Secretaria de Saúde desenvolvem ações com objetivo de elevar coberturas vacinais no Estado
Para a secretária-adjunta estadual de Saúde, Crhistinne Maymone, a Secretaria não tem medido esforços para criar possibilidades com a finalidade de facilitar o acesso à vacina.
O Governo do Estado, por meio da SES (Secretaria de Estado de Saúde), em apoio aos 79 municípios, vem realizando diversas estratégias com objetivo de elevar as taxas de coberturas vacinais no Estado. Para isso tem buscado alternativas que possam contribuir e auxiliar os municípios quanto ao acesso à vacinação para a população de Mato Grosso do Sul.
Para a secretária-adjunta estadual de Saúde, Crhistinne Maymone, a Secretaria não tem medido esforços para criar possibilidades com a finalidade de facilitar o acesso à vacina.
“Mato Grosso do Sul, por meio da SES, quer proteger a população utilizando da ciência na saúde. As vacinas têm mostrado evidências científicas com resultados extremamente positivos e que salvam vidas! Por isso, vacine-se e vacine quem você ama. Há diversas vacinas disponíveis nas unidades de saúde e que por muitas vezes estão perto da sua casa. Então, aproveite as ações do ‘MS Vacina Mais’ que estão acontecendo em seu município. Veja o local onde se vacinar”.
A coordenadora de Imunização da SES, Ana Paula Rezende Goldfinger, lembra que desde 2019 foi percebida uma queda significativa nas coberturas vacinais de diversos imunizantes e, diante disso, a SES tem desenvolvido estratégias de modo a oportunizar e facilitar o acesso da população a essas vacinas.
“O Estado de Mato Grosso do Sul vem buscando e desenvolvendo estratégias para realmente levar a vacina à população, para facilitar a acessibilidade, bem como pagando incentivos para as salas de vacina, para os municípios que se dispuserem a fazer esses pontos estratégicos. Conseguimos apoiar os municípios de outras maneiras como a entrega das vacinas, os insumos que são as seringas e agulhas e o pagamento de incentivo para que eles consigam abrir a unidade em horários estendidos e dias alternativos, como sábado, domingo ou feriado”.
Assim, ao longo dos anos, a SES tem estabelecido parcerias com os municípios, a fim de garantir que crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos estejam realmente protegidos. Orientar a população quanto à necessidade de manter atualizada a carteira vacinal possibilita a abertura para os cuidados à saúde e os profissionais de saúde estão disponíveis para ajudar este público.
Ações realizada em 2023
Para o ano de 2023, o ponta pé inicial da SES no quesito vacinação foi a antecipação da 25ª Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza. Mato Grosso do Sul saiu na frente e os 79 municípios estavam autorizados a iniciar a vacinação ao grupo elencando pelo Ministério da Saúde no dia 28 de março e posteriormente, meses depois, aberta para toda a população a partir de seis meses. Ao mesmo tempo, a SES também realizava de forma simultânea às campanhas contra a Covid-19 e durante o Carnaval, a estratégia do ‘Folião Imunizado’ onde obteve sucesso no desenvolvimento da campanha.
Já nos meses de maio e junho foi adotada mais uma estratégia de vacinação. Por meio do Programa Estadual de Imunização em conjunto com o PSE (Programa Saúde na Escola) e SED (Secretaria de Estado de Educação), a SES implantou a estratégia ‘Aluno Imunizado’. A ação teve como objetivo promover a integração e a comunicação entre UBS (Unidade Básica de Saúde) e escolas, de forma a ampliar o alcance de suas ações relativas aos educandos e suas famílias, otimizando a utilização dos espaços, equipamentos e recursos disponíveis para a adoção de estratégias de vacinação no âmbito escolar. Dos 79 municípios do Estado, 48 municípios aderiram à ação. O ‘Aluno Imunizado’ aconteceu em 346 escolas, alcançando o total de 79.742 alunos e, ao todo, foram aplicadas 40.801 doses durante a estratégia.
