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Habitação

Ter os documentos da casa em mãos é presente de Natal para quem construiu toda a vida no Aero Rancho

Agehab entregou para 165 famílias nesta segunda-feira o título de propriedade de imóveis que ali existem há mais de 30 anos

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Os olhos de quem viu um bairro ser erguido entre o sol forte e a terra batida ao longo de três décadas e uns quebrados se enchem de lágrimas ao ter em mãos uma folha de papel toda verde, com as inscrições de quadra, lote e o nome dos proprietários. Eis que finalmente aquele teto que foi o cenário de uma vida inteira finalmente é seu, todo seu.

“Eunaldo Campos Oliveira”, chama a cerimonialista no microfone. De pronto um senhor de 73 anos, a cinco meses de completar 74, se levanta, segue em direção ao palco, abraça a mulher que o recebe e chora. “Esse foi o meu maior presente de Natal”, diz o morador.

Ele não era o único ali. Centenas de pessoas, sozinhas ou em família, foram na manhã desta segunda-feira (18) até a Escola Estadual Mário Blandino, no Aero Rancho, para receber 165 títulos de propriedade de seus imóveis, todos já quitados e aguardando apenas o documento de propriedade do imóvel – agora entregue pela Agehab (Agência de Habitação Popular de Mato Grosso do Sul), braço do Governo do Estado que cuida da questão habitacional.

“Tenho que agradecer a Deus. Esse é meu presente de Natal”, destaca Terezinha Benedita Ferreira, de 66 anos, moradora do Núcleo Habitacional Aero Rancho – como consta em seu título de propriedade – há 34 anos. “Estou aqui desde 1989. Era só barro e terra. Se chovia, ninguém saia, só com sacolas nos pés. Mas hoje está um paraíso”.

O documento da casa em mãos é a cereja do bolo de Terezinha, declaradamente uma amante de um dos mais tradicionais bairros da periferia campo-grandense. “Criei meus filhos aqui, criei meus netos aqui. É aqui que está a nossa vida, nossas raízes”.

Eunaldo é outro que não mede palavras ao saudar o seu bairro. Com voz ainda meio embargada e os olhos vermelhos pelas lágrimas de poucos minutos antes, ele faz questão de lembrar as dificuldades que os moradores dali já passaram e o que podem usufruir hoje dali.

“Eu fiquei muito emocionado, mas quem não fica? Eu enterrei o umbigo aqui e não saio mais. Entrei aqui e não era nada, era um barro, uma poeira. Não podia ir ao Centro que já falavam ‘lá vem a turma do aero barro’. Hoje é diferente, nem precisamos ir ao Centro mais, temos tudo o que precisamos aqui. Temos o nosso próprio centro”, conta Eunaldo.

Trabalho que mexe com o coração

A emoção evidente nos olhos de Eunaldo e a alegria no sorriso de Terezinha representam uma parcela de tudo que o trabalho de regularização fundiária urbana significa. O público-alvo são os moradores das antigas vilas erguidas por antigos programas habitacionais, como o CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano).

“Com essas 165 regularizações de hoje, são 460 títulos entregues só para a comunidade do Aero Rancho. São 460 famílias aqui que tem essa segurança, essa tranquilidade, de ter o documento de sua moradia em mãos, comprovando a propriedade”, explica a diretora-presidente da Agehab, Maria do Carmo Avesani. “Somente neste ano foram 4 mil famílias em todo o Estado, e em Campo Grande são mais de 2 mil contempladas”, revela a gestora habitacional.

Entre alguns dos bairros alvo do trabalho, estão o próprio Aero Racho, as Moreninhas e também o Rouxinóis. “Nosso trabalho continua em vários locais no ano que vem. A meta é regularizar e titular todas as famílias desses antigos programas”, conclui Avessani.

Todo o processo de regularização fundiária é gratuito para as famílias que recebem até cinco salários mínimos ou que não tenham outro imóvel. O evento desta segunda-feira contou também com a presença da chefe de gabinete da Seilog, Luana Ruiz, do deputado federal Beto Pereira e do deputado estadual Rinaldo Modesto.

