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Política

Debates, eventos e homenagens virtuais movimentaram o ano no Legislativo

Pessoas que trabalham por MS foram homenageadas com o Título de Cidadão Sul-mato-grossense

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A pandemia impôs nova forma de trabalho ao Parlamento e – mesmo com as restrições sanitárias – os debates, eventos e homenagens não pararam na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS). Graças ao auxílio da tecnologia, o Parlamento cumpriu o papel de ser a Casa do Povo, debatendo questões relevantes e reconhecendo o trabalho dos cidadãos e cidadãs sul-mato-grossenses.

Debates

Realizadas de forma virtual, a partir do plenário da Assembleia Legislativa, as reuniões de Frentes Parlamentares debateram propostas e soluções para desafios de diversos setores.

Uma das conquistas da Frente Parlamentar para a Regularização Fundiária foi a disponibilização de código com a padronização do registro de georreferenciamento e escrituras, junto ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS). A Frente Parlamentar de Enfrentamento à Tríplice Epidemia promoveu programação especial junto aos municípios sul-mato-grossenses para desenvolver ações contra o problema. Já a Frente Parlamentar do Leite debateu a composição do preço do produto em MS.

Neste ano, foram instituídos mais três grupos de trabalho na ALEMS: a Frente Parlamentar em Apoio aos Consórcios Municipais; a Frente de Combate ao Assoreamento e Recuperação da Bacia do Alto Taquari; e a Frente Parlamentar em Apoio aos Agentes Comunitários de Saúde e de Combate a Endemias. As ações de agentes de saúde e endemias ganharam reforço na primeira reunião do grupo.

O Parlamento também discutiu temas importantes para a Segurança Pública. Profissionais representantes das Polícias Civil e Militar e do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul falaram sobre os desafios enfrentados pela área durante a pandemia. A iniciativa fez parte da Semana Estadual de Segurança Pública. Outra ação do Parlamento em prol da área de Segurança foi a criação da Polícia Penal, graças a interlocução dos deputados estaduais.

A ALEMS também promoveu iniciativas para proteger mulheres da violência, entre elas a “Semana Estadual de Combate ao Feminicídio”. A live de abertura oficial do evento obteve 364 curtidas, 31 comentários e 1.039 pessoas alcançadas. Durante a Semana Estadual, especialistas debateram o procedimento operacional padrão das instituições estaduais de Segurança Pública para os casos de feminicídio.

O direito das crianças e adolescentes também foi destaque no Legislativo. Contando com a participação de diversas autoridades e com o objetivo de discutir formas de combater ofensas sexuais contra crianças e adolescentes no Estado, a Casa de Leis realizou duas lives que integraram a campanha Maio Laranja. Reveja aqui. A live do dia 17 de maio obteve 663 curtidas, 114 comentários e 1.460 pessoas alcançadas.

O presidente da ALEMS, deputado Paulo Corrêa (PSDB), participou da live “Desafios da Administração Pública frente às Mudanças Climáticas”, promovida pelo Governo do Estado, como parte da comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente. O parlamentar ressaltou as ações realizadas pela Casa de Leis e o acesso à legislação ambiental de Mato Grosso do Sul.

A Assembleia Legislativa estreitou conversas para estimular a produção de energia eólica em MS. Com apoio da Casa de Leis, MS poderá ter programa de energia limpa. Além disso, mais de 14 palestras e participação de cerca de 30 instituições marcaram o II Seminário Estadual da Água Múltiplas Conexões – Bacias hidrográficas dos rios Paraná e Paraguai.

Para debater novo marco legal do gás natural no Estado, o presidente da ALEMS, deputado Paulo Corrêa, passou a integrar, como membro titular, o grupo de trabalho sobre o tema. O comitê reúne representantes da indústria, Governo do Estado, agências reguladoras e MSGás. Saiba mais.

A prevenção ao suicídio também foi tema de audiência pública, em alusão à campanha Setembro Amarelo em MS, criada e aprovada no Parlamento. Durante o evento, os participantes sensibilizaram a população para ações de valorização da vida.

