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Saúde

Lula sanciona lei do Mais Médicos

Expectativa é incluir mais 15 mil profissionais na atenção básica

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou, nesta sexta-feira (14), a lei do Programa Mais Médicos. A expectativa do governo é ampliar em 15 mil o número de médicos na atenção básica do Sistema Único de Saúde (SUS) ainda em 2023, por meio da Estratégia Nacional de Formação de Especialistas para a Saúde.

O foco do programa serão as regiões de maior vulnerabilidade. A nova edição do Mais Médicos priorizará a formação dos profissionais com mestrado e especialização. Serão oferecidos benefícios para os profissionais que atuarem em locais de difícil provimento. Há também a possibilidade de incentivos como liquidação de dívidas e reembolso de pagamentos feitos para o Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies).

Com os 15 mil novos médicos, o programa contabiliza um total de 28 mil profissionais, o que possibilitará acesso à saúde para mais de 96 milhões de pessoas.

Durante a cerimônia de sanção do programa, o presidente Lula criticou a forma como o Mais Médicos e outras políticas públicas foram conduzidos nos últimos anos. “Vocês perceberam quantas políticas públicas foram destruídas de 2018 até agora? Vocês sabem que tivemos que remontar 37 políticas públicas que a gente tinha feito, mas que foram desmontadas?”, disse o presidente ao se referir a programas voltados a universidades, farmácias populares, merenda escolar e, também, à falta de reajuste a funcionários. “Tudo foi tirado com a maior de desfaçatez.”

De acordo com Lula, em meio a esse contexto, os brasileiros entenderam que, “em um curto espaço de tempo, para a coisa ficar ruim é muito fácil. Mas para a coisa melhorar, é muito difícil”, afirmou.

“Eu não imaginava que um presidente ou um ministro pudesse dizer que esse programa não vai mais acontecer, e que tem muito comunista trabalhando na periferia deste país. O ato de hoje é, na verdade, a afirmação de que, neste país, definitivamente e para sempre, o dinheiro que se coloca na saúde não pode ser visto como gasto. É investimento”, argumentou.

O presidente lembrou de algumas críticas que o Mais Médicos já recebeu. “Entidades representativas da medicina disseram que não precisa formar mais médico porque tem muitos médicos no país. É verdade. Às vezes, até em excesso, mas na Avenida Paulista, na Avenida Copacabana, na Avenida Boa Viagem. Mas basta ir nas periferias de São Paulo, Rio de Janeiro, Fortaleza ou Salvador para ver como faltam médicos.”

Adesão maciça

De acordo com a ministra da Saúde, Nísia Trindade, a adesão ao Mais Médicos foi “maciça”. Segundo a ministra, o “clamor” pela retomada do programa vinha não apenas da população, mas de prefeitos de todas as regiões do país, “independente de partidos, porque o Mais Médicos é uma visão de mais saúde no Brasil e de acesso à saúde.”

“O Mais Médicos não é um programa de uma medicina pobre para pobres, como muitas vezes nossos detratores falam. O Mais Médicos é um programa para dignidade da atenção à saúde da nossa população.” complementou a ministra.

Em nota, o Planalto informa que o primeiro edital desta edição criará 5.968 vagas – mil delas, inéditas, para a Amazônia Legal. O programa registrou 34 mil inscrições, número que representa recorde, desde a criação do programa, em 2023.

“Até agora, dos selecionados pelo primeiro edital, 3.620 profissionais já estão atuando em todas as regiões do país, garantindo atendimento médico para mais de 20,5 milhões de brasileiros”, detalha o Planalto.

Novos editais

A retomada do programa é fruto da Medida Provisória 1.165, de 2023, aprovada em junho pelo Legislativo. Serão abertos novos editais para profissionais e para adesão de municípios, “com iniciativas inéditas como médicos para equipes de Consultório na Rua e população prisional, além de novas vagas para os territórios indígenas”.

