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Para atender adolescentes de escolas públicas, programa da PM alia esporte e educação

E o treinamento de futebol é realizado duas vezes na semana, no contraturno escolar.

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A cada apito a bola rola e a disputa fica mais acirrada para definir quem vai dominar o objeto do desejo de meninos e meninas, para finalmente marcar o gol. Todo o movimento de pés, além dos pedidos de passe e tudo que envolve, possivelmente, a maior paixão nacional do brasileiro, o futebol, só faz aumentar a euforia dos jogadores.

Na quadra da EE Blanche dos Santos Pereira, no Tijuca, a disputa é dos jovens que participam do programa “Bom de Bola, Bom na Escola”, da PM (Polícia Militar). A unidade escolar atende aproximadamente 1,6 mil alunos do 6º ano do ensino fundamental ao 3º ano do ensino médio. E o treinamento de futebol é realizado duas vezes na semana, no contraturno escolar.

A atuação em dez diferentes regiões de Campo Grande contribui no dia a dia dos bairros mais periféricos e também traz melhorias para o ambiente escolar. “A gente percebe de positivo a interação dos membros da polícia com a comunidade e da comunidade com a polícia. E como os estudantes gostam desse projeto! Eles participam para praticar um esporte e também para aprender alguns valores que são colocados pelos policiais. Percebemos a mudança no dia a dia, tanto é que se tem um estudante que está tendo problemas, conversamos com os policiais que nos ajudam nessa interação também”, afirmou o diretor da escola, Amarildo Rodrigues Monteiro.

O interesse pelo esporte é o que fala mais alto e nenhuma regra afasta os “fominhas”, que só querem saber mesmo é de jogar futebol. “A gente sabe que alguns não comem antes de vir para o treino e no projeto eles lancham. Temos que forçar, fazer eles pararem para comer. Se deixar ficam só jogando bola”, explica o cabo Marcelo Schueller, responsável pela unidade, que passou a ter o projeto em 2022, além de outras duas escolas.

 

Para participar do programa os estudantes precisam, acima de tudo, ter empenho na escola – com boas notas e bom comportamento –, e não devem usar brinco, piercing e boné enquanto treinam.

Aluno do 2º ano do ensino médio, Eduardo Pereira, 16 anos, se adaptou para participar do “Bom de Bola, Bom na Escola” e ainda convida amigos para fazerem parte. “Gosto de participar para jogar, a gente aprende várias coisas. Gosto por causa dos colegas, campeonatos e dos instrutores. Eu trouxe dois amigos para jogar e já explico para eles que tem que ter respeito e educação. Eu usava brincos, mas tirei, e não pode usar boné e nem falar palavrão”, explicou.

“Eu comecei este ano, fui em recebida por todos. Venho treinar para esquecer os problemas, é um momento de descontração”, afirmou a aluna do 9° ano, Maysa Eduarda de Abreu, 14 anos.

A proximidade com os adolescentes que participam do projeto também envolve os treinadores. O professor de educação física Joel Silva, atua há oito anos nas escolas e relata inúmeros casos de superação e também do cuidado da equipe com os jovens. “Eles confiam na gente, se abrem para contar os problemas familiares e pessoais. Anos atrás um dos alunos não queria jogar, e ficou no cantinho da quadra. Ele acabou contando que não via o pai há anos, e tinha passado por ele no mercado, mas o homem fingiu que não o conhecia. A gente foi atrás do pai, para tentar uma reconciliação”, conta com lágrimas nos olhos. “Nossos jovens precisam de cuidado e atenção, são bons meninos e meninas, precisam só de direcionamento”.

Aliciene Garcia Domingos tem dois filhos – Alivan, 17 anos e Giovane, 11 anos, ambos com deficiência –, que participam do projeto desde o ano passado na EE Sebastião Santana de Oliveira, no José Abrão, e observa o cuidado da equipe, além do desenvolvimento de ambos. “Os dois são especiais, e o treinamento ajudou muito na questão da responsabilidade, adquiriram habilidade. Antes eles não sabiam e não gostavam de ler e escrever, eram muito tímidos, e o projeto tirou o medo deles, ajudou a se desenvolverem em tudo”.

