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Saúde

Dezembro Vermelho: SES reforça importância da prevenção e tratamento contra HIV/Aids

Para a gerente de IST, HIV/Aids e Hepatites Virais da SES, Alessandra Salvatori, a situação de Mato Grosso do Sul tem se mantido estável nos últimos cinco anos

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A campanha ‘Dezembro Vermelho’ é dedicada à prevenção da infecção e combate ao HIV/Aids (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida) e a SES (Secretaria de Estado de Saúde) reforça as ações para conscientizar a população sobre o diagnóstico e tratamento a fim de reduzir o preconceito e discriminação às pessoas vivendo com HIV/Aids.

Para a gerente de IST, HIV/Aids e Hepatites Virais da SES, Alessandra Salvatori, a situação de Mato Grosso do Sul tem se mantido estável nos últimos cinco anos. “Estamos em um cenário estável para as novas infecções, com uma média de 1.100 casos, na média dos últimos 5 anos, de HIV/Aids. A epidemia no estado segue o cenário nacional, acometendo mais pacientes do sexo masculino, jovens, de até 29 anos, raça preta ou parda e de homens que fazem sexo com homens (HSH)”, explica.

Conforme dados extraídos do SINAN (Sistema de Informações de Agravos de Notificação), entre os meses de janeiro e novembro de 2023, o Estado registrou 1.018 novos casos de HIV/Aids. Atualmente, são 10.180 Pessoas Vivendo com HIV, diagnosticadas e vinculadas, em Mato Grosso do Sul.

 O vírus HIV perdura entre a população e não pode ser ignorado. A doença é uma realidade, mas possui tratamento que é disponibilizado de forma gratuita pelo SUS (Sistema Único de Saúde).

Em 2023, a SES distribuiu 120,2 mil testes rápidos e 3,7 milhões de camisinhas – preservativos internos e externos – a todas as unidades de saúde dos municípios, exceto Campo Grande, pois a Capital recebe os preservativos diretamente do Ministério da Saúde. Os preservativos podem ser retirados em qualquer unidade de saúde, sem restrição de quantidade e sem a necessidade de identificação.

 Já em relação às estratégias de prevenção combinada, o Estado registrou em 2023 1.978 usuário de PEP (Profilaxia Pós-Exposição) e 1.444 pessoas com pelo menos uma retirada de PrEP (Profilaxia Pré-Exposição).

Salvatori explica que a rede de distribuição de PEP já está implantada em todos os municípios do Estado e tem uma boa procura e aceitabilidade por parte, tanto dos usuários, quanto dos prescritores, mas ainda é preciso expandir o número de usuários em PrEP.

“Com relação à PrEP, ainda temos alguns desafios de implantação em alguns territórios e também para alcançar as populações mais vulneráveis, que são os mais acometidos pelas novas infecções, considerando que a maioria dos usuários que estão em uso regular ainda são de raça/cor branca, com faixa etária de 30 a 39 anos e com escolaridade de 12 anos ou mais. Precisamos expandir o número de usuários em PrEP, considerando que essa estratégia de prevenção medicamentosa pode ser disponibilizada, pelo novo protocolo vigente, para todas as pessoas que se sintam em risco de contrair o vírus HIV e tem uma eficácia superior a 98% quando tomada regularmente. A PrEP é o que temos de mais eficaz para a prevenção com relação ao HIV.”

O Dia Mundial da Luta Contra o HIV/Aids, celebrado nesta sexta-feira (1), é contra o vírus, mas também sobre como a pessoa que vive com HIV/Aids é vista pela sociedade. O paciente, como todo cidadão, tem o direito a uma vida comum. A Lei n. 12.984/2014, determina como crime qualquer discriminação cometida contra a pessoa que vive com HIV/Aids.

 HIV/Aids

 A Aids é a doença causada pela infecção do HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana). Esse vírus ataca o sistema imunológico, que é o responsável por defender o organismo de doenças. As células mais atingidas são os linfócitos T CD4+.

O vírus é capaz de alterar o DNA dessa célula e fazer cópias de si mesmo. Depois de se multiplicar, rompe os linfócitos em busca de outros para continuar a infecção. Esse ataque enfraquece o organismo, o que o torna vulnerável a outras infecções. É comum que a pessoa apresente sintomas ou tenha sinais semelhantes a uma gripe comum, como febre, dor de cabeça, cansaço e inflamação na garganta.

