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Saúde

População sente falta de remédios na rede pública da Capital

Prefeitura admite que há falta de 15% dos estoques, por conta de diversos motivos

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Diversas unidades de saúde em Campo Grande têm apresentado falta de medicamentos, de acordo com usuários do SUS (Sistema Única de Saúde), que relatam ao Campo Grande News o déficit nos estoques de vários remédios, como dipirona ou insumos utilizados por pessoas com diabetes.

Vários dos fármacos estão há meses em falta, o que prejudica o tratamento de diferentes grupos, e algumas das unidades são a UBS (Unidade Básica de Saúde) da Vila Nasser, CEM (Centro de Especialidades Médicas), UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Coronel Antonino, UBS 26 de Agosto e CRS (Centro Regional de Saúde) do Tiradentes.

A dona de casa Sofia Paiva dos Santos, de 52 anos, precisa fazer tratamento de hipotireoidismo, que exige o remédio levoid, mas relata que está em falta desde novembro de 2022. “Há meses vamos ao CEM e a prefeitura diz que não mandou o remédio. Acho que deveria ter uma prioridade maior para o gasto com assistência da saúde, da população. Tinha de olhar mais com carinho para essa situação. A gente consegue comprar, mas e quem não consegue?”, questiona.

“Até estava faltando médicos. Tem dia que não tem nenhum, às vezes o que tem está de atestado e há os que entram e saem de imediato, ficam um mês no trabalho e saem. Ou você precisa fazer um exame e não tem médico da área.”

Ela narra que já soube de relatos de falta de dipirona no posto de saúde da Vila Nasser, bem como de ibuprofeno, dexametasona, entre outros. Até mesmo a insulina para pacientes com diabetes está em falta, segundo ela. “Há um déficit muito grande na rede de saúde. Está um descaso.”.

“Perguntei para a moça porque não haveria insulina e ela disse que ia comprar, mas saiu rápido. Pedem uma quantidade, mas mandam outra. Tem insulina de caneta, mas não pode ser dada para pessoas que têm diabetes, com menos de uma certa idade, porque ela é para priorizar para idosos. Mas se há pessoas doentes, deveriam dar, e as outras pessoas?”.

Necessidade – Usuários do SUS que estavam nesta quarta-feira (8) no CEM, no Bairro São Francisco, relataram falta de diversos remédios. Apesar de não ter precisado de medicamentos quando foi ao centro, a funcionária em um frigorífico em Anastácio Lélis Marques Alves dos Santos, de 48 anos, relata que a filha aguardava exame em endocrinologista desde maio de 2022, mas como a médica estava afastada por questões de saúde, não conseguiu realizar o procedimento e terá de reagendar.

A aposentada Ramona Cordeiro Souza, de 65 anos, relata que medicamentos contra hipotireoidismo e diabetes estão em falta. Ela menciona que há dificuldade para encontrar diosmina, puran, glifage e injeções que custam cerca de R$ 400, se forem comprados na rede particular. “Meu marido toma uma injeção a cada 90 dias, mas não temos condições. Se não toma, a doença vai aumentando”.

“Na Casa da Saúde, é uma burocracia para te darem os remédios. Nas unidades de saúde, também estão em falta”, diz ela, que mora mais perto da UBS (Unidade Básica de Saúde) do Parque do Sol. “Lá tem farmácia, mas não é 24 horas. Muitas vezes falta losartana e propranolol, por exemplo”.

Estoque – Procurada, a Prefeitura de Campo Grande ressalta que, atualmente, a Rede Municipal de Saúde encontra-se com mais de 85% do estoque de medicamentos abastecido. As “faltas pontuais” ocorrem por conta da indisponibilidade do produto ou matéria-prima no mercado, estagnação no processo de compra devido a pedidos de realinhamento de preço, bem como o não cumprimento do prazo de entrega por parte do fornecedor.

Quando há descumprimento dos contratos, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) garante que, inclusive, chegou a entrar com ações judiciais contra estas empresas no intuito de garantir o abastecimento e, consequentemente, evitar que haja uma descontinuidade no tratamento e assistência da população.

“Cabe esclarecer ainda que o abastecimento de medicamentos no município tem sido regular desde 2017 a partir da reorganização dos processos de compras e empenho da gestão. No ano anterior, 2016, o estoque de medicamentos do município estava abaixo da chamada reserva técnica, com menos de 20% dos itens disponíveis”, diz a pasta.