A ALEMS também debateu a construção de estrada que vai tirar o Pantanal do isolamento e fomentar o desenvolvimento sustentável da região. O esboço do projeto, resultante das articulações entre o Governo e a iniciativa privada, com a  participação da Assembleia Legislativa, foi apresentado na Casa de Leis.

Eventos

Um dos eventos de destaque na Assembleia Legislativa em 2021 foi a realização da 24ª Conferência da União Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais (Unale). Essa foi a primeira vez que MS  foi escolhido para sediar o encontro, que contou com a integração de Legislativos de 30 países. Como anfitriã, a ALEMS compôs mesa em painéis, teve voz em reuniões, fez a cobertura completa do evento e elegeu o novo presidente da Unale, Lidio Lopes (PATRI-MS) para o biênio 2022-2023.

Em 2021, a Casa de Leis deu posse a dois parlamentares. Amarildo Cruz (PT) retornou ao Legislativo para ocupar a vaga deixada pelo deputado Cabo Almi, que morreu em maio devido à Covid-19. O deputado Paulo Duarte (MDB) voltou ao Parlamento, após a ida do deputado Eduardo Rocha para a Secretaria de Estado de Governo e Gestão Estratégica, no Poder Executivo.

Outros eventos também tiveram destaque neste ano. O Legislativo sediou o 6º Seminário Estadual de Enfrentamento à Violência Contra a Pessoa Idosa. Em homenagem ao Meio Ambiente, houve o plantio de mudas de ipês no jardim do Legislativo em comemoração ao Dia da Árvore. Um ato realizado na Presidência da ALEMS marcou o início da Semana Sul-mato-grossense do Leite, quando os parlamentares homenagearam os produtores do Estado, reveja aqui.

Os deputados também participam da assinatura da Parceria Público-Privada da Sanesul, para universalização do saneamento básico no Estado. Na campanha Outubro Rosa, o Legislativo promoveu campanha de doação de lenços a mulheres que enfrentam o tratamento do câncer de mama e disponibilizou exames às servidoras.

Reconhecimento 

A Casa de Leis também homenageou cidadãos sul-mato-grossenses que prestaram relevantes serviços ao Estado. Sensível ao luto na pandemia, a ALEMS homenageou cidadãos que perderam a vida na batalha contra a Covid-19. A Casa de Leis também homenageou dois parlamentares da 11ª Legislatura que morreram vítimas da doença. As salas de reuniões 1 e 2, localizadas no andar superior da Assembleia Legislativa, foram nominadas Onevan de Matos e Cabo Almi, em memória aos deputados estaduais.

A Assembleia Legislativa realizou a sessão solene semipresencial para a entrega do troféu Celina Jallad. A honraria foi dedicada às mulheres que atuaram no enfrentamento da Covid-19. Os atletas sul-mato-grossenses que se destacaram nas Paralimpíadas receberam moção de congratulação da ALEMS.

Os advogados receberam a Medalha do Mérito Advocatício Jorge Antônio Siufi. Os jovens do estado também foram homenageados na Semana Estadual da Juventude. A Medalha Coronel Adib foi entregue aos profissionais da Segurança Pública. Dentistas e médicos que superam desafios da profissão em tempos de pandemia também foram reconhecidos.

No Dia do Doador de Órgãos, o Parlamento realizou sessão solene para homenagear pessoas que contribuíram para a atividade. Houve também sessão solene mista em comemoração ao Dia do Engenheiro Agrimensor. Com a entrega do Prêmio Zumbi dos Palmares, o Legislativo comemorou o Dia da Consciência Negra. Cerca de 80 pessoas foram homenageadas com a Comenda do Mérito Legislativo e o Título de Cidadão Sul-mato-grossense.

Saúde, Economia e Educação também foram destaques no Parlamento em 2021, relembre aqui.

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Política

Governo destinará mais recursos contra queimadas, diz Casa Civil

Governadores divergem sobre apoio no combate a incêndios

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O governo federal prometeu a liberação de mais recursos para o combate às queimadas e a compra de equipamentos para que os estados enfrentem uma das piores estiagens em décadas no país. A garantia foi do ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, após reunião com governadores das Regiões Centro-Oeste e Norte, na tarde desta quinta-feira (19), no Palácio do Planalto.

