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Política

Por unanimidade, distribuição gratuita de absorventes é aprovada na Câmara

Projeto deve impactar mais de 70 mil em situação de vulnerabilidade

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Foi aprovado, com 28 votos a favor e nenhum contra, o Projeto de Lei nº 10.072/2021, de autoria da vereadora Camila Jara (PT), que propõe diretrizes para a promoção da dignidade menstrual, entre elas a distribuição gratuita de absorventes na rede SUS e nas escolas da rede municipal, além de ações de educação e conscientização a respeito da menstruação.

O projeto, de coautoria dos vereadores William Maksoud (PTB) e Ronilço Guerreiro (Podemos) e que deve impactar 72 mil campo-grandenses em situação de vulnerabilidade, segue agora para sanção do Executivo Municipal.

Protocolado no dia 28 de maio, o projeto tramitou normalmente e foi votado em regime de urgência na sessão ordinária desta quinta-feira, quando foi exibido também um documentário retratando a difícil realidade de quem não tem condições de comprar absorvente para seu período menstrual.

“Precisamos falar de pobreza menstrual porque os dados sobre esse tema são alarmantes no Brasil e porque nós, mulheres, somos punidas por menstruar. Desde novas, aprendemos que algo natural do nosso corpo, que é a menstruação, é classificado como algo nojento. Somos punidas porque absorventes são tratados como produtos supérfluos e 34% de seu valor é de imposto. Isso é mais um reflexo de um país extremamente desigual, um país que sempre penaliza os mais pobres”, discursou a vereadora antes da votação.

Apoio unânime

Ao longo da votação, que foi nominal, a vereadora Camila Jara recebeu o apoio dos demais parlamentares, que elogiaram sua coragem de pautar o tema, mesmo sendo a única mulher na Câmara, e pressionaram o prefeito Marquinhos Trad pela sanção do projeto, para que não seja vetado, como ocorreu das outras vezes que o tema foi abordado por outros vereadores.

“Contamos com a sensibilidade do prefeito e da vice-prefeita para sancionar o projeto, que possamos, com o apoio do governo do Estado, por meio do secretário João César Mattogrosso, fabricar nas incubadoras municipais esses absorventes que serão distribuídos”, avaliou o vereador Sandro Benites (Patriota).

“Esse é um projeto de extrema inclusão social, que se preocupa com quem mais precisa, o que é costumeiro dentro do Partido dos Trabalhadores, e eu tenho certeza que nosso prefeito vai sancionar e vai colocar em prática”, afirmou Ayrton Araújo, que compõe a bancada do PT junto com Camila Jara.

Ao elogiar o projeto, o vereador Professor André (Rede) destacou a atuação da autora e a importância da representatividade dentro da Casa de Leis. “Nesses seis meses, não vi nenhum projeto da vereadora que não tenha mérito de aprovação, assim como a Renda Básica, que vamos continuar lutando. Esse trabalho mostra a importância da diversidade, de termos pessoas diferentes com novas vivências”, declarou.

Presidente da Câmara, o vereador Carlão usou sua experiência pessoal para enfatizar a importância social do projeto. “Na periferia onde eu morei e militei por mais de 30 anos, a maioria das adolescentes não têm condições de comprar absorventes. Isso eu presenciei, eu vi dentro da minha família. Então realmente esse é um projeto que nós temos que trabalhar muito para que comece acontecer”, finalizou ao declarar aprovado o projeto.

Desigualdade e violência

A pobreza menstrual é caracterizada pela falta de acesso a recursos, infraestrutura e até conhecimento para cuidados envolvendo a própria menstruação e afeta principalmente meninas e mulheres cisgênero, como também homens trans, que vivem em condições de pobreza e situação de vulnerabilidade.

Na falta de absorventes, pessoas que menstruam utilizam jornal, papel higiênico, pedaços de pano e até mesmo miolo de pão, materiais inadequados e inseguros que podem causar infecções e graves problemas à saúde.

Mas os problemas vão além. Pesquisas apontam que uma em cada quatro meninas já faltou à escola enquanto estavam menstruadas por não ter absorventes e que a perda de aula é de até 45 dias por ano letivo.

“Muitas não têm bom rendimento escolar e até abandonam os estudos, o que, por sua vez, impacta também as oportunidades no mercado de trabalho. A pobreza menstrual nada mais é que uma outra forma de violência de gênero, além de uma violação de direitos. Nós estamos tirando dessas estudantes o direito de sonhar com um futuro melhor”, afirmou.

Política

Projeto redefine em 40 salários o teto das obrigações de pequeno valor

A previsão é que a proposta seja apresentada na sessão ordinária desta quarta-feira (27).

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A requisição de pequeno valor (RPV), que é o pagamento que o ente público é condenado a pagar por meio de processo judicial, poderá ter como teto 40 salários mínimos em Mato Grosso do Sul. É o que estabelece o Projeto de Lei 276/2024, protocolado na Assembleia Legislativa (ALEMS) nesta terça-feira (26) pela deputada Gleice Jane (PT).

A proposta altera a Lei 2.586/2002, que define a obrigação de pequeno valor. O RPV vigente, conforme disposto nessa lei, tem o limite de 515 Unidades Fiscais de Referência de Mato Grosso do Sul (Uferms). Na redação proposta, o valor passa a ser igual ou inferior a 40 salários mínimos. A alteração, segundo justifica Gleice Jane, atende ao parágrafo terceiro do artigo 100 da Constituição Federal.

