fbpx
Connect with us

Geral

Reoneração da folha deve congelar investimentos em Mato Grosso do Sul

Representantes do setor produtivo apontam que MP pode causar demissões e queda da empregabilidade.

Publicado

on

Após participar, ontem, de reunião com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para tratar da devolução ou não da Medida Provisória (MP) n° 1.202/2023 ao governo federal, mais conhecida como MP da Reoneração, a líder do Progressistas (PP) na Casa de Leis, Tereza Cristina, reforçou ao Correio do Estado que, como foi posta, a MP provocou o “congelamento” dos investimentos pelos grandes empregadores.

Representantes do setor produtivo de Mato Grosso do Sul ressaltam o impacto negativo da MP na economia, que pode contribuir para a diminuição de investimentos e o aumento do desemprego, motivado pelo aumento inesperado da tributação.

“Em conversa com os representantes do setor produtivo, recebemos a informação de que os grandes empregadores do Brasil travaram todos os seus investimentos. Quem pretendia abrir filiais e, dessa forma, contratar mais trabalhadores, suspendeu a iniciativa, quem pretendia aumentar a produção, também recuou, afinal, enquanto continuar essa insegurança sobre o que está valendo, se é a desoneração ou a reoneração da folha de pagamento, não dá para investir”, declarou Tereza Cristina.

A parlamentar revelou à reportagem que, com exceção dos líderes do governo no Congresso Nacional, todos os outros aconselharam Rodrigo Pacheco a devolver a MP da Reoneração porque não faz sentido a sua existência depois de ter sido rejeitada pelas duas Casas.

“A desoneração da folha foi vetada pelo presidente Lula e, depois, teve o veto derrubado pelo Congresso. Aí, vira uma medida provisória dois dias depois, desfazendo o que a gente votou, isso não pegou bem e, por isso, sugerimos ao presidente Rodrigo Pacheco que a MP seja devolvida, mas aí é uma decisão dele”, pontuou a senadora sul-mato-grossense.

A líder do PP no Senado informou ao Correio do Estado que Pacheco ficou de ouvir os líderes partidários que não estavam presentes na reunião e que, depois disso, ligará para o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para tratar da questão.

“Uma sugestão minha ao presidente ao Senado foi devolver a MP integralmente e, depois, discutir alguns pontos de interesse do governo federal, como a questão da revogação do Perse [Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos], a da compensação tributária que a Justiça manda pagar na boca do caixa e a dos municípios que perderam o benefício da redução da alíquota de 20% para 8% sobre o salário dos servidores”, detalhou.

Na avaliação da senadora Tereza Cristina, foi possível sentir que o presidente Rodrigo Pacheco compartilha o posicionamento da maioria dos líderes partidários. “Ele entendeu que essa medida provisória vai criar um grande problema para os municípios, que serão penalizados, bem como para o setor produtivo, em especial para os grandes empregadores”, afirmou.

SETORES

Em resposta à MP publicada pelo governo nos últimos dias de dezembro de 2023, alguns dos 17 setores que serão impactados pela reoneração da folha se manifestaram em Mato Grosso do Sul.

Ao Correio do Estado, o vice-presidente do Sindicato Intermunicipal da Indústria da Construção do Estado de Mato Grosso do Sul (Sinduscon-MS), Kleber Luis Recalde, disse que considera a medida absolutamente equivocada, tendo em vista todo o processo em torno da pauta com idas e vindas entre Congresso e governo.
“Para o setor da construção, me parece que vai criar uma dificuldade tremenda para os empresários, para o setor produtivo, levando em conta todo o gasto inesperado”, pontuou.

Recalde ainda destacou que o ano já começou com uma situação bastante delicada. “Mais do que isso, muito provavelmente, os empresários vão rever investimentos, pois, com o ônus excessivo que vai gerar essa mudança, a viabilidade dos projetos provavelmente vai ter que ser revista”, enfatizou.

Outro ponto destacado pelo vice-presidente do Sinduscon-MS é a medida que prevê a flexibilização somente para quem paga salário mínimo.

