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Política

Deputada pede à Justiça que investigue ONG de MS por omissão aos Yanomami

Missão Evangélica Caiuá alega não ter ligação com crise humanitária na tribo

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Deputada federal eleita por Mato Grosso do Sul, Camila Jara (PT) ingressou com notícia-crime para que seja determinada investigação contra o reverendo Benjamim Bernardes, diretor-executivo da ONG (Organização Não Governamental) Missão Evangélica Caiuá com sede em Dourados, após vir à tona denúncia de gasto de R$ 2,8 bilhões no setor da saúde indígena e, mesmo assim, ocorrer crise humanitária como a que acometeu os yanomamis no estado de Roraima.

Conforme os autos, registrado pela parlamentar embasada em matérias jornalísticas, deste montante, a ONG em questão foi a que recebeu fatia maior com repasse de R$ 872 milhões que deveriam ser destinados para contratação de profissionais da saúde.

“No entanto, os profissionais nunca entraram em terras indígenas Yanomami nesses quatro anos e a maior parte dos gastos da ONG foram com transporte aéreo de empresas de propriedade de garimpeiros da região”, diz Camila.

Nos últimos quatro anos, pelo menos 21 pedidos de ajuda dos yanomami teriam sido ignorados pela União durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Segundo dados do Portal da Transparência, de 2019 a 2022, o Programa de Proteção e Recuperação da Saúde Indígena teve orçamento de R$ 6,13 bilhões e 88% desse montante foi gasto.

Ao jornal O Globo, o presidente da Urihi Associação Yanomami, Júnior Hekurari Yanomami, denunciou que os médicos e enfermeiros contratados pela Missão Cauiá não entraram na terra indígena neste período.

Para Camila, “não se pode admitir que os recursos repassados sejam usados para outros objetivos, transformando verbas de saúde indígena, uma das mais relevantes para o futuro do País e de grande peso orçamentário em um verdadeiro genocídio dos povos indígenas, indo à contra corrente de seu principal propósito”.

Em Dourados, a Missão Evangélica Caiuá mantém o Hospital Porta da Esperança com atendimento pelo SUS, o Instituto Bíblico Felipe Landes e a Escola Municipal Francisco Meireles.

Também mantém escolas em outras áreas indígenas, além de fornecer os profissionais de saúde que atuam nas comunidades. Isso tudo mesmo depois de ser alvo de investigações do MPF (Ministério Público Federal) e MPE (Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul).

No início da semana o advogado Cleverson Daniel Dutra disse ao Campo Grande News que não há irregularidade nos convênios com o governo federal, além de a ONG não ter qualquer relação com a situação deplorável em que se encontram os yanomamis.

“A entidade tem apenas a função de contratar profissionais de saúde para atuarem nas ações do governo federal em saúde indígena. Ou seja, a entidade contrata os profissionais e paga os salários e demais encargos da contratação”, explicou.

Acerca dos mais de R$ 870 milhões recebidos pela Missão Caiuá, ele alega que o montante é a soma de nove convênios. “Não é apenas do convênio mantido para apoiar no Dsei/Yanomami. Como afirmado, os valores são destinados ao pagamento de salários e demais encargos dos profissionais de saúde contratados”. – CREDITO: CAMPO GRANDE NEWS

Deputada federal eleita por Mato Grosso do Sul, Camila Jara (PT) ingressou com notícia-crime para que seja determinada investigação contra o reverendo Benjamim Bernardes, diretor-executivo da ONG (Organização Não Governamental) Missão Evangélica Caiuá com sede em Dourados, após vir à tona denúncia de gasto de R$ 2,8 bilhões no setor da saúde indígena e, mesmo assim, ocorrer crise humanitária como a que acometeu os yanomamis no estado de Roraima.

Conforme os autos, registrado pela parlamentar embasada em matérias jornalísticas, deste montante, a ONG em questão foi a que recebeu fatia maior com repasse de R$ 872 milhões que deveriam ser destinados para contratação de profissionais da saúde.

