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Projeto leva acolhimento e humanização a detentas gestantes e com filhos recém-nascidos

Durante a confraternização, houve apresentação do coral formado por internas da unidade prisional, outro projeto social realizado no local.

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Cuidados e atenção à saúde física e emocional das custodiadas gestantes ou com bebês recém-nascidos no EPFIIZ (Estabelecimento Penal Feminino “Irmã Irma Zorzi”), na Capital, têm sido foco do Projeto “Livre Gestar-Maternar”, realizado há quase quatro anos no local, com o objetivo de proporcionar acolhimento e humanização da pena.

A iniciativa busca práticas viáveis, com a realização de ações que envolvem atendimentos de saúde, assistência jurídica e estímulo à autoestima, entre outras, levando em consideração esse período tão complexo para a mulher. Atualmente, o projeto atende a cinco gestantes e três internas com bebês até seis meses de nascido.

Todas as reeducandas grávidas recebem acompanhamento de pré-natal na enfermaria da unidade. Em casos de gestação classificada como Alto Risco é solicitado o encaminhamento para atendimentos com especialistas via SISREG/SE

Além disso, o projeto estrutura várias ações durante o ano, com atenção à saúde bucal, cuidados pessoais no salão de beleza que existe no presídio, além de sessão de fotografias para um álbum do período gestacional. Por meio do Gestar-Maternar, as reeducandas recebem plantão tira-dúvidas com a Defensoria Pública.

Atenção especial também com a alimentação das internas gestantes e lactantes, com reforço no oferecimento de frutas e lanches, por meio da empresa terceirizada responsável pela alimentação servida no estabelecimento prisional.

Os bebês, em regra, permanecem até os seis meses na unidade, e são atendidos pela creche do presídio, com toda atenção prestada, inclusive com cuidados realizados pelas próprias mães.

O local é um ambiente arejado e higienizado com recursos lúdicos e estimulantes para o desenvolvimento da criança e do cuidar da mãe, incentivando o vínculo mãe-bebê.

O trabalho do “Livre Gestar-Maternar” envolve também a preparação da mãe e do bebê para o momento de encaminhamento da criança para a família.

“A condição de privação de liberdade não exclui o dom da mulher de gerar vida, de construir uma ‘maternagem’ de amor e de esperança de dias melhores, pois a maioria das internas gestantes e/ou com seus bebês sentem culpa de estarem com seus filhos em um ambiente prisional”, defende a policial penal Liléia Souza Leite, psicóloga que coordena o projeto.

De acordo com a diretora do EPFIIZ, Mari Jane Boleti Carrilho, o Livre Gestar- Maternar é resultado de um trabalho conjunto, que envolve vários setores do presídio, para garantir olhar mais humanizado a essas mulheres.

“Surgiu a partir da escuta qualificada das demandas de atendimento das gestantes/lactantes. Então, foi realizado um cronograma de ações com acompanhamento multiprofissional atentos ao bem-estar físico, mental e social dessas internas, diante dos inúmeros desafios da situação de estar gerando uma vida dentro do ambiente prisional”, explica.

Confraternização

Em celebração a esse período de fim de ano, as reeducandas atendidas pelo projeto ganharam uma programação especial. Os bebês, as lactantes, as gestantes e as internas que estiveram com seus filhos em 2023 receberam presentes da creche do EPFIIZ.

Durante a confraternização, houve apresentação do coral formado por internas da unidade prisional, outro projeto social realizado no local.

A comemoração contou com a participação da diretora de Assistência Penitenciária da Agepen, Maria de Lourdes Delgado Alves, acompanhadas pelas chefias das divisões ligadas à pasta

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

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Mostra inédita de cinema leva cultura e debate sobre Direitos Humanos ao sistema prisional de MS

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O acesso à cultura ganha força como ferramenta de transformação social e reintegração para pessoas privadas de liberdade em Mato Grosso do Sul com a 1ª Mostra Cinema e Direitos Humanos no Sistema Prisional, lançada na segunda-feira (14) na PEMRFGII (Penitenciária Masculina de Regime Fechado da Gameleira II), em Campo Grande.

A iniciativa está ocorrendo em todo o país e exibe curtas-metragens de 18 a 20 minutos, seguidos por rodas de conversa e dinâmicas educativas. O objetivo é promover reflexões sobre dignidade, cidadania, direitos humanos e novas perspectivas de vida. No estado, o projeto  também terá exibições a reeducandas do EPFFIZ (Estabelecimento Penal Feminino “Irmã Irma Zorzi”), na capital, durante esta semana.