O encontro foi uma iniciativa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que essa semana também se reuniu com os chefes de Poderes, para definir a ampliação de medidas contra o fogo. Segundo o ministro, além dos R$ 514 milhões de crédito extraordinário liberados, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) terá uma linha de crédito para compra de viaturas e equipamentos de uso pelos bombeiros, e os estados vão receber novos recursos com base na apresentação das demandas específicas.

“Vamos recepcionar, nos próximos dias, todos os pedidos de ajuda, dois estados já enviaram, e estamos avaliando e autorizando de forma sumária. Como vocês já viram, foi publicado já o primeiro crédito, de outros que serão publicados, no valor de R$ 514 milhões, a assim como falou também, o BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social], já até semana que vem, está autorizado e liberando um pouco mais de R$ 400 milhões para apoio aos corpos de bombeiros desses estados da Amazônia Legal, para compra de materiais, equipamentos, viaturas, o que já soma os dois juntos perto de R$ 1 bilhão. E outros créditos serão publicados na medida que os governadores apresentem e materializem suas demandas”, disse o ministro.

Participaram do encontro os governadores Hélder Barbalho (Pará), Mauro Mendes (Mato Grosso), Ronaldo Caiado (Goiás), Ibaneis Rocha (Distrito Federal), Eduardo Riedel (Mato Grosso do Sul), Wilson Lima (Amazonas), Gladson Cameli (Acre), Wanderlei Barbosa (Tocantins) e Antonio Denarium (Roraima). Também compareceram os vice-governadores Sérgio Gonçalves da Silva (Rondônia) e Antônio Pinheiro Teles Júnior (Amapá).

Pelo governo, além de Rui Costa, estavam na reunião os ministros Marina Silva (Meio Ambiente), Ricardo Lewandowski (Justiça e Segurança Pública), Simone Tebet (Planejamento), Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e Waldez Góes (Desenvolvimento Regional). O presidente Lula cumpriu agenda no Maranhão, onde assinou termo de conciliação com as comunidades quilombolas do município de Alcântara.

Críticas

Ao comentar a ação federal, Caiado criticou o que classificou como demora na resposta da União. “O governo federal não estava preparado para o que aconteceu. De repente, foi procrastinando e agora vai chegando o final [da seca]. Quer dizer, meio de outubro, acredito eu que em novembro já estará chovendo. Algumas chuvas já caíram”, afirmou o governador, que de oposição ao governo Lula.

“O que nós esperamos é que o governo federal não nos chame na última hora para fazer um comunicar de 500 e poucos milhões de reais. Foi autorizado para Goiás agora R$ 13 milhões”, prosseguiu, dizendo que os prejuízos econômicos com as queimadas no estado foram estimados em cerca de R$ 1,5 bilhão.

O governador de Mato Grosso agradeceu pela liberação de novos recursos, mas pontuou que os efeitos devem ser sentidos na próxima seca, já que a estação chuvosa deve se firmar em cerca de um mês. “Seus efeitos concretos e mais objetivos vão acontecer para o ano de 2025. Todo mundo na administração pública sabe que se liberar hoje um recurso na ponta de qualquer estado, dificilmente você consegue comprar veículo, equipamento, aeronave, para que, em 15 dias, isso esteja funcionando, mesmo com regime de urgência e emergência, que acelera os processo de contratação, eles precisam ser feitos com algum nível de critério e transparência, seguindo o mínimo da burocracia pública”, disse Mauro Mendes.

Em resposta, Rui Costa disse os recursos mais recentes dão sequência a ações anteriores, e que o planejamento da parte do governo federal começou bem antes. “Nós estamos há três meses, três meses fazendo reunião com os estados. Alguns governadores não vieram nas reuniões anteriores, talvez por isso estejam estranhando, achando que é essa a primeira. Não. Nós já estamos há três meses com o comitê funcionando e reunindo”, rebateu.

Já a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima enumerou as contratações de brigadistas, por parte da pasta, para o combate a incêndios nos diferentes biomas afetados. “São mais de 3 mil pessoas que estão na linha de fogo em todo o território nacional, concentrados no Pantanal, na Amazônia e agora no Cerrado. Quando se soma o Corpo de Bombeiros, no caso da Amazônia, estão mais de 4 mil pessoas fazendo esses enfrentamentos e com a medida que foi tomada agora pelo Supremo, é possível contratar mais brigadistas porque não tem mais nenhuma interdito de contratação”, afirmou Marina Silva, fazendo menção à uma decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, que autorizou a União a emitir créditos extraordinários fora dos limites fiscais para o combate às chamas.

