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Startup financiada pela Fundect representa Mato Grosso do Sul em evento nacional

O evento é um dos maiores eventos do setor da América Latina, e acontece entre os dias 23 e 25 de agosto, em Florianópolis (SC). 

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A Bruaca, projeto de negócio socioambiental para venda de produtos e artesanato das comunidades tradicionais do Pantanal, foi selecionada para representar Mato Grosso do Sul – como uma das três ideias inovadoras -, no Startup Summit. O evento é um dos maiores eventos do setor da América Latina, e acontece entre os dias 23 e 25 de agosto, em Florianópolis (SC).

A empresa recebeu fomento do Programa Centelha II, desenvolvido pela Fundect (Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul) em parceria com a Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), que é um dos principais projetos de incentivo ao empreendedorismo no Estado.

O modelo de negócio é baseado em uma cesta de bens e serviços, a partir de uma curadoria do patrimônio cultural, material e imaterial, das comunidades indígenas, ribeirinhas e assentadas do Pantanal. Isto inclui produtos, artesanato e uma rede de turismo de base comunitária.

A participação no evento em Santa Catarina ocorre após a Bruaca vencer a etapa estadual do desafio “Like a Boss”, promovido pelo Sebrae, e conquistar uma vaga na competição nacional que será durante o Startup Summit.

Denise Silva, criadora da empresa, destaca que é uma oportunidade única para capacitar e captar novos recursos. “Além de concorrer, vamos participar das palestras, teremos um estande para divulgar nossos produtos e faremos parte de uma rodada de negócios. Estamos com muita expectativa de trocar experiências, conhecer outras iniciativas e ouvir feedbacks de avaliadores e investidores”.

O diretor-presidente da Fundect, Márcio de Araújo Pereira, ressalta que nesta segunda edição o Programa Centelha está apoiando 50 startups, com um total de R$ 4,3 milhões – sendo R$ 2 milhões com recursos da Finep, R$ 1,3 milhões do CNPq e R$ 1 milhão do Governo Estadual. “Acreditamos em modelos de negócios inovadores como a Bruaca, alinhados com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) preconizados pela ONU (Organização das Nações Unidas), principalmente no que diz respeito à inclusão e parcerias que geram mudanças e garantem o fortalecimento das comunidades”.

Alma pantaneira

A Bruaca surgiu a partir dos resultados de uma pesquisa de pós-doutorado em Estudos Culturais, desenvolvida por Denise Silva, que também é presidente do Ipedi (Instituto de Pesquisa e Diversidade Intercultural). A professora, que nasceu em Miranda (MS), uniu o que vivenciou nas comunidades tradicionais de Mato Grosso do Sul para montar uma rede de pessoas, produtos e experiências pantaneiras. Este sonho de berço pantaneiro saiu do papel com o apoio financeiro de R$ 86 mil do Programa Centelha II, da Fundect.

“Já na minha primeira pesquisa com línguas indígenas, ainda como bolsista de mestrado, também apoiada pela Fundect, eu percebi que as pessoas não estavam mais fazendo artesanato por conta da dificuldade em vender e essa cultura é fundamental para a preservação das tradições. Agora, o apoio financeiro do Governo do Estado, via Fundect, está nos ajudando a manter o artesanato vivo, a fortalecer o desenvolvimento territorial e preservar a identidade cultural dos povos do Pantanal”, destaca Denise.

Por enquanto, o foco está nos produtos e artesanato como cestos de taboa, carandá, aguapé e taquara, cerâmica Terena, Kadiwéu e Kinikinau, chaveiros de osso no formato de animais do Pantanal, pulseiras de faixa pantaneira, castanha de baru, mel e chocolate Angi com guavira. “A gente comercializa as peças em feiras e eventos e a renda vai direto para os artesãos e artesãs, que pagam apenas uma taxa de administração para manutenção do negócio. Nós avançamos muito na identificação e documentação dessas práticas culturais e na comercialização desses produtos. O próximo desafio é elaborar uma plataforma digital de e-commerce”.

Cerca de 40 artesãos indígenas, assentados e ribeirinhos, já estão envolvidos no projeto, a maioria mulheres. São 29 comunidades representadas, 14 delas de Miranda, mas também de Corumbá, Anastácio, Aquidauana, Nioaque, Porto Murtinho, Bodoquena, Jardim, Rio Verde, Campo Grande e até do Parque Indígena do Xingu.