Coordenada nacionalmente pela Senappen (Secretaria Nacional de Políticas Penais) e promovida pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, a mostra tem como tema central “Viver com dignidade é direito humano”. Em Mato Grosso do Sul, a organização está a cargo da Diretoria de Assistência Penitenciária da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário), por meio da Divisão de Assistência Educacional.

Responsável por atuar como facilitador dos debates e conduzir as atividades, o servidor da Senappen, Carlos André dos Santos Pereira, ressaltou que o projeto vai além da simples exibição de filmes. “É um espaço de escuta e diálogo, que promove reflexão, levando arte e cultura aos presídios. Representa também o compromisso com uma política penitenciária mais humana e inclusiva”, afirmou.

A diretora de Assistência Penitenciária da Agepen, Maria de Lourdes Delgado Alves, enfatizou o impacto da iniciativa no comportamento e nas oportunidades de mudança dos custodiados. “A disciplina da unidade passa também pelo tratamento penal. Aqui se trabalha a questão da justiça, da autoestima de pessoas acabaram seguindo caminhos errados. Este é um momento de reflexão. Se conseguirmos mudar a vida de uma pessoa que passa por aqui, estaremos transformando também a vida de sua família, de sua comunidade e a nossa. Uma vida salva representa muitas outras impactadas”, defendeu.

Para a chefe da Divisão de Assistência Educacional da Agepen, Rita de Cássia Argolo Fonseca, a mostra é uma ação de grande alcance. “É um trabalho importante, de impacto social significativo, e que demonstra o compromisso de todos os policiais penais com a ressocialização das pessoas privadas de liberdade”, pontuou. “Com essa realização, Mato Grosso do Sul reafirma seu compromisso com uma política penitenciária mais humana e inclusiva, em que cultura, educação e diálogo ocupam lugar central na construção de novas possibilidades para quem está em privação de liberdade”, complementou.

Já o diretor da Penitenciária da Gameleira II, Evandro Mota, destacou que a Mostra reforça o compromisso da instituição com a dignidade humana e a ressocialização. “São profissionais dedicados, que entendem que segurança e tratamento penal caminham juntos e que o sistema prisional deve ser também um espaço de transformação”, afirmou. Ele agradeceu à equipe de policiais penais da unidade pelo empenho e enfatizou a importância do olhar atento e sensível do Estado em investir em projetos que ampliam horizontes dentro dos muros. “Acreditamos que iniciativas como essa mostram que é possível, além da contenção, apoiar projetos de inserção social. Isso é, antes de tudo, um investimento que transforma vidas, contribui para a redução da criminalidade e impacta positivamente toda a sociedade”, completou.

A participação dos internos nas sessões é voluntária e oferece o benefício da remição de pena, conforme previsto na legislação penal brasileira. Ao final de cada dia, os custodiados escrevem resumos sobre suas impressões e sentimentos, fortalecendo a construção do pensamento crítico e a expressão pessoal.

A Mostra integra as metas do Plano Nacional Pena Justa, promovendo o acesso à cultura como instrumento de transformação e valorização da dignidade humana no ambiente prisional. A ação reúne esforços de diversas instituições, como o Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ministério das Mulheres, Universidade Federal Fluminense, Organização dos Estados Ibero-Americanos, Conselho Nacional de Justiça, por meio do programa Fazendo Justiça, e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento.

Comunicação Agepen

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Especial de Dia das Mães, 21ª Feira Artesão Livre inicia nesta terça-feira de forma presencial e online

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Peças artesanais confeccionadas por pessoas privadas de liberdade em Mato Grosso do Sul estarão à venda na 21ª edição da Feira Artesão Livre – Especial Dia das Mães. O evento será realizado de 6 a 8 de maio, das 13h às 17h, no Fórum de Campo Grande, localizado na Rua da Paz, nº 14 – Jardim dos Estados.

Acesse o grupo pelo QR Code acima.

Além da exposição física, haverá comercialização online, por meio de um grupo de WhatsApp (clique aqui), ampliando o alcance da iniciativa e facilitando o acesso do público interessado. São produtos como amigurumis e bolsas de crochê, panos de prato, tapetes, sousplat, toalha de chá bordadas e, como novidade desta edição, os pesos de porta; tudo produzido com criatividade, dedicação e o desejo de recomeçar.