Déficit – Em 2022, o CRF (Conselho Regional de Farmácia) de Mato Grosso do Sul chegou a recomendar a manipulação de medicamentos e receitas em estabelecimentos credenciados, como forma de conter o desabastecimento de medicamentos essenciais ao cuidado à saúde, em todos os níveis de atenção.

Nota técnica publicada pelo órgão, aplicada também pelo Conselho Federal de Farmácia, orienta pela “manipulação de fármacos ou mesmo a indicação de necessidade de retorno ao médico ou dentista prescritor para adequação terapêutica em função da contingência atual”.

Conforme a entidade, o Estado e outras unidades federativas do País têm laboratórios de manipulação de medicamentos e farmacêuticos altamente capacitados atuantes na área magistral, que podem contribuir com o processo de tratamento dos pacientes.

No início de julho do ano passado, a Sesau afirmou que a Capital possuía cerca de 90% do estoque de medicamentos da rede municipal de saúde abastecido naquele momento.

(Fonte: CampoGrandeNews. Foto: Divulgação)

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Saúde

Dia Nacional do Doador de Sangue é oportunidade para aumentar estoques do Hemosul

Os doadores regulares de sangue, ou aqueles que fazem pela primeira vez, relatam a alegria de poder ajudar.

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Para intensificar as doações de sangue como parte das ações do Dia Nacional do Doador de Sangue, celebrado nesta segunda-feira (25), o Hemosul Coordenador, em Campo Grande, recebe voluntários durante toda a semana.

O mês de novembro foi escolhido por preceder um período de estoques baixos, proximidade das férias, de datas comemorativas de fim de ano, carnaval e outros períodos de feriados prolongados. O sangue doado é utilizado para pessoas com doenças hematológicas variadas e câncer, pessoas que se submetem a cirurgias eletivas de grande porte e para emergências.

Os doadores regulares de sangue, ou aqueles que fazem pela primeira vez, relatam a alegria de poder ajudar. “Minha mãe sempre contou que quando nascemos de sete meses de gestação, eu e minha irmã gêmea, a medicina dizia que ou ela ou nós sairíamos vivas. Todas precisamos de sangue na época. Desde muito nova eu pensei que seria justo se eu, que recebi doação de sangue, retribuísse para ajudar, agradecer de alguma forma”, disse a estudante Hilda Beatriz Fernandes, 19 anos.

Para demonstrar agradecimento ou marcar uma nova etapa de vida, a doação de sangue também é a escolha de outras pessoas que procuram o Hemosul. Há duas semanas, no dia 11 de novembro, João Ricardo comemorou o aniversário de 16 anos de um jeito diferente, ele escolheu doar sangue. “Obrigada a toda a equipe do Hemosul pelo carinho e atenção a nós e a todos os doadores”, disse a mãe dele, Rosyane Vasques, que também doou sangue, mostrando que solidariedade é um presente que transforma vidas.

Vitória Lima de Arruda, 18 anos, também foi outra jovem que comemorou da mesma maneira. “Amei, obrigada. Estou ansiosa pela próxima”, disse ela quando doou sangue pela primeira vez, em outubro.

“O Dia Nacional do Doador de Sangue, comemorado hoje, dia 25 de novembro, é muito especial para que nós possamos homenagear os nossos queridos doadores. Na verdade, consideramos todos os dias, o dia do doador, porque é uma doação altruísta, na qual ele doa uma parte muito importante de si, o sangue. Por isso hoje temos uma decoração e lanche especiais e alguns mimos para os doadores, e em alguns locais programações especiais”, disse Marina Sawada Torres, coordenadora da Rede Hemosul MS.

Dicas para doações

Para quem for doar sangue pela primeira vez, observe algumas dicas importantes para tornar a experiência simples e segura:

– É necessário ter entre 16 e 69 anos (menores de 18 precisam de autorização dos responsáveis e a primeira doação deve ser até 60 anos – após esta idade, a doação pode ser feita apenas por pessoas que já são doadores), pesar 51 kg ou mais, e estar em boas condições de saúde;

– Durma bem na noite anterior e faça uma refeição leve antes da doação. Evite alimentos gordurosos nas quatro horas que antecedem;

– Beba bastante água antes da doação para facilitar o processo;

– É essencial apresentar um documento oficial com foto;

– Após a doação, descanse e evite esforços físicos nas primeiras horas.

Atualmente o estoque de sangue tipos O- e O+ está em falta no Hemosul Coordenador. Para doar basta comparecer à unidade – ou no período matutino nos postos de coleta localizados na Santa Casa e no Hospital Regional – com documentos pessoais, estar bem alimentado e bem de saúde.