Todas as pessoas diagnosticadas com HIV têm direito a iniciar o tratamento com antirretrovirais imediatamente e, assim, preservar o seu sistema imunológico. Esses medicamentos impedem que o vírus se multiplique dentro das células T-CD4+ e, desta forma, evitam que a imunidade caia e que a Aids apareça.

O SUS disponibiliza e distribui gratuitamente antirretrovirais, medicamentos utilizados para o tratamento, além de promover ações de prevenção como testagens rápidas, estímulo ao uso e distribuição gratuita de preservativos e gel lubrificante, disponibilização de outras profilaxias como a PEP e a PrEP. A pessoa que vive com HIV, que utiliza a medicação de forma correta e contínua, tem níveis de vírus circulante no sangue igual a zero, o que contribui para uma boa qualidade de vida.

Sinais e sintomas

Os sintomas do HIV variam dependendo da fase de infecção. Ainda que na maioria dos casos o maior potencial de doença seja alcançado nos primeiros meses, muitas vezes o indivíduo não sabe ser portador do vírus.

Nas primeiras semanas após a infecção, algumas pessoas podem não manifestar sintomas. Entretanto, outras apresentam sintomas de uma síndrome gripal, incluindo febre, dor de cabeça, erupção cutânea e dor de garganta.

Como a infecção enfraquece aos poucos o sistema imunológico, a pessoa pode desenvolver outros sinais e sintomas, tais como inchaço dos gânglios linfáticos, perda de peso, febre, diarreia e tosse.

Transmissão

O HIV pode ser transmitido pelo contato com diversos fluidos corporais de indivíduos infectados, como sangue, leite materno, sêmen e secreções vaginais.

Não é possível se infectar por meio de contatos cotidianos, como beijo, abraço, aperto de mãos ou compartilhamento de objetos pessoais, comida ou água. 

Fatores de risco

Algumas práticas ou condições que podem aumentar a exposição ao vírus HIV:

·         Práticas sexuais sem proteção;

·         Possuir alguma outra infecção de transmissão sexual, como sífilis, herpes, clamídia, gonorreia ou vaginose bacteriana;

·         Compartilhar agulhas ou seringas contaminadas, soluções de drogas e outros materiais para consumo de drogas injetáveis;

·         Receber injeções não seguras, transfusões de sangue e procedimentos médicos ou estéticos, que envolvam materiais não esterilizados;

·         Acidentar-se com agulhas contaminadas, principalmente no caso de profissionais de saúde. 

Prevenção

Os indivíduos podem reduzir a possibilidade de infecção por HIV limitando a exposição aos fatores de risco. Os principais métodos de prevenção combinada são: 

·         Uso de preservativos interno e externo;

·         Ações de prevenção, diagnóstico e tratamento das IST;

·         Testagem e aconselhamento para HIV e outras infecções sexualmente transmissíveis;

·         PrEP (Profilaxia Pré-Exposição);

·         PEP (Profilaxia Pós-Exposição);

·         Tratamento antirretroviral para todas as pessoas vivendo com HIV;

·         Prevenção da transmissão vertical de HIV, sífilis e hepatite B (quando a transmissão ocorre da mãe para o filho).

 Dezembro Vermelho

O Dezembro Vermelho, instituído pela Lei nº 13.504/2017, marca uma grande mobilização nacional na luta contra o vírus HIV, a Aids e outras IST (Infecções Sexualmente Transmissíveis), chamando a atenção para a prevenção, a assistência e a proteção dos direitos das pessoas infectadas com o HIV.

 A data visa reforçar a solidariedade, a tolerância, a compaixão e a compreensão com as pessoas infectadas pelo HIV/Aids.  Com o passar do tempo e o crescimento do número de casos, foi instituída como uma oportunidade de se trabalhar a prevenção, o diagnóstico e o tratamento do HIV/AIDS com a população.

(Com assessoria. Foto: Divulgação)

Saúde

Equoterapia em Mato Grosso do Sul une saúde, inclusão e reabilitação para pessoas com deficiência

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Parceria entre SES e Polícia Militar oferece atendimento gratuito e acompanhamento especializado a pessoas com deficiência

A SES (Secretaria de Estado de Saúde) tem reforçado ações que unem saúde, inclusão e reabilitação por meio de parcerias estratégicas, como o Programa de Equoterapia da PMMS (Polícia Militar de Mato Grosso do Sul). Localizado no Parque dos Poderes, em Campo Grande, o projeto oferece atendimento gratuito a crianças com deficiências físicas, intelectuais e transtornos do desenvolvimento, promovendo ganhos significativos nos âmbitos físico, emocional e social.

