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Agraer

Agraer recebe alunos do Senar para aula prática sobre manejo em bovinocultura de leite

A primeira parada das turmas foi na sala onde são feitas as ordenhas

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O Cepaer (Centro de Pesquisa e Capacitação da Agraer) recebeu alunos de duas turmas do curso técnico em agropecuária do Senar para uma aula prática de manejo sanitário em bovinos de leite. As turmas tiveram a oportunidade de conferir o processo de ordenha e cuidados com os bezerros.

Vitor Corrêa de Oliveira, zootecnista doutor em Ciência Animal, foi um dos pesquisadores que recepcionaram os estudantes. “Essa oportunidade reforça o papel do Cepaer como formador de mão de obra qualificada para os trabalhos do campo”, disse.

A professora da disciplina de manejo sanitário do Senar, Gizela Melina Galindo, acredita que a visita terá um impacto positivo na formação dos alunos.

“É um centro de pesquisa, mas que mostra a realidade. É realmente uma escola, é excelente. Os estudantes precisam ter contato com a realidade, com o real, enxergar as dificuldades, identificar os problemas para encontrar as soluções”, afirma.

Sala de aula

A primeira parada das turmas foi na sala onde são feitas as ordenhas. Os servidores que diariamente são os responsáveis pelo processo explicaram o passo a passo desde os testes que são feitos antes da retirada do leite para identificar problemas como a mastite até a higienização do material utilizado no processo.

Tatiane Batistoti, zootecnista do Cepaer, respondeu às perguntas feitas pelos alunos e deu detalhes sobre o cuidado com os animais.

Em seguida, os futuros técnicos agropecuários foram até o local onde são mantidos os bezerros. No local, Vítor, Tatiane e a responsável pelo setor, a pesquisadora mestre em Agroecossistema Camila Pellizzoni Balthazar, mostraram, entre outras coisas, como é realizado o desmame e a amamentação nos baldes.

Além disso, os servidores da Agraer também mostraram as diferenças entre as raças trabalhadas no local e falaram sobre os desafios no controle de doenças.

O terceiro e último ponto da visita foi a fábrica de ração, onde é preparada a alimentação que complementa o pastejo dos animais do Cepaer.

Ao fim, Vítor agradeceu o Senar, ali representado pela professora da disciplina, e afirmou que o Centro de Pesquisas está de portas abertas para atividades de campo, bem como para a realização de trabalhos de conclusão de cursos e até mesmo estágios.

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

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Agraer

Agraer vai comprar de 60 mil mudas de erva-mate para distribuir a pequenos produtores de MS

Os recursos serão pagos mediante convênios com o Governo Federal.

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Mais um passo para o desenvolvimento da cadeia da erva-mate em Mato Grosso do Sul foi dado. A Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural) publicou, nesta quarta-feira (24), edital para compra de 60 mil mudas de erva-mate que serão distribuídas entre pequenos produtores rurais assistidos pelo órgão.

O valor foi orçado em R$ 130,2 mil. Os recursos serão pagos mediante convênios com o Governo Federal.

As mudas serão destinadas a agricultores familiares da região sul do Estado, nos municípios de Amambai, Antônio João, Aral Moreira, Coronel Sapucaia, Iguatemi, Japorã, Laguna Carapã, Paranhos, Tacuru e duas em Ponta Porã, uma delas no Assentamento Itamarati.

Conforme levantamento prévio realizado pela Agraer, em todas essas cidades uma parcela importante da economia está centrada em pequenas propriedades rurais.

Retomada

Apesar do seu valor histórico, social e econômico, a produção de erva-mate tem decrescido em Mato Grosso do Sul ao longo dos anos. O Estado que chegou a ocupar o topo do ranking nacional da produção na época da Companhia Mate Laranjeira, hoje apresenta a menor produção nacional, importando 90% de todo o produto consumido pelos sul-mato-grossenses.

Originalmente, a exploração dessa cultura pela empresa e pelos ervateiros locais se dava pelo extrativismo, ou seja, coletando as folhas das árvores naturalmente presentes na paisagem local. Com o passar do tempo, essas vegetações nativas deram lugar a outras formas de exploração produtiva por ser considerada economicamente menos viável em comparação com outros plantios.

A Agraer aposta na agricultura familiar para que o produto pode ter seu status de “ouro verde” restituído. Por serem propriedades pequenas, onde as monoculturas muitas vezes são inviáveis, o plantio da erva-mate aliado à necessidade ditada pelo consumo cultural local torna a atividade promissora.