A ceramista Janir Gonçalves Leite, da Terra Indígena Taunay/Ipegue, localizada no município de Aquidauana, é uma das que conta com apoio da startup para vender suas peças que retratam a fauna e flora do Pantanal. Segundo ela, as possibilidades colocadas pela Bruaca valorizam os artesãos. “Nossos produtos têm qualidade e são diferenciados. Agora quem está lá na aldeia, ou no meio do Pantanal, vai ter onde vender o que produz”.

Nesta rede está Nilza Bandeira, ribeirinha de Miranda e produtora de mel. Ela conta que no Pantanal é possível trabalhar e produzir com qualidade, mas a maior dificuldade é expor e vender o produto. “Participar da Bruaca é muito importante para mim para conseguir valor no meu mel, reconhecimento pelo meu trabalho, pelo meu esforço. Eu e minha família trabalhamos não só com a pesca e o mel, mas também para conservar a natureza”. E com a oportunidade de venda ampliada, Nilza e outras produtoras de mel estão formando uma associação, a Flor de Camalote.

Turismo de Base Comunitária

Denise Silva conta que o trabalho de integrar as comunidades no turismo do Pantanal também já começa a tomar forma com testes de experiências turísticas com os ribeirinhos e indígenas, mas que ainda depende de uma pesquisa de campo maior, de mais articulação e também de autorização de alguns órgãos. “Mas já demos um passo importante ao conseguir uma vaga no Conselho Municipal de Turismo de Miranda e criamos a Câmara Técnica de Turismo de Base Comunitária que será coordenada por nós”, reforça.

Além da Fundect, a iniciativa tem parcerias com a UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados), Movimenta Pantanal e Ecoa (Ecologia e Ação).

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

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Dez cidades do Norte e Centro-Oeste respondem por 20% das queimadas

Sete municípios estão na lista com mais desmatamento em 2023

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Dez cidades das regiões Norte e Centro-Oeste respondem por 20,5% das queimadas que atingem o país desde o início do ano, segundo levantamento do Programa Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). 

Localizadas nos estados do Amazonas, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará e Rondônia, estes municípios concentram 39.247 pontos de incêndio dos 190.943 focos registrados em todo o Brasil, de 1º de janeiro até essa quarta-feira (18).

A cidade com o maior número de queimadas é São Félix do Xingu, no Pará, com 6.474 focos. Em segundo lugar, aparece Altamira, no mesmo estado, com 5.250 queimadas. Na sequência, estão: Corumbá (MS), 4.736 focos; Novo Progresso (PA), 4.598; Apuí (AM), 4.308; Lábrea (AM), 3.723; Itaituba (PA), 2.973; Porto Velho (RO), 2.710; Colniza (MT), 2.277; e Novo Aripuanã (AM), 2.198 focos de incêndio.

Membro do Grupo Estratégico da Grupo Estratégico da Coalizão Brasil Clima, Beto Mesquita, alerta para o fato de nove das cidades estarem na Amazônia, com exceção do município de Corumbá, localizado no Pantanal. “Por mais que tenha ocorrido muito incêndio no Cerrado, quando percebemos os focos de calor, notamos que eles continuam muito concentrados na Amazônia”, diz.

De acordo com ele, sete das dez cidades com mais queimadas também estão na lista dos municípios que mais desmataram em 2023, de acordo com dados do Programa de Monitoramento da Floresta Amazônica Brasileira por Satélite (Prodes), do Inpe. São elas: Altamira, Corumbá, São Félix do Xingu, Porto Velho, Apuí, Lábrea e Colniza.

“Os incêndios são os novos vetores de destruição, talvez, tentando escapar dos sensores remotos que detectam o desmatamento. Com isso, quando se abrem áreas, há maior dificuldade de detectar extração, por exemplo, de madeiras de valor mais nobre. É um desafio para os governos federal e estaduais, que precisam entender melhor estas dinâmicas para se prepararem com as estratégias mais adequadas de combate, fiscalização e preservação”, avalia o especialista.

