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Voluntários ajudam população de Petrópolis

Doações chegam a todo momento em carros, ônibus e caminhões

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Quase quatro dias após a tempestade que causou um número de vítimas que não para de crescer, as ruas de Petrópolis ainda são cenário da destruição causada pela força da água que derrubou encostas, aumentou o nível de rios e invadiu casas e lojas.

Além da lama e dos estragos causados pelo temporal, no entanto, também podem ser vistos por toda a parte os esforços de voluntários que levam água, comida e itens de higiene para pontos de apoio montados em diversas partes da cidade.

As doações chegam em carros particulares, caminhões, ônibus, vans e caminhonetes, que circulam pela cidade da região serrana em busca de abrigos ou pontos de distribuição de cestas básicas.

A frota inclui carros de órgãos públicos, associações privadas, igrejas e organizações não governamentais, que contam com a ajuda dos moradores para descarregar engradados de água mineral, cestas de alimento não perecível, roupas e outros itens de necessidades básicas.

A presidente da Associação de Moradores da Comunidade 24 de Maio, a aposentada Odete da Silva, de 65 anos, conta que recebeu uma doação de água de sua antiga patroa, que mora no Rio de Janeiro.

Ao se deparar com as necessidades de sua comunidade, ela começou a divulgar os itens para doações, e a quantidade que chegou foi tão grande que foi preciso organizar um ponto de apoio.

“A creche me cedeu duas salas, e aí foi crescendo. Graças a Deus, estamos aqui com um núcleo maravilhoso, montado por mim e a minha comunidade”, conta ela, que recebe as doações no Colégio Municipalizado Augusto Meschick.

“Nossas doações estão sendo destinadas para os moradores da Rua Nova, Rua 24 de Maio e Rua Primeiro de Maio. Mas se alguma outra comunidade estiver precisando, venha aqui”, disse Odete.

A comunidade 24 de Maio voltou a ficar em alerta ontem, quando novamente as sirenes soaram com a chuva que continua a cair na cidade. Odete cobra que técnicos vistoriem as casas dos moradores, porque muitos estão com medo e não sabem se devem ou não deixar suas casas.

Enquanto concedia a entrevista, Odete acompanhava a chegada de mais donativos, enviados pela Central Única das Favelas (Cufa). A partir da rua de baixo, menos afetada pela enxurrada, os voluntários da Cufa organizaram um cordão humano para que um passasse os mantimentos para o seguinte, transportando dezenas de quilos de doações morro acima.

O trabalho de organizar as doações que chegavam com o empenho coletivo era reforçado por Mônica Cristina Januário, de 49 anos, que está abrigada na casa de uma tia com os quatro filhos.

Ela conta que a família conseguiu fugir cinco minutos antes de um deslizamento que soterrou sua casa. Abrigada na comunidade, ela se engajou em participar do trabalho para diminuir o sofrimento de famílias como a dela.

“Eu perdi tudo, mas a gente não pode ser um ser humano egoísta. Tô aqui ajudando firme e forte a quem precisa”, disse ela, que está desempregada.

Portas fechadas na Rua Teresa

Mônica morava na Rua Nova, poucos metros acima de uma das principais ruas de Petrópolis, a Rua Teresa. Quando a tempestade caiu sobre a cidade, a lama que desceu das encostas na Rua Nova e ruas acima soterrou casas e invadiu lojas nessa via que é uma das ruas mais famosas de Petrópolis.

A Rua Teresa recebe um grande número de visitantes por ser um polo de moda com preços populares, e a tradição da atividade têxtil criou no local uma cadeia de confecções que abastece as próprias lojas.

Dono de uma dessas confecções, Carlos Roberto Alves, de 61 anos, ainda não sabe se poderá reabrir sua empresa. Ele conta que a enxurrada levou os carros que usava para transportar as roupas até suas lojas, e o problema maior é que a encosta desabou bem ao lado do local onde trabalha há 30 anos.

“Estou sem perspectiva, porque essa área está condenada. Eu tenho familiares que moram ali e estão desabrigados. Estou abrigando minha tia e meu primo porque eles não têm para onde ir”.