O Hemosul também reforça que doenças respiratórias deixam o doador inapto enquanto estiver doente. Homens podem doar sangue até quatro vezes ao ano com intervalo mínimo de dois meses. Mulheres podem doar até três, com intervalo mínimo de três meses.

Serviço

O Hemosul Coordenador fica na Av. Fernando Corrêa da Costa, 1304. O funcionamento é das 7h às 17h de segunda a sexta, e das 7h às 12h no sábado. Os telefones para contato são 3312-1517 e 99298-6316 (WhatsApp).

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

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Saúde

Boletim Epidemiológico: MS registra 16.012 casos confirmados de dengue

Em relação à Chikungunya, o Estado já registrou 3.280 casos prováveis, sendo 917 confirmados. Não há óbitos registrados

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Mato Grosso do Sul já registrou 19.489 casos prováveis de Dengue, sendo 16.012 casos confirmados, em 2024.  Estes dados foram apresentados no boletim referente à 46ª semana epidemiológica, divulgado pela SES (Secretaria de Estado de Saúde) nesta segunda-feira (25). Segundo o documento, 30 óbitos foram confirmados em decorrência da doença e outros 17 estão em investigação.

Nos últimos 14 dias, Itaquiraí e Amambai tiveram casos confirmados para doença. Já os óbitos registrados ocorreram nos municípios de Maracaju, Chapadão do Sul, Coronel Sapucaia, Dourados, Laguna Carapã, Naviraí, Sete Quedas, Amambai, Paranhos, Ponta Porã, Iguatemi, Itaquiraí, Aparecida do Taboado, Mundo Novo, Campo Grande e Bonito. Entre as vítimas, 15 delas possuíam algum tipo de comorbidade.

Vacinação

Ainda conforme o boletim, 100.999 doses do imunizante já foram aplicadas para idade permitida em bula na população. Ao todo, Mato Grosso do Sul já recebeu do Ministério da Saúde 189.910 doses do imunizante contra a dengue. O esquema vacinal é composto por duas doses com intervalo de três meses entre as doses.

Chikungunya

Em relação à Chikungunya, o Estado já registrou 3.280 casos prováveis, sendo 917 confirmados. Não há óbitos registrados. A SES alerta que as pessoas devem evitar a automedicação. Em caso de sintomas de dengue ou Chikungunya, a recomendação é procurar uma unidade de saúde do município.

Confira os boletins:

Boletim Epidemiológico Dengue SE 46 – 2024

Boletim Epidemiológico Chikungunya SE 46 – 2024

(Com assessoria. Foto: Divulgação)

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Saúde

Governo de MS avança na regionalização da saúde com entrega de UTI cardiológica no HR de Três Lagoas

A UCO conta 10 leitos de UTI e tem capacidade de atender cerca de 125 pacientes por mês

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O Governo de Mato Grosso do Sul, por meio da Secretaria Estadual de Saúde (SES), dá mais um passo significativo no compromisso de regionalização da saúde com a entrega da Unidade Cardiológica (UCO) do Hospital Regional da Costa Leste Magid Thomé em Três Lagoas. Inaugurada quinta-feira (21), a UCO representa um avanço no atendimento especializado à população da região leste do Estado.

Com investimento de R$ 1.050.000,00 a UCO conta 10 leitos de UTI e trabalha com a capacidade de atender cerca de 125 pacientes por mês.  A Unidade Coronariana é uma unidade de terapia intensiva que trata pacientes adultos com problemas cardíacos graves ou com risco de vida. A UCO dispõe de uma equipe multidisciplinar composta por médicos, enfermeiros e fisioterapeutas, prontos para atender emergências e fornecer cuidados intensivos aos pacientes.

Com esta nova estrutura, espera-se reduzir o tempo de espera por atendimento especializado e aumentar as chances de recuperação dos pacientes da região leste do Estado.

“Um atendimento excelente, tudo ótimo. As enfermeiras, fisioterapeutas, médicos todos super atenciosos e prestativos. Essa é a segunda vez que preciso vir aqui me tratar e considero muito importante um serviço desse aqui na região para nos atender já que eu moro em Aparecida do Taboado. Vou espalhar para todos lá na minha cidade o quanto sou bem atendida aqui”, conta dona Maria Martins, paciente da UCO.

