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Cidades

Tráfico de pessoas é mais comum na fronteira e tem pena menor que venda de droga

Evento de autoridades do Trabalho e Justiça divulgou ação para prevenir tais crimes no Estado

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O tráfico de pessoas é mais comum do que a maioria tem ideia na região de fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai e, em ambos os países, sofre com penas brandas. Além disso, em muitos casos, as vítimas têm dificuldade para entender que sofrem de exploração. A avaliação é da coordenadora dos Direitos Humanos da Secretaria de Justiça e Cidadania do Paraná, Silvia Cristina Xavier.

Durante evento em Campo Grande nesta sexta-feira (28), ela explicou que o crime rende, anualmente, US$ 32 bilhões no mundo.

Em palestra, ela ressaltou que uma das principais dificuldades encontradas é fazer com que a vítima perca o medo da situação. Segundo ela, muitas vezes os envolvidos não enxergam que estão sendo explorados, o que contribui ainda mais para as ocorrências. “Temos dificuldade de fazer que a vítima perceba que ela é vítima”.

Nós ainda não temos a cultura antitráfico de pessoas, assim como temos a cultura de sermos antitráfico de drogas”, pontuou a coordenadora dos Direitos Humanos da Secretaria de Justiça e Cidadania do Paraná, Silvia Cristina Xavier.

Xavier define o crime do tráfico de pessoas como sendo “silencioso” e que muitas vezes se apresenta como uma boa ação para as vítimas.

Além disso, avalia que a pena – de quatro a oito anos de reclusão – deveria ser, ao menos, tão grande quanto à do tráfico de drogas – que vai de cinco até 15 anos. “Se pensarmos que a pena de tráfico de drogas é maior, quer dizer que a droga vale mais do que uma pessoa?”, questionou.

O procurador do MPT (Ministério Público do Trabalho), Jonas Ratier Moreno, ressaltou que a principal frente de trabalho em Mato Grosso do Sul e em todo o Brasil é a prevenção de tais crimes. “É recorrente que as vítimas já sejam exploradas quando chegamos. Elas se deslocam para outros lugares e já começaram a ser vítimas de trabalho escravo”.

“Quando a gente trabalha com a prevenção, a gente trabalha com alerta das vítimas, a conscientização da sociedade, etc”, explicou Moreno, que citou informativos distribuídos em quatro idiomas.

 

Fronteira com o Paraguai 

A coordenadora atua no estado do Paraná, que divide limites com Mato Grosso do Sul e que também faz fronteira com o Paraguai. Ela exemplificou uma situação em que adolescentes foram inscritos em escola de futebol que não possuía registro e que estava em situação análoga à de tráfico de pessoas.

Entretanto, os pais chegaram a pedir que não se fiscalizasse, por acreditarem ser a única forma de sustento da família o desempenho dos filhos no âmbito esportivo.

A coordenadora entende que é importante uma aliança entre os países, de forma a coibir tais crimes de forma conjunta e mais eficiente. No Paraguai, por exemplo, o crime é considerado contravenção penal e possui punição menor que a brasileira.

Segundo dados mais recentes do Ministério do Trabalho, Bela Vista – na fronteira com o Paraguai – é o município com maior origem de trabalhadores vítimas de tráfico de pessoas para fins de exploração de trabalho análogo ao de escravo. Foram 36 casos identificados, à frente de Antônio João (11), também na fronteira, Dourados (11), na região sul do Estado, Porto Murtinho (4) e Coronel Sapucaia (3), todos com limites em relação ao território paraguaio.

Perfil das vítimas

Xavier explica que, a cada três vítimas, duas são mulheres, cis ou trans, ou crianças, sobretudo, as meninas. Entre as finalidades mais comuns, está o casamento forçado, escravidão sexual e trabalhos domésticos. Já o trabalho escravo tem nos homens entre 18 e 44 anos suas vítimas mais comuns.

Ela também citou que muitas vítimas que trabalham por dívida também se enquadram neste crime. Por exemplo, pessoas que cometeram crimes para quitar seus débitos. “Também é caracterizado como crime de tráfico de pessoas quando a pessoa tem os direitos negados, quase como o cárcere. Quando não se pode pegar os documentos, por exemplo, ou não pode sair”.

Os crimes podem ser cometidos por grupos organizados ou de forma individual, quando se aproveitam de vulnerabilidades sociais das vítimas. Atualmente, muitos dos anúncios falsos têm sido divulgados por meio da internet.

Ação

A procuradora do MPT em Mato Grosso do Sul, Cândice Gabriela Arosio, comentou que no sábado (29) haverá ação no Centro de Campo Grande para auxiliar vítimas de tais crimes e, no domingo (30), a operação será realizada no Aeroporto Internacional e Terminal Rodoviário de Campo Grande.

