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Saúde

Casos de meningite bacteriana aumentam no inverno, alerta especialista

Como é transmitida pelo ar, ambientes fechados e pessoas aglomeradas favorecem o contágio

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A meningite é a inflamação das meninges, as membranas que recobrem o cérebro e a medula espinhal. Ela pode ter várias origens, mas os tipos causados por microrganismos são os que mais chamam atenção: a meningite viral por ser mais frequente, e a meningite bacteriana por ser a mais perigosa.

Enquanto a meningite viral costuma ter uma boa evolução, estima-se que a meningite bacteriana leve à morte em 20% dos casos, principalmente entre crianças e idosos. Além disso, cerca de duas em cada dez pessoas que sobrevivem à doença apresentam sequelas graves, como surdez, danos cerebrais e amputações.

“A maior parte das bactérias que causam meningite bacteriana é transmitida pelo ar, de pessoa para pessoa. Isso acontece quando uma pessoa que já está infectada fala, tosse ou espirra e espalha gotículas de saliva e secreções nasais no ambiente, contaminando indivíduos sadios”, explica a neuropediatra, Dra. Maria José Martins Maldonado.

Por causa disso, a meningite bacteriana é mais comum no inverno devido à tendência de as pessoas se aglomerarem em espaços fechados, o que favorece a transmissão da doença.

Embora a meningite viral também possa acontecer nas estações mais frias, ela é mais comum no verão, pois sua forma de transmissão é diferente. Nesse caso, o agente causador da doença geralmente é transmitido pela via oral-fecal.

No Brasil, a meningite é considerada uma doença endêmica, deste modo, casos da doença são esperados ao longo de todo o ano, com a ocorrência de surtos e epidemias ocasionais, sendo mais comum a ocorrência das meningites bacterianas no inverno e das virais no verão.

No início, os sintomas de meningite são bastante parecidos com os da gripe ou de um resfriado. Eles costumam surgir de repente e podem incluir:

Febe;

Dor de cabeça;

Rigidez do pescoço e da nuca;

Náuseas;

Vômitos;

Manchas avermelhadas na pele;

Fotofobia (aumento da sensibilidade à luz);

Confusão mental.

Em recém-nascidos e bebês, pode ser mais difícil observar sintomas de meningite. Por isso, é preciso ficar atento a sinais como irritabilidade, letargia (não responde a estímulos) e moleira protuberante.

Os sintomas de meningite bacteriana são semelhantes aos da meningite viral, mas o quadro geral da infecção causada por bactérias é mais grave e evolui muito rapidamente, podendo levar à morte em poucas horas.

A melhor forma de se prevenir contra a meningite bacteriana, que é a mais perigosa, é por meio da vacinação. A idade é um fator importante nessa doença. “Crianças de até um ano de idade são as principais vítimas de meningite, por isso a imunização nesse período é fundamental”, destaca a médica.

Hoje há diversas vacinas contra a meningite. O sistema público de saúde fornece as vacinas: BCG, pentavalente, meningocócica C e a pneumocócica 10. Nas clínicas privadas é possível imunizar-se também das meningites B e ACWY, ampliando assim significativamente a cobertura vacinal, especialmente dos lactentes, os mais suscetíveis e vulneráveis.

Essas vacinas já podem ser realizadas após os 2 meses de vida. A doença meningocócica possui um carácter epidêmico, assim como alta taxa de mortalidade, sendo ainda mais importante a sua prevenção. (Com assessoria. Foto: Divulgação)