O objetivo é promover a ressocialização por meio do trabalho e oportunizar uma fonte de renda digna para os reeducandos. A feira é resultado de uma parceria entre a Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) e o Ministério Público Estadual, por meio de sua 50ª Promotoria de Justiça, com o apoio do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, Conselho da Comunidade, Instituto Ação pela Paz e Universidade Presbiteriana Mackenzie/SP.

Ao todo, 66 reeducandos participaram da confecção das mais de 300 peças que serão expostas durante a feira. Dentre as unidades penais participantes estão da capital e do interior do estado.

A iniciativa reforça a importância de projetos que vão além da custódia, investindo em ações transformadoras. “É uma oportunidade de capacitação, geração de renda e fortalecimento da autoestima para quem cumpre pena, colaborando diretamente com o processo de reintegração social e redução da reincidência criminal”, destaca o diretor-presidente da Agepen, Rodrigo Rossi Maiorchini.

O valor arrecadado com as vendas é revertido para os próprios autores das peças, seguindo critérios estabelecidos pela Lei de Execução Penal, que permite o trabalho remunerado de detentos.

A feira tem se consolidado como uma vitrine do potencial artístico e produtivo de homens e mulheres em situação de prisão, além de ser uma excelente opção de presente com significado social para o Dia das Mães e o Natal (época em que a feira acontece também). Os trabalhos são coordenados pela Diretoria de Assistência Penitenciária da Agepen, por meio de sua Divisão do Trabalho Prisional.

Comunicação Agepen

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Presídios de Mato Grosso do Sul recebem 7ª fase da Operação MUTE

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Unidades prisionais de Mato Grosso do Sul estão passando por vistorias rigorosas esta semana como parte da sétima fase da Operação Mute. A ação, coordenada pela Senappen (Secretaria Nacional de Políticas Penais), do Ministério da Justiça e Segurança Pública, acontece em todo o território nacional e tem como principal objetivo combater a comunicação entre organizações criminosas dentro das unidades prisionais, contribuindo para a redução da violência nas ruas.

inspeções são organizadas pela Gisp (Gerência de Inteligência do Sistema Penitenciário) e pela DOP (Diretoria de Operações) da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário). A operação também conta com a participação de operacionais do COPE (Comando de Operações Penitenciárias) e a supervisão de um representante da Senappen.

Durante a operação, policiais penais realizam revistas minuciosas em celas e pavilhões em busca de aparelhos celulares, frequentemente utilizados por criminosos para coordenar atividades ilícitas de dentro das prisões. Além das buscas por dispositivos móveis, em alguns estados também estão sendo realizadas ações para recapturar foragidos da Justiça.

A Operação Mute é considerada a maior já realizada pela Senappen, tanto pelo número de estados participantes quanto pela quantidade de policiais penais federais e estaduais envolvidos. No total, mais de 20 mil agentes estão atuando em mais de 500 unidades prisionais em todo o Brasil, onde estão custodiadas mais de 400 mil pessoas privadas de liberdade.

Impactos da comunicação ilícita no sistema prisional

A comunicação entre detentos por meio de celulares tem sido um dos principais desafios para a segurança pública no país. Para enfrentar essa problemática, a Dipen (Diretoria de Inteligência Penitenciária), da Senappen, propõe não apenas a Operação Mute, mas também a implementação de rotinas e procedimentos específicos nos estabelecimentos prisionais, alinhados com as estratégias das inteligências penitenciárias estaduais, como vem ocorrendo em Mato Grosso do Sul. Essas ações têm mostrado impacto direto na redução dos Crimes Violentos Letais Intencionais no Brasil.

Somando os resultados das seis fases anteriores da Operação Mute, a expectativa é de que, ao fim desta sétima fase, o número de celulares apreendidos chegue a seis mil unidades no país. A ação se destaca como um dos principais esforços no combate ao crime organizado dentro das prisões e na tentativa de reduzir a violência nas ruas.

Com a continuidade dessas ações, a expectativa é de que o controle sobre as comunicações ilegais dentro dos presídios seja cada vez mais eficaz, garantindo maior segurança para a população brasileira.

Com informações da Senappen.

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