O evento nesta sexta-feira teve Mesa Diretora composta pelo procurador-geral de Justiça Paulo Sérgio, o secretário-executivo de Direitos Humanos da Sead (Secretaria
Estadual de Assistência Social e dos Direitos Humanos), Ben-Hur Ferreira, o deputado estadual Gerson Claro (PP), além de representantes do Cedami (Centro de Apoio aos Migrantes).

Estiveram no evento policiais federais e militares, guardas civis, o delegado Carlos Delano de Souza e procuradores do Estado.

(Fonte: CampoGrandeNews. Foto:Reprodução)

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Escolas, postos de saúde e espaços públicos recebem mutirão de limpeza

As ações prosseguem nos próximos dias.

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A Prefeitura de Dourados está realizando um mutirão de limpeza em diversos pontos da cidade, com ênfase nas escolas municipais, diante da proximidade da volta às aulas, e também em unidades de saúde e equipamentos públicos. Nesta primeira quinzena de janeiro, atendendo determinação do prefeito Marçal Filho, as equipes da Semsur (Secretaria de Serviços Urbanos) atuaram de forma intensa com roçada, poda e/ou supressão de árvores, pintura e outros serviços que têm impactado em asseio e beleza no município. As ações prosseguem nos próximos dias.

Nesta quinta-feira (16), equipes da Semsur concentram os trabalhos na Escola Municipal Professora Efantina de Quadros, Ceim (Centro de Educação Municipal Infantil) Ivo Benedito, no distrito de Itahum, Terminal Rodoviário Renato Lemes Soares, Pavilhão de Eventos Dom Teodardo Leitz, Parque Rego D’Água, Praça do Transbordo, Ceper do 3º Plano, e nas avenidas Marcelino Pires e Weimar Gonçalves Torres.

Já foram atendidas as escolas municipais Frei Eucário Schmitt,  Armando Campos Belo, Aurora Pedroso de Camargo, Professora Maria da Conceição Angélica e Sócrates Câmara. A UPA (Unidade de Pronto Atendimento), o estádio Frédis Saldivar (Douradão), o Centro de Convivência do Idoso “Andre´s Chamorro” , o Cras (Centro de Referência da Assistência Social) da Vila Cachoeirinha, a Secretaria Municipal de Saúde e Prefeitura também receberam os serviços. Além desses locais, o quadrilátero central entre as ruas Monte Alegre e Cuiabá e Toshinobu Katayama e Albino Torraca contou com as intervenções.

O prefeito Marçal Filho ressalta que os serviços são uma necessidade eminente no município e além de levarem mais asseio e beleza aos locais, geram impacto positivo em outros pontos, como saúde pública, por exemplo. “Encontramos o centro da cidade com o mato muito alto, condições críticas de limpeza, o que também era notório em espaços públicos”, ressalta Marçal Filho. “Logo no dia 2 começamos os serviços que estão mudando o aspecto da nossa cidade e ainda ajudam a prevenir infestação de insetos, mosquito da dengue e animais peçonhentos”, destaca o prefeito.

As ações continuarão de forma intensificada na área urbana e na área rural do município levando os serviços de limpeza, poda de árvores, pintura, conforme as necessidades de cada local.

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

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Marçal consegue reverter no TCE perda de 3 mil vagas na Educação

Marçal Filho destaca os esforços junto ao Tribunal de Contas do Estado para reverter a perda das 3 mil vagas na Educação em Dourados

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Em tempo recorde, com apenas 9 dias úteis de trabalho à frente da Prefeitura de Dourados, o prefeito Marçal Filho e sua equipe jurídica conseguiram reverter no Tribunal de Contas do Estado (TCE) a perda de 3 mil vagas na educação infantil em razão de erros grosseiros cometidos pela gestão anterior na contratação de escolas conveniadas. A irresponsabilidade do governo passado foi atestada pela Divisão de Fiscalização de Educação do TCE, que apontou erros graves, como a omissão em relação ao formato de distribuição de merenda escolar, uniformes, material didático e pedagógico para as crianças.

O Tribunal de Contas do Estado apontou ainda que o contrato da governo passado não previa a avaliação da aptidão das escolas para a prestação de serviços de educação infantil e ainda criava notas para classificá-las com o objetivo de excluir as escolas que estiverem acima do número de vagas solicitadas. Ainda segundo o TCE, o contrato barrado pela Divisão de Contas do Estado eliminava a possibilidade de entrada de novas escolas interessadas em firmar convênio com o município, comprometendo a isonomia na contratação das instituições.

