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Saúde

Quase 25% das mulheres têm dificuldades para dormir por causa do trabalho, revela pesquisa

Especialista elenca os principais obstáculos enfrentados por mulheres para o descanso e quais os impactos de uma noite mal dormida

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Uma pesquisa realizada pela Alice, plano de saúde para empresas que também faz a gestão proativa de seus membros, avaliou a qualidade da saúde do sono das mulheres no Brasil: 20,5% das mulheres relataram sentir com frequência dificuldade para dormir, enquanto 3,4% alegaram sempre ter essa dificuldade – em ambos os casos, a causa era o trabalho. No total, apenas 17,1% afirmaram não sentirem nenhuma dificuldade por conta da rotina profissional.

Outro estudo importante corrobora com esses achados: realizado em um município do interior do Estado de São Paulo o ,“Subjective sleep quality before and during the COVID-19 pandemic in a Brazilian rural population”  descobriu que, durante a pandemia do Covid-19, nas famílias que estavam em quarentena, as mulheres tiveram uma piora na qualidade do sono, enquanto os homens da mesma família não apresentaram os mesmos sinais.

“Embora mulheres estejam mais atentas à sua saúde do que os homens e se cuidem com mais frequência, elas também estão mais propensas a ter distúrbios do sono devido a fatores como flutuações hormonais, menopausa, gravidez e à responsabilidade familiar e profissional, acarretando em maiores incidências de insônia e apneia do sono”, explica Anna Claudia de Azevedo, médica de Família e Comunidade na Alice.

Os reflexos de uma noite mal dormida
Segundo a especialista, noites mal dormidas podem causar fadiga, irritabilidade, lapsos de memória, comprometimento do sistema imunológico, aumento do risco de acidentes e problemas de saúde a curto e longo prazo, como obesidade, diabetes e doenças cardiovasculares. Para Azevedo, o sono desempenha um papel crucial na saúde física e mental. “É essencial para a recuperação e regeneração do corpo, além de ser fundamental para a consolidação da memória e o funcionamento adequado do sistema imunológico”, explica.

A falta de sono pode levar, também, a uma redução da capacidade de concentração, tomada de decisões mais arriscadas, menor criatividade e eficiência no trabalho, além de aumentar o risco de absenteísmo e erros no ambiente profissional. “As mulheres precisam se atentar para que uma coisa não acabe prejudicando a outra e que, no fim, nenhuma afete a sua própria saúde”, comenta a médica.

Dificuldade para dormir, acordar frequentemente durante a noite e sonolência diurna excessiva  são alguns sinais de que a saúde do sono não está bem. Esses sintomas, a longo prazo, podem afetar significativamente a qualidade de vida da mulher. “É recomendado procurar ajuda médica porque cada pessoa tem a sua necessidade em relação ao sono. Então, é importante considerar a rotina da mulher para encontrar os hábitos que impactam sua saúde”, comenta.

Como melhorar a qualidade do sono da mulher
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), as mulheres estão mais expostas a riscos para a saúde devido à rotina cansativa e desgastante, decorrente da jornada dupla de trabalho como profissional e responsável pelo lar e família. Para Anna Claudia, as mulheres precisam estabelecer prioridades e separá-las por ambiente: familiar e profissional. “É importante delegar tarefas, praticar técnicas de relaxamento durante a realização de suas atividades – com pequenas pausas, como, por exemplo, meditação ou yoga – e, em adicional, buscar ajuda emocional.

Além disso, é imprescindível criar uma rotina regular de sono, incluindo um ambiente propício para que a mulher tenha uma boa noite de descanso. “Precisamos reforçar a importância de um ritual relaxante à noite para essas mulheres que relatam ter dificuldade por conta das demandas do trabalho. Praticar técnicas de respiração, evitar estimulantes e eliminar a exposição à luz azul de aparelhos eletrônicos ,   antes de dormir são algumas das orientações que melhoram a qualidade do sono”, explica Azevedo.

