Dados da Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública) mostram que Campo Grande está mais segura e que os roubos caíram mais de 10% ao longo do ano passado.
No geral, a queda foi de 10,2% ao longo de 2021 em comparação com 2020, com registros de 2.945 casos. Já em 2020 foram contabilizados 3.278 roubos na Capital.
O balanço aponta queda expressiva, de quase 60%, nos roubos seguidos de morte. Foram 3 casos no ano passado, contra os 7 registrados em 2020, o que em números absolutos representa uma redução de 57,1%.
Para o secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, Antonio Carlos Videira, a expressiva redução nos números de roubos são fruto dos investimentos do Governo do Estado, tanto em viaturas e equipamentos, como em capacitação dos policiais.
“De forma inédita e estratégica, nos últimos sete anos o governador Reinaldo Azambuja investiu mais de R$ 649,7 milhões na segurança pública, permitindo que capacitássemos os nossos policiais e equipássemos com novas viaturas, novos armamentos, mobiliários, fardamento e equipamentos de ponta às policiais, os bombeiros, o sistema penitenciário e socioeducativo, garantindo assim melhoria na qualidade dos serviços prestados à sociedade e, consequentemente, a redução dos índices criminais”, frisa Videira.
Dos crimes contra o patrimônio sofreram reduções também os roubos em via urbana (-10,7%), a comércios (-20%) e os furtos de veículos (-5%).
Na opinião do comandante do Policiamento Metropolitano, coronel da Polícia Militar André Macedo, outro fator determinante para a queda dos roubos na Capital foi o aprimoramento da atividade fim, com a criação do Programa de Obtenção de Capacidade Operacional Plena, o OCOP.
“As viaturas passaram a patrulhar de forma mais técnica com base nas estatísticas criminais, na inteligência policial e polícia comunitária. Além disso, o OCOP potencializa a capacidade de atendimento das demandas da Polícia Militar, com a distribuição setorial de viaturas, com o uso de parâmetros técnicos e controle, acompanhamento e supervisão do policiamento”, afirma o coronel Macedo.
Repressão
O titular da Derf (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Furtos), delegado Giuliano Biacio, explica que a repressão realizada pela Polícia Civil também contribui para a redução dos índices, pois quando há um roubo, tem início uma ação sistêmica, que vai desde a ocorrência do crime propriamente dito, até o cumprimento do mandado de prisão do acusado.
“Nós fazemos um levantamento preliminar de informações e cruzamento de dados, até chegar a autoria e, se possível, recuperação dos bens subtraídos, em paralelo realizamos operações rotineiras para o combate a vários crimes contra o patrimônio, que vão de furtos de fios e roubos de celulares em via pública, por exemplo, até operações de cumprimento de mandados de prisão, visando tirar de circulação criminosos que praticam esses crimes”, detalha.
Estado
Os números da Sejusp mostram que a sensação de segurança é percebida tanto em Campo Grande como no interior do Estado, onde houve queda de -11,8% nos roubos em geral, de -20% nos roubos seguidos de morte, com 8 casos no ano passado. Em 2020 foram contabilizados 10 roubos seguidos de morte no interior de Mato Grosso do Sul.
Apresentaram reduções também os roubos em vias urbanas (-16,9%), os roubos a comércios (-8,6%) e os roubos a residências (-10,1%).
Faixa de fronteira
Assim como na Capital e interior, a faixa de fronteira está mais segura, quando o assunto é roubos. No geral a queda foi de -13,3%, de -28,6% nos roubos seguidos de morte, de -17,6% nos roubos em vias urbanas, de -17,9% nos roubos a comércios e de -19,4% nos roubos a residências.
(Com assessoria. Foto: Divulgação)