No mesmo evento, o presidente Lula assinou decreto que institui um grupo de trabalho (GT) interministerial coordenado pelo Ministério da Saúde com o objetivo de “discutir, avaliar e propor” regras para reservas de vagas aos médicos com deficiência e pertencentes a grupos étnicorraciais.

Segundo o Planalto, o GT, coordenado pelo Ministério da Saúde, terá a participação dos Ministérios da Igualdade Racial, dos Direitos Humanos e Cidadania, da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos e do Planejamento.

Mais detalhes sobre o programa Mais Médicos podem ser obtidas no site do Ministério da Saúde.

(Fonte: Agência Brasil. Foto:Reprodução)

Saúde

Sala Rosa da Câmara amplia ações no combate à violência contra a mulher

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Vereadora Karla Gomes assume a presidência da Procuradoria da Mulher (Foto: F.Grott)
A Sala Rosa da Câmara Municipal de Dourados ampliará os atendimentos a mulheres vítimas de violência e discriminação. A vereadora Karla Gomes (Podemos), que recentemente assumiu a presidência da Procuradoria da Mulher, destacou que, além dos serviços já oferecidos, haverá uma intensificação das ações preventivas e assistenciais. O espaço também passará a ser um ponto de coleta de doações de roupas, absorventes e alimentos para mulheres em situação de vulnerabilidade. Todas as atividades contarão com o acompanhamento de profissionais de assistência social da Câmara Municipal.

“Estamos programando diversas ações para dar visibilidade à Sala Rosa, que é um instrumento fundamental na defesa dos direitos da mulher. Nosso objetivo é garantir que elas conheçam e utilizem os serviços oferecidos. Também promoveremos campanhas ao longo do ano para prevenir e combater todas as formas de violência contra a mulher. Queremos a participação ativa das mulheres de Dourados nesse espaço, fortalecendo as políticas públicas voltadas à sua proteção”, destacou a vereadora.

Nos próximos dias, Karla Gomes se reunirá com a vice-presidente da Procuradoria, vereadora Ana Paula Benitez Fernandes (Republicanos), e com as vereadoras Liandra da Saúde (PSDB)  e Isa Marcondes (Republicanos) para alinhar as ações do Dia Internacional da Mulher, celebrado em 8 de março. A Sala Rosa é o espaço físico da sede da Procuradoria da Mulher.

Procuradoria da Mulher: missão e atuação
Criada em outubro de 2023, a Procuradoria da Mulher tem a missão de receber, examinar e encaminhar aos órgãos competentes as denúncias de violência e discriminação contra mulheres. Além disso, é responsável por fiscalizar e acompanhar a execução de programas municipais voltados à igualdade de gênero, bem como implementar campanhas educativas e antidiscriminatórias.

A Procuradoria também coopera com organismos públicos e privados, nos âmbitos municipal, estadual e federal, voltados às políticas para mulheres. Entre suas atribuições, estão a promoção de pesquisas, seminários, palestras e estudos sobre violência e discriminação de gênero, além da divulgação de informações para subsidiar as comissões da Câmara Municipal.

Atendimentos da Sala Rosa
Desde que foi criada, em 2023, foram realizados 64 atendimentos com demandas espontâneas e agendadas, de acesso a direitos sociais como: vaga em escola, cesta básica, atendimento psicológico, entre outros. Foram realizadas palestras com temas relacionados a: cuidados com a saúde mental, assédio sexual e assédio moral, os reflexos da violência para a saúde mental da vítima. Também foram realizados 12 encaminhamentos sobre denúncias de violência. A Sala Rosa também promoveu dois grandes eventos de conscientização sobre a prevenção do câncer de mama, em outubro de 2023 e além do evento mulheres na política. A Procuradoria também criou artigo intitulado “A atuação do poder legislativo douradense  na prevenção e combate à violência contra a mulher” que foi publicado no Congresso Internacional de Serviço Social.