Após tomar posse, em 1 de janeiro, o prefeito Marçal Filho foi informado que o Tribunal de Contas do Estado havia concedido liminar ao Ministério Público de Contas no dia 27 de dezembro de 2024 suspendendo a contração das 3 mil vagas juntos às escolas e creches particulares de Dourados. “Essa notícia caiu como uma bomba para nosso governo e, também, para os pais das crianças já que é público e notório que a Rede Municipal de Ensino encerrou 2024 com um déficit de mais de 1.000 vagas na educação infantil e caso se confirmasse a perda dessas 3.000 vagas conveniadas a situação ficaria insustentável”, enfatiza Marçal Filho.

Uma das primeiras medidas adotadas pelo prefeito na primeira semana de governo foi bater às portas do Tribunal de Contas do Estado, em Campo Grande, acompanhado pela equipe jurídica do município para revogar a liminar que suspendeu o processo de contratação das 3.000 vagas. “Demonstramos no processo do TCE que os problemas criados no contrato pelo governo passado seriam corrigidos pelo nosso governo e que a manutenção da liminar iria causar um prejuízo gigantesco para a Educação em Dourados, já que o município não teria como criar milhares de vagas no espaço de 30 dias”, explica Marçal.

Para corrigir os problemas no contrato do governo anterior, o prefeito determinou a adoção de critérios transparentes para o envio de merenda escolar às entidades filantrópicas que forem contratadas, enquanto as escolas não filantrópicas ficariam responsáveis pelo fornecimento da merenda por conta própria. O prefeito também determinou que a Secretaria Municipal de Educação assumisse a responsabilidade pelo fornecimento dos kits de material escolar e que as escolas contratadas pelo município ficariam responsáveis pelo fornecimento dos uniformes escolares.

Ao receber a manifestação da Prefeitura de Dourados no processo que havia barrado liminarmente a contratação das 3.000 vagas, o conselheiro Flávio Kayatt decidiu pela revogação da liminar e determinou a exclusão do edital da previsão de classificação com o objetivo de excluir instituições da contratação, bem como pela manutenção do credenciamento de novas escolas e creches particulares durante todo o ano letivo de 2025.

O prefeito Marçal Filho recebeu com entusiasmo a decisão do Tribunal de Contas do Estado ao mesmo tempo em que lamenta a falta de planejamento das gestões anteriores que não investiram na construção de novas escolas municipais e, muito menos, em creches. “Estamos mobilizando esforços para receber o maior número possível de crianças neste ano letivo, mas infelizmente não teremos como garantir vagas para todas elas”, alerta. “No Censo de 2010 Dourados tinha 173.647 habitantes, chegou a 243.367 habitantes no Censo 2022 e no final do ano passado o IBGE apontou uma população de mais de 261 mil pessoas, ou seja, a cidade ganhou 17.273 habitantes em apenas 2 anos e quantas escolas foram construídas nesse período?”, questiona o prefeito.

(Com assessoria. Foto: Divulgação)

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Cidades

Prefeitura de Dourados convoca empresas do transporte escolar para vistoria dos veículos

Para a Agetran conceder a emissão do alvará que autoriza a atividade de transporte de alunos em Dourados, os proprietários das vans devem ter registro no Cadastro Econômico do município.

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A Prefeitura de Dourados, por meio da Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran), publicou portaria convocando as empresas proprietárias de Vans utilizadas no transporte de estudantes para a vistoria nos veículos. A fiscalização inicia na segunda-feira, dia 20, e se estende até o dia 31 de janeiro, sempre das 7h30 às 12h30.

A Agetran informa que a vistoria é realizada pelo Departamento Estadual de Trânsito (Detran) e suas autorizadas. Após essa etapa, o documento emitido deve ser apresentado na Escola Pública de Trânsito (EPT), localizada à Rua Vivaldi de Oliveira, número 5795, Jardim Márcia.

Para a Agetran conceder a emissão do alvará que autoriza a atividade de transporte de alunos em Dourados, os proprietários das vans devem ter registro no Cadastro Econômico do município.
Na vistoria, deve ser entregue apresentado o documento do veículo, cópia da vistoria do Detran, documentos do proprietário, motorista e monitor, certificado do curso de transporte escolar dos motoristas e monitores, certidões negativas civil e criminal do proprietário, motorista e monitor e seguro de passageiros.

O não comparecimento no prazo determinado poderá acarretar sanções administrativas na Lei Municipal n° 2174, de 31 de março de 1998 e Decreto Municipal n° 434, de 17 de agosto de 2001. A não realização da vistoria será considerada serviço clandestino, que é ilegal. Em caso de dúvidas e outras informações, os interessados podem entrar em contato no telefone 2222-1204.

(Com assessoria. Foto: Divulgação)

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