Já está disponível no Portal Acesso Único a lista de aprovados no primeiro processo seletivo de 2023 do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que reúne vagas de instituições públicas de ensino superior.
O período para matrícula dos convocados começa nesta quinta-feira (2) e vai até 8 de março. No total, foram oferecidas 226 mil vagas, em 128 instituições públicas do país, das quais 63 são universidades federais.
Para tentar uma vaga, os candidatos usaram a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2022. Além de ter feito a prova, os interessados não podem ter zerado a nota de redação nem ter feito o exame como treineiros.
Lista de espera
Quem não foi convocado na chamada regular tem até o dia 8 de março para manifestar interesse na lista de espera. A convocação dos candidatos pelas instituições de ensino está prevista para ocorrer a partir de 13 de março.
Pelo Sisu, o candidato pode escolher até duas opções de curso. Nesta edição, a plataforma do MEC teve 1.073.024 inscritos, um aumento de 1,8% em relação à mesma edição do ano anterior, que teve 1.054.474 inscritos.
Confira o cronograma do Sisu:
28 de fevereiro – resultado da chamada regular;
2 a 8 de março – matrícula da chamada regular;
28 de fevereiro a 8 de março – prazo para participar da lista de espera.
13 de março – convocação dos candidatos em lista de espera pelas instituições a partir desta data
Projeto “Estudantes no Controle 2024” destaca protagonismo estudantil e premia escolas
A cerimônia de premiação, que destacou as 15 escolas vencedoras, aconteceu nesta quarta-feira (11), no Bioparque Pantanal, e contou com a presença do governador do Estado, Eduardo Riedel
Transformar a escola em um ambiente mais acolhedor, inspirar outros alunos e deixar um legado. Esse foi o desafio aceito por estudantes que participaram do Projeto Estudantes no Controle 2024, uma iniciativa da Controladoria-Geral do Estado de Mato Grosso do Sul (CGE-MS) em parceria com a Secretaria de Estado de Educação (SED).
A cerimônia de premiação, que destacou as 15 escolas vencedoras, aconteceu nesta quarta-feira (11), no Bioparque Pantanal, e contou com a presença do governador do Estado, Eduardo Riedel, acompanhado da primeira-dama Mônica Riedel.
“Essa atitude dentro da escola vai ficar para a vida de vocês. Na convivência, na formação de equipe, na liderança, vão sair da escola levando isso. Vocês são líderes, protagonistas da vida de vocês, tem um estado fantástico pela frente, tem conquistas a serem feitas, vocês podem ser o que quiserem e vão chegar lá”, ressaltou o governador.
Com inspiração nos versos do poeta Manoel de Barros e na trajetória da ambientalista Neiva Guedes, a Escola 26 de Agosto, que revitalizou a biblioteca e o laboratório de ciências, ficou em 1º lugar.
“Eu amei participar porque a gente deixa uma marca na escola. Agora, quando vejo os colegas lendo e aproveitando o espaço, sinto uma alegria enorme. Dá mais vontade de cuidar”, conta a estudante Taysa Aparecida.
Nesta edição, o projeto, criado em 2018, alcançou um número recorde de inscrições, com 115 escolas disputando as 100 vagas disponíveis. O empenho dos participantes foi destacado pelo Secretário Estadual de Educação, Helio Daher.
“O grande brilho dos estudantes do controle é a criatividade. É a capacidade que vocês estão tendo de mostrar para a população, de mostrar para a sociedade, que além de entender os seus direitos, vocês sabem os seus direitos como cidadãos. Parabéns, vocês são um tipo de muito orgulho para nós”, disse o secretário.
Um dos momentos mais emocionantes foi quando o estudante Andrei da Silva, da Escola Estadual Professora Eufrosina Pinto, em Terenos, subiu ao palco para representar todos os alunos e compartilhar o sentimento de participar do projeto. Junto com seus colegas, ele desenvolveu um jardim sensorial, promovendo a inclusão dos alunos da educação especial.
“Eu trabalho na Zona Rural, meu ambiente de maior socialização é na escola e são projetos como esse que fazem com que eu sinta paixão pelo ambiente escolar, paixão pela escola. Eu tenho muito orgulho de ter professores magníficos e quero um dia também ser espelho para os meus alunos, assim como os meus professores são para mim”, disse o estudante.