A profissional conclui, ainda, que a atividade física, em particular, traz benefícios para o sono em todos os estágios da vida. Além disso, a especialista reforça a importância das orientações para cada fase da vida da mulher. “Durante a gravidez, é importante dormir de lado e usar travesseiros de apoio. Já na menopausa, o manejo dos sintomas, como ondas de calor, pode ajudar a melhorar o sono. Em dias e períodos de alto estresse, é essencial praticar técnicas de gerenciamento das emoções e autocuidado”, finaliza a especialista.

(Com assessoria. Foto: Divulgação)

Saúde

Leitos de UTI crescem 52% em 10 anos; distribuição é desigual

SUS oferece menos disponibilidade do que sistema privado

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O número de leitos de unidades de terapia intensiva (UTI) cresceu 52% no Brasil na última década, passando de 47.846 em 2014 para 73.160 em 2024. A alta mais expressiva se deu em 2021 e 2022, durante a pandemia de covid-19.

Os dados fazem parte do estudo A Medicina Intensiva no Brasil: perfil dos profissionais e dos serviços de saúde, divulgado nesta terça-feira (19) pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira (Amib).

Em nota, a entidade avalia que, apesar do aumento considerado significativo, a distribuição permanece “gravemente desigual”, tanto pelo aspecto territorial, quanto pelo social.

“Uma análise crítica sobre as informações do estudo demonstra a necessidade de adoção de políticas públicas que promovam uma distribuição mais justa da infraestrutura hospitalar e de profissionais intensivistas pelo país”.

De acordo com a Amib, a disparidade começa pela comparação entre a oferta de leitos para a rede pública e para rede privada de saúde. Em 2024, do total de leitos de UTI existentes no Brasil, 51,7% ou 37.820 são operados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Os demais 48,3% ou 35.340 estão no sistema suplementar.

“Apesar da proximidade dos números de leitos de cuidados intensivos disponíveis entre as redes pública e privada, a diferença entre a população atendida pelos dois universos evidencia o problema”, completou a associação.

Os números mostram que no SUS, sistema do qual dependem 152 milhões de pessoas, há 24,87 leitos por 100 mil habitantes. Já na rede privada, que tem 51 milhões de beneficiários de planos de saúde, a disponibilidade de leitos de UTI é de 69,28 por 100 mil beneficiários.

Outra disparidade é verificada entre as regiões brasileiras. Enquanto o Norte apresenta 27,52 leitos de UTI por 100 mil habitantes, o Sudeste registra 42,58 leitos. Em todo o país, a densidade de leitos por 100 mil habitantes é de 36,06. Entretanto, 19 dos 27 estados da federação estão abaixo desse patamar – os extremos vão de 20,95, no Piauí, a 76,68, no Distrito Federal.

Intensivistas

O estudo destaca ainda que, enquanto o número total de médicos, com ou sem especialidade, cresceu 51% entre 2011 e 2023 em todo o país, a quantidade de médicos especialistas em medicina intensiva cresceu 228% no mesmo período – foram contabilizados 8.091 intensivistas em 2023, e 2.464 em 2011.

De acordo com a Amib, a maior parte dos médicos intensivistas em atividade no Brasil se formou há mais de 10 anos, sendo que mais de 75% acumulam entre 10 e 39 anos de prática profissional.

Dentre os intensivistas, a maioria é do sexo masculino (60%) e a faixa etária predominante fica entre 35 e 64 anos, com uma idade média de 52 anos. As mulheres estão as médicas mais jovens, “sugerindo uma possível tendência de aumento da participação feminina na especialidade ao longo do tempo”.

Apesar do crescimento geral da especialidade, Norte e Nordeste registram uma média inferior de intensivistas por habitante quando comparadas às demais regiões, acompanhando a tendência apresentada pela presença menor de leitos de UTI. O Sudeste soma 6.239 registros profissionais, enquanto o Centro-Oeste tem 899 registros. Já o Norte conta com 348 registros.

O Distrito Federal responde pela maior densidade de médicos intensivistas no país, com 14,06 especialistas para cada 100 mil habitantes. O índice representa quase o dobro da densidade do Sudeste (7,35) e quase três vezes a densidade do Mato Grosso do Sul (4,9), que tem base populacional semelhante.