Feminicídio cresce em Mato Grosso do Sul
A Sala Rosa surge como uma resposta à crescente violência contra as mulheres no estado. Mato Grosso do Sul ocupa a terceira posição no Brasil em casos de violência doméstica, segundo o IBGE. Em 2023, foram registrados 30 feminicídios no estado, enquanto 2024 já contabiliza 35. Nos últimos 10 anos, 342 mulheres foram assassinadas em crimes dessa natureza. Somente neste ano, dois casos já entraram para as estatísticas.

No dia 12 de fevereiro, a jornalista Vanessa Ricarte foi brutalmente assassinada a facadas pelo ex-noivo, em Campo Grande. Poucas horas antes, ela havia procurado ajuda na Delegacia da Mulher, onde relatou desatenção no atendimento. “Queremos ajudar a construir políticas públicas eficazes e atuar na orientação das vítimas para que consigam romper o ciclo de violência e reconstruir suas vidas”, reforça Karla Gomes.

Vanessa foi a segunda vítima de feminicídio em Mato Grosso do Sul neste ano. A primeira ocorreu em 1º de fevereiro, quando Karina Corin, de 29 anos, foi assassinada pelo ex-companheiro em Caarapó. O autor do crime também matou a amiga de Karina, Aline Rodrigues, de 32 anos.

Dourados: 30 feminicídios em uma década
Dados da Secretaria de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso do Sul revelam que, nos últimos 10 anos, Dourados registrou 30 feminicídios, sendo a cidade do interior com o maior número de casos. Em seguida, aparece Três Lagoas, com 29. Na capital, Campo Grande, foram 80 ocorrências no mesmo período. Em Dourados, a maioria das vítimas tinha entre 30 e 59 anos, era de cor parda e foi assassinada dentro de casa.

Violência doméstica: números alarmantes
Além dos feminicídios, a cidade registrou 13.777 boletins de ocorrência relacionados à violência doméstica na última década. Somente em 2024, até 12 de fevereiro, já haviam sido contabilizados 199 casos. Em 2023, foram registrados 1.732 episódios de violência contra a mulher; em 2024, o número já alcança 1.714.
No Estado, o total de ocorrências em 10 anos chega a 196.575. Desses, 20.360 casos foram registrados em 2023, e 2.318 apenas nos primeiros meses de 2024.

Denúncias ao 180 aumentam
Cada vez mais mulheres estão recorrendo ao disque-denúncia 180. Em 2024, o Mato Grosso do Sul registrou um aumento de 18,7% nas chamadas para o serviço, em comparação com 2023. Foram quase 2 mil denúncias no ano passado, sendo 1,2 mil feitas pelas próprias vítimas e 782 por terceiros. Pelo WhatsApp, 131 casos foram reportados.

Serviço
A Sala Rosa, mantida pela Procuradoria da Mulher, está localizada dentro da Câmara Municipal de Dourados e atende de segunda a sexta-feira, das 7h às 13h, acolhendo casos, analisando-os e encaminhando-os aos órgãos competentes.
Endereço: Avenida Marcelino Pires, 3.600 (anexo ao Shopping Avenida Center). O telefone para contato é o (67) 3410 -2100.

Fonte:Assessoria/CMD

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Saúde

Prefeitura abre vagas para aulas de alongamento no ‘Jorjão’

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Nova modalidade esportiva acontecerá no Jorjão. Foto: A. Frota

A Prefeitura de Dourados, por meio da Fundação de Esportes de Dourados (Funed) abre vagas para mais uma modalidade esportiva: alongamento. A atividade será disponibilizada gratuitamente para a população todas às terças e quintas, às 16h, no Complexo Esportivo Jorge Antônio Salomão (Jorjão).

As vagas são destinadas para jovens, adultos e idosos e as aulas serão ministradas pela professora Rafaela Vilella.  Para se inscrever é necessário que os interessados compareçam de forma presencial no Jorjão, no horário entre 8h às 16h (sem fechar para almoço), de segunda a sexta-feira.