O governador do Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, afirmou que o aporte de R$ 514 milhões do governo federal será importante para fazer frente a despesas imediatas com combustível e diárias de equipes que estão atuando em campo, mas que uma estruturação maior demandará novos recursos. “Evitamos seguramente mais de um milhão e meio de hectares queimados no Pantanal”, afirmou o governador, sobre a ação integrada entre o estado e a União.

Reestruturação

Durante a reunião com governadores, Rui Costa falou que, no médio prazo, o governo federal, em parceria com os governos estaduais, deve promover uma reestruturação das equipes da Defesa Civil Nacional, Defesas Civis dos estados e municípios, além dos bombeiros estaduais.

“Nós queremos fazer um novo arranjo, envolvendo estruturas regionais de resgate, de apoio de incêndio, não só de enchente, mas de incêndio, e de apoio regional com maior capilaridade e mais rapidez da ação”, afirmou o ministro, sem entrar em detalhes.

Outro ponto tratado na reunião foi a necessidade de punições mais severas contra quem prática incêndio criminoso no país, o que tem sido apontado como uma das causas da explosão de queimadas no país este ano.

(Fonte: Agência Brasil. Foto: Reprodução)

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Política

Fiems realiza sabatina com quatro candidatos à prefeitura de Campo Grande

O evento foi realizado no edifício Casa da Indústria, na Capital.

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A Fiems realizou, nesta terça-feira (17/09), o evento “Encontros com a Indústria”, sabatina que reuniu quatro candidatos à prefeitura de Campo Grande para apresentar as demandas do setor industrial, bem como ouvir as propostas dos postulantes para a indústria. O evento foi realizado no edifício Casa da Indústria, na Capital.

Na segunda-feira (16/09), o evento foi realizado com os candidatos do município de Dourados. De acordo com o presidente da Fiems, Sérgio Longen, tais cidades apresentam uma grande demanda, além de potencial de crescimento industrial. “Entendemos que, como porta-voz da indústria do Estado, precisamos levar esse debate para os municípios da região. Fomos a Dourados e entregamos as propostas para os candidatos. Fizemos agora em Campo Grande. É uma grande discussão a respeito do que envolve desenvolvimento da indústria na nossa Capital”, ressaltou.

Foram convidados os quatro candidatos mais bem colocados nas últimas pesquisas de intenção de voto: Adriane Lopes (PP), Beto Pereira (PSDB), Camila Jara (PT) e Rose Modesto (União Brasil). A sequência das apresentações foi definida por ordem alfabética dos candidatos na urna.

A atual prefeita de Campo Grande e candidata à reeleição, Adriane Lopes, abriu a sabatina e parabenizou a Fiems por oferecer um espaço democrático de debate. “Foi uma oportunidade para esclarecer aos empresários sobre nosso trabalho e nossas propostas para Campo Grande. Nós estamos saindo daqui muito contentes com o resultado de todo trabalho realizado. Recebemos as propostas. Vou me debruçar e estudar cada indicativo e cada número para que possamos atuar em cima deles, trazendo resultados para nossa Capital”.

Deputado federal e candidato a prefeito pelo do PSDB, Beto Pereira destacou que a iniciativa é essencial para melhor embasar os candidatos e possíveis prefeitos.

“Estar discutindo e apresentando propostas para que todos possam incorporar no seu plano de governo é algo inovador e que, com certeza, vai possibilitar que todos os candidatos possam enriquecer seus trabalhos. Eu não tenho dúvida que a expertise que a Fiems tem no dia a dia, a luta dos empresários, as dificuldades que enfrentam em Campo Grande, consolidaram esse documento para que possamos nortear nossas iniciativas a partir de primeiro de janeiro de 2025”.