Saúde

Conviver com lúpus é possível, mas o diagnóstico precoce faz toda a diferença

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_No Dia Mundial do Lúpus, celebrado em 10 de maio, pacientes e profissionais da saúde reforçam a importância do diagnóstico precoce para o controle da doença._
“Descobri duas doenças autoimunes em menos de um mês. Primeiro, a Síndrome de Sjögren. Poucos dias depois, o lúpus.” Suene Fiorenza lembra com clareza do susto que sentiu ao receber os diagnósticos. Como muitas pessoas, ela sabia pouco sobre essas condições até que seu corpo começou a dar sinais — cansaço excessivo, sensibilidade ao sol e dores.
O lúpus é uma doença autoimune crônica, que pode atingir articulações, pele, rins, cérebro e outros órgãos. Apesar de não ter cura, o tratamento adequado permite qualidade de vida. E tudo começa com a investigação correta.
“O diagnóstico precoce é fundamental. Muitas pessoas levam anos até fecharem um diagnóstico. Eu fui abençoada por descobrir cedo e iniciar o tratamento rápido. Isso mudou tudo”, conta Suene.
Ela afirma que hoje aprendeu a respeitar seus limites e entende o que pode agravar seus sintomas, como exposição ao sol e estresse. “Aprendi a cuidar de mim. Não posso me descuidar, senão quem sofre sou eu — com dores e uma fadiga horrível. Mas com acompanhamento médico e exames em dia, sigo bem. Sou privilegiada.”
Para o biomédico Pablo Anunciação Cabral Krauss, diretor do Laboratório Artemis, exames laboratoriais são aliados indispensáveis no diagnóstico e acompanhamento da doença.
“O lúpus exige uma combinação de exames clínicos e laboratoriais. O mais conhecido é o FAN (fator antinuclear), mas ele não é exclusivo da doença. Também usamos exames como anti-DNA, anti-Sm, dosagem do complemento (C3 e C4), além do hemograma completo e marcadores inflamatórios. Nenhum exame isolado dá o diagnóstico. É a soma de resultados e sintomas que orienta o médico”, explica Pablo.
Além de diagnosticar, os exames ajudam a monitorar a evolução do quadro. Alterações em alguns marcadores podem indicar aumento da atividade da doença e demandar ajuste no tratamento.
O Laboratório Artemis oferece uma linha completa de exames para investigação de doenças autoimunes e reforça, nesta data, o compromisso com o diagnóstico de qualidade.
“Conviver com o lúpus é possível, mas isso passa, obrigatoriamente, por um diagnóstico certeiro e acompanhamento constante”, completa Pablo.

Legenda foto 1: O biomédico Pablo Kraus explica que os exames são fundamentais para diagnóstico e tratamento do lúpus.

Legenda foto 2; Suene Fiorenza foi diagnosticada em 2020 e lembra que descobrir cedo e iniciar o tratamento rápido foi fundamental.

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Saúde

Prefeitura dá posse a mais 30 profissionais que vão atuar na rede pública de saúde

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Prefeito deu boas vindas aos novos empossados e pediu que direcionem um atendimento sempre humanizado ao público- Foto: A. Frota

Na manhã desta sexta-feira (09), a Prefeitura de Dourados deu posse a mais de 30 profissionais que vão atuar na rede pública. As secretarias de Saúde e de Administração conduziram as ações e a Atenção Básica e a Rede Especializada passarão a contar com os concursados já nos próximos dias.
Médicos, farmacêuticos, cirurgiões dentistas, auxiliares de odontologia, técnicos de enfermagem e assistentes sociais apresentaram os documentos devidos para as equipes da prefeitura que fizeram os encaminhamentos necessários e definirão as unidades que cada um vai atuar, conforme demanda existente no município.

O prefeito Marçal Filho acompanhou a posse e destacou aos profissionais a importância de um atendimento acolhedor ao público. A busca por melhorias na infraestrutura das unidades em um todo, também foi destacada por ele.

“Sei que estamos aqui para fazer o nosso melhor, eu como gestor da cidade, vocês como os grandes profissionais que são. Evidentemente que a saúde é a reivindicação número um em Dourados, assim como acontece em todo o Brasil. Então, peço o empenho de todos, trabalhar com amor é fundamental”, pediu o prefeito, ao destacar ainda que “a dificuldade em estrutura existe, mas como gestor tem lutado para melhorias nas unidades de saúde em Dourados”.

Para a secretária-adjunta de Saúde, Terezinha Picolo da Silva, a chegada dos novos profissionais agrega à rede pública de saúde. Ela recordou que em 2025, mais de 100 concursados já foram empossados para área e a Saúde tem trabalhado com capacitações para que esses se sintam mais familiarizados neste início de jornada.

“Essa é a terceira posse em 2025; já são mais de 100 profissionais e a rede pública ganha muito com isso. Os recém-chegados estão passando por atualizações sobre o sistema de saúde e sobre o trabalho de forma humanizada, que vem sendo uma prioridade”, apontou.

Secretaria de Saúde e Secretaria de Administração conduziram a posse- Foto: A. Frota

A médica Giovana Marques Sottolano foi uma das empossadas nesta manhã. Egressa da Universidade Federal de Dourados, ela falou sobre a satisfação de atuar na área e da importância do direcionamento que a prefeitura têm dado de um serviço acolhedor na rede pública.

