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Saúde

Setembro Laranja: A importância da disseminação da cultura da segurança do paciente

Em Mato Grosso do Sul, a segurança do paciente ainda é muito restrita aos serviços hospitalares, por isso a necessidade de expansão.

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A SES (Secretaria Estadual de Saúde), por meio da Coordenadoria de Saúde da Família e Ciclos de Vida, da Vigilância Sanitária Estadual e do Comitê Estadual de Segurança do Paciente apoiam a campanha ‘Setembro Laranja’, referente ao Dia Mundial da Segurança do Paciente. O dia 17 de setembro foi estabelecido como a data representativa mundialmente e também como referência estadual reforçando a importância da temática e disseminação da cultura da Segurança do Paciente.

A campanha de 2023 traz o tema “Engajar os pacientes para a segurança do paciente” visando reconhecer o papel central que os pacientes, suas famílias e cuidadores desempenham no avanço do cuidado seguro. As evidências mostram que, quando os pacientes são tratados como parceiros em seus cuidados, ganhos significativos são obtidos em segurança, satisfação do paciente e resultados de saúde.

Entre os objetivos da campanha deste ano estão a orientação dos pacientes e de seus familiares para se apropriarem de seus cuidados e que os profissionais de saúde deem voz aos pacientes no intuito de que agreguem atenção nos cuidados de saúde com êxito e mais segurança.

Segundo a coordenadora do Comitê Estadual de Segurança do Paciente, Daianny Garcia do Nascimento, é importante que haja o envolvimento do paciente e da família como estratégia para a eliminação de danos evitáveis ​​nos cuidados de saúde.

“Desejamos que a reflexão trazida pelo ‘Setembro Laranja’ faça com que os usuários do SUS (Sistema Único de Saúde) sintam-se parte importante do Processo de Segurança do Paciente e compreendam o seu papel, além de capacitar cada vez mais os profissionais de saúde para a diminuição de ocorrência de danos evitáveis”.

No Estado, as microrregiões de Aquidauana e Jardim realizarão o dia D nas Unidades de Saúde para que o tema chegue à população, levando as informações da importância de os pacientes participarem do seu processo de cuidado. O processo acontecerá através de rodas de conversa em sala de espera ou em atividades coletivas da Unidade de Saúde, durante todo o mês de setembro. Assim cada unidade escolherá o dia que para trabalhar essa temática com a população.

Webinar

Conforme a coordenadora do Comitê Estadual de Segurança do Paciente, Daianny Garcia do Nascimento, a transmissão contribuirá na qualificação dos profissionais de saúde para uma assistência ao paciente mais segura. “O objetivo do webinar é disseminar a cultura da Segurança do Paciente no estado, através da contribuição de experiências exitosas com a temática”.

A transmissão contará a participação da analista da qualidade na área de Projetos e Novos Serviços pela Diretoria de Atenção Primária e Redes do HIAE (Hospital Israelita Albert Einstein), Elaine Cristina de Melo Faria, profissionais da Coordenação Municipal de Segurança do Paciente e Controle de Infecção em Serviços de Saúde de Anápolis/GO e a apresentação de tese da Mestre em enfermagem na área de Segurança do Paciente e Controle de Infecção pela UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Patrícia Brandão. O acesso à web aula pode ser feito através do link: [ https://participe.saude.ms.gov.br/forms/ | https://participe.saude.ms.gov.br/forms/ ] .

Comitê Estadual de Segurança do Paciente

Instituído pela Resolução nº 23/SES/MS, o Comitê Estadual de Segurança do Paciente, tem o objetivo de contribuir para a criação de uma cultura de segurança do paciente nos estabelecimentos de saúde, no âmbito do Estado de Mato Grosso do Sul, por meio da implementação de medidas efetivas visando a melhoria da segurança do paciente.

Conforme a coordenadora do Comitê Estadual de Segurança do Paciente, Daianny Garcia do Nascimento, o Estado possui um comitê muito robusto e competente. “Vamos fazer com que o comitê seja ativo e que faça sentido para o nosso estado. Estamos aqui para a construção de algo muito importante e temos que expandir essa cultura para que a gente construa um processo de capacitação”.