Nesse sentido, o projeto relacionado ao edital desta quarta-feira é apenas uma das iniciativas do órgão voltadas ao setor. Existem outras iniciativas, especialmente pesquisas, para impulsionar o plantio e a produção.

Entre elas, cabe destacar o estudo financiado pela Fundect (Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul) que visa estabelecer um “manual de plantio” da erva-mate.

Atualmente não há dados específicos a respeito do plantio de erva-mate em Mato Grosso do Sul. Sabe-se apenas que está concentrada principalmente em pequenas propriedades na região sul do Estado que contemplam apenas 10% da necessidade das indústrias ervateiras regionais. O restante é importado do Paraguai, Argentina e de estados da região sul do Brasil.

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

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Projeto de produção agroecológica leva agricultores familiares à universidade para plantar ciência

Para fomentar a produção agroecológica na Cidade Branca, até agora inexistente, essas entidades se uniram em 2016 para compor o Neap

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Aos 29 anos, Israel Alves Vieira vai na contramão dos adultos jovens que nasceram e cresceram no campo, mas preferem trocar a vida do agro pela cidade. Além de investir tempo de trabalho e estudo para se fixar cada vez mais na zona rural, empreendeu e apostou na produção agroecológica como diferencial para gerar renda e favorecer o meio ambiente.

“Escolhi a vida no campo porque ela me dá mais autonomia nos meus afazeres e mais lucratividade. O rendimento do sítio não se equipara com o que eu teria na zona urbana levando em consideração o nível de escolaridade que eu tenho. Além disso, eu consigo tanto vender como consumir aquilo que eu mesmo planto”, explica o pequeno produtor.

Ele é um dos primeiros agricultores familiares de Corumbá que deixaram a zona de conforto e iniciaram a transição entre o cultivo tradicional pelo agroecológico, sem o uso de qualquer tipo de produto químico.

A iniciativa foi possível por um curso de extensão oferecido pela UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) em parceria com a Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural), IFMS (Instituto Federal de Mato Grosso do Sul) e Embrapa Pantanal.

Para fomentar a produção agroecológica na Cidade Branca, até agora inexistente, essas entidades se uniram em 2016 para compor o Neap (Núcleo de Estudos em Agroecologia e Produção Orgânica do Pantanal). O resultado  mais recente foi justamente essa oferta de uma disciplina chamada “Princípios e práticas de agroecologia” como extensão. Acadêmicos e produtores rurais sentaram dentro de uma mesma sala de aula para aprender e trocar experiências.

Israel foi um deles. Indicado pelo escritório da Agraer em Corumbá, onde é assistido pela equipe de extensão rural, ele aplicou os conhecimentos do curso, tal qual um verdadeiro laboratório a céu aberto. Inclusive a turma visitou o local como um fechamento do conteúdo ministrado, podendo observar na prática os resultados das técnicas de plantio sem agrotóxicos.

“Produzindo dessa forma, eu tenho ainda mais segurança na hora de comer. Eu acredito que eu posso incentivar outras pessoas a migrar para o cultivo orgânico, mostrando as vantagens. Eles vão ver que não tem como escolher ficar com os métodos antigos. As hortaliças têm muito mais qualidade e ainda nós deixamos de gastar com defensivos, além do valor agregado. Já fiz a primeira colheita e os resultados foram muito bons”, conta o agricultor familiar.

Vitrines Agroecológicas

Vania Sabatel Giovanni coordena o escritório da Agraer em Corumbá. Ela explica que além de Israel, que mora no assentamento Taquaral, uma agricultora familiar do assentamento Paiolzinho, Ianara Stral, também fez parte do projeto, cursando a disciplina e aplicando os conhecimentos em sua produção.

“Eles iniciaram a transição e o objetivo é que nós consigamos, no futuro, atingir o processo de produção orgânica”, explica.

Segundo ela, os dois receberam formação teórica sobre os princípios que norteiam a agroecologia, considerada uma ciência. “E tudo isso dentro da universidade, do ambiente acadêmico, e no campo também. Por isso que nós faremos uma visita com a turma nas duas propriedades e depois vamos chamar outros produtores para que conheçam, se interessem e deem continuidade ao cultivo livre de produtos químicos aqui na região”.

Os primeiros resultados foram vendidos em uma feira que foi um sucesso. “A parceria foi tão proveitosa que incentivou os dois agricultores familiares a se especializarem também, tanto que o Israel começou cursar agronomia. Ou seja, tivemos um impacto social positivo”, comenta Vânia.