“No entanto, os profissionais nunca entraram em terras indígenas Yanomami nesses quatro anos e a maior parte dos gastos da ONG foram com transporte aéreo de empresas de propriedade de garimpeiros da região”, diz Camila.

Nos últimos quatro anos, pelo menos 21 pedidos de ajuda dos yanomami teriam sido ignorados pela União durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Segundo dados do Portal da Transparência, de 2019 a 2022, o Programa de Proteção e Recuperação da Saúde Indígena teve orçamento de R$ 6,13 bilhões e 88% desse montante foi gasto.

Ao jornal O Globo, o presidente da Urihi Associação Yanomami, Júnior Hekurari Yanomami, denunciou que os médicos e enfermeiros contratados pela Missão Cauiá não entraram na terra indígena neste período.

Para Camila, “não se pode admitir que os recursos repassados sejam usados para outros objetivos, transformando verbas de saúde indígena, uma das mais relevantes para o futuro do País e de grande peso orçamentário em um verdadeiro genocídio dos povos indígenas, indo à contra corrente de seu principal propósito”.

Em Dourados, a Missão Evangélica Caiuá mantém o Hospital Porta da Esperança com atendimento pelo SUS, o Instituto Bíblico Felipe Landes e a Escola Municipal Francisco Meireles.

Também mantém escolas em outras áreas indígenas, além de fornecer os profissionais de saúde que atuam nas comunidades. Isso tudo mesmo depois de ser alvo de investigações do MPF (Ministério Público Federal) e MPE (Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul).

No início da semana o advogado Cleverson Daniel Dutra disse ao Campo Grande News que não há irregularidade nos convênios com o governo federal, além de a ONG não ter qualquer relação com a situação deplorável em que se encontram os yanomamis.

“A entidade tem apenas a função de contratar profissionais de saúde para atuarem nas ações do governo federal em saúde indígena. Ou seja, a entidade contrata os profissionais e paga os salários e demais encargos da contratação”, explicou.

Acerca dos mais de R$ 870 milhões recebidos pela Missão Caiuá, ele alega que o montante é a soma de nove convênios. “Não é apenas do convênio mantido para apoiar no Dsei/Yanomami. Como afirmado, os valores são destinados ao pagamento de salários e demais encargos dos profissionais de saúde contratados”. – CREDITO: CAMPO GRANDE NEWS

(Fonte: CampoGrandeNews. Foto: Divulgação)

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Política

Congresso encerra sessões e reforça segurança após explosões no STF

Segundo Rodrigo Pacheco, a Polícia Legislativa ajuda na apuração

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As sessões plenárias da Câmara dos Deputados e do Senado Federal foram encerradas na noite desta quarta-feira (13) após o registro de explosões perto do prédio do Supremo Tribunal Federal, em Brasília. Segundo o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, a Polícia Legislativa das duas casas está ajudando na apuração das circunstâncias do fato. 

Ele também afirmou que a segurança nas duas casas está sendo reforçada. “É o momento de se aferir as circunstâncias e todos terem as cautela e as precauções devidas. É natural que, diante do acontecimento que foi noticiado, é óbvio que toda força de segurança tem que estar em alerta nesse instante”.

Pacheco lamentou o ocorrido e a morte de uma pessoa. “Lamento se tem uma pessoa morta, manifestamos toda a nossa solidariedade e lamentamos sem conhecer as circunstâncias”.

Ele também lembrou os acontecimentos de 8 de janeiro de 2023, quando centenas de pessoas invadiram e depredaram o prédios públicos de brasília. “Foi muito triste e relevante e mudou todos os padrões de segurança dos Três Poderes”.

O 2º vice-presidente da Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), suspendeu a sessão depois de receber as informações das explosões e da morte. “Estamos com seguranças em todos os acessos para garantir a nossa saída daqui a nossos lares”, afirmou.

Explosão

Policiais militares fazem uma varredura na Praça dos Três Poderes após duas explosões terem ocorrido na noite de hoje perto do prédio do STF. O Corpo de Bombeiros confirmou a morte de uma pessoa.

A perícia também está no local.

O acesso de pedestres e carros à Esplanada dos Ministérios foi fechado em decorrência das explosões, que ocorreram por volta das 19h30.