O convênio firmado no início do ano passado entre a SES e a PMMS destina R$ 1,13 milhão para custeio de profissionais especializados, garantindo o acompanhamento clínico e terapêutico dos praticantes.

Para a gerente da Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência da SES, Juliana Medeiros, o serviço representa um avanço significativo na consolidação da Rede.
“O Centro de Equoterapia da PMMS é um exemplo concreto de como o cuidado pode transformar vidas quando une técnica, sensibilidade e propósito. A equoterapia promove ganhos expressivos na reabilitação global das pessoas com deficiência, ampliando suas possibilidades de autonomia, integração social e dignidade. Essa parceria fortalece a Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência e reafirma o compromisso de Mato Grosso do Sul com políticas públicas efetivas, que fazem diferença real na vida das pessoas”, afirmou Juliana.

À direita, Capitão Lorensetti, coordenador do programa. (Foto: Divulgação PMMS)

O coordenador do programa, Capitão Lorensetti, explica que o projeto, desenvolvido pela Polícia Militar e mantido pelo Governo do Estado, é executado por uma equipe multidisciplinar composta por fisioterapeutas, psicólogos, profissionais de serviço social, educação física, enfermagem, pedagogia e fonoaudiologia. A iniciativa visa promover o desenvolvimento global dos praticantes, combinando os benefícios do movimento do cavalo com o acompanhamento clínico e terapêutico.

“A equoterapia é reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina como uma ferramenta eficaz de reabilitação. O movimento tridimensional do cavalo estimula o equilíbrio, a coordenação, a postura e a concentração, além de gerar ganhos emocionais e cognitivos significativos. É uma terapia que trabalha corpo, mente e vínculo afetivo”, explica o oficial.

O cavalo como parceiro terapêutico

De acordo com a psicóloga e pedagoga Lilian Martins, o cavalo atua como mediador natural de estímulos físicos e emocionais. Seu andar se assemelha ao movimento humano, proporcionando respostas corporais e neurológicas que dificilmente seriam alcançadas em terapias convencionais. “Durante uma sessão de 30 minutos, o praticante realiza cerca de 9 mil ajustes musculares para manter o equilíbrio sobre o cavalo. Isso fortalece a musculatura, melhora o tônus e o controle postural, além de estimular a coordenação e a concentração”, explica Lilian.

Ela destaca ainda que cada atendimento é planejado de forma personalizada, considerando o tipo de cavalo, o ritmo da montaria e os objetivos terapêuticos. “Se o foco é reduzir a agitação, trabalhamos o relaxamento. Cada sessão tem intencionalidade e propósito. Além da parte física, a equoterapia desperta afetividade, autoconfiança e integração social”, afirma Lilian.

Histórias que inspiram

Ana Vitória participa do projeto há 14 anos.

Entre as histórias marcantes que passam pelo Centro está a de Ana Vitória Silva, de 20 anos, que nasceu com paralisia cerebral. Desde os dois anos de idade, ela participa da equoterapia e, há 14 anos, faz parte do projeto.

Moradoras de Chapadão do Sul, Ana e sua mãe, Rosaine Aparecida da Silva, viajam todas as semanas até Campo Grande para as sessões. “A evolução dela foi enorme, tanto física quanto emocionalmente. O que o cavalo faz na equoterapia, nenhum fisioterapeuta consegue reproduzir dentro de uma clínica. A Ana adora vir, é um momento de liberdade e felicidade”, relata Rosaine.

Outra história de superação vem do pequeno Davi, de 8 anos, diagnosticado com autismo nível 3, epilepsia e TDAH. Ele participa do programa há cerca de dois anos e meio e já apresenta grandes avanços. “Depois que começou a equoterapia, o Davi recuperou a fala, melhorou a coordenação e ganhou confiança. Hoje ele até participa das Paralimpíadas internas do projeto, adora competir e se sente muito feliz”, conta a mãe, Daniele Barilli.

Integração, inclusão e resultados concretos

Fundado em 3 de setembro de 2002, o Centro de Equoterapia da PMMS é uma instituição filantrópica sem fins lucrativos, sendo um serviço de referência em Mato Grosso do Sul. Atualmente atende cerca de 200 crianças, com expectativa de ampliar esse número para 300 até 2026. Além de fortalecer habilidades motoras, a equoterapia melhora a socialização, o autocontrole e a autoestima dos praticantes.

