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Economia

Pesquisa da Serasa revela o impacto da pandemia no bolso do brasileiro

A pesquisa, que envolveu mais de duas mil pessoas em todo o país, constata que a renda diminuiu

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O brasileiro aumentou sua disposição para empreender, buscando renda por conta própria, reduziu o uso do dinheiro vivo, substituindo-o pelo PIX, passou a priorizar os gastos em casa, como TVs por assinatura, e diminuiu drasticamente os investimentos com lazer externo. Estas conclusões são da pesquisa “Pandemia e os Impactos Financeiros”, realizada pela Serasa em parceria com o Instituto Opinion Box, ao revelar o que mudou na vida financeira dos brasileiros após dois anos de enfrentamento da Covid-19 e os reflexos dessas transformações nos hábitos de consumo, lazer e comportamento.

A pesquisa, que envolveu mais de duas mil pessoas em todo o país, constata que a renda diminuiu para um terço da população brasileira entrevistada (34%). Entre os que registraram aumento de renda no período, percebe-se um crescimento de oito pontos percentuais: eram 17% em 2021 e, agora, são 25%. Cresceu também o número de pessoas que afirmaram ter verificado aumento nas despesas: de 50% (2021) para 63% (2022).

Mesmo com o aumento de gastos e a queda da renda, mais brasileiros voltaram a pagar as contas em dia. O percentual de pontualidade aumentou de 46% no primeiro ano da pandemia (2021) para 51% (2022). Para passar a pandemia sem dívidas ou sem atrasar as contas, 51% dos entrevistados disseram ter cortado os gastos desnecessários, enquanto em 2021 eram 46% nessa situação.

Fazer um planejamento financeiro também ajudou: 42% revelaram que agora se planejam mais, contra 21% em 2021. E muitas lições de como lidar com o dinheiro foram assimiladas nos tempos difíceis do confinamento: 67% disseram que agora dão mais importância em ter dinheiro guardado, 62% admitiram ter aprendido a cuidar melhor do dinheiro e 54% perceberam que gastavam muito com o que não precisavam. Durante a pandemia, a reserva financeira dos brasileiros diminuiu um pouco mais. Em fevereiro de 2021, 50% disseram que tinham dinheiro guardado. Agora, esse percentual caiu para 48%.

PAGAMENTO DAS CONTAS

A pesquisa constatou que, mesmo em meio às dificuldades, houve um aumento significativo dos brasileiros que conseguiram pagar em dia uma ampla gama de contas. Eles deram prioridade para os planos de saúde (2022: 88% – 2021: 74%), seguros (2022: 87% – 2021: 73%), serviços de assinatura como Netflix e Amazon (2022: 84% – 2021: 77%), escolas ou faculdades (2022: 82% – 2021: 65%) e aluguel (2022: 81% – 2021: 68%).

Já o percentual de brasileiros que ficaram com outros tipos de contas em atraso aumentou, como o cheque especial (2022: 63% – 2021: 51%) e os empréstimos com amigos, familiares ou conhecidos (2022: 60% – 2021: 55%). E quando foram questionados sobre quais contas priorizariam caso fosse necessário escolher apenas uma para pagar, apontaram as contas básicas, como água, luz e gás (36%), o cartão de crédito (19%) e o aluguel (14%).

Com a chegada do Pix e outras soluções digitais, o dinheiro em espécie não figura mais entre as três principais opções de pagamento do brasileiro. Antes da pandemia os pagamentos eram realizados com cartão de crédito (63%), cartão de débito (54%), dinheiro vivo (54%), aplicativo do banco (43%) e carteiras digitais (23%). Atualmente, o cenário mostra a liderança do Pix (67%), cartão de crédito (67%), cartão de débito (41%), aplicativo do banco (41%) e dinheiro vivo (32%).

Uma porcentagem de amostra (32%) recorreu a um acordo para quitar dívidas durante a pandemia, mesmo índice registrado em fevereiro de 2021. Um total de 37% das pessoas precisou recorrer ao empréstimo ou dinheiro emprestado, com destaque para empréstimo pessoal (fev. 21:35% – fev. 22: 44%) e empréstimo com amigos, familiares ou conhecidos (fev. 21:49% – fev. 22:35%). A quantia solicitada foi de até R$ 3.500,00 (58%) e a maior parte dos entrevistados (63%) optou pelo parcelamento em até 24 meses.

(Com assessoria. Foto: Divulgação)

Economia

Mercado financeiro reduz previsão da inflação para 4,7%

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© Reuters/Pilar Olivares/Direitos Reservados

A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – considerado a inflação oficial do país – passou de 4,72% para 4,70% este ano. A estimativa foi publicada no boletim Focus desta segunda-feira (20), pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC) com a expectativa de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos.

Para 2026, a projeção da inflação também caiu, de 4,28% para 4,27%. Para 2027 e 2028, as previsões são de 3,83% e 3,6%, respectivamente.

A estimativa para este ano está acima do teto da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,5% e o superior 4,5%.

Depois de queda em agosto, em setembro a inflação oficial subiu 0,48%, com influência da alta da conta de luz. Em 12 meses, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumula 5,17%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE).

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Juros básicos

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros  – a Selic – definida em 15% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do BC. As incertezas do cenário econômico externo e indicadores que mostram a moderação no crescimento interno estão entre os fatores que levaram à manutenção da Selic, na última reunião, no mês passado.

