

Em relação aos Serviços, verificou-se queda em volume de 3,6% em 2020, resultado explicado pela conjuntura da pandemia de COVID-19, que impactou significativamente este grupo de atividades, dada as restrições de circulações de pessoas adotadas. Algumas das atividades mais afetadas foram Alojamento e alimentação, cuja variação em volume foi de -23,4%, e Serviços domésticos, com variação de -17,3%. Tal desempenho resultou na perda de participação dos Serviços na economia do Mato Grosso do Sul, que saiu de 61,4% em 2019, para 55,1% em 2020. Apesar da variação média negativa para o grupo de Serviços, algumas atividades registraram crescimento em 2020, como Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas (1,5%) e Informação e comunicação (5,3%).

O PIB representa a quantificação em valores da produção de bens e serviços em um espaço temporal, fruto do desempenho das atividades econômicas por meio da utilização de recursos produtivos disponíveis. O cálculo do PIB tem o objetivo de avaliar as taxas de crescimento global e setorial da economia, apresentar a composição das principais contas de produção na formação de riqueza, mostrar o PIB per capita resultante no período considerado e os agregados macroeconômicos por setores de atividades.

Continue Lendo
Clique para comentar

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Economia

Mercado financeiro reduz previsão da inflação para 4,7%

Publicado

on

© Reuters/Pilar Olivares/Direitos Reservados

A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – considerado a inflação oficial do país – passou de 4,72% para 4,70% este ano. A estimativa foi publicada no boletim Focus desta segunda-feira (20), pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC) com a expectativa de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos.

Para 2026, a projeção da inflação também caiu, de 4,28% para 4,27%. Para 2027 e 2028, as previsões são de 3,83% e 3,6%, respectivamente.

A estimativa para este ano está acima do teto da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,5% e o superior 4,5%.

Depois de queda em agosto, em setembro a inflação oficial subiu 0,48%, com influência da alta da conta de luz. Em 12 meses, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumula 5,17%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE).

>> Siga o canal da Agência Brasil no WhatsApp

Juros básicos

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros  – a Selic – definida em 15% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do BC. As incertezas do cenário econômico externo e indicadores que mostram a moderação no crescimento interno estão entre os fatores que levaram à manutenção da Selic, na última reunião, no mês passado.

A intenção do colegiado é, de acordo com a ata divulgada, manter a taxa de juros atual “por período bastante prolongado” para garantir que a meta da inflação seja alcançada.

A estimativa dos analistas é que a taxa básica encerre 2025 nesses 15% ao ano. Para o fim de 2026, a expectativa é que a Selic caia para 12,25% ao ano. Para 2027 e 2028, a previsão é que ela seja reduzida novamente para 10,5% ao ano e 10% ao ano, respectivamente.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Mas, além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas.

Assim, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia. Quando a taxa Selic é reduzida a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.

PIB e câmbio

Nesta edição do boletim Focus, a estimativa das instituições financeiras para o crescimento da economia brasileira este ano passou de 2,16% para 2,17%. Para 2026, a projeção para o Produto Interno Bruto (PIB, a soma dos bens e serviços produzidos no país) ficou em 1,8%. Para 2027 e 2028, o mercado financeiro estima expansão do PIB em 1,82% e 2%, respectivamente.

Puxada pelas expansões dos serviços e da indústria, no segundo trimestre deste ano a economia brasileira cresceu 0,4%. Em 2024, o PIB fechou com alta de 3,4%. O resultado representa o quarto ano seguido de crescimento, sendo a maior expansão desde 2021, quando o PIB alcançou 4,8%.

A previsão da cotação do dólar está em R$ 5,45 para o fim deste ano. No fim de 2026, estima-se que a moeda norte-americana fique em R$ 5,50.

Andreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil

Continue Lendo

Economia

Taxa de desemprego em agosto fica em 5,6% e repete recorde de mínima

Publicado

on

© Marcello Casal jr/Agência Brasil

A taxa de desocupação no trimestre encerrado em agosto ficou em 5,6%, repetindo o menor patamar já registrado pela série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua.

