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Saúde

Clínicas expressam preocupação por falta de vacina contra a dengue

Laboratório anunciou que vai priorizar pedidos do SUS

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A decisão do fabricante da vacina Qdenga, usada contra a dengue, o laboratório japonês Takeda, de priorizar o abastecimento do Sistema Único de Saúde (SUS), preocupa as clínicas médicas particulares.

A Associação Brasileira de Clínicas de Vacinas (ABCVAC) manifestou nesta terça-feira (6) preocupação diante da possível falta da vacina na sua rede “especialmente em relação às faixas etárias não cobertas pelo setor público”. No SUS, o público-alvo é a população entre 10 e 14 anos de idade, faixa etária que concentra maior número de hospitalizações por dengue, atrás apenas dos idosos.

As pessoas que procuram estabelecimentos privados, o que inclui também laboratórios e drogarias, têm enfrentado dificuldades para conseguir o imunizante, com a aplicação de duas doses com intervalo de 90 dias.

Prioridade

Na segunda-feira (5), a Takeda esclareceu que, com o atual cenário da inclusão da vacina Qdenga no SUS por meio do Programa Nacional de Imunizações (PNI), e os registros crescente da dengue no Brasil, “a empresa está concentrada em atender de forma prioritária ao Ministério da Saúde”.

Com isso, a multinacional não fará novos contratos com estados e municípios, assim como o fornecimento da vacina no mercado privado brasileiro “será limitado para suprir e priorizar o quantitativo necessário para que as pessoas que tomaram a primeira dose do imunizante na rede privada completem seu esquema vacinal”.

A Takeda informou que tem garantida a entrega de 6,6 milhões de doses para o ano de 2024 e o provisionamento de mais 9 milhões de doses para 2025. Isso representa capacidade de fornecer imunização para 7,8 milhões de pessoas (duas doses para cada).

A empresa acrescenta que busca todas as soluções possíveis para aumentar o número de doses disponíveis no país. “Não mediremos esforços para isso”, diz comunicado, que cita a intenção de atingir a meta de 100 milhões de doses por ano até 2030, o que inclui um novo centro global dedicado à produção de vacinas, em Singen, na Alemanha, previsto para lançamento em 2025.

O laboratório japonês expressou também que está “fortemente comprometido em buscar parcerias com laboratórios públicos nacionais para acelerar a capacidade de produção da vacina”.

Procura

A ABCVAC informou que a procura pela Qdenga tem tido uma escalada, mais notadamente desde outubro de 2023, quando foram aplicadas 1.463 doses, mais que o dobro do mês anterior, setembro. De lá para cá, a procura cresceu mais 237%, fechando janeiro de 2024 com 4.923 doses aplicadas. Em dezembro do ano passado, haviam sido 2.341.

No período acumulado de julho de 2023 a janeiro de 2024, foram administradas 13.290 doses da Qdenga. Os dados são relativos a cerca de 280 clínicas particulares do país. Cada aplicação custa, aproximadamente, a partir de R$ 350.

“Algumas clínicas privadas já relataram a falta do imunizante em algumas regiões devido à alta procura”, diz comunicado da ABCVAC.

“A ABCVAC compreende e logicamente apoia as ações do PNI, mas também ressaltamos o papel fundamental do setor privado complementando o setor público”, diz Fabiana Funk, presidente do conselho da associação.

“Expressamos nossa preocupação diante da possível falta da vacina nas clínicas particulares e especialmente em relação às faixas etárias não cobertas pelo setor público”, completa.

A ABCVAC ressalta a importância de soluções rápidas para garantir o abastecimento adequado.

“Observamos que a vacinação no setor privado desempenha um papel relevante, atendendo a faixa de 4 a 60 anos que, se não considerada, poderá gerar impactos no sistema de saúde como um todo. Por isso, esperamos que em breve sejam encontradas soluções eficazes que atendam à crescente demanda também para o setor privado”, conclui Fabiana Funk.

A Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma) informou à Agência Brasil que não iria se posicionar sobre a decisão da Takeda “por dizer respeito a uma prerrogativa comercial da fabricante”. A associação afirmou não ter dados consolidados sobre procura do imunizante em drogarias.

Público-alvo

O Ministério da Saúde determinou que a Qdenga será aplicada em 521 municípios com maiores incidências de dengue. A vacina é segura, e o uso foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

O imunizante é feito com o vírus vivo atenuado e interage com o sistema imunológico de modo a provocar uma resposta semelhante à gerada pela infecção natural. A vacina oferece proteção contra os quatro subtipos do vírus da dengue existentes: DENV1, DENV2, DENV3 e DENV4.

calendário de aplicação deve ser definido pelo Ministério da Saúde esta semana, com a vacinação começando ainda em fevereiro.

Público x privado

Para o vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Renato Kfouri, a decisão da Takeda foi adequada e não compromete esforços para a imunização da população.

“Não compromete porque, infelizmente, a porcentagem de indivíduos que têm acesso a uma vacina com esse custo é muito pequena. Priorizar a saúde pública é uma decisão adequada do laboratório”, avalia.

Além disso, Kfouri considera que o alcance da imunização coletiva ainda é muito reduzido com a oferta de vacinas disponíveis no país.

“Nem no serviço público, com 6 milhões de doses de vacinas, a gente vai conseguir impactar no problema dengue este ano. Três por cento, 5%, 7% de vacina a mais no privado não repercutirá no tamanho do problema. Em proteção individual, claro que sim, tanto no público quanto no privado, vai se beneficiar aquele que for vacinado. Mas em termos de proteção coletiva, controle da doença, diminuição das taxas de incidência, nem uma coisa nem outra”, explica.

O vice-presidente da Sbim defende que, à medida que mais doses sejam recebidas pelo SUS, antes de aumentar a faixa etária do público-alvo, o esforço deve ser para ampliar a abrangência de municípios com campanha de vacinação, além dos 521 escolhidos pelo Ministério da Saúde.

“Quando chegar mais doses, a gente deve manter a faixa de 10 a 14 anos e incorporar mais áreas”, defende.

Outras vacinas

Além da Qdenga, há no Brasil outra vacina contra a dengue, a Dengvaxia, do laboratório francês Sanofi-Pasteur, que só pode ser utilizada por quem já teve dengue. O imunizante não foi incorporado ao SUS e é contraindicado para indivíduos que nunca tiveram contato com o vírus em razão de maior risco de desenvolver quadros graves da doença.

Agência Brasil preparou uma reportagem com tudo o que você precisa saber sobre a vacina contra a dengue.

Desde 2009, pesquisadores do Instituto Butantan estudam a produção de uma nova vacina contra a dengue. O imunizante se encontra atualmente em fase final de ensaios clínicos. A previsão do instituto é que, entre junho e julho deste ano, o pedido de registro seja submetido para análise da Anvisa.

Apesar dos esforços para mais vacinas disponíveis, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, tem defendido que o imunizante não será uma solução imediata para a doença, e pede a participação da população para acabar com criadouros do Aedes aegypti, o mosquito transmissor da dengue.

“Neste momento, ela [a vacina] não oferece uma resposta para a situação atual, porque ela é aplicada com o intervalo de 3 meses, já que é uma vacina de duas doses. Ela é muito importante, mas será uma estratégia progressiva para ter um impacto que a gente espera de controlar a dengue e, no futuro, não ter mais a dengue como um problema tão importante de saúde pública”, explicou.

(Fonte: Agência Brasil. Foto: Reprodução)

Saúde

Projeto de Liandra garante atendimento humanizado às mães em luto

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Vereadora e presidente da CMD, Liandra Brambilla (Foto: F. Grott/CMD)

Texto foi aprovado na Sessão Ordinária desta segunda-feira na Câmara Municipal de Dourados
A Câmara Municipal de Dourados aprovou, durante Sessão Ordinária desta segunda-feira (10) um importante Projeto de Lei da vereadora Liandra da Saúde (PSDB), que garante um atendimento mais humanizado para mães que enfrentam a perda de um bebê. O PL determina que unidades de saúde da rede pública e privada, incluindo maternidades, casas de parto e hospitais, ofereçam acomodações separadas para mães que passaram por óbito fetal, parto de natimorto ou perda de bebês prematuros.