E as ações não pararam por aí. Diante do cenário de baixa cobertura vacinal contra a Influenza, apesar da oferta antecipada, a SES, em parceria com o CBMMS (Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul) e apoio da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde de Campo Grande), disponibilizou à população da Capital novo ponto de vacinação contra a Influenza no Quartel Central do Corpo de Bombeiros Militar. A população em geral pôde procurar o novo ponto onde crianças a partir de 6 meses de idade a idosos puderam se vacinar. A medida ocorreu como forma preventiva para fortalecer a vacinação e prevenir quanto aos sintomas de síndrome gripal e síndrome respiratória aguda grave, especialmente em crianças. A estratégia ficou em operação por cinco dias, com horário estendido, aplicou mais de 4 mil doses do imunizante. A ação também aconteceu no quartel do Parque dos Poderes.
“O Projeto MS Vacina Mais teve início em agosto e será até o mês de setembro. E em setembro, nós faremos do dia 9 ao dia 23, a Campanha de Multivacinação Nacional junto ao Ministério da Saúde, tendo o dia 16 como ‘Dia D’”, revela Goldfinger.
MS Vacina Mais
Instituído em caráter provisório o Projeto ‘MS Vacina Mais’ estabeleceu por meio de duas resoluções (Resolução nº 43/SES/MS de 23 de junho de 2023 e a Resolução n. 62/SES/MS de 04 de agosto de 2023) os critérios e o fluxo para o repasse de incentivo financeiro estadual de custeio para o fortalecimento das ações de vacinação dos municípios em Mato Grosso do Sul.
Ao todo, o Estado disponibilizou o total R$ 3.175.500,00 o qual deverá ser empregado exclusivamente para pagamento de incentivo financeiro aos trabalhadores de saúde das secretarias municipais de saúde, designados para atuarem nas salas de imunização, a fim de custear plantões e horas extras, com o intuito de fortalecer e expandir as ações de imunização, possibilitando a realização de estratégias que contribuam para a melhoria das coberturas vacinais no Estado.
A Resolução nº 43/SES/MS estabeleceu como parâmetro de avaliação de incremento da cobertura vacinal das vacinas pactuadas no PQA-VS (Programa de Qualificação da Ações de Vigilância em Saúde) o alcance de incremento nos dois meses a partir da data de extração de 15% ou alcance de 95% nas quatro vacinas: Pentavalente, Poliomielite, Pneumocócica e Tríplice Viral, além da necessidade de alcance da meta de 90% de cobertura vacinal na Campanha Nacional de Influenza para os grupos prioritários como crianças, idosos, gestantes, puérperas, professores e profissionais da saúde.
De modo adicional, conforme estabelecido na Resolução n. 62/SES/MS, os municípios estão realizando ações programadas no projeto ‘MS Vacina Mais Drive-Thru’, que se trata de uma estratégia conjunta com a Secretaria de Segurança Pública para alocação de pontos de vacinação na estratégia extramuros nas unidades Militares e locais de grande circulação de pessoas.
Coberturas vacinais
No Estado, alguns imunizantes ainda possuem baixas coberturas vacinais. Por isso, a SES ressalta que as vacinas apresentadas são seguras e quando tomadas estimulam o sistema imunológico a proteger a pessoa contra doenças transmissíveis. A SES ainda chama a atenção para a importância da vacinação para crianças até 5 anos de idade que são consideradas mais suscetíveis às doenças imunopreveníveis.
A proposta é que nas campanhas os municípios ofertem as vacinas estabelecidas na rotina para todas as faixas etárias previstas pelo PNI (Programa Nacional de Imunizações), como:
• BCG;
• Rotavírus;
• Pentavalente;
• Meningococo C;
• Hepatite A;
• Pneumocócica 10 valente;
• Poliomielite;
• Febre Amarela;
• Hepatite A;
• Tríplice Viral D1;
• HPV;
• Meningocócica ACWY;
• Hepatite B em crianças até 30 dias;
• Hepatite B;
Além das vacinas das Campanhas Nacionais Covid-19 e da Influenza.
Capacitação
Não basta somente fornecer os imunizantes, as capacitações também são necessárias. Com foco no fortalecimento da formação continuada profissional e ampliação das coberturas vacinais, a SES ofertou o ‘Curso Híbrido de BCG’ aos profissionais enfermeiros que atuam em salas de vacina/imunização dos 79 municípios do estado para que, posteriormente, sejam multiplicadores em seus territórios.