O comitê auxiliará os municípios do estado na implementação de medidas de redução de danos, visando uma assistência mais segura e de qualidade. Segundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde), um a cada quatro pacientes internados está sujeito a sofrer um evento adverso. Portanto, implantar protocolos, ter uma comunicação efetiva e trabalhar com as melhores práticas são fatores que reduzem as chances de ocorrer um agravo.

Em Mato Grosso do Sul, a segurança do paciente ainda é muito restrita aos serviços hospitalares, por isso a necessidade de expansão. “A ‘Segurança do Paciente’ tem dez anos, é uma ação global e nossa intenção com esse comitê é que ele realmente seja persistente, tanto na produção e disseminação da informação como também na responsabilização de todas as áreas representadas, para que alcance todas as áreas da saúde. A segurança do paciente passa por todas as áreas, ela está na Atenção Primária, mas é transversal a todas as áreas da saúde”, explica Daianny.

O comitê estadual é composto por representantes do Gabinete do Secretário, Coordenadoria de Ações em Saúde, Coordenadoria Estadual de Vigilância Sanitária, Coordenadoria das Redes de Atenção em Saúde, Coordenadoria-Geral de Assistência Farmacêutica, Coordenadoria de Atenção Ambulatorial e Hospitalar, Coordenadoria-Geral da Rede Hemosul, Coordenadoria Estadual de Vigilância em Saúde do Trabalhador, Coordenadoria Estadual de Regulação da Assistência, Coordenadoria-Geral de Educação na Saúde, Coordenadoria Estadual de Controle, Avaliação e Auditoria e Coordenadoria de Planejamento e de Informação em Saúde.

Segurança do Paciente, como melhorar?

Se você é um paciente:

· Envolva-se ativamente no seu próprio cuidado;

· Faça perguntas. Cuidados de saúde seguros começam com uma boa comunicação;

· Certifique-se de fornecer informações precisas aos profissionais de saúde sobre seu histórico de saúde.

Se você é um profissional de saúde:

· Envolva os pacientes como parceiros em seus próprios cuidados;
trabalhem juntos pela segurança do paciente;

· Garanta o desenvolvimento profissional contínuo para melhorar suas habilidades e conhecimentos em segurança do paciente;

· Crie uma cultura de segurança aberta e transparente.

Investir na segurança do paciente resulta em economia financeira, gera confiança e, principalmente, salva vidas!

 

(Com assessoria. Foto: Divulgação)

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1 Comment

1 Comments

  1. Lift Detox Oficial

    1 de outubro de 2023 at 20:11

    Sou a Rafaela Pereira, achei seu artigo excelente! Ele
    contém um conteúdo extremamente valioso. Parabéns
    pelo trabalho incrível! Nota 10.

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Saúde

Governo de MS inicia Semana de Combate às Arboviroses com força-tarefa no Parque dos Poderes

A abertura da ação no quartel do CBMMS (Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul) marca o Dia D estadual de combate ao mosquito.

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O Governo do Estado promove a partir desta segunda-feira (18), a Semana de Combate às Arboviroses, com uma força-tarefa no Parque dos Poderes que visa intensificar as ações de combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya e zika. A abertura da ação no quartel do CBMMS (Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul) marca o Dia D estadual de combate ao mosquito.

A campanha é realizada pela Secretaria de Estado de Saúde (SES), com apoio do Ministério da Saúde, CBMMS e Secretaria Municipal de Saúde de Campo Grande (Sesau), onde equipes de agentes de endemias estão mobilizadas para a remoção de possíveis criadouros do mosquito.

A ação, que faz parte da Campanha de Enfrentamento à Dengue, Chikungunya e Zika, tem como objetivo conscientizar a população sobre a importância da prevenção e controle das arboviroses, além de promover um ambiente mais seguro e saudável para todos. Durante toda a semana as equipes estarão atentas a locais que possam acumular água e se tornar criadouros, realizando a limpeza e orientando os moradores e frequentadores do Parque dos Poderes sobre as práticas de prevenção.

O secretário de Estado de Saúde, Maurício Simões Correa, enfatiza a importância da colaboração de todos neste combate. “A prevenção é uma responsabilidade compartilhada. Contamos com a participação da população para que, juntos, possamos vencer essa guerra contra as arboviroses”, afirma Maurício Simões.

O secretário estadual de saúde lembra que Mato Grosso do Sul se destacou em relação ao número de notificações de dengue, visto que está cercado de estados que enfrentaram situações de emergência e países, como Bolívia e Paraguai, que não possuem o mesmo controle epidemiológico como o Brasil.

