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Economia

Produtos do agronegócio responderam por 90% das exportações de MS

Um dos motivos deste desempenho recorde na produção do milho foi o maior uso de tecnologia e variedades nas lavouras

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Os produtos do agronegócio somaram US$ 6,9 bilhões no acumulado de janeiro a novembro de 2022, o que representou 90% dos US$ 7,595 bilhões exportados por Mato Grosso do Sul no mesmo período. Os dados foram obtidos com base em análise feita na Carta de Conjuntura da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar). Dos 12 principais produtos exportados pelo Estado, de janeiro a novembro deste ano, os sete primeiros são da cadeia produtiva do agronegócio.

Amparado por uma safra recorde próxima de 12 milhões de toneladas, o milho foi a vedete em crescimento na balança de exportações do agronegócio sul-mato-grossense neste ano, com um aumento de 667,13%. Em valores, Mato Grosso do Sul exportou US$ 585,5 milhões de janeiro a novembro. Já em volume foram 2,8 milhões de toneladas comercializadas ao exterior.

Um dos motivos deste desempenho recorde na produção do milho foi o maior uso de tecnologia e variedades nas lavouras. Mesmo com os problemas de clima a produtividade do milho safrinha chegou a 96 sacas por hectare, o dobro do ano passado, quando saíram dos campos estaduais 47 sacas por hectare.

O secretário Jaime Verruck, da Semagro, destaca que a força do agronegócio com o avanço dos preços das commodities, a agroindustrialização e o investimento público direto foram os alicerces que impulsionaram as riquezas de Mato Grosso do Sul e levaram o Estado a registrar o maior incremento do PIB (Produto Interno Bruto) de 2020 a 2022 entre os estados da Federação.

Ele acrescenta que o Estado é tradicional exportador de grãos para os estados do sul do País, mas a mudança na matriz econômica está impactando em maior consumo interno dos grãos. “Temos projetos de ampliação da agroindustrialização, como duas usinas processadoras de etanol de milho, uma já em operação em Dourados e outra em Maracaju. Isso sem contar a expansão na produção de suínos e aves, que também consomem o milho na fase da engorda”, salientou.

A demanda interna é de 6 milhões de toneladas, o que segundo o secretário é suficiente para atender a cadeia produtiva. No entanto, a industrialização vai mudar estes números. “Existe uma tendência em reduzir ainda mais o quantitativo enviado para fora de MS e beneficiar cada vez mais dentro do Estado, transformando este milho em ração de suínos, de aves”, sinalizou.

No caso do etanol de milho, Verruck lembra que já entrou na pauta de exportação o DDG [sigla em inglês para grãos secos e destilados] do milho, que novamente entra na cadeia produtiva, principalmente na pecuária.

“A agregação de valor  é uma de nossas metas dentro da política industrial. Buscamos a eficiência para que Mato Grosso do Sul  seja um Estado multiproteína e exporte não só as proteínas vegetal e animal mas também avance em outros produtos. O resultado da nossa balança comercial já demonstra isso. Mato Grosso do Sul se posiciona hoje como um exportador agroindustrial. Eu acho que esse é um grande objetivo que nós tivemos no desenvolvimento da política industrial do Estado”, conclui o secretário.

Outros produtos

A soja manteve no ano o protagonismo em valores de exportação com mais de US$ 2 bilhões obtidos até novembro, ou o equivalente a 26,7% do total exportado pelo Mato Grosso do Sul. No entanto, em termos de receita houve um recuo de 8,57%. O segundo produto da pauta foi a celulose com 18,24% de participação na balança e US$ 1,3 bilhões de receita.

Já o setor de carne bovina registrou aumento de 30,7% nas vendas externas de janeiro a novembro, com US$ 1,1 bilhão negociados. Já em carne de aves foram US$ 344,6 milhões exportados no ano.

(Com assessoria. Foto: Divulgação)

Economia

Taxa de desemprego atinge menor patamar desde 2012

Índice ficou em 6,2% no trimestre encerrado em outubro

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A taxa de desocupação no país, também conhecida como taxa de desemprego, ficou em 6,2% no trimestre encerrado em outubro deste ano. A taxa é a menor registrada desde o início da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, em 2012.

O trimestre anterior, encerrado em julho deste ano, havia registrado taxa de 6,8%. Em outubro do ano passado, havia ficado em 7,6%.

A população ocupada (103,6 milhões) também atingiu recorde, ficando 1,5% acima da média do trimestre encerrado em julho e 3,4% superior a outubro.

A população desocupada recuou para 6,8 milhões, ou seja, 8% a menos (menos 591 mil pessoas) em relação ao trimestre anterior e 17,2% inferior a outubro de 2023 (menos 1,4 milhão de pessoas). É o menor contingente de desocupados desde o trimestre encerrado em dezembro de 2014.

O rendimento real habitual do trabalhador ficou em R$ 3.255, ficando estável na comparação trimestral e crescendo 3,9% no ano. A massa de rendimento real habitual (R$ 332,6 bilhões) cresceu 2,4% (mais R$ 7,7 bilhões) no trimestre e 7,7% (mais R$ 23,6 bilhões) no ano.