O aumento na cobertura vacinal é o resultado de um conjunto de ações estratégicas e uma delas é capacitar profissionais de sala de vacina da APS (Atenção Primária à Saúde) e da Vigilância Epidemiológica municipal e regional nos processos de aplicação e registro de vacinação, que atendam em salas de vacinas e maternidades, e por isso a importância e a necessidade de criar oportunidades permanentes de capacitação para atualização e aperfeiçoamento do trabalhador da sala de vacinação. A SES também ofereceu capacitação aos profissionais de saúde com objetivo de orientar quanto a adesão dos 79 municípios ao ‘MS Vacina Mais’.
Atualmente, Mato Grosso do Sul possui 597 Salas de Vacina nos 79 municípios. Diariamente, as equipes de imunização atendem a população por meio da oferta dos imunobiológicos disponibilizados pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI). As vacinas são seguras e estimulam o sistema imunológico a proteger a pessoa contra doenças transmissíveis. Quando adotada como estratégia de saúde pública, elas são consideradas um dos melhores investimentos em saúde considerando o custo-benefício.
O Governo de Mato Grosso do Sul, por meio da Secretaria Estadual de Saúde (SES), dá mais um passo significativo no compromisso de regionalização da saúde com a entrega da Unidade Cardiológica (UCO) do Hospital Regional da Costa Leste Magid Thomé em Três Lagoas. Inaugurada quinta-feira (21), a UCO representa um avanço no atendimento especializado à população da região leste do Estado.
Com investimento de R$ 1.050.000,00 a UCO conta 10 leitos de UTI e trabalha com a capacidade de atender cerca de 125 pacientes por mês. A Unidade Coronariana é uma unidade de terapia intensiva que trata pacientes adultos com problemas cardíacos graves ou com risco de vida. A UCO dispõe de uma equipe multidisciplinar composta por médicos, enfermeiros e fisioterapeutas, prontos para atender emergências e fornecer cuidados intensivos aos pacientes.
Com esta nova estrutura, espera-se reduzir o tempo de espera por atendimento especializado e aumentar as chances de recuperação dos pacientes da região leste do Estado.
“Um atendimento excelente, tudo ótimo. As enfermeiras, fisioterapeutas, médicos todos super atenciosos e prestativos. Essa é a segunda vez que preciso vir aqui me tratar e considero muito importante um serviço desse aqui na região para nos atender já que eu moro em Aparecida do Taboado. Vou espalhar para todos lá na minha cidade o quanto sou bem atendida aqui”, conta dona Maria Martins, paciente da UCO.
Morador de Três Lagoas, o gesseiro Gresso Sanomiya está recebendo tratamento na Unidade Coronariana e compartilha o mesmo sentimento. “Estou sendo muito bem atendido aqui. É essencial para Três Lagoas e todas as cidades aqui da região ter a disposição serviços hospitalares de excelência como os que são oferecidos aqui no Magid Thomé”, ressalta.
Representando o secretário de Estado de Saúde, Maurício Simões Correa, o assessor técnico da SES, Dr. João Ricardo Tognini, explica que a implantação da Unidade Coronariana se torna mais relevante com o aumento populacional diante do contexto da expansão econômica de Três Lagoas e região, surge a necessidade de um suporte médico adequado para atender as demandas decorrentes dessa transformação social e econômica.
“A UCO traz consigo uma gama de serviços que prioriza não apenas o tratamento, mas também a prevenção de doenças do coração. Por meio de equipamentos modernos e uma equipe multidisciplinar preparada para lidar com os mais diversos casos, a Unidade Coronariana se alinha ao compromisso do Hospital Regional em garantir a saúde e o bem-estar da comunidade. Isso significa que a população de Três Lagoas, e das cidades vizinhas, terão acesso a um atendimento rápido e eficaz, reduzindo assim a necessidade de transferências para outras localidades e os riscos associados a intervalos prolongados de espera por atendimento emergencial”, afirma o assessor técnico da SES.
O diretor-geral do Hospital Magid Thomé, Henrique Schultz, enfatizou que esta nova unidade simboliza uma resposta significativa às demandas crescentes da população, reafirmando o compromisso de melhorar continuamente os serviços hospitalares. “Pra gente é um prazer e uma oportunidade imensa podermos hoje concretizar a abertura de 10 leitos da Unidade Coronariana. Há um ano estamos no caminho da alta complexidade em cardiologia onde já fazemos mais de 1.300 procedimentos da parte da cardiologia. E hoje a gente consegue ampliar esse serviço com a retaguarda desses leitos unidade de coronariana em nosso Hospital. Isso é um Marco para Mato Grosso do Sul, mas principalmente para nossa macrorregião dos 10 municípios na qual nós fazemos parte dessa contratualização com o Estado, disse Schultz.