Já a partir desta segunda-feira (17), as vagas estão abertas e são limitadas. As diversas atividades esportivas oferecidas pela Prefeitura de Dourados visam incentivar práticas que agreguem saúde e qualidade de vida para a população. Atender várias faixas etárias sempre com profissionais capacitados para ministrar as aulas são designações do prefeito Marçal Filho para envolver crianças, jovens, adultos e idosos com esporte e lazer.

Ao todo, a Prefeitura de Dourados atende mais de mil pessoas com atividades como ginástica funcional, natação, hidroginástica, vôlei, basquetebol, handebol, futsal, futebol, karatê, judô e tênis de mesa. Mais informações podem ser obtidas pelos telefones (67) 98163-0586 (somente WhatsApp) ou no fixo 2222-1393.

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Saúde

Casos de dengue no Brasil caem 60% nas primeiras semanas do ano

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Dados do Painel de Monitoramento das Arboviroses indicam que o Brasil registrou, ao longo das seis primeiras semanas de 2025, um total de 281.049 casos prováveis de dengue. O número representa uma redução de cerca de 60% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram contabilizados 698.482 casos prováveis da doença.

Em nota, o Ministério da Saúde avaliou a redução como substancial e um reflexo da mobilização nacional promovida pela pasta de forma conjunta com estados e municípios. “O resultado é parte do Plano de Ação para Redução dos Impactos das Arboviroses, lançado pelo Governo Federal em setembro de 2024.”

Entre as unidades federativas, 17 registraram redução nos casos prováveis de dengue, sendo que as maiores quedas foram identificadas no Distrito Federal, no Rio de Janeiro, em Minas Gerais, no Amapá e no Paraná. Já em dez estados, incluindo Tocantins e Pernambuco, houve aumento no comparativo com as seis primeiras semanas de 2024.

Em relação à incidência, os estados com maior número de casos prováveis por 100 mil habitantes são Acre, São Paulo, Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais. São Paulo figura como estado com o maior número de casos prováveis do país: 164.463 mil apenas em 2025, um aumento de cerca de 60% em relação ao mesmo período do ano passado.

Sorotipo 3

De acordo com a pasta, a elevação preocupa, sobretudo em razão da presença de casos de infecção pelo sorotipo 3, que não circulava no país de forma predominante há mais de 15 anos. “Neste momento, por exemplo, a Força Nacional do SUS [Sistema Único de Saúde] mantém equipe em São José do Rio Preto, no interior do estado.”

Este mês, a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) emitiu alerta epidemiológico sobre o risco elevado de surtos de dengue tipo 3 nas Américas. De acordo com a entidade, a circulação do sorotipo já foi registrada em diversos países do continente – incluindo Brasil, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, México e Peru.

“A Opas pede aos países que reforcem sua vigilância, o diagnóstico precoce e a gestão clínica para que possam enfrentar um potencial aumento de casos de dengue”, destacou a organização, em nota. O comunicado cita ainda que a Argentina chegou a registrar alguns casos de dengue tipo 3 em 2024.

O vírus da dengue conta, ao todo, com quatro sorotipos distintos, sendo que a imunidade contra um sorotipo oferece proteção vitalícia apenas contra esse sorotipo específico. “O que significa que infecções subsequentes com outros sorotipos podem aumentar o risco de formas graves da doença”, destacou a organização.

Ainda de acordo com a entidade, o sorotipo 3 vem sendo associado a formas graves da doença, mesmo em infecções primárias (quando o paciente não possui histórico de infecções por outros sorotipos da dengue). “O cenário levanta preocupações sobre o potencial impacto do sorotipo 3 na saúde pública.”

“O ressurgimento do sorotipo 3, após um período de ausência prolongada em determinadas áreas das Américas, aumenta a vulnerabilidade de populações que não foram previamente expostas a ele”, concluiu a Opas.

Paula Laboissière – Repórter da Agência Brasil

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