Em nota, o STF disse que foram “ouvidos dois fortes estrondos ao final da sessão e os ministros foram retirados do prédio com segurança”. “Os servidores e colaboradores também foram retirados por medida de cautela”, acrescenta. O público que participava da sessão que analisava ação sobre letalidade policial em favelas foi retirado às pressas. As explosões foram ouvidas após o encerramento da sessão.

 

(Fonte: Agência Brasil. Foto: Reprodução)

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Política

PEC 6×1: cresce a pressão pela aprovação da proposta

Emenda já recebeu 134 apoios para começar a tramitação

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O movimento Vida Além do Trabalho (VAT) agitou as redes sociais e a imprensa nos últimos dias com a proposta de fim da escala de 6 dias de trabalho por 1 dia de folga, a chamada escala 6×1. O tema está entre os mais comentados da plataforma X. 

Com a pressão social, cresceu, no intervalo de uma semana, de 60 para 134 o total de deputados que assinaram a proposta de emenda à Constituição (PEC) que estabelece a jornada de trabalho de, no máximo, 36 horas semanais e 4 dias de trabalho por semana no Brasil, acabando com a escalada de 6 por 1.

São necessárias 171 assinaturas para a PEC começar a tramitar na Câmara. E para ser aprovada, precisa do voto de 308 dos 513 parlamentares, em dois turnos de votação.

De autoria da deputada Erika Hilton (PSOL-SP), a proposta foi apresenta em 1º de maio deste ano inspirada no movimento VAT que, por meio de uma petição online, já recolheu mais de 2,3 milhões de assinaturas na internet a favor do fim da escala 6 por 1.

“[A jornada 6×1] tira do trabalhador o direito de passar tempo com sua família, de cuidar de si, de se divertir, de procurar outro emprego ou até mesmo se qualificar para um emprego melhor. A escala 6×1 é uma prisão, e é incompatível com a dignidade do trabalhador”, argumentou Erika Hilton em uma rede social.

“A carga horária abusiva imposta por essa escala de trabalho afeta negativamente a qualidade de vida dos empregados, comprometendo sua saúde, bem-estar e relações familiares”, alerta a petição online.

Outras propostas

Ao menos outras duas PEC tratam da redução de jornada no Congresso Nacional, mas não acabam com a jornada 6 por 1, que é a principal demanda do VAT.

Apresentada em 2019 pelo deputado Reginaldo Lopes (PT/MG), a PEC 221/2019 propõe uma redução, em um prazo de dez anos, de 44 horas semanais por 36 horas semanais de trabalho sem redução de salário.

A PEC aguarda a designação do relator na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara (CCJ). Se a PEC da deputada Erika Hilton atingir as 171 assinaturas, ela deve ser apensada à proposta do deputado Reginaldo Lopes.

A PEC 221 inclui um novo dispositivo no artigo 7º da Constituição definindo que o trabalho normal não deve ser “superior a oito horas diárias e trinta e seis semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho”.

Apesar de a proposta não vetar a escala 6×1, o parlamentar tem defendido uma jornada de até 5 por 2.

“[Domingo] é o dia sagrado que o trabalhador tem livre da labuta. Mas é muito pouco. Já passou da hora de o país adotar uma redução da jornada de trabalho de 44 para 36 horas e esse deve ser o centro de um governo popular. O Brasil tem que adotar um modelo de 4×3 ou 5×2, sem redução de salário”, defende o parlamentar.

Outra proposta que reduz a jornada de trabalho em tramitação no Congresso Nacional é a PEC 148, de 2015, de autoria do senador Paulo Paim (PT/RS). A PEC define uma redução de 44 horas para 40 horas semanais no primeiro ano. Em seguida, a jornada seria reduzida uma hora por ano até chegar às 36 horas semanais.

Em uma rede social, Paim comemora que o tema tenha voltado ao debate. “É muito bom ver que novos parlamentares, como a deputada federal Erika Hilton, estão sintonizados com as demandas históricas dos trabalhadores. Uma luta antiga. Espero que a Câmara dos Deputados vote essa proposta e que o Senado também vote iniciativas com a mesma temática”, destacou o senador.