Para o presidente do Instituto Acqua, Organização Social que administra o Hospital Regional da Costa Leste, Samir Siviero, a concretização desse projeto só foi possível graças à união de esforços de todos os envolvidos no processo de implantação da UCO. “Desde que iniciamos o serviço de hemodinâmica, a remoção de pacientes para Campo Grande diminuiu cerca de 40%. O Hospital Magid Thomé é uma construção coletiva desde o seu início. Governo do Estado, SES e nossos profissionais trabalharam em conjunto no planejamento e na implantação da UCO”, destaca Samir Sivero.
A inauguração da UCO contou com a presença do presidente da Câmara Municipal e prefeito eleito de Três Lagoas, Dr. Cassiano Maia e profissionais da saúde que puderam conferir as novas instalações e o impacto positivo que esta conquista trará para a saúde pública da região.
Com dois anos de vida, o Hospital Regional poder contar com essa estrutura, eleva o nível de qualidade dos serviços de saúde pública de Três Lagoas. Disponibilizar um atendimento emergencial complexo, de serviço hemodinâmico, oferece uma segurança e tranquilidade para o município e toda região leste”, exalta Cassiano Maia, prefeito eleito de Três Lagoas.
O investimento na saúde é uma das prioridades do Governo que busca melhorar a infraestrutura e os serviços oferecidos nas unidades hospitalares em todo o Estado.
Estrutura
Inaugurado em junho de 2022, o Hospital Regional da Costa Leste Magid Thomé foi construído em uma área de 26,4 mil metros quadrados, em um prédio com blocos setorizados, que dispões de 116 leitos. Ele conta com 460 funcionários diretos e mais 600 indiretos, chegando 1.060 empregos gerados na cidade.
O hospital disponibiliza atendimento ambulatorial de média e alta complexidade, assim como consultas especializadas, pronto socorro, enfermaria, UTI adulto e pediátrica, clínica geral, serviços de Endoscopia Adulto e Infantil, Colonoscopia, Broncoscopia, Ultrassom/Dopler e Ressonância Magnética, entre outros procedimentos para atender a população de Três Lagoas e toda região. A capacidade do hospital é de 218 cirurgias por mês.
As 2.365 doses da vacina contra Covid-19 para bebês e crianças até os 5 anos de idade chegaram essa semana e já foram distribuídas às Unidades de Saúde da Família da capital. Neste sábado (23) haverá plantão de vacinação no Shopping Pátio Central e o imunizante será oferecido ao público.
As doses estavam em falta há quase 4 meses, e novos lotes chegaram ao Brasil no fim de outubro com a compra feita pelo Ministério da Saúde. Foram adquiridos 1,2 milhão de doses de vacinas. Recentemente, um novo pregão para a aquisição de mais 69 milhões de doses foi finalizado. Com a nova compra, a população terá a garantia de proteção contra as formas graves da doença pelos próximos 2 anos.
Desde maio, o Ministério da Saúde distribui a vacina com a variante XBB 1.5, que é uma versão atualizada e monovalente do imunizante. Até o momento, mais de 4,4 milhões de doses da vacina XBB 1.5 foram aplicadas em todo o Brasil. Segundo dados da cobertura vacinal contra a Covid-19, cerca de 82,25% da população em Campo Grande tem ao menos duas doses da vacina, no Brasil a cobertura é de 86%.
Sobre a vacina
A imunização atualmente está recomendada no calendário nacional de vacinação para crianças entre seis meses e menores de 5 anos de idade na rotina, o imunizante deve ser adotado com esquema de duas doses (aos 6 e 7 meses de idade), respeitando os intervalos mínimos recomendados (4 semanas entre a 1ª e 2ª dose). Caso não tenha iniciado e/ou completado o esquema primário até os 7 meses de idade, a vacina poderá ser administrada até 4 anos, 11 meses e 29 dias, conforme histórico vacinal. Para indivíduos imunocomprometidos, o esquema vacinal é de três doses (aos 6, 7 e 9 meses).
O imunizante também pode ser tomado por pessoas dos grupos prioritários a partir de 5 anos de idade e indicado também para a população geral a partir de 5 anos de idade, desde que não tenham nenhuma dose anterior de vacina da Covid-19.