(Fonte: Agência Brasil. Foto: Reprodução)

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Economia

Setor de máquinas registra crescimento em outubro, diz Abimaq

Aumento foi de 11,3% em relação ao mês anterior

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O setor de máquinas e equipamentos registrou crescimento em outubro, com a receita líquida total do setor somando R$ 26,3 bilhões, o que representa aumento de 11,3% em relação ao mês anterior e de 6,4% na comparação anual.

O balanço foi divulgado nesta quarta-feira (27) pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq). A elevação foi puxada pela melhora nas exportações e nas vendas no mercado doméstico.

As vendas no mercado externo cresceram 8,2% na comparação com o mês anterior. Em relação ao mesmo mês de 2023, houve leve queda de 0,6%, após o crescimento de 12,2% registrado em setembro de 2024. Segundo a Abimaq, a queda em relação ao mesmo período de 2023 ocorreu pela contração nos preços relativos (-5,2%).

Já em quantidade houve crescimento de 5,4%. No mês as exportações atingiram US$ 1,407 bilhão, o melhor resultado de 2024. No acumulado do ano, o resultado acumulado ficou 7% abaixo do resultado de 2023 (janeiro a outubro) mantendo a tendência de recuperação.

As importações somaram US$ 2,7 bilhões, em outubro, 6,1% a mais do que em setembro e um aumento de 32,4% em relação ao mesmo mês do ano passado.

O consumo aparente do setor de máquinas e equipamentos – que considera o total da produção industrial doméstica e as importações, deduzidas as exportações – teve elevação de 10,5% na comparação mensal. Em relação a outubro do ano passado, houve alta de 21,6%.

Pessoal ocupado

No mês de outubro houve melhora no número de pessoas empregadas no setor, que somou 398 mil colaboradores. O crescimento foi de 0,1% em relação a setembro e de 1,5% em relação a outubro de 2023.

 

(Fonte: Agência Brasil. Foto: Reprodução)

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Economia

Pacote de corte de gastos vai atingir supersalários e grandes fortunas

Ministro do Trabalho, Luiz Marinho adiantou pontos das medidas

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O pacote de corte de gastos a ser anunciado nesta quarta-feira (27) pelo governo federal abordará supersalários no serviço público e imposto sobre grandes fortunas, disse há pouco o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho. Em entrevista coletiva para explicar a criação de 132,7 mil postos de trabalho em outubro, o ministro adiantou alguns pontos das medidas.

“Supersalários, imposto para super-ricos, vem tudo aí. Pacote completo”, disse Marinho. Perguntado se o pacote também envolve aumento de correção na tabela do Imposto de Renda, o ministro simplesmente disse: “Tudo”, sem entrar em detalhes.

Em relação ao seguro-desemprego, Marinho declarou que não haverá mudança de regra. Segundo o ministro, a ideia chegou a ser discutida no pacote, mas não avançou.

“Não há mudança de regra para o seguro-desemprego, por exemplo, mas vamos aguardar os detalhes. Se não eu vou furar o olho do colega [ministro da Fazenda, Fernando Haddad]. [O pacote] será muito diferente do que estava sendo desenhado até então”, disse. Em relação ao abono, Marinho nem confirmou nem negou alterações.

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Marinho confirmou que o pacote a ser anunciado às 20h30, em cadeia de rádio e TV, pelo ministro Haddad será detalhado nesta quinta-feira (28) em entrevista coletiva. Há um mês, o governo tenta enviar medidas de corte de gastos obrigatórios que impeçam, até 2027, o estouro do limite das despesas do arcabouço fiscal. Em vigor desde o ano passado, o marco fiscal restringe o crescimento real (acima da inflação) das despesas do governo a 70% do crescimento real das receitas, limitado a 2,5% acima da inflação por ano.

Debates

Em outubro, Marinho chegou a anunciar que pediria demissão se o Ministério do Trabalho não fosse ouvido na elaboração do pacote. Nesta quarta-feira, o ministro disse ter mudado de opinião porque conseguiu botar as “impressões digitais” nas medidas.

“Eu disse [em outubro] que, se não fosse ouvido, eu pediria demissão. Mas fui envolvido. Participei do debate. Hoje Haddad fará o pronunciamento. Amanhã serão anunciados os detalhes. Lá tem as minhas digitais nos debates lá colocados”, declarou.

Outras medidas

Na segunda-feira (25), Haddad confirmou que o pacote também trará medidas para reformar a previdência dos militares, reformular o Vale Gás e limitar os supersalários no funcionalismo público federal.

Na entrevista de hoje, Marinho disse que o pacote de corte de gastos é necessário para ajustar o ritmo de crescimento dos gastos ao das receitas. “A PEC [proposta de emenda à Constituição] da Transição resolveu um problema herdado do governo anterior e resolveu que a economia funcionasse por dois anos. Agora é preciso ajustar a velocidade de despesas com receitas. No ano passado, o Congresso não aprovou todo o desejado [pelo governo]”, declarou.

 

(Fonte: Agência Brasil. Foto: Reprodução)

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