“Essa questão da oneração só complica porque, no nosso setor, ninguém tem essa base salarial, todos pagam muito mais que um salário mínimo. Ter um critério misto não ameniza em nada”.

Também do segmento da construção civil do Estado, o presidente do Sindicato da Habitação de Mato Grosso do Sul (Secovi-MS), Geraldo Paiva, pontuou que a construção é o segundo setor que mais emprega no Estado.

“Já haverá perda com o aumento de custos dos emolumentos dos cartórios. MS foi um dos estados com maior aumento na arrecadação em razão da valorização das commodities, e o setor já está apreensivo com a taxação do Imposto sobre Valor Agregado [IVA]”, ponderou.

Paiva disse que o setor já está com suas margens próximas do limite e que a expectativa é de que tanto o governo federal quanto o estadual e o municipal façam sua parte na redução dos custos.
“É o que os empresários da iniciativa privada estão fazendo e esperam um apoio”, afirmou o presidente do Secovi-MS.

O diretor do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística de Mato Grosso do Sul (Setlog-MS), Dorival de Oliveira, classificou a decisão do governo como negativa, destacando que o setor será certamente impactado e que a conta será paga pelos trabalhadores.

(Fonte: Portal do Ms. Foto: Reprodução)

Continue Lendo
Clique para comentar

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Dez cidades do Norte e Centro-Oeste respondem por 20% das queimadas

Sete municípios estão na lista com mais desmatamento em 2023

Publicado

on

Dez cidades das regiões Norte e Centro-Oeste respondem por 20,5% das queimadas que atingem o país desde o início do ano, segundo levantamento do Programa Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). 

Localizadas nos estados do Amazonas, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará e Rondônia, estes municípios concentram 39.247 pontos de incêndio dos 190.943 focos registrados em todo o Brasil, de 1º de janeiro até essa quarta-feira (18).

A cidade com o maior número de queimadas é São Félix do Xingu, no Pará, com 6.474 focos. Em segundo lugar, aparece Altamira, no mesmo estado, com 5.250 queimadas. Na sequência, estão: Corumbá (MS), 4.736 focos; Novo Progresso (PA), 4.598; Apuí (AM), 4.308; Lábrea (AM), 3.723; Itaituba (PA), 2.973; Porto Velho (RO), 2.710; Colniza (MT), 2.277; e Novo Aripuanã (AM), 2.198 focos de incêndio.

Membro do Grupo Estratégico da Grupo Estratégico da Coalizão Brasil Clima, Beto Mesquita, alerta para o fato de nove das cidades estarem na Amazônia, com exceção do município de Corumbá, localizado no Pantanal. “Por mais que tenha ocorrido muito incêndio no Cerrado, quando percebemos os focos de calor, notamos que eles continuam muito concentrados na Amazônia”, diz.

De acordo com ele, sete das dez cidades com mais queimadas também estão na lista dos municípios que mais desmataram em 2023, de acordo com dados do Programa de Monitoramento da Floresta Amazônica Brasileira por Satélite (Prodes), do Inpe. São elas: Altamira, Corumbá, São Félix do Xingu, Porto Velho, Apuí, Lábrea e Colniza.

“Os incêndios são os novos vetores de destruição, talvez, tentando escapar dos sensores remotos que detectam o desmatamento. Com isso, quando se abrem áreas, há maior dificuldade de detectar extração, por exemplo, de madeiras de valor mais nobre. É um desafio para os governos federal e estaduais, que precisam entender melhor estas dinâmicas para se prepararem com as estratégias mais adequadas de combate, fiscalização e preservação”, avalia o especialista.

O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta quinta-feira (19) que seis estados da Amazônia expliquem as razões para concentração de 85% dos focos de queimadas em apenas 20 municípios da região. A manifestação deverá ser enviada no prazo de 30 dias.