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

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Habitação

Novas moradias vão beneficiar 479 famílias da área urbana, rural e comunidades indígenas do Estado

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Para levar dignidade e realizar o sonho da casa própria, o governador Eduardo Riedel assinou novos contratos para construção de mais 479 moradias, que vão contemplar oito municípios. Entre os beneficiados estão famílias que moram na área rural, urbana e comunidades indígenas. As unidades fazem parte do programa Minha Casa, Minha Vida, por meio da modalidade Rural e Entidades.

A solenidade ocorreu nesta quarta-feira (30). “Criamos o MS Moradia para fazer frente a uma demanda que envolve diferentes faixas de renda, um programa que encaixa para cada uma dessas realidades. Para realizarmos o sonho da casa própria fomos buscar os parceiros. Hoje assinamos junto com o Governo Federal 479 novas habitações, para aquelas pessoas que não têm condição de acessar uma moradia”, afirmou o governador.

Governador assinou os novos contratos nesta quarta-feira

Riedel destacou que o acesso a habitação é algo que faz parte do desenvolvimento do Estado. “Ela tem a capacidade de transformar a vida das pessoas, com a necessidade que a gente tem dentro do nosso Estado de viabilizar essa cidadania plena às pessoas. Ter um teto para morar traz dignidade, ajuda diretamente as pessoas, por isso que somos uma gestão tão municipalista”.

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, representou o Governo Federal durante a solenidade. “Existem prioridades e duas coisas sagradas para o ser humano, a primeira é o trabalho, a segunda é um teto para morar. A mensagem principal que quero deixar aqui é que não vai faltar dinheiro do governo federal para os projetos do Minha Casa Minha Vida, não só em Mato Grosso Sul como em todo Brasil”, garantiu.

Beneficiados

Duas aldeias indígenas (Moreira e Passarinho) de Miranda serão contempladas com 50 novas moradias (Oga Porã), 25 cada. Já na modalidade “Entidades” vai beneficiar 8 municípios, com a construção de 429 unidades habitacionais, nas cidades de Costa Rica (81), Coxim (59), Fátima do Sul (39), Figueirão (40), Juti (50), Laguna Carapã (40), Paranaíba (60) e Sonora (60).

Nesta fase foram investidos R$ 74 milhões. Para as moradias da área rural o aporte federal foi de R$ 3,7 milhões, enquanto que o estadual de R$ 1 milhão. Já para área urbana são mais R$ 58,1 milhões e R$ 11,2 milhões do Estado.

“A importância que esse ato de hoje tem no social é de uma relevância muito grande. Temos entre os beneficiados os povos indígenas, que temos uma grande população. O governador tem priorizado na área de habitação, tanto que são os maiores investimentos feitos pelo Estado que já tivemos no setor”, ponderou a diretora-presidente da Agehab (Agência de Habitação Popular de MS), Maria do Carmo Avesani.

No total, Mato Grosso do Sul foi selecionado para receber 2.336 unidades habitacionais, das quais 1.687 são da modalidade Rural, distribuídas em 24 municípios (49 aldeias e 07 assentamentos), e 649 pertencem à modalidade Entidades.

Novas moradias fazem parte do programa Minha Casa, Minha Vida

 

Leonardo Rocha, Comunicação do Governo de MS
Fotos: Saul Schramm

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Habitação

Campo Grande terá o primeiro condomínio sustentável do Brasil

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A Prefeitura de Campo Grande recebeu, nessa sexta-feira (31), a autorização para a construção do primeiro condomínio sustentável do Brasil. O projeto, idealizado pelo município em parceria com o Governo Federal e com o apoio do Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, será implantado no bairro Paulo Coelho Machado, na Avenida dos Cafezais.