“A equoterapia vai muito além da reabilitação física. É um trabalho que transforma a forma como o praticante se relaciona com o próprio corpo, com os outros e com o mundo. Cada sorriso e cada conquista são vitórias compartilhadas entre a família, os terapeutas e o cavalo”, resume o Capitão Lorensetti.

André Lima, Comunicação SES
Fotos: André Lima

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Hemosul alerta que estoques de sangue estão em nível crítico

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Doadores podem comparecer durante a manhã ou a tarde, conforme horários estabelecidos pela unidade – Crédito: Hemocentro/ Divulgação

O Hemosul de Dourados está alertando a população para a necessidade de reposição do estoque e faz um apelo para que as doações normalizem. De acordo com o órgão, os estoques de sangue estão em nível de alerta e a doação de todos os tipos sanguíneos se faz urgente — especialmente dos tipos O+ e O-, que são os mais utilizados em emergências.

Conforme a direção, os níveis do estoque se encontram em situação preocupante e diversos comunicados estão sendo publicados nos canais da instituição para alcançar os doadores já cadastrados e novos doadores.

“Não existe substituto para o sangue. Ele é insubstituível em cirurgias, acidentes, partos e tratamentos de doenças graves. Cada doação pode salvar até quatro vidas”, reforça a equipe do Hemosul.

Para ser doador, é simples: basta estar em boas condições de saúde, ter entre 16 e 69 anos (menores de idade precisam de autorização dos responsáveis) e pesar mais de 51 quilos. É obrigatório apresentar um documento oficial com foto, e no dia da doação o voluntário deve estar bem alimentado.

Durante a reforma da sede oficial do Hemosul, na Vila Industrial, o atendimento está acontecendo temporariamente na Rua Oliveira Marques, nº 2.535 – Jardim Central. Os horários de funcionamento são: às segundas, quartas e sextas-feiras: das 7h às 12h30; e às terças e quintas-feiras: das 7h às 11h30 e das 13h às 17h.

O Hemosul reforça o convite para que novos e antigos doadores compareçam o quanto antes. Um pequeno gesto pode fazer uma enorme diferença — doar sangue é compartilhar vida.

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Prefeitura entrega novos equipamentos na Unidade de Saúde do Izidro Pedroso

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Equipamentos entregues vão beneficiar principalmente o setor da odontologia, que recebeu equipamentos completos nas três salas de consultório. Foto: A. Frota

A Prefeitura de Dourados entregou nesta quarta-feira (10) novos equipamentos para a Unidade Básica de Saúde (UBS) do bairro Izidro Pedroso, reforçando a estrutura de atendimento e oferecendo melhores condições de trabalho aos profissionais da saúde. O prefeito Marçal Filho acompanhou a ação e chegou a ajudar no descarregamento do caminhão que saiu do Almoxarifado da Secretaria Municipal de Saúde lotado de materiais.

Durante a entrega, Marçal conversou com pacientes e funcionários da unidade. “Hoje viemos trazer cadeiras odontológicas, autoclaves, compressores, televisor e máquina de lavar”, afirmou o prefeito. “Estamos fazendo as entregas em várias unidades para que as pessoas recebam serviços de saúde de qualidade ainda melhor”, completou.

Além dos equipamentos gerais, a UBS também recebeu bebedouro e um conjunto completo de itens para o atendimento odontológico, como equipo com braço mecânico, refletor, mocho, cuspideira e fotopolimerizador. A unidade do Izidro Pedroso conta com três equipes de saúde e atende aproximadamente 10 mil moradores da região.

A moradora do bairro, Luciana Vieira, comemorou as melhorias. “Tenho acompanhado o trabalho de entrega de equipamentos nos bairros da cidade e em distritos”, enfatizou. “Isso é muito bom porque os profissionais precisam de melhores condições de trabalho e, com isso, o atendimento melhora e fica melhor pra gente”, destacou Luciana Vieira.

Durante a entrega, o prefeito também conversou com as dentistas Cleane, Rosângela e Natália, que aguardavam ansiosas pelos novos equipamentos. As profissionais agradeceram os investimentos, ressaltando que os materiais vão melhorar o desempenho dos serviços prestados.Os equipamentos fazem parte de um investimento de R$ 2 milhões, fruto de uma parceria entre a Prefeitura de Dourados e o Governo do Estado, com o apoio de emendas parlamentares de deputados estaduais. Diversas unidades de saúde do município já foram beneficiadas e as entregas irão continuar no município.

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