A intenção do colegiado é, de acordo com a ata divulgada, manter a taxa de juros atual “por período bastante prolongado” para garantir que a meta da inflação seja alcançada.

A estimativa dos analistas é que a taxa básica encerre 2025 nesses 15% ao ano. Para o fim de 2026, a expectativa é que a Selic caia para 12,25% ao ano. Para 2027 e 2028, a previsão é que ela seja reduzida novamente para 10,5% ao ano e 10% ao ano, respectivamente.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Mas, além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas.

Assim, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia. Quando a taxa Selic é reduzida a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.

PIB e câmbio

Nesta edição do boletim Focus, a estimativa das instituições financeiras para o crescimento da economia brasileira este ano passou de 2,16% para 2,17%. Para 2026, a projeção para o Produto Interno Bruto (PIB, a soma dos bens e serviços produzidos no país) ficou em 1,8%. Para 2027 e 2028, o mercado financeiro estima expansão do PIB em 1,82% e 2%, respectivamente.

Puxada pelas expansões dos serviços e da indústria, no segundo trimestre deste ano a economia brasileira cresceu 0,4%. Em 2024, o PIB fechou com alta de 3,4%. O resultado representa o quarto ano seguido de crescimento, sendo a maior expansão desde 2021, quando o PIB alcançou 4,8%.

A previsão da cotação do dólar está em R$ 5,45 para o fim deste ano. No fim de 2026, estima-se que a moeda norte-americana fique em R$ 5,50.

Andreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil

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Economia

Taxa de desemprego em agosto fica em 5,6% e repete recorde de mínima

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© Marcello Casal jr/Agência Brasil

A taxa de desocupação no trimestre encerrado em agosto ficou em 5,6%, repetindo o menor patamar já registrado pela série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua.

Os dados foram divulgados nesta terça-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O país tinha, no fim de agosto, 6,1 milhões de pessoas desocupadas, o menor contingente da série. O número de ocupados chegou a 102,4 milhões.

Com esse resultado, o nível da ocupação, que mede o percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar, ficou em 58,1%, se mantendo no nível mais alto da série histórica.

O número de empregados com carteira assinada também foi recorde e alcançou 39,1 milhões de pessoas.

Mercado de trabalho

A pesquisa do IBGE apura o comportamento no mercado de trabalho para pessoas com 14 anos ou mais e leva em conta todas as formas de ocupação, seja com ou sem carteira assinada, temporário e por conta própria, por exemplo. Pelos critérios do instituto, só é considerada desocupada a pessoas que efetivamente procura uma vaga. São visitados 211 mil domicílios em todos os estados e no Distrito Federal.

Caged

A Pnad é divulgada no dia seguinte a outro indicador de comportamento do mercado de trabalho, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e que acompanha apenas o cenário de empregados com carteira assinada.

De acordo com o Caged, o mês de agosto apresentou saldo positivo de 147.358 vagas formais. Em 12 meses, o balanço é positivo em 1,4 milhão de postos de trabalho formais.

Bruno de Freitas Moura – Repórter da Agência Brasil

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Economia

Microempreendedores individuais estão mais otimistas com relação ao acesso a crédito, mostra pesquisa

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ASN Nacional - Agência Sebrae de Notícias Foto: Divulgação.

O otimismo do microempreendedor individual (MEI) aumentou no último ano. A Sondagem Econômica do MEI, realizada mensalmente pelo Sebrae em conjunto com a Fundação Getulio Vargas (FGV), mostra que no último mês de junho, na comparação com o mesmo período do ano passado, o Índice de Confiança do MEI (IC-MEI) aumentou 2,3 pontos. Além disso, o sexto mês de 2025 registrou o menor nível da série histórica dos MEIs que avaliam como “difícil” o acesso a crédito (63,2%) – em 2024, esse indicador foi de 67,8%.

“A análise precisa ser feita com base no cenário econômico do país. A confiança está associada ao bom momento econômico que voltou ao Brasil. Associado a isso, o MEI é aquele que se vira, que levanta de manhã e faz sua própria renda. Agora, o Estado está dando condições para que ele continue gerando emprego e renda”, afirma o presidente do Sebrae, Décio Lima.

No recorte por atividades, os profissionais de Serviços lideram o avanço no IC-MEI, com 3,9 pontos em junho de 2025 contra junho de 2024. No mesmo período, os MEIs do Comércio somaram 2,3 acima e os da Indústria recuaram 0,8 ponto. Nesse intervalo de um ano, todas as regiões tiveram variação positiva: Nordeste (4,8 pontos), Sul (4,9 pontos), Sudeste (1,2 ponto) e Norte/Centro-Oeste (0,3 ponto).

Foto: Divulgação.

Crédito

Quando avaliado o fator crédito, apesar do maior acesso, o “custo financeiro” continua sendo a maior dificuldade enfrentada para 25,6% dos MEIs. O presidente do Sebrae, Décio Lima, reforça que as elevadas taxas de juros praticadas no mercado prejudicam o desenvolvimento dos pequenos.

Nós, do Sebrae, junto com o governo do presidente Lula e do vice Alckmin, temos trabalhado incessantemente para apoiar os empreendedores a buscarem alternativas em um ambiente econômico que não foi feito pensando nos pequenos negócios, mas na acumulação de capital.

Décio Lima, presidente do Sebrae.

Por meio do Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas (Fampe), o Sebrae, ao longo de 2025, deve chegar a R$ 12 bilhões em crédito para pequenos negócios viabilizados com garantia do FAMPE.

Por Márcia Lopes

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