Sindicatos

A redução da jornada de trabalho no Brasil é uma demanda histórica de centrais sindicais. A Central Única dos Trabalhadores (CUT) sempre pautou a redução da jornada de 44 horas para 40 horas semanais.

“Durante décadas, trabalhadores e entidades sindicais têm reivindicado a redução de jornadas extenuantes e o fim de escalas que desconsideram a saúde e o direito ao descanso dos trabalhadores”, defende a Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), em nota apoiando o fim da jornada 6×1.

Críticas

A proposta para o fim da escala 6×1 também recebeu críticas de parlamentares e da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), entidade patronal onde atuam boa parte dos trabalhadores que trabalham na escala 6 por. 1.

“A imposição de uma redução da jornada de trabalho sem a correspondente redução de salários implicará diretamente no aumento dos custos operacionais das empresas. Esse aumento inevitável na folha de pagamento pressionará ainda mais o setor produtivo, já onerado com diversas obrigações trabalhistas e fiscais”, afirmou a CNC.

O deputado Amom Mandel (Cidadania-AM) avalia que tende a achar que o fim da escala 6×1 vai prejudicar a economia, mas que está aberto para ser convencido do contrário. “O requerimento de PEC discutido NÃO é pelo fim da escala 6×1, mas sim pelo estabelecimento de uma escala de quatro dias na semana (ou seja, a priori, nem segunda a sexta). 80% dos empregos formais do Brasil são oriundos de MICRO ou pequenas empresas, minha gente”, disse em uma rede social.

Ministro

O ministro do Trabalho e Emprego (MTE), Luiz Marinho, por sua vez, defendeu que a jornada de trabalho 6×1 deve ser tratada em convenções e acordos coletivos de trabalho, quando patrão e trabalhadores negociam as regras do contrato firmado entre as partes.

“A pasta considera, contudo, que a redução da jornada para 40 horas semanais é plenamente possível e saudável, quando resulte de decisão coletiva. O MTE tem acompanhado de perto o debate e entende que esse é um tema que exige o envolvimento de todos os setores em uma discussão aprofundada e detalhada, considerando as necessidades específicas de cada área”, disse Marinho em uma rede social.

(Fonte: Agência Brasil. Foto: Reprodução)

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Política

Proposta sobre fim da jornada 6×1 movimenta redes sociais

“Escala 6×1 é desumana”, diz deputada que apresenta PEC

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O fim da jornada de trabalho de 6 dias trabalhados por um dia de descanso ganhou destaque neste domingo (10) nas redes sociais. O debate sobre a proposta ficou em primeiro lugar nos assuntos mais discutidos pelos internautas na rede social X, antigo Twitter.

A extinção da jornada 6×1 faz parte de uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) apresentada pela deputada Érica Hilton (PSOL-SP) na Câmara dos Deputados.

A parlamentar tem se engajado nas redes sociais para pressionar os deputados a assinarem o requerimento de apoio à PEC, que precisa de 171 assinaturas para ser apresentada oficialmente. Até o momento, Érica conseguiu metade dos apoiamentos necessários.

Segundo a deputada, a escala 6×1 é desumana. “Isso tira do trabalhador o direito de passar tempo com sua família, de cuidar de si, de se divertir, de procurar outro emprego ou até mesmo se qualificar para um emprego melhor. A escala 6×1 é uma prisão, e é incompatível com a dignidade do trabalhador”, disse a deputada nas redes sociais.

A proposta do Movimento Vida Além do Trabalho (VAT), liderado pelo vereador eleito Rick Azevedo (PSOL-RJ), recebeu o apoio da deputada para pressionar os parlamentares. O movimento já conseguiu a adesão de 1,3 milhão de assinaturas da petição online em defesa da proposta.

Pelo texto da Constituição e da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), a jornada de trabalho não pode ser superior a oito horas diárias e 44 horas semanais, sendo facultada a compensão de horários e a redução de jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho.

 

(Fonte: Agência Brasil. Foto: Reprodução)

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