Já a candidata do PT e deputada federal, Camila Jara, aproveitou a oportunidade para enfatizar os planos na área de sustentabilidade. “Dizer quais são os nossos planos de desenvolvimento econômico e industrial é fundamental para um setor que emprega grande parte da população de Campo Grande, que é fundamental para que consigamos ter uma economia sólida e que não fique sujeita às flutuações do mercado. Então, é compromisso nosso fazer com que Campo Grande seja uma capital carbono neutro até 2032 e precisamos do setor industrial junto para o cumprimento dessa meta. Campo Grande pode, sim, ser o novo vale do silício das indústrias de sustentabilidade”.

A candidata Rose Modesto, do União Brasil, destacou a importância do diálogo com o setor para traçar ações precisas para o desenvolvimento da Capital.

“É muito importante que a Fiems realize esse evento, primeiro, é a contribuição que ela pode dar, um setor fundamental e que representa as grandes oportunidades que Mato Grosso do Sul e, de forma especial, de Campo Grande, a nossa Capital. Tivemos a oportunidade de ouvir e de poder falar um pouco do nosso plano de governo. Sendo eleita, a nossa ideia é desburocratizar para que o empresário tenha mais facilidade de estar aqui, trabalhar com inventivos importantes e desenvolver a indústria local”.

(Com assessoria. Foto: Divulgação)

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Política

Candidaturas indígenas aumentam 14,13% nas eleições de outubro

Neste ano, os indígenas puderam declarar etnia a que pertencem

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Em 6 de outubro, mais de 461,7 mil candidatas e candidatos disputarão cargos de prefeitos, vice-prefeitos e vereadores, em 5.569 municípios, conforme dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

A partir de dados extraídos da corte eleitoral, neste ano, o Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc) publicou o estudo Perfil do Poder – Eleições 2024, em parceria com o coletivo Common Data , com a análise das candidaturas registradas.

O levantamento aponta que, se consideradas as candidaturas para todos os três cargos por cor e raça, este ano, 207.467 (45,64%) candidatos se declararam brancos; 187.903 (41,34%) se autodeclararam pessoas pardas; 51.782 (11,39%) se declararam pretos; 2.479 (0,55%) são pessoas indígenas; 1.756 (0,39%) são pessoas amarelas; e 3.141 (0,69%) não informaram sua cor/raça.

Com base nesses números, o Inesc constatou que os candidatos declarados indígena são os únicos que tiveram a participação ampliada nas eleições deste ano. Os indígenas passaram de 2.172 registros, em 2020, para 2.479 registros, em 2024, o que representa uma alta de 14,13%. O crescimento foi notado em todas as regiões do Brasil.

Antes da resolução do TSE, a declaração de cor ou raça no registro de candidatas e candidatos era opcional.

Pela primeira vez, neste ano, os candidatos puderam também declarar, de forma opcional, o pertencimento étnico. Das 2.479 candidaturas indígenas registradas, 1.966 divulgaram sua etnia, o que somou 176 etnias, de acordo com o TSE. As três maiores são 168 candidaturas do povo Kaingang; 150, Tikúna, e 107 candidatos da etnia Makuxí.

“A possibilidade de declaração étnico-racial [indígena] e de pertencimento étnico-territorial [etnia] poderá sustentar a contenção de fraudes, na medida em que indica que o candidato ou a candidata está ligado(a) a um território indígena, a uma coletividade”, conclui o estudo Perfil do Poder – Eleições 2024, do Inesc.

Candidaturas indígenas

O maior número proporcional de candidaturas de indígenas está no estado de Roraima, onde 7,10% do total de candidatos se declararam indígenas. Em 2020, Roraima já era o estado com a maior concentração de indígenas (7,95%).

O Inesc considera que o aumento geral reflete um maior engajamento político dessas comunidades em todo o país.

Embora as candidaturas indígenas estejam em ascensão, a representatividade em cargos executivos ainda é limitada, registra o Inesc.

A assessora política do Inesc Carmela Zigoni avalia que a correlação de forças nesses espaços de poder eletivos, seja no poder Executivo ou nas casas legislativas, é ruim para os indígenas eleitos.

Isto porque a participação dos povos originários em espaços de poder ainda é baixa e os indígenas enfrentam desafios para tentar propor políticas públicas e legislações de proteção a seus povos e territórios, em tempos de avanço de sistemas agropecuários predatórios e da mineração.

