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Economia

Novas regras sobre trabalho no comércio separam patrões e empregados em MS

Lojistas dizem que mudança é arbitrária e sindicatos alegam maior poder de negociação

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As novas regras sobre os acordos coletivos de trabalho no comércio já dividem opiniões entre patrões e empregados em Mato Grosso do Sul, visto que o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, anunciou juntamente com a Mesa Nacional de Negociação, o fechamento de acordo para a regulação do trabalho no comércio aos feriados.

A nova portaria, que está em redação final, deverá ser publicada depois do Carnaval, dia 19 de fevereiro.

Presidente da FCDL (Federação das Câmaras dos Dirigentes Lojistas do Estado), Inês Santiago, disse que a regulamentação das atividades comerciais geram uma insegurança jurídica no setor.

“Estou atrás do Projeto de Lei 5552/2023, para tornar definitiva a abertura feriados e domingos. Nossa legislação deu brecha ao Executivo baixar a Portaria para regular as condições de trabalho”, falou.

Inês Santiago defende que os trabalhadores mantenham-se ativos nas datas, e sejam recompensados pelos empregadores de forma justa, visto que, para ela, a paralisação afetaria a arrecadação de modo geral.

“O comércio precisa abrir, o trabalhador precisa ganhar, isso gera mais renda, é bom para o setor produtivo, que abre feriados e domingos, e bom para a arrecadação do estado e de municípios.”, finalizou.

Presidente da CDL (Comissão dos Dirigentes Lojistas), Adelaido Vila disse que a regulação é algo que tira a liberdade do empreendedor.

“Isso pode representar um impacto na renda do empreendedor. Isso  prejudica o desenvolvimento de uma cidade como Campo Grande, repudiamos veementemente a mudança”, disse ao Campo Grande News.

Para Adelaido, caso a portaria avance, cerca de 60 mil trabalhadores serão impactados na Capital.”Afeta toda uma rede, e uma cadeia produtiva que não pode realizar seu trabalho”, falou.

Contraponto – Após a mudança, o presidente da Fetracom (Federação dos Trabalhadores no Comércio e Serviços de Mato Grosso do Sul), Douglas Silgueiro, disse que a mudança geraria mudanças emblemáticas tanto aos patrões quanto aos empregados.

Segundo Silgueiro, a maior parte dos sindicatos de Mato Grosso do Sul já estabeleceu acordos que proíbem o trabalho nos dias 25 de dezembro e 1 de janeiro no setor do comércio. Estes mesmos acordos permitem, no entanto, a prestação de serviços em outros feriados ao longo do ano, desde que os funcionários recebam uma remuneração especial.

Uma observação crucial feita por Silgueiro e divulgada pela Fetracom é que a medida é para fortalecer as negociações entre as partes.

Segundo ele, antes da mudança, diversas empresas costumavam exigir que seus funcionários trabalhassem nos feriados, com bancos de horas. Esse sistema permite às empresas conceder folgas de acordo com suas próprias conveniências. Para ele, o modelo não favorece o trabalhador, já que as regras são impostas unilateralmente pelos empregadores.

Para o presidente da Fetracom-MS, a via mais vantajosa para o trabalhador são as negociações intermediadas pelos sindicatos.

“Tal abordagem garantirá uma remuneração mais justa para os feriados trabalhados, em contraposição ao cenário anterior no qual as regras eram simplesmente impostas pelo empregador. ”

A entidade assegura que essa medida não apenas beneficia essas categorias específicas, mas também representa um avanço em direção à justiça e equidade para todos os trabalhadores.

O texto – A Portaria nº 3.665/2023 corrige uma ilegalidade contida na Portaria nº 671/2021, que liberou o trabalho aos feriados sem a negociação coletiva, e que confirma o que diz a Lei nº 10.101/2000, que regulamentou o trabalho no comércio em geral.

“Nós não estamos falando de eliminar atividades, estamos tratando de estabelecer a necessidade de negociação coletiva e as partes envolvidas estão plenamente de acordo”, explicou Marinho.

De acordo com Julimar Roberto, presidente da Contracs (Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio e Serviços), órgão ligado à CUT (Central Única dos Trabalhadores), será publicado um anexo junto com a portaria indicando quais setores poderão funcionar independentemente da negociação coletiva, como postos de gasolina e farmácias.

“Existem alguns tipos de trabalhos que precisam funcionar por conta do atendimento à população, por exemplo, que pode salvar a vida de uma pessoa. É primordial”, afirmou.

Segundo Ivo Dall’Acqua, da CNC (Confederação Nacional do Comércio), a lista de exceções deve passar de 200. “A lei não contempla bares e restaurantes, que são do grupo de turismo e hospitalidade”, explicou Dall’Acqua.

Segundo ele, a portaria estabelecerá categorias que poderão funcionar sete dias da semana, como hotéis e outras atividades. “A lei diz respeito à parte do comércio que cuida do atacado e varejo, comércio de mercadorias, compra e vendas”, avaliou ele.

(Fonte: Campo Grande News. Foto: Reprodução)

Economia

Procon pesquisa preço da cesta básica em Dourados

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A Prefeitura de Dourados, por intermédio do Procon (Programa Municipal de Proteção e Defesa do Consumidor), divulgou nova pesquisa de preços dos produtos que compõem a cesta básica. O levantamento foi feito em 12 supermercados de Dourados, na quinta-feira, 06 de fevereiro.