“Uma sociedade só muda quando tem cidadãos cientes e zelosos de seus direitos, de seus deveres, e com um patrimônio que é confiado a vocês. E essa é a grande chave de transformação. Aos diretores e professores, meus sinceros agradecimentos, a vocês que representam as escolas aqui, só com a engajamento de vocês, que é possível a gente conseguir jogar esse acidente, cuidar e transformar esses cidadãos no futuro”, destacou o controlador-geral do Estado, Carlos Eduardo Girão de Arruda.
O 3º lugar foi conquistado pela Escola Estadual Maria Leite, de Corumbá, onde os estudantes desenvolveram placas em braille para identificar todos os setores e garantir acessibilidade a uma aluna cega. Além disso, restauraram as rampas da escola, facilitando a locomoção dos alunos cadeirantes.
“Ano passado nós ficamos em 6º lugar e este ano concorremos de novo, a única escola de Corumbá. É uma alegria, ver que vale a pena, é satisfatório deixar um legado para o outros alunos que não estão ligados diretamente no projeto, mas que se envolvem de forma voluntária em cada ação. Valeu apenas percorrer mais de 400 km e passar mais de seis horas na estrada pra chegar até aqui”, comemorou a professora de Sociologia. Geicyanne Nunes.
As 15 escolas premiadas receberam R$ 194.000,00 em prêmios, distribuídos entre colégios, estudantes e professores.
Confira todas as ganhadoras:
1 – EE 26 de Agosto. Campo Grande
Revitalização da biblioteca, pinturas nas portas dos banheiros com frases motivacionais e restauração da parede do fundo do laboratório.
R$ 25.250,00
2 – EE Eduardo Perez. Terenos
Horta com acessibilidade e espaço de socialização e leitura (pergolado).
R$ 22.000,00
3 – EE Maria Leite. Corumbá
Revitalização da biblioteca, construção do espaço positivo, fichas de almoço e nova área de socialização.
R$ 19.500,00
4 – EE São José. Campo Grande
1ª Mostra de Ciência da Escola Estadual São José, revitalização da biblioteca escolar e pintura da quadra poliesportiva.
R$ 17.000,00
5 – EE Vespasiano Martins. Sidrolândia
Construção da quadra de areia integrada com ambiente de convivência.
R$ 15.000,00
6 -EE Waldemir Barros da Silva. Campo Grande
Construção de espaço de convivência e socialização.
R$ 13.250,00
7 -EE Aracy Eudociak. Campo Grande
Paisagismo da área de convivência.
R$ 12.500,00
8- EE Profª Brasilina Ferraz Mantero. Campo Grande
Construção da sala de estudos. R$ 11.750,00
9 – EE Profª Vânia Medeiros Lopes.Glória de Dourados
Projeto que valoriza o ensino de história e cultura indígena e afro-brasileira
R$ 11.000,00
10 – EE José Alves Ribeiro. Rochedo
Construção do espaço lúdico sensorial.
R$ 10.500,00
11 – EE João Carlos Flores. Campo Grande
Construção do pergolado.
R$ 8.750,00
12 – EE Joaquim Murtinho. Ponta Porã
Quadra de areia para a prática de esportes: vôlei de praia, beach tênis, futevôlei
R$ 8.000,00
13 – EE Profª Eufrosina Pinto. Glória de Dourados
Construção de um jardim sensorial.
R$ 7.250,00
14 – EE Vilmar Vieira Matos. Dourados
Criação da horta escolar intitulada como ação “Da terra ao prato”.
R$ 6.500,00
15 – EE Weimar Torres. Glória de Dourados
Construção do sistema para produção de peixes na escola.
R$ 5.750,00
Em todo o país, cerca de 1,4 milhão de estudantes estão matriculados em escolas públicas que não contam com fornecimento de água tratada, própria para o consumo. A maior parte desses alunos é negra. Os dados são do estudo Água e Saneamento nas Escolas Brasileiras: Indicadores de Desigualdade Racial a partir do Censo Escolar, divulgado nesta semana.
Produzido pelo Instituto de Água e Saneamento e pelo Centro de Estudos e Dados sobre Desigualdades Raciais (Cedra), o estudo usa dados do Censo Escolar da Educação Básica de 2023, realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), e classifica as escolas em predominantemente negras ou predominantemente brancas. Isso significa que tais estabelecimentos têm mais de 60% de alunos declarados negros ou brancos, respectivamente. As demais escolas são consideradas mistas.