Plantão neste sábado (23)
Horário: 9h às 16h
Local: Shopping Pátio Central
Endereço: Rua Marechal Rondon, 1.380
Durante a semana a vacina contra a Covid-19 pode ser encontrada nas USFs, encontre a sua no site: www.campogrande.ms.gov.br/sesau .
O número de leitos de unidades de terapia intensiva (UTI) cresceu 52% no Brasil na última década, passando de 47.846 em 2014 para 73.160 em 2024. A alta mais expressiva se deu em 2021 e 2022, durante a pandemia de covid-19.
Os dados fazem parte do estudo A Medicina Intensiva no Brasil: perfil dos profissionais e dos serviços de saúde, divulgado nesta terça-feira (19) pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira (Amib).
Em nota, a entidade avalia que, apesar do aumento considerado significativo, a distribuição permanece “gravemente desigual”, tanto pelo aspecto territorial, quanto pelo social.
“Uma análise crítica sobre as informações do estudo demonstra a necessidade de adoção de políticas públicas que promovam uma distribuição mais justa da infraestrutura hospitalar e de profissionais intensivistas pelo país”.
De acordo com a Amib, a disparidade começa pela comparação entre a oferta de leitos para a rede pública e para rede privada de saúde. Em 2024, do total de leitos de UTI existentes no Brasil, 51,7% ou 37.820 são operados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Os demais 48,3% ou 35.340 estão no sistema suplementar.
“Apesar da proximidade dos números de leitos de cuidados intensivos disponíveis entre as redes pública e privada, a diferença entre a população atendida pelos dois universos evidencia o problema”, completou a associação.
Os números mostram que no SUS, sistema do qual dependem 152 milhões de pessoas, há 24,87 leitos por 100 mil habitantes. Já na rede privada, que tem 51 milhões de beneficiários de planos de saúde, a disponibilidade de leitos de UTI é de 69,28 por 100 mil beneficiários.
Outra disparidade é verificada entre as regiões brasileiras. Enquanto o Norte apresenta 27,52 leitos de UTI por 100 mil habitantes, o Sudeste registra 42,58 leitos. Em todo o país, a densidade de leitos por 100 mil habitantes é de 36,06. Entretanto, 19 dos 27 estados da federação estão abaixo desse patamar – os extremos vão de 20,95, no Piauí, a 76,68, no Distrito Federal.
Intensivistas
O estudo destaca ainda que, enquanto o número total de médicos, com ou sem especialidade, cresceu 51% entre 2011 e 2023 em todo o país, a quantidade de médicos especialistas em medicina intensiva cresceu 228% no mesmo período – foram contabilizados 8.091 intensivistas em 2023, e 2.464 em 2011.
De acordo com a Amib, a maior parte dos médicos intensivistas em atividade no Brasil se formou há mais de 10 anos, sendo que mais de 75% acumulam entre 10 e 39 anos de prática profissional.
Dentre os intensivistas, a maioria é do sexo masculino (60%) e a faixa etária predominante fica entre 35 e 64 anos, com uma idade média de 52 anos. As mulheres estão as médicas mais jovens, “sugerindo uma possível tendência de aumento da participação feminina na especialidade ao longo do tempo”.
Apesar do crescimento geral da especialidade, Norte e Nordeste registram uma média inferior de intensivistas por habitante quando comparadas às demais regiões, acompanhando a tendência apresentada pela presença menor de leitos de UTI. O Sudeste soma 6.239 registros profissionais, enquanto o Centro-Oeste tem 899 registros. Já o Norte conta com 348 registros.
O Distrito Federal responde pela maior densidade de médicos intensivistas no país, com 14,06 especialistas para cada 100 mil habitantes. O índice representa quase o dobro da densidade do Sudeste (7,35) e quase três vezes a densidade do Mato Grosso do Sul (4,9), que tem base populacional semelhante.
No outro extremo, o Amapá conta com cinco intensivistas, “o que gera uma densidade praticamente nula de especialistas para cada 100 mil habitantes”.
“Nas capitais, a probabilidade de encontrar esse profissional é significativamente maior. A densidade de intensivistas nas 27 capitais brasileiras (14,28) é cinco vezes maior do que a encontrada na soma de todos os outros municípios (2,84)”, concluiu a Amib.