Engenheiro de formação, ele conta que a Rua Teresa “lhe deu sua vida”, porque foi nela que encontrou seu caminho profissional.

“A Rua Teresa está no coração econômico da cidade. Tem o turismo e tem a Rua Teresa. Muitas indústrias saíram de Petrópolis, e ficaram mais as confecções, micro e pequenas empresas que se mantêm e ajudam a manter a cidade através das vendas”.

Limpeza

No ponto mais crítico da via onde Carlos trabalha, equipes de salvamento ainda buscam desaparecidos em meio a casas soterradas e muita lama. Já nas partes em que foi possível ao menos isolar a lama em parte da calçada, comerciantes começam a chegar para avaliar os estragos e limpar a sujeira. É o caso de Marco Cesar da Silva, de 52 anos.

Dono de uma loja no centro comercial, ele conta que já tinha encerrado o expediente e trabalhava com atividades internas quando ouviu muita gritaria na rua. “Foi assustador. Quando olhei pela janela, estava tudo tomado de lama”, lembra ele, que perdeu peças que estavam na vitrine quando a lama entrou na galeria. Apesar disso, ele conta aliviado que os danos em sua loja param por aí.

Dono de uma dessas confecções, Carlos Roberto Alves, de 61 anos, ainda não sabe se poderá reabrir sua empresa. Ele conta que a enxurrada levou os carros que usava para transportar as roupas até suas lojas, e o problema maior é que a encosta desabou bem ao lado do local onde trabalha há 30 anos.

“Estou sem perspectiva, porque essa área está condenada. Eu tenho familiares que moram ali e estão desabrigados. Estou abrigando minha tia e meu primo porque eles não têm para onde ir”.

Engenheiro de formação, ele conta que a Rua Teresa “lhe deu sua vida”, porque foi nela que encontrou seu caminho profissional.

“A Rua Teresa está no coração econômico da cidade. Tem o turismo e tem a Rua Teresa. Muitas indústrias saíram de Petrópolis, e ficaram mais as confecções, micro e pequenas empresas que se mantêm e ajudam a manter a cidade através das vendas”.

Limpeza

No ponto mais crítico da via onde Carlos trabalha, equipes de salvamento ainda buscam desaparecidos em meio a casas soterradas e muita lama. Já nas partes em que foi possível ao menos isolar a lama em parte da calçada, comerciantes começam a chegar para avaliar os estragos e limpar a sujeira. É o caso de Marco Cesar da Silva, de 52 anos.

Dono de uma loja no centro comercial, ele conta que já tinha encerrado o expediente e trabalhava com atividades internas quando ouviu muita gritaria na rua. “Foi assustador. Quando olhei pela janela, estava tudo tomado de lama”, lembra ele, que perdeu peças que estavam na vitrine quando a lama entrou na galeria. Apesar disso, ele conta aliviado que os danos em sua loja param por aí.

(Fonte: Agência Brasil. Fotos: Reprodução)

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Feira Sabores garante música, gastronomia e lazer nesta sexta-feira no Parque dos Ipês

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Feira Sabores no Parque tem se tornado importante ponto de convivência em Dourados- Fotos: A. Frota

A Feira Sabores no Parque promete mais uma noite de boa música, gastronomia e lazer nesta sexta-feira (17), no Parque dos Ipês, em Dourados. O evento contará com a apresentação do cantor Willian Ferraz, que trará um repertório eclético para animar o público e garantir um ambiente de descontração e entretenimento. “Estamos seguindo a determinação do prefeito Marçal Filho, que é de criar novas opções de lazer, entretenimento e bem estar aliadas com oportunidades de negócios para os artesãos, pequenos comerciantes do setor de alimentos e pequenos produtores rurais”, enfatiza Bruno Pontim, secretário municipal de Agricultura Familiar e responsável pelo setor de feiras-livres em Dourados.