“Começamos esse trabalho hoje para que em 2025 a gente possa ter um ambiente menos agressivo com relação às arboviroses. Diferente de estados vizinhos, nós não entramos em situação de emergência. O movimento de hoje é para chamar a atenção de todos e dar início aos trabalhos preventivos que os agentes de endemias devem realizar em todo o Estado”.

O coordenador de endemias do Estado, Mauro Lúcio Rosário, reforça que com a chegada do período chuvoso, as arboviroses tendem a aumentar, tornando ainda mais urgente a necessidade de ações efetivas e pede a colaboração dos residentes e visitantes para não descartar lixo em locais impróprios.

“Nossa ação tem o objetivo de educar e ensinar as pessoas e principalmente, a manutenção deste trabalho junto à população. Precisamos do esforço de todos para vencermos essa guerra ao mosquito”, afirma Mauro Lúcio.

A iniciativa conta com a participação ativa da população residente além de funcionários das instituições localizadas nos parques dos Poderes e das Nações Indígenas. A mobilização busca não apenas eliminar focos de reprodução do mosquito, mas também incentivar uma cultura de cuidados e vigilância contínua nas comunidades.

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

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Saúde

Vacinas contra o sarampo salvam cinco vidas por segundo, destaca OMS

Brasil recebeu certificado de país livre da doença graças à vacinação

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que, desde o ano 2000, vacinas contra o sarampo salvem cerca de cinco vidas por segundo. Mesmo assim, dados divulgados esta semana pela entidade apontam que, apenas em 2023, aproximadamente 10,3 milhões de casos da doença foram registrados em todo o planeta – 20% a mais que em 2022.

Em nota, a OMS avalia que a cobertura vacinal inadequada impulsiona o aumento de casos. “O sarampo pode ser evitado com duas doses; no entanto, mais de 22 milhões de crianças perderam a primeira dose em 2023. Globalmente, estima-se que 83% delas receberam a primeira dose no ano passado, enquanto apenas 74% receberam a segunda dose recomendada.”

A vacina que previne o sarampo é a tríplice viral, que está disponível gratuitamente nos postos de saúde do Brasil. A recomendação do Programa Nacional de Imunizações é que vacina seja aplicada em duas doses, aos 12 e aos 15 meses de idade.

A OMS destaca a necessidade de uma cobertura vacinal de pelo menos 95% de ambas as doses em todos os países e territórios para prevenir surtos e para proteger a população de “um dos vírus humanos mais contagiosos em todo o mundo”. A vacina contra o sarampo, segundo a OMS, já salvou mais vidas ao longo dos últimos 50 anos que qualquer outro imunizante.

O comunicado alerta que, como resultado de lacunas globais na cobertura vacinal, 57 países registaram surtos de sarampo em todas as regiões, exceto nas Américas – um aumento de quase 60% em relação aos 36 países identificados no ano anterior. África, Mediterrâneo Oriental, Europa, Sudeste Asiático e Pacífico Ocidental lideram o aumento substancial de casos, sendo que quase metade de todos os surtos ocorreu no continente africano.

“Dados recentes mostram que cerca de 107,5 mil pessoas – a maioria crianças com menos de 5 anos – morreram por causa do sarampo em 2023. Embora isso represente uma queda de 8% em relação ao ano anterior, são crianças demais ainda morrendo em razão de uma doença evitável”, avaliou a OMS.

“Mesmo quando as pessoas sobrevivem ao sarampo, podem ocorrer efeitos graves para a saúde, alguns dos podem durar por toda a vida toda. Bebês e crianças pequenas correm maior risco de complicações graves, que incluem cegueira, pneumonia e encefalite (infecção que causa inchaço cerebral e, potencialmente, danos cerebrais).”

Brasil livre do sarampo

Cinco anos após perder o certificado de eliminação do sarampo, em 2019, o Brasil recebeu esta semana da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) o status de país livre da doença. O último registro de sarampo no Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde, aconteceu em junho de 2022, no Amapá.

Dados da pasta indicam que, entre 2018 a 2022, foram confirmados 9.329, 21.704, 8.035, 670 e 41 casos de sarampo, respectivamente. Em 2022, os estados que confirmaram casos foram: Rio de Janeiro, Pará, São Paulo e Amapá, sendo que o último caso confirmado foi registrado no Amapá, com data de início do exantema (erupções cutâneas) em 5 de junho.