Ciência como deve ser

Quem comandou o projeto foi o doutor em Geografia e professor da UFMS em Corumbá Edgar Aparecido da Costa. Segundo ele, a disciplina foi possível graças a um projeto apresentado junto ao CNPQ (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) intitulado “Apoio à expansão da produção agroecológica e da certificação orgânica de agricultores familiares  na fronteira Brasil-Bolívia”.

“Foi aprovado juntamente com alguns recursos para fazer investimentos e induções para ampliar os produtores na base agroecológica e de certificação orgânica em Corumbá. Fizemos a parceria com a Agraer, Embrapa e IFMS e criamos a disciplina, que para conseguir trazer os produtores foi em formato de curso de extensão”, explica o pesquisador.

Segundo ele, também participaram técnicos agrícolas e pessoas interessadas no tema. “Foi uma interdisciplinaridade total, com uma diversidade muito grande de pessoas. Nós discutimos e trouxemos conceitos sobre o que é agroecologia, falamos do processo histórico e começamos a pensar nas intervenções nos dois lotes dos produtores/alunos”.

Edgar afirma que a Agraer foi extremamente importante nessa fase do projeto. “Ensinamos a produzir mudas de bandeja, compramos o substrato com os recursos disponíveis e depois fomos transplantar os vegetais nas duas propriedades. Os alunos colocaram a mão na massa e ajudaram na limpeza das hortas e depois avaliaram a produção”, pontua o professor.

Segundo ele, a ideia do projeto surgiu quando foi verificado o uso excessivo de venenos nas plantações da região. “Por isso a nossa intervenção. Queremos mostrar que é possível produzir com muito mais qualidade sem agrotóxicos e com resultados ainda melhores”, completa.

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

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Frutos do cerrado geram autonomia para mulheres agricultoras do Assentamento Monjolinho

Atualmente 28 mulheres são associadas

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Auxiliadas pela Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural), Comissão Pastoral da Terra (CPT),  UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), Instituto Marista, Prefeitura Municipal e Conselho Municipal de Desenvolvimento de Anastácio, entre outras instituições públicas e privadas ao longo de mais de uma década de trabalho, a Associação de Mulheres Agricultoras do Assentamento Monjolinho (Amam) comemora a aquisição de novos equipamentos e o empoderamento das mulheres por meio do trabalho em uma agroindústria de panificados em Anastácio.

Equipes da Agraer acompanham o dia a dia da Associação desde quando elas se juntaram para formar o Clube de Mães Paz e União, em meados de 1990, para terem acesso ao leite para seus filhos, vindos de um programa federal. Com o passar dos anos, elas descobriram as potencialidades da região e iniciaram o trabalho com frutos do cerrado, como o pequi, o baru, a bocaiuva e o jatobá e formaram uma associação.

“Fizemos essa transformação de clube de mães para associação porque a gente precisava trabalhar com vendas de produtos. Renovamos o estatuto em 2018 e através da Agraer nós conseguimos a inscrição estadual e da DAP (Declaração de Aptidão ao Pronaf) jurídica para participar dos editais, a partir daí nós tivemos o acompanhamento da Agraer no dia a dia da Associação”, afirmou Maria da Penha, presidente da Associação de Mulheres Agricultoras do Assentamento Monjolinho.

Atualmente 28 mulheres são associadas. Juntas elas trabalham para o fornecimento de panificados nos editais públicos do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), atendendo o IFMS (Instituto Federal de Mato Grosso do Sul), escolas estaduais e municipais.

As agricultoras produzem pães dos tipos: francês, hot-dog, caseirinho e os enriquecidos com farinhas de baru, jatobá e bocaiuva para a comercialização nos editais, além da venda na feira municipal com produto típico do assentamento: a galinhada com pequi.

Com a assistência técnica especializada da Agraer, a associação criou seu estatuto, abriu inscrição estadual, conquistou certificação da vigilância sanitária e os alimentos são rotulados, conferindo a elas a autenticidade da comercialização de produtos típicos do cerrado brasileiro. “Nós estamos do dia a dia delas, desde o trabalho no campo até a organização e comercialização dos produtos”, ressaltou a Coordenadora Regional da Agraer, Vera Lúcia de Oliveira Golze.

Confira o vídeo da história completa da associação no YouTube da Agraer: https://youtu.be/_OmqtnsOuqw

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

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