Promovida pela Prefeitura de Dourados, por meio da Secretaria Municipal de Agricultura Familiar (Semaf), a feira tem se consolidado como um ponto de encontro entre famílias, amigos e empreendedores locais. A iniciativa, realizada sempre às sextas-feiras, soma-se às tradicionais feiras de terças-feiras, que seguem mantidas normalmente. “As duas primeiras edições da Feira Sabores no Parque foram um grande sucesso de público e de vendas, com todos os parcipantes ficando satisfeitos com o que encontraram”, celebra Bruno Pontim. “Tenho certeza que essa terceira edição não será diferente e vamos trabalhar para que tudo esteja perfeito para o público e os feirantes”, completa o secretário.

A Feira Sabores oferece ao público uma variedade de opções em gastronomia, hortifrúti, artesanato, brinquedos para crianças e lazer, reunindo o melhor da produção local. Desde a inauguração, no último dia 3, o evento tem atraído grande participação popular e se destacado como um novo espaço de convivência na cidade. “É gratificante encontrar famílias inteiras reunidas para um happy hour num final de sexta-feira, ao mesmo tempo em que ficamos felizes em constatar que os feirantes estão aproveitando esse novo espaço de feira que criamos”, enfatiza Bruno Pontim.

O objetivo central, conforme o prefeito Marçal Filho é ampliar o calendário de atividades fixas em Dourados, valorizar o pequeno empreendedor e fomentar o comércio e o lazer locais. Diante disso, o espaço foi planejado para fortalecer a economia, promover a cultura e criar um ambiente de convivência saudável para a população.

Além da edição no Parque dos Ipês, Dourados mantém diversas feiras em diferentes regiões da cidade, como a Feira Livre Central, no Jardim Água Boa; a Feira da Praça do Cinquentenário e a do BNH 1º Plano, realizadas às quartas-feiras; e a Feira do Parque Alvorada, às quintas. Todas essas iniciativas seguem como importantes espaços de integração comunitária, fomento à economia local e valorização da identidade cultural douradense.

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Seminário sobre recursos hídricos acontece hoje, na UFGD

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Dourados sedia nesta quinta-feira importante seminário para discutir os recursos hídricos da Bacia do Rio Paraná. Divulgação/Fran Mendes

Acontece nesta quita-feira (16), no auditório da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFGD), o Seminário Regional de Recursos Hídricos da Bacia Hidrográfica do Rio Paraná. Realização do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) com parceria da Prefeitura de Dourados, o seminário integra o Plano Estadual de Capacitação para a Gestão de Recursos Hídricos e o Programa de Consolidação do Pacto Nacional pela Gestão das Águas – Progestão 3.

O seminário será aberto às 8h30 e tem como propósito promover a integração e o desenvolvimento do conhecimento sobre a gestão das águas, além de incentivar habilidades e atitudes de representantes de setores da sociedade, membros de colegiados, gestores públicos e usuários de recursos hídricos.

Segundo o Gestor de Recursos Hídricos do Imasul, geógrafo Leonardo Sampaio Costa, o seminário é um espaço estratégico para alinhar as práticas de regularização e monitoramento do uso das águas, garantindo que os diferentes atores compreendam seu papel e atuem de forma conjunta. “A bacia do Rio Paraná é vital para Mato Grosso do Sul e exige uma gestão participativa e técnica para enfrentar os desafios presentes e futuros”, enfatiza.

O diretor-presidente do Imasul, André Borges, destaca que o evento consolida a missão do órgão em democratizar o acesso à informação e fortalecer a governança hídrica. “Estamos investindo em capacitação e diálogo, porque sabemos que a gestão dos recursos hídricos precisa ser compartilhada e descentralizada. Esse é o caminho para assegurar o uso sustentável da água e a preservação ambiental em todo o estado”, afirma.

O tema central desta edição será a Regularização e o Monitoramento do Uso dos Recursos Hídricos na Bacia do Rio Paraná, enfatizando a importância de uma gestão efetiva, descentralizada e participativa.