Além disso, a proposta assegura às parturientes o direito a um acompanhante durante o período de internação e a assistência psicológica especializada, proporcionando acolhimento emocional e evitando o sofrimento adicional de permanecerem próximas a outras mães que tiveram seus bebês com vida.

“O luto gestacional é uma dor imensurável. Muitas mães passam por essa experiência devastadora sem o suporte adequado. Com essa medida, garantimos que elas sejam tratadas com o respeito e a sensibilidade que merecem, evitando que fiquem em ambientes onde possam sofrer ainda mais ao ver outras mães com seus bebês nos braços”, afirmou a parlamentar.

A vereadora Liandra destacou que o objetivo do projeto é minimizar a dor das mães enlutadas e garantir um tratamento digno e respeitoso, trazendo mais dignidade e respeito às mães que vivem esse momento tão delicado.

“Esse é apenas um passo para um atendimento mais sensível, reforçando o compromisso em continuar lutando por políticas públicas que garantam um sistema de saúde acolhedor e humanizado, priorizando sempre o bem-estar das famílias”, finaliza Liandra.

Fonte:Assessoria/CMD

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Saúde

Prefeitura promove ação em alusão ao Dia Mundial do Rim na Praça Antônio João

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Mais de 170 pessoas realizam tratamento para doença renal crônica em Dourados. Foto: Reprodução/Saúde

A Prefeitura de Dourados, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, realiza nesta quinta-feira (13) uma ação especial em alusão ao Dia Mundial do Rim. O evento acontece na Praça Antônio João, das 8h às 11h, e contará com diversas atividades voltadas à prevenção e ao diagnóstico precoce de doenças renais.

Durante a mobilização, serão realizadas verificações de pressão arterial, testes de glicemia capilar e avaliações nutricionais. Também haverá distribuição de panfletos informativos e orientações sobre a saúde renal. No período da manhã, será feita a coleta de sangue para exames laboratoriais, conduzidos pelo Senac (Serviço Nacional do Comércio), com entrega dos resultados em até uma semana.

A ação faz parte de uma mobilização nacional promovida pela Sociedade Brasileira de Nefrologia, com o objetivo de conscientizar a população sobre a importância do diagnóstico precoce e do acesso ao tratamento da doença renal crônica. A iniciativa da Prefeitura reforça o compromisso com a saúde pública de Dourados.

Segundo a gerente de Doenças Crônicas da Secretaria Municipal de Saúde, Glaucia Eberhardt, é essencial ficar atento aos sinais que podem indicar problemas nos rins. “Inchaço no corpo, especialmente nas pernas e no rosto, pressão alta descontrolada, urina espumosa ou com sangue, cansaço excessivo, fraqueza e dores lombares sem explicação são sintomas que precisam ser observados. Quanto mais cedo o paciente buscar orientação com um profissional de saúde, melhores serão as chances de tratamento”, destaca.

Atualmente, 173 pessoas realizam tratamento para doença renal crônica em Dourados. Destas, 117 são residentes do município, enquanto os demais pacientes vêm de cidades vizinhas, como Caarapó, Deodápolis, Douradina, Fátima do Sul, Glória de Dourados, Itaporã, Laguna Carapã, Rio Brilhante e Vicentina. Os tratamentos incluem hemodiálise ou diálise peritoneal. Já com relação à distribuição por sexo e faixa etária, observa-se que, 53,21% são do sexo feminino e 46,79% do sexo masculino, sendo que a maioria dos casos predomina na faixa etária de 50 a 69 anos (54,59% dos pacientes atendidos).