Aluno do 6º ano da EE Professor Silvio Oliveira dos Santos, no Aero Rancho, Ricardo Pereira Rocha, 10 anos incentivou o amigo Davi Serrano de Gamarra, 12 anos, a partir do programa. “Eu gosto de jogar bola e chamei meu amigo. A gente tem que ir bem na escola para poder treinar”, afirmou Ricardo. O pai dele, Patrécio Rocha Pereira, destacou que o treinamento também auxiliou no retorno presencial das aulas, desde o ano passado. “O projeto aumenta a capacidade interação. Viemos de um momento difícil, de pandemia, e com o isolamento a gente percebe que as crianças sentem falta do entrosamento. O “Bom de Bola” trouxe isso, ele se motiva”.

Os irmãos nigerianos Oya Toyosi, 13 anos Sango Bukola, 16 anos, tiveram apoio do programa na adaptação no Brasil. Ambos estão no país há um ano e meio e além de treinar, também colocam a língua portuguesa em prática. “Gosto muito do Brasil. Nunca tinha jogado bola na Nigéria, eu não fazia esportes. E aqui eu gosto de jogar e de fazer amizade”, afirmou Sango.

“O projeto teve início em 2010, após a identificação de situações de defasagem, brigas e uso de drogas. O programa tem como base o resgate de valores. É importantíssimo (tirar boas notas) a gente verifica o boletim de todos eles”, explicou o cabo Schueller.

Programa

O programa valoriza e difunde a cultura e a paz, o esporte e o lazer, faz parte das ações voltadas ao policiamento comunitário, fortalece e aproxima o policial da comunidade. Atualmente, os batalhões da PM da Capital e dos municípios de Paranaíba e Fátima do Sul possuem turmas do “Bom de Bola”.

Para participar o adolescente deve ter entre 10 e 17 anos, estar matriculado e frequentando uma escola pública e ter interesse pelo esporte. O pai ou responsável precisa autorizar a participação do aluno, comprometendo-se em auxiliar o estudante no desempenho na escola. No ano passado foram atendidos aproximadamente 900 jovens nas três cidades onde o programa é realizado.

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

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Prefeitura disponibiliza ônibus gratuito para a 46ª Festa Junina de Dourados

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População poderá contar com transporte público gratuito até o Centro de Convenções. Foto: A. Frota

A Prefeitura de Dourados vai disponibilizar transporte gratuito para que a população possa aproveitar a 46ª Festa Junina, com tranquilidade e economia. O evento acontece de 13 a 15 de junho, no Centro de Convenções Antônio Tonnani, no Parque Alvorada e, para os três dias de ‘festança’, a Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran) fornecerá o serviço.

O itinerário do ônibus que ficará disponível gratuitamente abrangerá o Jóquei Clube (com saída em frente a Casa da Criança Feliz), a região dos bairros Dioclécio Artuzi, Harrison de Figueiredo (com saída em frente ao posto de gasolina Manga Rosa), Jardim Guaicurus (saída em frente ao Ceim Pedro da Silva Mota, pontos da avenida Coronel Ponciano, pontos da Avenida Marcelino Pires, com destino final no Centro de Convenções.

Na sexta-feira (13), o horário de saída do ônibus do ponto de partida inicial (Jóquei Clube) será às 19h. No sábado (14), o horário de saída do ônibus do ponto de partida inicial (Jóquei Clube), será às 18h30. Já no domingo (15), o horário de saída do do ônibus do ponto de partida inicial (Jóquei Clube) será às 16h. Em todos os dias, o horário de retorno do transporte passando pela mesma rota inicial, será às 23h30.

Essa é mais uma ação da prefeitura, por determinação do prefeito Marçal Filho tendo em vista proporcionar meios para que as famílias possam ter lazer, ambiente familiar e prestigiar o comércio e os artistas locais.

O evento contará com uma mega estrutura com shows nacionais e regionais, quadrilhas, exposição de produtos, parque de diversões e muitas barracas e food trucks com comidas típicas. Em todos os dias, quadrilhas apresentarão o melhor da tradição junina e levarão muita animação ao público.

MUITA MÚSICA

As atrações musicais tomam o palco a partir 19h, nos três dias, sendo que na sexta terá Maria Eduarda, Grupo Terra Seca e a dupla Júlia & Rafaela; no sábado, Grupo Postal Sul, Brenno Reis & Marco Viola e João Camaleão. O encerramento no domingo fica por conta de Grupo Surungo Bueno, ForróDiando e Alex & Yvan.