A pesquisa mostra que a chance de um aluno estar em uma escola de predominância negra que não fornece água potável é cerca de sete vezes maior, se comparada à da escola de predominância branca. Do total de 1,2 milhão de estudantes sem acesso básico à água, 768,6 mil estão em escolas predominantemente negras; 528,4 mil, em escolas mistas; e 75,2 mil, em escolas predominantemente brancas.
O conselheiro do Cedra e professor da Universidade Federal de Santa Catarina Marcelo Tragtenberg explica que os dados se referem à ausência de água tratada e que as escolas podem dispor de outras fontes, como moringas ou filtros artesanais. “Isso tem impacto direto na saúde e impacto no aprendizado, através da saúde.”
Em todo o país, cerca de 5,5, milhões de estudantes estão em escolas sem qualquer abastecimento de água pela rede pública. Desses, 2,4 milhões frequentam escolas predominantemente negras e 260 mil, escolas de maioria branca. Os 2,8 milhões restantes estão em escolas mistas.
Saneamento básico
Além do acesso à água potável e ao fornecimento geral de água, a pesquisa analisa se as escolas contam com banheiro, coleta de lixo e esgoto. Para todos os itens, são consideradas todas as etapas da educação básica: educação infantil, ensino fundamental, ensino médio e educação para jovens e adultos (EJA).
Em todo o país, mais da metade, 52,3% dos alunos matriculados em escolas predominantemente negras lida com a falta de ao menos um dos serviços ou infraestrutura de saneamento, enquanto, nas escolas predominantemente brancas, essa porcentagem cai para 16,3%.
Segundo o estudo, os serviços de saneamento são condições essenciais à dignidade humana, “e sua ausência nas unidades educacionais certamente afeta a aprendizagem dos estudantes. Portanto, a falta desses serviços é mais um obstáculo na trajetória educacional dos estudantes negros e constitui-se em uma camada adicional a ser somada às tantas outras que formam o amplo e complexo panorama da desigualdade racial na educação”, diz o texto.
Ao todo, 14,1 milhões de estudantes que frequentam escolas não conectadas à rede pública de esgoto – dos quais cerca de 6 milhões estão em escolas predominantemente negras; 1,2 milhão onde brancos são maioria, e os demais em escolas mistas.
Dentre os que não contam com saneamento, 440 mil estudantes estão matriculados em escolas que não têm sequer banheiro, estando 135,3 mil em escolas predominantemente negras e 38,3 mil em escolas predominantemente brancas. Os demais 266 mil estão em escolas mistas.
Quanto à destinação do lixo, 2,15 milhões de alunos estão matriculados em 30,5 mil escolas em que o lixo não é coletado por serviços públicos – 955,8 mil estão em escolas predominantemente negras, 59 mil em escolas predominantemente brancas e os demais (1,1 milhão), em escolas mistas.
“Em geral, não se tem um olhar racializado sobre os indicadores sociais, mas, quando se racializa, o que acontece é que as escolas onde predominam estudantes negros são escolas com pior infraestrutura de água e saneamento. Onde predominam estudantes brancos, as escolas têm melhor infraestrutura”, acrescenta Tragtenberg.
O professor diz que, se analisados os dados de cada grupo de escolas, percebe-se que os estudantes negros que estão em escolas majoritariamente brancas, ainda assim estão nas escolas desse grupo com as piores infraestruturas. “Se olhar dentro de cada subgrupo, você vai ver que os estudantes brancos que estão em escolas negras estão nas melhores escolas negras do ponto de vista de água e saneamento, e os estudantes negros que estão nas escolas brancas estão nas escolas com pior infraestrutura de saneamento. Então existe essa duplicidade de desigualdade racial.”
Estudantes indígenas
O estudo chama a atenção também para o baixo acesso de estudantes indígenas aos serviços de saneamento básico. “Embora este estudo tenha foco na comparação do acesso a saneamento entre escolas predominantemente negras e brancas, não é possível passar despercebida a existência de baixíssimos índices de atendimento dos serviços públicos nas escolas predominantemente indígenas”, diz o texto.
Do total de 360 mil indígenas matriculados na rede pública, 60% estão em escolas sem abastecimento de água; 81,8% estão em escolas sem esgoto; 54,7% não contam com coleta de lixo; 15,7% não têm acesso a água potável na escola e 14,3% não têm banheiro.