Em 2024, o Brasil chegou a registrar dois casos confirmados, mas importados, sendo um em janeiro, no Rio Grande do Sul, proveniente do Paquistão; e um em agosto, em Minas Gerais, proveniente da Inglaterra.

O ministério define o sarampo como uma doença viral altamente contagiosa que afeta principalmente crianças e pode causar complicações graves, como diarreias intensas, cegueira, pneumonia e encefalite (inflamação do cérebro). “A maneira mais efetiva de evitar o sarampo é por meio da vacinação”, ressaltou a pasta.

(Fonte: Agência Brasil. Foto: Reprodução)

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Saúde

ExpoCannabis mostra potencial de empregabilidade no mercado da planta

Capacidade de geração de vagas de trabalho na área passa de 320 mil

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Capaz de gerar pelo menos 328 mil empregos no Brasil, o mercado da cannabis ainda aguarda regulamentação, estima a Kaya Mind, braço da companhia Kaya responsável pela produção de dados sólidos sobre a planta.

Apesar da dificuldade  para quantificar a contribuição do mercado de cannabis para o setor de trabalho no país, a importância da planta pode ser mais uma vez confirmada em visita à segunda edição da ExpoCannabis, que ocupa até este domingo (17) um dos pavilhões do São Paulo Expo, no distrito de Jabaquara, capital paulista.

Na entrada, após vencer uma longa fila, o visitante já percebe como é difícil escolher um ponto do salão para fixar o olhar. Em um arranjo um tanto simbólico, já que talvez esta seja a forma de convencer os mais resistentes a enxergar a planta além da atmosfera do divertimento, os primeiros stands são da cannabis medicinal.

Em Florianópolis, Pedro Sabaciauskis, que via a avó Edna piorar gradualmente com a doença de Parkinson, constatou a eficácia do óleo de cannabis na atenuação dos sintomas da doença neurodegenerativa, a segunda mais comum desse tipo em todo o mundo. Na época, foi somente a primeira vitória, pois era necessário importar o medicamento, que levava cerca de três meses para chegar, o que o levou a encomendar dez frascos de uma vez. Cada um custava R$ 1,8 mil e durava um mês.

E bastou uma dose para que o corpo de Edna deixasse de apresentar a rigidez própria do quadro que desenvolveu. Em 20 minutos, seu semblante mudou, assumindo a aparência de relaxamento perdida havia muito tempo por causa da doença. “A gente descobriu uma associação em Fortaleza, chamada Abracam [Associação Brasileira de Cannabis Medicinal], que vi pelas redes sociais. Entrei em contato e me mandaram um óleo. Fui a um médico aqui de São Paulo, ele me orientou, e a gente deu para a minha avó. Aí foi uma surpresa, porque a melhora veio no mesmo dia.”

“A gente já levou um susto aí, mas, depois de 15 dias, ela recuperou os movimentos de sentar, levantar sozinha, de ir até a cozinha, pegar um copo d’água, coisa que era inimaginável. E, em um mês, ela queria fazer a unha, voltou a viver”, lembrou Sabaciauskis, acrescentando que a avó voltou a ter condições de conviver com a família, em almoços e outras ocasiões.

A experiência deu origem à Associação Santa Cannabis, acolhe pessoas que procuram informações sobre os tratamentos com o óleo da cannabis ou que precisam do medicamento, incluindo os que têm baixa renda ou estiverem em contextos de vulnerabilidade social. “A preferência desse mercado tem que ser da classe social mais baixa, que foi sempre quem foi preso pela mesma matéria.” Para Sabaciauskis, as associações têm um papel muito maior do que somente fornecer remédio, que é o de defender o interesse nacional. “São as associações que têm aberto caminho para tornar possível a compra de estufas e outros elementos imprescindíveis.”

Outro eixo da associação catarinense é a pesquisa. A Santa Cannabis aproveita as autorizações que obteve para liberar estudos e, com essa estratégia, atualmente viabiliza 15 pesquisas, muitas das quais, sem tal respaldo, teriam que recorrer à Justiça para existir. Segundo Sabaciauskis, a associação da qual está à frente já tratou 6 mil pessoas, com 200 CIDs (Classificação Internacional de Doenças) diferentes.