Gresso Sanomiya, de Três Lagoas

Morador de Três Lagoas, o gesseiro Gresso Sanomiya está recebendo tratamento na Unidade Coronariana e compartilha o mesmo sentimento. “Estou sendo muito bem atendido aqui. É essencial para Três Lagoas e todas as cidades aqui da região ter a disposição serviços hospitalares de excelência como os que são oferecidos aqui no Magid Thomé”, ressalta.

Representando o secretário de Estado de Saúde, Maurício Simões Correa, o assessor técnico da SES, Dr. João Ricardo Tognini, explica que a implantação da Unidade Coronariana se torna mais relevante com o aumento populacional diante do contexto da expansão econômica de Três Lagoas e região, surge a necessidade de um suporte médico adequado para atender as demandas decorrentes dessa transformação social e econômica.

Assessor técnico da SES, Dr. João Ricardo Tognini

“A UCO traz consigo uma gama de serviços que prioriza não apenas o tratamento, mas também a prevenção de doenças do coração. Por meio de equipamentos modernos e uma equipe multidisciplinar preparada para lidar com os mais diversos casos, a Unidade Coronariana se alinha ao compromisso do Hospital Regional em garantir a saúde e o bem-estar da comunidade. Isso significa que a população de Três Lagoas, e das cidades vizinhas, terão acesso a um atendimento rápido e eficaz, reduzindo assim a necessidade de transferências para outras localidades e os riscos associados a intervalos prolongados de espera por atendimento emergencial”, afirma o assessor técnico da SES.

O diretor-geral do Hospital Magid Thomé, Henrique Schultz, enfatizou que esta nova unidade simboliza uma resposta significativa às demandas crescentes da população, reafirmando o compromisso de melhorar continuamente os serviços hospitalares. “Pra gente é um prazer e uma oportunidade imensa podermos hoje concretizar a abertura de 10 leitos da Unidade Coronariana. Há um ano estamos no caminho da alta complexidade em cardiologia onde já fazemos mais de 1.300 procedimentos da parte da cardiologia. E hoje a gente consegue ampliar esse serviço com a retaguarda desses leitos unidade de coronariana em nosso Hospital. Isso é um Marco para Mato Grosso do Sul, mas principalmente para nossa macrorregião dos 10 municípios na qual nós fazemos parte dessa contratualização com o Estado, disse Schultz.

Presidente do Instituto Acqua, Samir Siviero

Para o presidente do Instituto Acqua, Organização Social que administra o Hospital Regional da Costa Leste, Samir Siviero, a concretização desse projeto só foi possível graças à união de esforços de todos os envolvidos no processo de implantação da UCO. “Desde que iniciamos o serviço de hemodinâmica, a remoção de pacientes para Campo Grande diminuiu cerca de 40%. O Hospital Magid Thomé é uma construção coletiva desde o seu início. Governo do Estado, SES e nossos profissionais trabalharam em conjunto no planejamento e na implantação da UCO”, destaca Samir Sivero.

Presidente da Câmara Municipal e prefeito eleito de Três Lagoas, Dr. Cassiano Maia

A inauguração da UCO contou com a presença do presidente da Câmara Municipal e prefeito eleito de Três Lagoas, Dr. Cassiano Maia e profissionais da saúde que puderam conferir as novas instalações e o impacto positivo que esta conquista trará para a saúde pública da região.

Com dois anos de vida, o Hospital Regional poder contar com essa estrutura, eleva o nível de qualidade dos serviços de saúde pública de Três Lagoas. Disponibilizar um atendimento emergencial complexo, de serviço hemodinâmico, oferece uma segurança e tranquilidade para o município e toda região leste”, exalta Cassiano Maia, prefeito eleito de Três Lagoas.

O investimento na saúde é uma das prioridades do Governo que busca melhorar a infraestrutura e os serviços oferecidos nas unidades hospitalares em todo o Estado.

Estrutura

Inaugurado em junho de 2022, o Hospital Regional da Costa Leste Magid Thomé foi construído em uma área de 26,4 mil metros quadrados, em um prédio com blocos setorizados, que dispões de 116 leitos. Ele conta com 460 funcionários diretos e mais 600 indiretos, chegando 1.060 empregos gerados na cidade.

O hospital disponibiliza atendimento ambulatorial de média e alta complexidade, assim como consultas especializadas, pronto socorro, enfermaria, UTI adulto e pediátrica, clínica geral, serviços de Endoscopia Adulto e Infantil, Colonoscopia, Broncoscopia, Ultrassom/Dopler e Ressonância Magnética, entre outros procedimentos para atender a população de Três Lagoas e toda região. A capacidade do hospital é de 218 cirurgias por mês.

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

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