Os dados foram divulgados nesta terça-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O país tinha, no fim de agosto, 6,1 milhões de pessoas desocupadas, o menor contingente da série. O número de ocupados chegou a 102,4 milhões.

Com esse resultado, o nível da ocupação, que mede o percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar, ficou em 58,1%, se mantendo no nível mais alto da série histórica.

O número de empregados com carteira assinada também foi recorde e alcançou 39,1 milhões de pessoas.

Mercado de trabalho

A pesquisa do IBGE apura o comportamento no mercado de trabalho para pessoas com 14 anos ou mais e leva em conta todas as formas de ocupação, seja com ou sem carteira assinada, temporário e por conta própria, por exemplo. Pelos critérios do instituto, só é considerada desocupada a pessoas que efetivamente procura uma vaga. São visitados 211 mil domicílios em todos os estados e no Distrito Federal.

Caged

A Pnad é divulgada no dia seguinte a outro indicador de comportamento do mercado de trabalho, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e que acompanha apenas o cenário de empregados com carteira assinada.

De acordo com o Caged, o mês de agosto apresentou saldo positivo de 147.358 vagas formais. Em 12 meses, o balanço é positivo em 1,4 milhão de postos de trabalho formais.

Bruno de Freitas Moura – Repórter da Agência Brasil

Continue Lendo

Economia

Microempreendedores individuais estão mais otimistas com relação ao acesso a crédito, mostra pesquisa

Publicado

on

ASN Nacional - Agência Sebrae de Notícias Foto: Divulgação.

O otimismo do microempreendedor individual (MEI) aumentou no último ano. A Sondagem Econômica do MEI, realizada mensalmente pelo Sebrae em conjunto com a Fundação Getulio Vargas (FGV), mostra que no último mês de junho, na comparação com o mesmo período do ano passado, o Índice de Confiança do MEI (IC-MEI) aumentou 2,3 pontos. Além disso, o sexto mês de 2025 registrou o menor nível da série histórica dos MEIs que avaliam como “difícil” o acesso a crédito (63,2%) – em 2024, esse indicador foi de 67,8%.

“A análise precisa ser feita com base no cenário econômico do país. A confiança está associada ao bom momento econômico que voltou ao Brasil. Associado a isso, o MEI é aquele que se vira, que levanta de manhã e faz sua própria renda. Agora, o Estado está dando condições para que ele continue gerando emprego e renda”, afirma o presidente do Sebrae, Décio Lima.

No recorte por atividades, os profissionais de Serviços lideram o avanço no IC-MEI, com 3,9 pontos em junho de 2025 contra junho de 2024. No mesmo período, os MEIs do Comércio somaram 2,3 acima e os da Indústria recuaram 0,8 ponto. Nesse intervalo de um ano, todas as regiões tiveram variação positiva: Nordeste (4,8 pontos), Sul (4,9 pontos), Sudeste (1,2 ponto) e Norte/Centro-Oeste (0,3 ponto).

Foto: Divulgação.

Crédito

Quando avaliado o fator crédito, apesar do maior acesso, o “custo financeiro” continua sendo a maior dificuldade enfrentada para 25,6% dos MEIs. O presidente do Sebrae, Décio Lima, reforça que as elevadas taxas de juros praticadas no mercado prejudicam o desenvolvimento dos pequenos.

Nós, do Sebrae, junto com o governo do presidente Lula e do vice Alckmin, temos trabalhado incessantemente para apoiar os empreendedores a buscarem alternativas em um ambiente econômico que não foi feito pensando nos pequenos negócios, mas na acumulação de capital.

Décio Lima, presidente do Sebrae.

Por meio do Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas (Fampe), o Sebrae, ao longo de 2025, deve chegar a R$ 12 bilhões em crédito para pequenos negócios viabilizados com garantia do FAMPE.

Por Márcia Lopes

Continue Lendo

Mais Lidas

Copyright © 2021 Pauta 67