PROGRAMAÇÃO

08h30❘ Abertura

  • Regularização e Monitoramento do Uso de Recursos Hídricos | Agência Nacional de Água e Saneamento Básico (ANA) | Marcos José Melo Neves | Superintende de Regulação de Uso de Recursos Hídricos – SRE
  • Cobrança pelo Uso dos Recursos Hídricos no CBH Paranaíba | João Ricardo Raiser Presidente do CBH Paranaíba

Intervalo

  • Cobrança pelo Uso dos Recursos Hídricos no CBH Araguari | Sylvio Luiz Andreozzi | Presidente do CBH Araguari
  • Regularização e Monitoramento da Água para Consumo Humano no MS | Gabriela Faria Conzolino | Gerente de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano | Secretária de Estado de Saúde
  • Espaço para debate

12h00 Almoço

13h30| Retorno das palestras

  • Regularização e Automonitoramento do uso de Águas Superficiais | Douglas Fernando Macente | Fiscal Ambiental | Gerência de Recursos Hídricos
  • Regularização e Automonitoramento do uso de Águas Subterrânea | Daniel Torres Alencar | Fiscal Ambiental | Gerência de Recursos Hídricos
  • Interação: Água Subterrânea e Água superficial | Francielle da Silva Niewinsk | Analista de Recursos Hídricos | Gerência de Recursos Hídricos

Intervalo

  • Segurança de Barragens | Eloisa Marques | Fiscal Ambiental | Gerência de Recursos Hídricos
  • Boas práticas Locais em Recursos Hídricos | Prefeitura Municipal de Dourados
  • Abertura para debates

18h00 Encerramento

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Não precisaremos do horário de verão neste ano, diz Alexandre Silveira

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© Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse nesta terça-feira (14) que o governo federal está “completamente seguro” de que o país não precisará retomar o horário de verão neste ano.

De acordo com Silveira, o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico se reúne todo mês para tratar da segurança energética nacional e também da modicidade tarifária – princípio que garante a cobrança de tarifas justas.

“Chegamos à conclusão que, graças ao planejamento e ao índice pluvial dos últimos anos, estamos em condição de segurança energética completa e absoluta para este ano.

Em entrevista a emissoras de rádio durante o programa Bom Dia, Ministro, Silveira lembrou que o Brasil é um país que depende naturalmente de suas hidrelétricas.

“Elas nos dão segurança energética e dependem das nossas térmicas. Por isso, estamos implementando e vamos, na próxima semana, lançar o leilão das térmicas.”

Energias renováveis intermitentes

Segundo o ministro, o Brasil é um país com grande capacidade para produzir energia renovável que, embora limpa, tem a característica de ser intermitente, por depender de fatores naturais. Para lidar com isso, o governo federal aposta no armazenamento por baterias.

“São energias ainda intermitentes. Por isso, também estamos com uma expectativa muito grande de lançar, ainda neste ano, nosso leilão de bateria. A gente vai literalmente armazenar vento. O vento vai ser armazenado através das baterias.”

O ministro explicou que, com as baterias, será possível armazenar a energia solar, por exemplo.

“Através da bateria, vamos ter o sol até 22 horas armazenado. Energia solar armazenada em baterias. É um grande sistema que vem estabilizar o nosso sistema”, completou.

Ao citar o apagão ocorrido na Península Ibérica, em abril, Alexandre Silveira lembrou que a instabilidade gerada por energias intermitentes não se restringe ao Brasil.

“É um grande problema e não é um problema nacional, é um problema no mundo inteiro. Portugal, Espanha sofreram agora recentes apagões de longo prazo por causa dessas intermitências”.

O sistema energético brasileiro, no entato, é “muito robusto”, segundo Silveira, e com o planejamento “muito bem feito”. Por esse motivo, o governo descarta a necessidade do horário de verão em 2025.

“O que não pode é faltar energia para o povo brasileiro. Por isso, teríamos coragem completa e absoluta, caso fosse necessário, independentemente das opiniões e das controvérsias sobre o horário de verão, de implementá-lo”, concluiu.

Paula Laboissière – Repórter da Agência Brasil

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