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Operação Pantanal: com preparação e planejamento bombeiros mantém atuação em todo o MS

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Com trabalho contínuo de preparação e planejamento para atuar nas ações de prevenção e combate aos incêndios florestais em Mato Grosso do Sul, a Operação Pantanal 2025, realizada pelo CBMMS (Corpo de Bombeiros Militar) se mantém em todo o Estado nos biomas Pantanal, Cerrado e Mata Atlântica.

Atualmente as tropas realizam ações de prevenção e preparação, com reforço na permanência das onze bases avançadas localizadas em diferentes regiões do Pantanal. A distribuição dos militares em locais estratégicos do bioma, grante o combate – caso ocorram incêndios florestais – rápido e eficaz.

Com o aumento dos níveis dos rios na região pantaneira, não há focos de incêndios no bioma. Mesmo assim todas as ações necessárias para manter as equipes preparadas são realizadas, como o trabalho de conscientização sobre o uso e os riscos do fogo e a queima prescrita no Parque Estadual do Pantanal do Rio Negro.

“Adotamos as bases avançadas como um norte, aumentamos e estrurutra e permitimos novos usos, agreando mais valor para as comunidades atendidas. Temos um cronograma para as equipes, mantendo a operação contínua com a presença permanete proporcional ao ao fogo existente. As bases já estão ativadas e nossa preocupação é o bioma como um todo”, afirmou o major e subdiretor da DPA (Diretoria de Proteção Ambiental) do Corpo de Bombeiros, Eduardo Teixeira.

A instalação das bases avançadas em áreas remotas no Pantanal, em Mato Grosso do Sul – desde a TIF (Temporada de Incêndios Florestais) 2024 –, ainda colabora com o trabalho preventivo do Corpo de Bombeiros. As estruturas (bases avançadas) contam com equipes em áreas remotas e de difícil acesso no bioma, o que contribuiu para impedir ocorrência de focos nas regiões onde estão instaladas.

As bases avançadas auxiliam na atuação mais eficiente no bioma. Para garantir a presença dos bombeiros nas onze diferentes áreas, equipamentos e veículos de combate a incêndio foram enviados em uma barca, pelo Rio Paraguai, saindo de Corumbá – em maio de 2024.

Com atuação planejada e organizada, o Corpo de Bombeiros desenvolve importante trabalho nas ações de controle e combate a incêndios florestais em todo o Estado. O apoio de diversas tecnologias contribui para a pronta resposta e efetiva extinção de focos – especialmente no Pantanal.

Neste ano já foram realizadas ações de combate a incêndios em áreas urbanas e rurais, formação de brigadas com a capacitação de pessoas para atuação direta na proteção de suas comunidades, capacitação de bombeiros militares em curso de prevenção e combate a incêndios florestais, além de cursos de condução de veículos 4×4 (Off road), operação de drone, manutenção em motomecanizado, condução de embarcações, entre outros.

“Em relação as medidas adotadas formamos mais de 200 militares nas especialidades, e mais de 600 brigadistas, mais de 200 militares do exército brasileiro. Temos as bases do Amolar, Redário e Forte Coimbra ativadas e em funcionamento, operando. Temos a base da Fazenda Lourdes, na Nhecolândia, montada”, exlicou o major Teixeira.

As boas práticas desenvolvidas em Mato Grosso do Sul, para monitoramento dos biomas e ações efetivas de combate a incêndios florestais contribuem de forma decisiva na preservação ambiental.

Natalia Yahn, Comunicação Governo de MS
Fotos: Álvaro Rezende (destaque)

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Com tecnologia inédita, MS tem monitoramento ambiental para identificar desmatamento e queimadas

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A sala de situação da UNIGEO (Unidade de Geoprocessamento), uma estrutura técnica de inteligência geoespacial para o monitoramento ambiental de Mato Grosso do Sul, foi inaugurada ontem (11), no Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul).

A nova estrutura representa uma evolução tecnológica inédito no país, com capacidade de detecção automatizada de desmatamentos e queimadas em toda a extensão do território sul-mato-grossense, que abrange mais de 357 mil km². A sala de situação foi projetada como uma ferramenta estratégica de apoio à fiscalização, gestão territorial e à governança ambiental, promovendo maior agilidade e precisão nas ações de comando e controle.