A doença renal crônica caracteriza-se pela lesão prolongada dos rins por três meses ou mais. Segundo dados do Ministério da Saúde, aproximadamente 10% da população brasileira possui algum tipo de doença renal. Como a condição pode ser assintomática nos estágios iniciais, exames de urina e dosagem de creatinina são essenciais para identificação precoce.

Com assessoria.

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Saúde

Dourados intensifica ações para o combate à Tuberculose

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Em 2024, foram registrados 192 casos de tuberculose em Dourados. Divulgação/Fiocruz

O Centro de Referência em Tuberculose e Hanseníase (CRTH), em um esforço conjunto com as Unidades Básicas de Saúde e apoio do Departamento de Vigilância em Saúde de Dourados, está reforçando durante todo este mês de março/2025 as ações voltadas ao controle da Tuberculose no município, na intenção de ampliar o diagnóstico precoce da doença.

A tuberculose é uma doença infecciosa causada pelo Mycobacterium tuberculosis, uma bactéria que quase sempre afeta os pulmões. É transmitida de pessoa para pessoa através do ar (fala, tosse ou espirro) e os sintomas incluem tosse por mais de três semanas, dor no peito, fraqueza, perda de peso, febre e suores noturnos.

A tuberculose é considerada um problema de saúde pública mundial e o Brasil está entre os países que mais registram casos da doença  no mundo. A doença também é um problema crônico de saúde nos presídios, um ambiente ideal para a disseminação da doença, agravada pela situação de extrema vulnerabilidade: celas superlotadas, uso abusivo de álcool/drogas e diversas comorbidades entre a população privada de liberdade.

No ano de 2024, em Dourados foram registrados 192 casos de tuberculose na população em geral, sendo 88 casos novos residentes. Embora seja uma doença que conta com métodos eficazes de prevenção, diagnóstico e tratamento, sendo curável na maior parte dos casos, ainda mata cerca de 4,7 mil pessoas todos os anos no Brasil.

Segundo a Organização Mundial das Nações Unidas (ONU), ações urgentes são necessárias para alcançar a meta de eliminar a doença como problema de saúde pública até 2035.

Diante desse cenário, com o intuito de promover a ampliação do diagnóstico da doença e em alusão ao dia 24 de março, data em que é celebrado o Dia Mundial de Combate à Tuberculose, as Unidades de Saúde e do Presídio Estadual de Dourados intensificarão a busca por pacientes que apresentem sintomas sugestivos, ofertarão exames e divulgarão durante todo o mês de março, informações sobre a Tuberculose para a população, destacando que o diagnóstico e o tratamento, que leva à cura da doença, estão disponíveis de forma gratuita no Sistema Único de Saúde (SUS).

As pessoas com sintomas da tuberculose devem procurar uma unidade de saúde mais próxima a sua residência, para avaliação e realização dos exames. É importante, também, que as pessoas que convivem com alguém com tuberculose confirmada sejam examinadas na unidade de saúde para evitar o adoecimento por tuberculose no futuro e, assim, contribuir para o controle da doença.

A prevenção ainda é a melhor forma de combater a tuberculose, por esse motivo, durante o mês de março, a população será alertada que o diagnóstico precoce é fundamental para iniciar o tratamento no tempo correto e aumentar as chances de cura, principalmente entre a população que tem maior risco para sintomas graves, como idosos, diabéticos, indígenas, pessoas institucionalizadas e imunodeprimidos.

Espera-se que as ações desenvolvidas sejam um impulsionador para o aumento na busca por casos novos de Tuberculose, além do acréscimo nas solicitações de exames laboratoriais, trazendo assim o alcance das metas propostas pelo Ministério da Saúde para a investigação desta doença.

Nesse sentido, o CRTH e as equipes da Atenção Primária pretendem fortalecer durante todo o mês de março as atividades educativas e divulgação de informações sobre a tuberculose, visando à qualidade dos serviços e priorizando a busca por casos novos, tratamento precoce e preventivo (TPT) que são estratégias importantes para o controle desta doença.

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