(Fonte: Agência Brasil. Foto: Reprodução)

Continue Lendo

Geral

Mega-sena não tem ganhadores e prêmio vai para R$ 6 milhões

Números sorteados foram: 05 – 17 – 22 – 37 – 51 – 52

Publicado

on

Nenhum apostador acertou as seis dezenas do concurso 2.776 da Mega-Sena, sorteadas nesta quinta-feira (19) no Espaço da Sorte, em São Paulo. Com isso, o prêmio da faixa principal acumulou e está estimado em R$ 6 milhões para o próximo sorteio, no sábado (21).

Os números sorteados foram: 05 – 17 – 22 – 37 – 51 – 52

A quina teve 38 apostas ganhadoras e cada uma vai receber R$ 37.686,21. Já a quadra registrou 2.202 ganhadores, com prêmio de R$ 929,07 para cada.

As apostas para o próximo concurso podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília) do dia do sorteio, nas casas lotéricas credenciadas pela Caixa em todo o país, ou pela internet. No caso das lotéricas, os estabelecimentos podem fechar antes das 19h. O jogo simples, com seis dezenas marcadas, custa R$ 5.

Foto

Continue Lendo

Geral

Com cachê de R$ 2 mil chamada pública para seleção de filmes no projeto “Vizinhança na Praça” segue aberta

Serão selecionados 28 filmes feitos em MS, com classificação livre e acessibilidade

Publicado

on

Seguem abertas até o dia 25 de setembro as inscrições para chamada pública do projeto Vizinhança na Praça, promovido pela TransCine – Cinema em Trânsito. Interessados podem se inscrever gratuitamente por meio do Google Forms, com link disponível no Instagram (@transcinecg).

A iniciativa contemplada pelo edital de Cinema Itinerante da FCMS (Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul), por meio  da Lei Paulo Gustavo, do MinC (Ministério da Cultura).

O projeto busca valorizar a produção cinematográfica local, selecionando 28 filmes de até 35 minutos, produzidos por diretores e produtores do estado, para exibição em praças públicas de Campo Grande e de seis municípios vizinhos – Terenos, Rochedo, Jaraguari, Ribas do Rio Pardo, Nova Alvorada do Sul e Sidrolândia.

As inscrições se encerram às 23h59 do dia 25 de setembro. O objetivo principal é promover a circulação dessas obras em espaços ao ar livre, tornando o cinema acessível a toda a comunidade, especialmente nas áreas periféricas. Cada filme selecionado receberá um cachê de R$ 2 mil, e os realizadores terão a oportunidade de participar de videocasts que serão produzidos pelo coletivo.

Mariana Sena, produtora audiovisual e idealizadora da TransCine, ressalta a importância desse projeto para a democratização do acesso à cultura: “Queremos levar o cinema para onde ele não costuma chegar, e, ao mesmo tempo, dar visibilidade aos nossos cineastas. A Lei Paulo Gustavo nos permitiu criar uma ponte entre os realizadores e o público, especialmente nas comunidades mais afastadas”, afirma.

Já o jornalista e produtor cultural Lucas Arruda, co-idealizador do projeto, destaca o impacto que o “Vizinhança na Praça” terá sobre a população local: “O cinema é uma ferramenta poderosa de transformação social. Ao exibir filmes de produtores do nosso Estado, estamos não apenas valorizando nossa cultura, mas também oferecendo novas perspectivas e reflexões para as pessoas que vivem nessas comunidades”, pondera.

As exibições ocorrerão em espaços públicos de Campo Grande e nas cidades que fazem limite de município com a Capital, proporcionando uma experiência cinematográfica completa, com acesso gratuito e programação diversificada.

Os filmes serão avaliados por uma curadoria composta por três especialistas da TransCine, que levarão em conta critérios como mérito artístico, relevância cultural, criatividade e acessibilidade. Os resultados provisórios serão divulgados no dia 2 de outubro no Instagram oficial da TransCine (@transcinecg).

Serviço:

 – Inscrições: 2 a 25 de setembro de 2024

– Divulgação dos resultados provisórios: 2 de outubro de 2024

– Divulgação dos resultados finais:

– Onde se inscrever: Link da chamada pública e inscrição disponível no Instagram @transcinecg.

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

Continue Lendo

Mais Lidas

Copyright © 2021 Pauta 67