“Aqueles [indígenas] que são eleitos enfrentam o racismo e a violência política de gênero nos espaços institucionais. Mas é fundamental que estejam se colocando para essa missão, a fim de tentar barrar retrocessos e buscar garantir os seus direitos”, avalia.

Em relação ao gênero dos candidatos indígenas, 1.568 (63,25%) são homens e 911 (36,75%) são mulheres.

Partidos

Em relação ao alinhamento político, 41,87% dos candidatos indígenas estão afiliados a partidos de direita. Os partidos de esquerda têm 40,42% das candidaturas desse público e, o restante (17,71%), é de centro.

O Inesc interpreta que essa distribuição reflete a diversidade de perspectivas políticas dentro das comunidades indígenas. A assessora política explica que, entre os motivos para esse fenômeno, está a falta de diretrizes programáticas dos partidos políticos, o que impede a divulgação de agenda clara nos municípios sobre o que o partido defende. “As dinâmicas e disputas políticas locais se sobressaem, ao invés de sobressair a polarização política observada nas eleições nacionais”, explica.

Ela avalia ainda que os partidos mais à esquerda defendem os direitos ambientais, mas, na prática, a agenda é a do desenvolvimentismo, o que pode representar políticas negativas aos direitos indígenas. “Observamos um forte apego a políticas para apressar licenciamentos ambientais, grandes incentivos fiscais para empresas mineradoras e investimentos em infraestrutura para o agronegócio de exportação. Então, gera uma contradição para candidaturas e votos dessas populações”, disse

Cargos

Se considerados todos municípios, o número de indígenas que pleiteiam o poder Executivo nas prefeituras chega a 46, sendo seis mulheres e 40 homens.

Os postulantes ao cargo de vice-prefeito somam 63, sendo 26 mulheres e 37 homens.

Consideradas apenas as 26 capitais onde haverá eleições no próximo mês, o Instituto de Estudos Socioeconômicos identificou que há apenas um candidato indígena concorrendo ao cargo de prefeito. Trata-se de Lucínio Castelo de Assumção, da etnia Guarani, que disputa a Prefeitura de Vitória, pelo Partido Liberal (PL).

E para ocupar a vice-prefeitura de uma capital, somente uma indígena concorre ao posto: Amanda Brandão Paes Armelau, disputa a vaga no Rio de Janeiro, também filiada ao PL, e de etnia não informada.

Brasil

O Censo 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou que quase 1,7 milhão de indígenas vivem no Brasil, correspondendo a 0,83% da população total do país, que corresponde a 266 povos indígenas.

A maior parte dos indígenas (867,9 mil ou 51,2%) vive na Amazônia Legal, região formada pelos estados do Norte, Mato Grosso e parte do Maranhão.

O Censo 2022 revelou também que muitos dos indígenas são jovens, com mais da metade tendo menos de 30 anos de idade (56,10%).

Eleições municipais

Este ano, estão em disputa 69.602 cargos nos municípios, divididos em 5.569 para prefeitos e vice-prefeitos e 58.464 para vereadores.

De acordo com o TSE, dos 461.703 pedidos de registro de candidatas e candidatos nas eleições de outubro, são 15.478 candidatos ao cargo de prefeito; 15.703 candidatos a vice-prefeitos e 430.522 postulantes a vereador.

A justiça eleitoral informa que a eleição municipal deste ano é a maior de todos os tempos porque há mais de 155,91 milhões de eleitores e eleitoras, sendo que 140,03 milhões de eleitores não têm a informação de cor e raça no cadastro eleitoral. Entre o eleitorado que tem esse dado, 8,5 milhões (5,45%) são pessoas pardas; 5,29 milhões (3,39%) são brancas; 1,8 milhão (1,16%) são pessoas pretas; 155,6 mil (0,10%) são indígenas; 114,38 (0,07%) são pessoas amarelas.

O primeiro turno das eleições municipais está marcado para 6 de outubro. O segundo turno ocorrerá em 27 de outubro, em cidades com mais de 200 mil eleitores, se nenhum dos candidatos ao posto obtiver mais da metade dos votos válidos, excluídos os votos em branco e nulos, para ser eleito.

(Fonte: Agência Brasil. Foto: Reprodução)

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