Segundo Tragtenberg, o estudo mostra que as políticas públicas precisam considerar as desigualdades raciais e entre as regiões do país. “Não adianta só pensar em universalização”, diz o professor. “Ao não considerar a equidade racial, sempre se vai privilegiar as escolas mais privilegiadas e os estudantes de raça branca, que são o grupo mais privilegiado. Se olhar só para a universalização, as medidas vão sempre chegar primeiro nas pessoas e nas escolas mais privilegiadas. É importante ter um recorte de equidade”, afirma.
Fora das escolas
A falta de saneamento básico não afeta apenas as escolas. O estudo destaca que, conforme dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), em 2022, 33 milhões de pessoas no Brasil não tinham acesso aos serviços públicos de abastecimento de água e 90 milhões não estavam ligados à rede pública de coleta de esgoto. Além disso, em 2022, havia ao menos 1,2 milhões de pessoas que não tinham banheiros em seus domicílios, estando sujeitas à defecação a céu aberto.
Além disso, a pesquisa considera que nem todos os estudantes têm a cor ou raça declarada no censo, o que impacta também as análises feitas. Esse dado começou a ser coletado em 2004. Em 2007, 60% não declararam cor ou raça. No ano passado, essa porcentagem caiu para 25,5%, o que ainda significa que não se tem essa informação de um a cada quatro estudantes.
A Prefeitura de Campo Grande, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semed), deu início à entrega antecipada dos kits escolares para o ano letivo de 2025 da Reme (Rede Municipal de Ensino). Desde o dia 5 de dezembro, as escolas começaram a receber os materiais, assegurando que os alunos iniciem o próximo ano com todos os itens necessários para um bom desempenho nas aulas.
Essa é a primeira vez que a entrega dos kits ocorre ainda no ano anterior ao início das aulas, uma iniciativa que demonstra o compromisso da gestão municipal em garantir que os estudantes tenham acesso ao material escolar logo nos primeiros dias de aula. A prefeita Adriane Lopes destacou a importância dessa antecipação.
“Antecipar a entrega dos kits escolares é mais do que uma questão de logística; é um compromisso direto com a educação de qualidade e com o futuro das nossas crianças e jovens. Estamos garantindo que todos os alunos da nossa rede comecem o ano letivo de 2025 com as ferramentas em mãos para aprender, crescer e se desenvolver desde o primeiro dia. Essa é a nossa forma de mostrar que, em Campo Grande, a educação é prioridade, e vamos continuar investindo para que cada aluno tenha as condições necessárias para trilhar o caminho do sucesso”, afirma.
O secretário municipal de Educação, Lucas Bitencourt, informa que está prevista a distribuição de mais de 112 mil kits, abrangendo alunos da educação infantil, ensino fundamental e Educação de Jovens e Adultos (EJA). Com 80% dos materiais já em estoque, a Semed orientou as escolas a organizarem um espaço adequado para armazenar os kits até o início do ano letivo de 2025. Essa ação reflete o planejamento eficiente da administração, que visa otimizar o tempo e assegurar que todos os alunos da rede municipal sejam atendidos.
Os kits são compostos por lápis, canetas, colas, réguas, massinha de modelar, giz de cera, apontador, borracha, tinta guache, tesoura, colas coloridas, agenda, caderno de desenho, caderno de brochura e caderno de 10 matérias.
A qualidade e diversidade dos materiais reforçam o compromisso da Prefeitura em fornecer aos alunos da Reme os recursos necessários para o desenvolvimento pedagógico de maneira plena e equitativa.
Com essa iniciativa, o Executivo Municipal reafirma seu compromisso com a educação e com a garantia de que todos os estudantes da rede municipal terão as condições adequadas para participar das aulas com tranquilidade e qualidade já no início do próximo ano letivo.
Matrículas
As matrículas para alunos novos da Reme começam a partir de 8 de janeiro. A primeira lista de designação de crianças para as EMEIs (Escolas Municipais de Educação Infantil) foi publicada no dia 3 de dezembro e a efetivação da matrícula será até 16 de dezembro, sendo feita na própria secretaria a qual o aluno (a) foi designado.
A segunda listagem de designação será publicada no dia 16 de janeiro. Quem não efetivar a matrícula, volta para o fim da lista e perde a vaga.
Já a rematrícula (aluno da Rede que vai permanecer na mesma escola) também deve ser feita até 16 de dezembro.