A iniciativa faz parte de um concurso público que selecionou cidades aptas a receber empreendimentos habitacionais inovadores. O terreno, que será doado pela Prefeitura, representa um investimento municipal superior a R$ 4,5 milhões, garantindo moradia para 164 famílias. O condomínio também contará com 15 lojas e quatro espaços destinados a equipamentos públicos.

Segundo o diretor-presidente da Agência Municipal de Habitação e Assuntos Fundiários (Emha), Cláudio Marques, o condomínio seguirá padrões de sustentabilidade, com foco na redução de impactos ambientais e na oferta de mais qualidade de vida aos moradores. Entre as principais características do projeto estão o reaproveitamento da água, a instalação de placas solares, uma praça aberta ao público e um modelo de construção sem muros ou portões, promovendo a integração com a vizinhança. O empreendimento será desenvolvido com base em quatro eixos principais: eficiência energética, industrialização, adaptabilidade e custo.

“Campo Grande está mostrando ao Brasil que é possível unir inovação, sustentabilidade e justiça social. Este condomínio não é apenas um projeto habitacional, mas um símbolo do futuro que queremos para nossa cidade — um futuro onde cada família tem dignidade e qualidade de vida, sem abrir mão do respeito ao meio ambiente”, destaca a prefeita Adriane Lopes.

“Nosso objetivo é garantir um empreendimento que ofereça conforto ambiental com menor custo e menor consumo de energia, além de ser um modelo replicável em outras regiões do país”, destacou Cláudio Marques. O projeto inclui ainda fachada ativa na Avenida dos Cafezais, permitindo a locação de espaços comerciais, além de horta comunitária, bicicletário, pavimentação drenante e sistemas modernos para captação e reuso da água da chuva

Com essa iniciativa, Campo Grande se posiciona como referência em habitação sustentável, promovendo inovação e qualidade de vida para a população.

 

#ParaTodosVerem A imagem de capa mostra um condomínio de apartamentos de unidades habitacionais, é uma imagem ilustrativa de arquivo.

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Habitação

Claudio Marques é reconduzido ao comando da Agência Municipal de Habitação (Emha)

Claudio Marques, que já atuava como diretor-adjunto da Emha, assumiu a presidência da autarquia no ano passado, consolidando sua gestão com avanços significativos nas políticas habitacionais de Campo Grande.

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A prefeita Adriane Lopes oficializou nessa terça-feira (7) a recondução de Claudio Marques Costa Júnior ao cargo de diretor-presidente da Agência Municipal de Habitação (Emha) para o mandato 2025-2028. A nomeação está publicada na edição nº 7.774 do Diário Oficial de Campo Grande (Diogrande). Claudio Marques, que já atuava como diretor-adjunto da Emha, assumiu a presidência da autarquia no ano passado, consolidando sua gestão com avanços significativos nas políticas habitacionais de Campo Grande. “A recondução de Claudio Marques reflete o reconhecimento de sua competência e comprometimento com as metas da gestão. Confiamos que ele continuará desempenhando um papel fundamental na ampliação do acesso à habitação de interesse social e no desenvolvimento urbano de nossa cidade,” destacou a prefeita Adriane Lopes.

Confira abaixo o perfil do diretor-presidente da Emha:

Nascido em Campo Grande, Claudio Marques possui vasta experiência no setor público, especialmente na área da habitação de interesse social. Graduado em Comunicação Social, iniciou sua carreira no serviço público em 2012 e, no ano de 2013, ingressou na Câmara Municipal de Campo Grande. Com uma dedicação de 7 anos diretamente na área da habitação de interesse social, assumiu o cargo de Diretor de Administração e Finanças na Emha em 2017. Ao longo de sua trajetória na pasta, ele ocupou diversas posições-chave, incluindo Diretor de Desenvolvimento Social e Contratos, Diretor de Atendimento e Diretor-Adjunto. Assumiu o comando da pasta em 2024, cargo para o qual foi reconduzido por meio de decreto publicado nessa terça-feira.

(Com assessoria. Foto: Divulgação)

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