O projeto “visa garantir maior efetividade na prestação jurisdicional, ao assegurar que os créditos de menor valor, reconhecidos por decisão judicial transitada em julgado, sejam pagos de forma célere e eficaz”, afirma a parlamentar. A mudança também “é necessária para atualizar os valores à realidade econômica atual, corrigindo defasagens que prejudicam os credores de menor porte e, consequentemente, a própria eficácia da Justiça”, acrescenta.

A previsão é que a proposta seja apresentada na sessão ordinária desta quarta-feira (27). Depois, fica em período de pauta para recebimento de emendas e segue para análise da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR). Se o parecer quanto à constitucionalidade for favorável, continua tramitando com votações nas comissões de mérito e no Plenário.

(Com assessoria. Foto: Divulgação)

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Política

Deputados cobram ações urgentes para resolver crise hídrica nas aldeias indígenas

Pedro Kemp solicitou uma força-tarefa das autoridades para sanar a crise hídrica nas aldeias Bororó e Jaguapiru

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Nos últimos anos, a falta de água potável tem se tornado um problema cada vez mais grave nas aldeias indígenas de diversas regiões do Estado. O acesso à água, recurso essencial para a saúde, é uma luta para muitas dessas comunidades e tem sido constantemente debatida pelos parlamentares da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS). Na sessão desta terça-feira (26), os parlamentares voltaram a cobrar uma solução do governo.

Pedro Kemp (PT) foi o primeiro a tratar sobre o tema, solicitando uma força-tarefa das autoridades federais e estaduais para sanar a crise hídrica nas aldeias Bororó e Jaguapiru, localizadas no município de Dourados. “Moradores têm relatado a falta de água para beber, cozinhar, lavar roupas e tomar banhos, condições que afetam o dia a dia dessas pessoas, fazendo, inclusive, com que as crianças percam aula por falta de roupa limpa.

Para Lia, o governo precisa intensificar os esforços para garantir o acesso à água

Conforme Kemp, os reservatórios das aldeias estão vazios, as crianças estão coletando água em córregos, o que agrava ainda mais a situação diante da contaminação por agrotóxico. “Diante de toda a situação de calamidade, os índios estão bloqueando rodovias em forma de protesto. Em 2023, o Governo do Estado, através da Sanesul, elaborou um projeto para solucionar a crise hídrica nas aldeias de Dourados. Orçado em R$ 35 milhões, foi inserido no PAC [Programa de Aceleração e Crescimento], entretanto, até o presente momento ainda não há notícias de que tenha sido colocado em prática”, informou.

Lia Nogueira (PSDB) também cobrou uma ação rápida do governo. “Isso já se arrasta há mais de 20 anos. Existe projeto para que água seja levada às aldeias e outros municípios, como Paranhos e Amambai, mas não sai do papel. Não dá mais para esperar, chegou ao limite. O governo precisa intensificar os esforços para garantir o acesso à água nas comunidades indígenas”, disse a deputada.

 

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

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Política

Congresso encerra sessões e reforça segurança após explosões no STF

Segundo Rodrigo Pacheco, a Polícia Legislativa ajuda na apuração

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As sessões plenárias da Câmara dos Deputados e do Senado Federal foram encerradas na noite desta quarta-feira (13) após o registro de explosões perto do prédio do Supremo Tribunal Federal, em Brasília. Segundo o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, a Polícia Legislativa das duas casas está ajudando na apuração das circunstâncias do fato. 

Ele também afirmou que a segurança nas duas casas está sendo reforçada. “É o momento de se aferir as circunstâncias e todos terem as cautela e as precauções devidas. É natural que, diante do acontecimento que foi noticiado, é óbvio que toda força de segurança tem que estar em alerta nesse instante”.

Pacheco lamentou o ocorrido e a morte de uma pessoa. “Lamento se tem uma pessoa morta, manifestamos toda a nossa solidariedade e lamentamos sem conhecer as circunstâncias”.

Ele também lembrou os acontecimentos de 8 de janeiro de 2023, quando centenas de pessoas invadiram e depredaram o prédios públicos de brasília. “Foi muito triste e relevante e mudou todos os padrões de segurança dos Três Poderes”.

O 2º vice-presidente da Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), suspendeu a sessão depois de receber as informações das explosões e da morte. “Estamos com seguranças em todos os acessos para garantir a nossa saída daqui a nossos lares”, afirmou.

Explosão

Policiais militares fazem uma varredura na Praça dos Três Poderes após duas explosões terem ocorrido na noite de hoje perto do prédio do STF. O Corpo de Bombeiros confirmou a morte de uma pessoa.

A perícia também está no local.

O acesso de pedestres e carros à Esplanada dos Ministérios foi fechado em decorrência das explosões, que ocorreram por volta das 19h30.

Em nota, o STF disse que foram “ouvidos dois fortes estrondos ao final da sessão e os ministros foram retirados do prédio com segurança”. “Os servidores e colaboradores também foram retirados por medida de cautela”, acrescenta. O público que participava da sessão que analisava ação sobre letalidade policial em favelas foi retirado às pressas. As explosões foram ouvidas após o encerramento da sessão.

 

(Fonte: Agência Brasil. Foto: Reprodução)

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