Tecnologia a serviço do meio ambiente

Com base em scripts automatizados e imagens de satélite de alta resolução fornecidas por plataformas internacionais, o sistema da UNIGEO está em funcionamento desde 2023. Desde então, já foram emitidos mais de 10,6 mil alertas automáticos de desmatamento. Cada alerta é imediatamente cruzado com os bancos de dados territoriais e jurídicos do Imasul, identificando sobreposições com UCs (Unidades de Conservação), APPs (Áreas de Preservação Permanente), RLs (Reservas Legais), CAR (Cadastro Ambiental Rural) e licenças de supressão vegetal concedidas.

“Um dos pontos centrais dessa nova etapa de gestão ambiental é a emissão de alertas de desmatamento. Com o sistema atual, conseguimos monitorar em tempo quase real o que está acontecendo em todo o Estado, identificando tanto o desmatamento legal quanto o ilegal. No caso do legal, acompanhamos se o produtor está atuando dentro das condições e prazos previstos em sua licença”, explicou o secretário Jaime Verruck, da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação).

A precisão do sistema, que opera com resolução de até um metro e permite a verificação detalhada das áreas com cobertura vegetal alterada, também foi destacado por Verruck. “O grande diferencial é que temos um sistema interligado ao CAR e capaz de realizar embargos automáticos em propriedades sem licenciamento. Além disso, o monitoramento inclui áreas de cana-de-açúcar, unidades de conservação, terras indígenas e até pontos de calor, com acionamento direto via SICOE aos bombeiros e à PMA”, disse o secretário.

Investimento em inovação

Para viabilizar essa transformação, o Governo do Estado investiu aproximadamente R$ 1,5 milhão na estrutura da sala de situação, que inclui um videowall de alta resolução, estações de trabalho e monitores, garantindo alto desempenho na análise e visualização de dados geoespaciais em tempo real.

A automação permitiu a redução de 72% na carga de trabalho manual dos técnicos, anteriormente responsáveis por analisar individualmente as alterações na cobertura vegetal. Com isso, os profissionais passaram a focar em atividades mais estratégicas, como validações em campo, emissão de pareceres e suporte a operações de fiscalização.

Governança digital e sustentabilidade

Para o diretor-presidente do Imasul, André Borges, a criação da sala de situação é um marco institucional e uma ferramenta concreta no enfrentamento ao desmatamento ilegal e à degradação ambiental. “Estamos investindo em tecnologia de ponta para garantir que o monitoramento ambiental no Mato Grosso do Sul seja cada vez mais rápido, preciso e eficaz. A sala de situação é mais do que uma estrutura física – é um símbolo do nosso compromisso com a sustentabilidade, com o rigor técnico e com a governança ambiental”.

A arquitetura da UNIGEO está fundamentada nos pilares da precisão, periodicidade e rastreabilidade dos dados, assegurada transparência, segurança jurídica e eficiência nas ações do Imasul.

Além da estrutura já implementada, o Imasul planeja novos investimentos para reforçar a atuação da UNIGEO em campo. Estão previstas aquisições de drones, viaturas, quadrículos e pacotes adicionais de imagens de satélite para ampliar a cobertura de áreas remotas e de difícil acesso.

A mais recente inovação foi a inserção de mecanismos de inteligência artificial, que possibilitam análises mais eficientes, identificação automatizada de padrões e priorização de casos críticos. O desafio é modernizar os fluxos internos para agilizar a tramitação de processos administrativos e judiciais.

“Já começamos a ampliar o uso da inteligência artificial para aprimorar nossa produtividade. Temos muita informação à disposição, mas agora o foco é acelerar as respostas — seja na emissão de autos de infração, na apuração de irregularidades ou na prevenção de danos ambientais”, completou o secretário.

Com a sala de situação da UNIGEO, Mato Grosso do Sul se consolida como referência nacional em monitoramento digital do meio ambiente e reforça seu protagonismo no enfrentamento ao desmatamento, às queimadas ilegais e às mudanças climáticas. Trata-se de uma estrutura moderna, replicável e estratégica, alinhada aos compromissos globais de preservação ambiental e desenvolvimento sustentável.

Gustavo Escobar, Imasul e Marcelo Armôa, Semadesc
Fotos: Gustavo Escobar, Imasul

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