Ao todo, foram coletados preços de 29 itens, que apresentaram variação significativa de um estabelecimento para outro, com destaque para a erva-mate de tereré 500 gramas, com diferença de 254,69%; o sal 1 kg, com diferença de 203,20%; cebola 1 kg, com diferença de 150,94 % e sabonete 85 gramas, diferença de 202,02%.

Observa-se que entre os estabelecimentos pesquisados foram encontrados 13 (treze) produtos com diferença superior a 100% entre o produto com menor e  maior preço, como, por exemplo, alho, batata inglesa, margarina e sabão em pó.

A diferença do estabelecimento com menor preço e o de maior preço nesta pesquisa é de 21,48%. O consumidor deve ficar atento às especificações contidas na embalagem como prazo de validade, composição e peso líquido do produto.

Em caso de dúvidas ou reclamações, o consumidor pode ligar para o Procon. O contato é (67) 9 8163-0595. Os canais on-line são: e-mail: procon@dourados.ms.gov.br ou registre através do link.

Com assessoria.

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Economia forte: abertura de empresas em Mato Grosso do Sul cresceu 50,5% em janeiro

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Mato Grosso do Sul registrou no primeiro mês do ano a abertura de 1.298 novas empresas, volume 50,5% superior a janeiro do ano passado, quando 862 firmas foram criadas. Os dados foram divulgados ontem (4) pela Jucems (Junta Comercial de Mato Grosso do Sul), orgão do Governo do Estado vinculado à Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação).

O resultado aponta que o setor de serviços puxou o índice com 976 empresas (75,1%), seguido por comércio com 289 firmas constituídas (22,2%) e indústria com 33 ou 2,54% do total de aberturas.

Entre os municípios, Campo Grande lidera a criação de empresas com 554 (42,6%) aberturas. Em seguida vem Dourados com 147 (11,3%), Três Lagoas com 74 (5,75%), Ponta Porã com 53 (4,08%) e Chapadão do Sul com 35 (2,7%) novas empresas. Na avaliação do diretor-presidente de Jucems, Nivaldo Domingos, a Jucems, mais uma vez, bate recorde na abertura de novas empresas.

“Entre os ramos e atividades econômicas, Serviço aparece em primeiro lugar com 75,19% dos registros, seguido pelo Comércio com 22,27% e a Indústria com 2,54%. A Junta Comercial se compromete com a segurança, agilidade e o compromisso de melhor atender os seus usuários, fazendo e iniciando as capacitações com técnicos e profissionais contábeis, assim como os clientes internos, seus funcionários, para melhor atender o cidadão empresarial do Estado de Mato Grosso do Sul”, salientou Nivaldo.

Balanço de 2024

Nos doze meses do ano passado, 11.164 novas empresas foram abertas em Mato Grosso do Sul, quantidade 10,34% superior ao registrado em 2023 (10.117). O resultado é recorde na série histórica da Jucems.

Do total de novos empreendimentos registrados na Junta no ano de 2024, 71,3% (7.960 empresas) são do setor de Serviços, enquanto o Comércio contabilizou 24,91% (2.781) e a Indústria totalizou 423 novas empresas (3,79%).

Comunicação Semadesc
Fotos: Arquivo


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Mercado financeiro projeta inflação de 5,51% este ano

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A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, passou de 5,5% para 5,51% este ano. A estimativa está no Boletim Focus desta segunda-feira (3), pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC), com a expectativa de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos. Há quatro semanas a projeção era de que a inflação fechasse o ano em 4,99%.

Para 2026, a projeção da inflação também subiu de 4,22% para 4,28%. Para 2027 e 2028, as previsões são de 3,9% e 3,74%, respectivamente.

A estimativa para este ano está acima do teto da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), de 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,5% e o superior 4,5%.

Em relação ao Produto Interno Bruto (PIB, a soma dos bens e serviços produzidos no país), a projeção do mercado financeiro é de 2,06% este ano, a mesma da semana passada. Há quatro semanas, a previsão era de que o crescimento da economia fechasse o ano em 2,02%.

Para 2026, o boletim mostra uma projeção de crescimento do PIB de 1,72%. Já para 2027 e 2028, a projeção de expansão da economia é de 1,96% e de 2%, respectivamente.

Juros

Em relação à taxa básica de juros, a Selic, o Focus manteve a projeção da semana passada, de 15% para este ano, projeção que se mantém há quatro semanas.

Para 2026, a projeção do mercado financeiro é que a Selic fique em 12,5%. Para 2027, a projeção é de uma taxa de juros de 10,38% e de 10%, em 2028.

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a Selic, elevada para 13,25% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom), na semana passada.

Essa foi a quarta alta seguida da Selic, que está no maior nível desde setembro de 2023, quando também estava em 13,25% ao ano. O colegiado aumentou a Selic em 1 ponto percentual, com a justificativa de incertezas em torno da inflação e da economia global, da alta recente do dólar e dos gastos públicos.

medida foi criticada pelo ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, durante coletiva para apresentar o resultado da geração de empregos no Brasil, que fechou o ano de 2024 com saldo positivo de 1.693.673 empregos formais.

Os juros mais altos encarecem o crédito e desestimulam a produção e o consumo. Além disso, taxas maiores dificultam o crescimento econômico.

Câmbio

Em relação ao câmbio, a previsão de cotação é de R$ 6 para este ano, a mesma projeção para 2026. Para 2027, o câmbio também deve cair, segundo o Focus, para R$ 5,93, subindo novamente para R$ 6, em 2028.

Luciano Nascimento – Repórter da Agência Brasil

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