No outro extremo, o Amapá conta com cinco intensivistas, “o que gera uma densidade praticamente nula de especialistas para cada 100 mil habitantes”.

“Nas capitais, a probabilidade de encontrar esse profissional é significativamente maior. A densidade de intensivistas nas 27 capitais brasileiras (14,28) é cinco vezes maior do que a encontrada na soma de todos os outros municípios (2,84)”, concluiu a Amib.

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Saúde

Mpox: OMS aprova primeira vacina para uso emergencial em crianças

Foram notificados casos da doença em pelo menos 80 países em 2024

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) aprovou a inclusão da vacina LC16m8 contra a mpox à lista de insumos de uso emergencial. Este é o segundo imunizante aprovado pela entidade para controle e prevenção da doença, declarada emergência global em agosto.

Dados da entidade revelam que, em 2024, foram notificados casos de mpox em pelo menos 80 países, incluindo 19 nações africanas. A República Democrática do Congo, país mais atingido, responde pela maioria de casos suspeitos.

Nas redes sociais, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, destacou que a vacina LC16m8 é a primeira aprovada para uso em crianças menores de 1 ano que vivem em localidades onde se registra surtos de mpox.

“Este é um passo vital para proteger populações vulneráveis, principalmente crianças, à medida em que a mpox continua a se espalhar”, escreveu.

Segundo Tedros, ao longo dos últimos dois meses, metade dos casos suspeitos contabilizados na República Democrática do Congo foram identificados entre menores de 12 anos. “O número total de casos suspeitos ultrapassou 40 mil este ano, com 1,2 mil mortes reportadas”.

No post, o diretor-geral da OMS alertou que os surtos da doença no Burundi e em Uganda estão em plena expansão. A entidade convocou para a próxima sexta-feira (22) uma reunião do comitê de emergência para reavaliar o cenário de mpox no mundo.

(Fonte: Agência Brasil. Foto: Reprodução)

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Saúde

Boletim Epidemiológico: MS registra 16.012 casos confirmados de dengue

Segundo o documento, 30 óbitos foram confirmados em decorrência da doença e outros 17 estão em investigação.

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Mato Grosso do Sul já registrou 19.429 casos prováveis de Dengue, sendo 16.012 casos confirmados, em 2024.  Estes dados foram apresentados no boletim referente à 45ª semana epidemiológica, divulgado pela SES (Secretaria de Estado de Saúde) nesta terça-feira (19). Segundo o documento, 30 óbitos foram confirmados em decorrência da doença e outros 17 estão em investigação.

Nos últimos 14 dias, Porto Murtinho, Amambai, Caarapó e Itaquiraí tiveram casos confirmados para doença. Já os óbitos registrados ocorreram nos municípios de Maracaju, Chapadão do Sul, Coronel Sapucaia, Dourados, Laguna Carapã, Naviraí, Sete Quedas, Amambai, Paranhos, Ponta Porã, Iguatemi, Itaquiraí, Aparecida do Taboado, Mundo Novo, Campo Grande e Bonito. Entre as vítimas, 15 delas possuíam algum tipo de comorbidade.

Vacinação

Ainda conforme o boletim, 100.999 doses do imunizante já foram aplicadas para idade permitida em bula na população. Ao todo, Mato Grosso do Sul já recebeu do Ministério da Saúde 189.910 doses do imunizante contra a dengue. O esquema vacinal é composto por duas doses com intervalo de três meses entre as doses.

Chikungunya

Em relação à Chikungunya, o Estado já registrou 3.280 casos prováveis, sendo 917 confirmados. Não há óbitos registrados. A SES alerta que as pessoas devem evitar a automedicação. Em caso de sintomas de dengue ou Chikungunya, a recomendação é procurar uma unidade de saúde do município.

Confira os boletins:

Boletim Epidemiológico Dengue SE 45 – 2024 (1)

Boletim Epidemiológico Chikungunya SE 45 – 2024

(Com assessoria. Foto: Divulgação)

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