Pedro Sabaciauskis enfatizou que abraçar essa causa requer coragem e, ao mesmo tempo, firmeza. “É um ato de coragem, mas também de disposição. Porque defender cannabis no Brasil, seja medicinal ou outra, é ato de coragem, pois tem muito preconceito, estigma. Se você depende de seu emprego, de sua família, não pode fazer, senão sofre pressão desses lugares. A associação, não, porque conseguiu juntar um time de pessoas dispostas a enfrentar isso e o fez baseada na Constituição Federal, pelo direito à saúde, que é universal, o direito de se reunir em associações para mudar leis com as quais não se concorda e o direito de fazer desobediência civil pacífica e controlada.”

A fórmula de Sabaciauskis ainda teve mais um componente essencial para a rede da associação crescer. “A gente percebeu que tinha muito mais medo do que deveria ter. Quando se começa a cuidar das pessoas, as pessoas vêm para a luta junto e encorajam a continuar. Como tinha muita gente a ser cuidada, doente, a gente começou a fazer o papel que era do governo.” Ele ressaltou que a Santa Cannabis gera empregos por causa da distribuição dos medicamentos, do atendimento aos pacientes, que abrange serviço social, do cultivo da planta e dos processos farmacêuticos envolvidos, que garantem qualidade.

Tecnologia

Outro segmento do mundo canábico que absorve profissionais é o da tecnologia da informação (TI). A Complysoft é uma startup (empresa emergente com modelo de negócio em desenvolvimento ou aprimoramento) especializada em ferramentas úteis para o mercado da cannabis medicinal.

Com sede em João Pessoa, a companhia oferece sistemas como o Comply Legacy, de gerenciamento de documentos e prescrições, unificando os registros de todas as fases do processo de produção e obtenção da cannabis. Por meio dele, é possível, por exemplo, armazenar e consultar testes laboratoriais para controle de qualidade. Outra opção são os sistemas que unificam os instrumentos ligados aos pacientes, como WhatsApp e e-mail.

Entre os clientes, estão associações canábicas, clínicas especializadas, importadoras e farmácias de manipulação. O profissional Mizael Mendonça Cabral conta que ele e seu parceiro de trabalho André Vasconcelos integravam o setor de TI da Associação Brasileira de Apoio Cannabis Esperança (Abrace Esperança). Lá, Cabral entendeu que poderia usar seu conhecimento para ajudar outras associações a aprimorar os atendimentos.

Um dos expositores do evento, ele disse que o ramo não é incipiente, já é um mercado de trabalho em expansão em países como o Uruguai, o primeiro a legalizar a maconha, e o Paraguai. “Receber o convite para participar da associação foi um chamado para mim. Sempre digo que é uma missão espiritual. A gente está devolvendo a planta à nossa nação, porque é uma planta de cura. Entrei em 2014, para ajudar essa associação, e entendo que é uma missão de vida”, confidencia o paraibano.

A história de Vasconcelos foi diferente. Ele morava na Califórnia quando recebeu a senha para ingressar no universo canábico. Antes de se tornar gerente de projetos na Complysoft, prestava assistência na área de TI. Quanto ao grau de dificuldade para recrutar profissionais da área, Vasconcelos disse que ainda há percalços, geralmente relacionados ao tabu e ao preconceito em relação à planta, gerados por desconhecimento fe suas propriedades e múltiplos usos. “Mas vejo isso como um obstáculo que não está longe de a gente vencer”, resumiu.

Central de empregos

Na sexta-feira, um dos stands mais badalados da ExpoCannabis foi o da Cannabis Empregos, pioneira no Brasil. O portal anuncia vagas de estágio, de trabalho temporário, para freelancers (autônomos), remotos, voluntariado e em regime presencial, de home office (trabalho a distância, em casa) e híbrido.

A empresa também oferece capacitação e mentoria para candidatos e empregadores, qualificando pessoas que desejam aprender sobre liderança no mercado canábico e a fazer networking (rede de contatos profissionais). Um dos aspectos importantes em qualquer segmento e que também é cobrado dos profissionais que atuam com a cannabis é o domínio de tendências e políticas públicas. A companhia, por isso, auxilia no desenho de planos de carreira.

(Fonte: Agência Brasil. Foto: Reprodução)

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