O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta quinta-feira (19) que seis estados da Amazônia expliquem as razões para concentração de 85% dos focos de queimadas em apenas 20 municípios da região. A manifestação deverá ser enviada no prazo de 30 dias.

(Fonte: Agência Brasil. Foto: Reprodução)

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Mega-sena não tem ganhadores e prêmio vai para R$ 6 milhões

Números sorteados foram: 05 – 17 – 22 – 37 – 51 – 52

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Nenhum apostador acertou as seis dezenas do concurso 2.776 da Mega-Sena, sorteadas nesta quinta-feira (19) no Espaço da Sorte, em São Paulo. Com isso, o prêmio da faixa principal acumulou e está estimado em R$ 6 milhões para o próximo sorteio, no sábado (21).

Os números sorteados foram: 05 – 17 – 22 – 37 – 51 – 52

A quina teve 38 apostas ganhadoras e cada uma vai receber R$ 37.686,21. Já a quadra registrou 2.202 ganhadores, com prêmio de R$ 929,07 para cada.

As apostas para o próximo concurso podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília) do dia do sorteio, nas casas lotéricas credenciadas pela Caixa em todo o país, ou pela internet. No caso das lotéricas, os estabelecimentos podem fechar antes das 19h. O jogo simples, com seis dezenas marcadas, custa R$ 5.

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Com cachê de R$ 2 mil chamada pública para seleção de filmes no projeto “Vizinhança na Praça” segue aberta

Serão selecionados 28 filmes feitos em MS, com classificação livre e acessibilidade

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Seguem abertas até o dia 25 de setembro as inscrições para chamada pública do projeto Vizinhança na Praça, promovido pela TransCine – Cinema em Trânsito. Interessados podem se inscrever gratuitamente por meio do Google Forms, com link disponível no Instagram (@transcinecg).

A iniciativa contemplada pelo edital de Cinema Itinerante da FCMS (Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul), por meio  da Lei Paulo Gustavo, do MinC (Ministério da Cultura).

O projeto busca valorizar a produção cinematográfica local, selecionando 28 filmes de até 35 minutos, produzidos por diretores e produtores do estado, para exibição em praças públicas de Campo Grande e de seis municípios vizinhos – Terenos, Rochedo, Jaraguari, Ribas do Rio Pardo, Nova Alvorada do Sul e Sidrolândia.

As inscrições se encerram às 23h59 do dia 25 de setembro. O objetivo principal é promover a circulação dessas obras em espaços ao ar livre, tornando o cinema acessível a toda a comunidade, especialmente nas áreas periféricas. Cada filme selecionado receberá um cachê de R$ 2 mil, e os realizadores terão a oportunidade de participar de videocasts que serão produzidos pelo coletivo.

Mariana Sena, produtora audiovisual e idealizadora da TransCine, ressalta a importância desse projeto para a democratização do acesso à cultura: “Queremos levar o cinema para onde ele não costuma chegar, e, ao mesmo tempo, dar visibilidade aos nossos cineastas. A Lei Paulo Gustavo nos permitiu criar uma ponte entre os realizadores e o público, especialmente nas comunidades mais afastadas”, afirma.

Já o jornalista e produtor cultural Lucas Arruda, co-idealizador do projeto, destaca o impacto que o “Vizinhança na Praça” terá sobre a população local: “O cinema é uma ferramenta poderosa de transformação social. Ao exibir filmes de produtores do nosso Estado, estamos não apenas valorizando nossa cultura, mas também oferecendo novas perspectivas e reflexões para as pessoas que vivem nessas comunidades”, pondera.

As exibições ocorrerão em espaços públicos de Campo Grande e nas cidades que fazem limite de município com a Capital, proporcionando uma experiência cinematográfica completa, com acesso gratuito e programação diversificada.

Os filmes serão avaliados por uma curadoria composta por três especialistas da TransCine, que levarão em conta critérios como mérito artístico, relevância cultural, criatividade e acessibilidade. Os resultados provisórios serão divulgados no dia 2 de outubro no Instagram oficial da TransCine (@transcinecg).

Serviço:

 – Inscrições: 2 a 25 de setembro de 2024

– Divulgação dos resultados provisórios: 2 de outubro de 2024

– Divulgação dos resultados finais:

– Onde se inscrever: Link da chamada pública e inscrição disponível no Instagram @transcinecg.

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

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