“Estou muito feliz, nasci e me formei aqui e espero poder retribuir a minha comunidade. É maravilhoso a prefeitura acreditar em um trabalho humanizado, acho que todos os serviços de saúde deveriam caminhar para esse viés, um atendimento centrado no paciente”, destacou.

Conforme a Secretaria de Saúde, nas próximas semanas outra posse referente a concursos realizados anteriormente vai ocorrer.

Médica nascida e formada em Dourados assume concurso – Foto: Assecom

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Saúde

MS lança plano emergencial e investe R$ 825 mil para reforçar vacinação contra influenza

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Municípios terão apoio financeiro para ampliar ações extramuros e alcançar grupos prioritários; cobertura vacinal está em 22,35% no Estado

O Governo de Mato Grosso do Sul publicou nesta quinta-feira (8), no Diário Oficial do Estado, a Resolução que institui o MS Vacina Mais – Plano Emergencial de Vacinação Influenza 2025. A iniciativa destina R$ 825 mil em recursos estaduais para que os municípios reforcem as ações de imunização contra a influenza.

A medida foi tomada diante da baixa cobertura vacinal registrada até o momento, de 22,35% entre os grupos prioritários — índice inferior à meta de 90% estabelecida pelo Ministério da Saúde.

O repasse do incentivo financeiro estadual de custeio será feito de forma única, ainda no mês de maio, direcionado aos fundos municipais de saúde. Dourados receberá R$ 25 mil. Já Três Lagoas, Corumbá e Ponta Porã receberão R$ 20 mil cada. Os demais 56 municípios do estado terão direito a R$ 10 mil cada para aplicação em ações voltadas ao aumento da vacinação.

Entre os grupos prioritários para a campanha estão crianças de seis meses a menores de seis anos, gestantes, idosos com 60 anos ou mais, profissionais da saúde, professores, indígenas, população em situação de rua, entre outros públicos vulneráveis.

Para alcançar esses públicos, os municípios deverão adotar estratégias extramuros, como vacinação em escolas, creches, ILPIs (Instituições de Longa Permanência para Idosos), ações casa a casa, postos volantes e aplicação em locais de grande circulação, como shoppings e aeroportos. Também está prevista uma grande mobilização no Dia D da campanha nacional, marcado para 10 de maio.

As ações intensivas já estão em andamento desde o dia 28 de abril e seguem até o dia 10 de maio, período crítico devido à sazonalidade de vírus respiratórios. Até a 18ª semana epidemiológica, o estado já registrou 2.708 casos de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) e 203 mortes em decorrência da doença.

Dentre esses casos, 586 foram confirmados para Influenza, resultando em 68 mortes entre os pacientes hospitalizados. Os idosos são os mais afetados, representando 48,70% das internações, seguidos por crianças de 1 a 9 anos, que correspondem a 26,80%. No caso dos idosos, os pacientes evoluíram para óbito em 79,40% dos casos confirmados.

“A baixa cobertura vacinal é um risco real à saúde pública. Por isso, estamos destinando recursos para que os municípios ampliem o alcance da campanha, levando a vacina até as pessoas, onde quer que estejam. Proteger os grupos mais vulneráveis é nossa prioridade”, afirmou o gerente de Imunização da Secretaria de Estado de Saúde (SES), Frederico Moraes.

Campo Grande não está incluída no repasse emergencial, pois já é contemplada por medidas específicas previstas na Resolução SES/MS nº 360/2025 com o valor de R$ 140 mil, em razão do alto risco epidemiológico e da elevada taxa de ocupação de leitos na capital.

Secretário estadual de Saúde, Maurício Simões Corrêa reforça que o momento exige ação coordenada entre Estado e municípios. “Essa mobilização é essencial para reverter os baixos índices e evitar o agravamento dos casos. Estamos diante de um cenário preocupante e é fundamental que os municípios usem esse recurso de forma estratégica e ágil, alcançando quem mais precisa da proteção”, destacou.

Para ter acesso aos recursos, os municípios foram orientados a enviarem seus planos de ação até o dia 30 de abril — prazo já prorrogado. Após a execução das ações, será obrigatório o envio do relatório final até 23 de maio.

Danúbia Burema, Comunicação SES
Foto: Kamilla Ratier

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