Connect with us

Justiça

Ouvidoria da Mulher promete combater violência de gênero

Canal foi lançado nesta quarta-feira pelo Ministério Público do Rio

Publicado

on

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) inaugurou nesta quarta (10) sua Ouvidoria da Mulher, canal voltado para o atendimento especial a mulheres vítimas de todas as formas de violência. O procurador de Justiça, Augusto Vianna Lopes, ouvidor do MPRJ, disse que essa é uma “ferramenta, dentro da Ouvidoria, de suma importância, porque a gente está externando a intenção do Ministério Público de dar um tratamento prioritário à violência de gênero”. O canal já está funcionando a partir desta quarta-feira.

Segundo Vianna Lopes, o MPRJ sempre recebeu demandas de violência contra a mulher. “Só que, no estado do Rio de Janeiro, essa violência cresceu muito e é deslumbrando esse crescimento e a necessidade de ter uma visão do que está acontecendo que este canal está sendo criado”. Isso significa que o serviço está sendo aprimorado, com o lançamento de uma ouvidoria especializada dentro do Agosto Lilás, mês que comemora a criação da Lei Maria da Penha e durante o qual medidas pró ativas de conscientização de toda a rede de apoio e enfrentamento à violência doméstica contra as mulheres são realizadas para combater e prevenir contra esses crimes. “Toda equipe está sendo treinada e preparada para ter uma forma de escuta, para que a mulher se sinta acolhida, no primeiro momento, e possa, a partir desse acolhimento, se sentir confortável para fazer denúncia perante o Ministério Público”.

Escuta empática

A Ouvidoria da Mulher será um canal de escuta empática da vítima, para que o MPRJ possa receber o máximo de informações e tenha condições de ajudá-la, não só recebendo denúncia, mas prestando informações e encaminhando a vítima a outros equipamentos públicos e redes de apoio para que ela possa suplantar a violência e sair dessa situação, “que é muito negativa para a sociedade”, comentou Lopes. Esclareceu que a ouvidoria vai abranger qualquer pessoa vitima de violência que envolve seu gênero, suas opções de vida, sua capacidade de não poder escolher o que quer, qual o caminho a seguir, não ter direito à saúde e outras violências a que a mulher é submetida historicamente. “A criação do canal visa exatamente melhorar esse serviço”.

O Canal atende pelo telefone gratuito 127 na opção 2 . Há a opção ainda do atendimento presencial. “Esses dois canais – o call center e o atendimento presencial – ocorrem durante os dias úteis”. Augusto Vianna Lopes informou que há ainda a opção de atendimento 24 horas, através da página da Ouvidoria da Mulher, onde a pessoa preenche um formulário eletrônico e encaminha para o canal recém-criado. “Ela pode fazer isso de duas maneiras: identificando-se ou de forma anônima, caso de filhos, vizinhos ou parentes que não querem se expor. Eles podem relatar ao Ministério Público uma pessoa que esteja sendo vítima de violência”.

O MPRJ tem ainda uma Ouvidoria Itinerante, onde a mulher ganhou um espaço próprio. O procurador de Justiça disse que o carro da Ouvidoria Itinerante vai rodar as cidades fluminenses e as regiões do estado permitindo acesso à Ouvidoria da Mulher. O veículo permite, em salas individualizadas, um atendimento reservado para que a mulher possa se abrir e ter um diálogo franco com as equipes do MPRJ.

Coordenação

A Ouvidoria da Mulher será coordenada pela promotora de Justiça, Gabriela Tabet, assistente da Ouvidoria Geral do MP. Para Gabriela, o canal lançado hoje vai servir à escuta não só da mulher vítima de violência doméstica, mas de outros tipos de violência, entre os quais a violência sexual, patrimonial, moral e psicóloga, sem falar na violência de cunho político. Destacou, nesse ponto, as violências praticadas contra candidatas em ano eleitoral, “como o que estamos vivendo agora, que pode trazer um grande comprometimento à democracia representativa”.

A coordenadora da Ouvidoria da Mulher reforçou que o canal dispõe de atendentes do sexo feminino treinadas e capacitadas para a escuta humanizada de acolhimento da vítima. Essa vítima é encorajada a romper com o ciclo de violência, buscando ainda o apoio da rede referenciada de acolhimento. “Se ela desejar, também pode formalizar uma denúncia ao Ministério Público”.

A criação de um canal de comunicação dedicado às vítimas mulheres, seja para o recebimento de denúncias contra violência doméstica seja para orientação quanto aos equipamentos públicos de acolhimento existentes próximos à vítima, demonstra a importância que a questão apresenta para o MPRJ, observou a coordenadora.

O procurador-geral de Justiça, Luciano Mattos, assegurou que “o combate à violência doméstica e o apoio às mulheres vítimas são prioridades da minha gestão. Sabemos que ainda há muito a ser feito, mas temos atuado em diversas frentes e conseguido avanços significativos para que as mulheres recebam todo o suporte necessário para a sua proteção e acesso a seus direitos”.

Campanha

No último dia 1º, teve início a veiculação da campanha MPRJ contra a Violência Doméstica, que reúne postagens sobre o tema nas redes sociais da instituição. E, no dia 8 deste mês, foi inaugurada, no corredor cultural da sede do MPRJ, situada na Rua Marechal Câmara, 370, centro da capital do estado, a exposição A cada 5 minutos…, com dados sobre a violência contra a mulher, imagens, depoimentos de vítimas, divulgação de canais para denúncia e relatos de colaboradoras que atuam na rede de enfrentamento à violência doméstica do MPRJ. O nome da exposição é uma referência ao fato de que, a cada cinco minutos, uma mulher foi vítima de violência doméstica no estado do Rio de Janeiro no ano de 2020, de acordo com o Dossiê Mulher 2021 do Instituto de Segurança Pública (ISP).

A exposição ficará aberta ao público de segunda a sexta-feira, das 11h às 17h, até o próximo dia 2 de setembro.

(Fonte: Agência Brasil. Foto: Reprodução)

Continue Lendo
Clique para comentar

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Justiça

Mais de 5,3 milhões de eleitores terão título cancelado, informa TSE

Publicado

on

© Marcello Casal JrAgência Brasil

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) informou nesta terça-feira (20) que deve cancelar mais de 5,3 milhões de títulos eleitorais de pessoas que faltaram às três últimas eleições sem apresentar justificativa ou pagar as multas necessárias.

O prazo para regularizar a situação do título se encerrou na segunda (19). Esses eleitores, contudo, ainda têm uma última chance de regularizar sua inscrição eleitoral. Para isso, é necessário comparecer a um cartório eleitoral ou acessar o autoatendimento na internet e fazer um requerimento até 29 de maio.

Caberá ao juízo eleitoral decidir se afasta ou não o cancelamento, baseado na documentação anexada ao processo.

O TSE informa ainda que o cancelamento não será comunicado individualmente. O eleitor pode verificar se teve o título cancelado consultando sua situação eleitoral no site do TSE.

“Quem não tiver quitado seus débitos deverá fazê-lo, mas a quitação não impedirá o cancelamento”, alerta a Justiça Eleitoral. “Será necessário, além de pagar os débitos, requerer a regularização do título”.

A partir de 30 de maio, quem não tiver tomado nenhuma providência terá o título cancelado, ficando impedido de votar ou ser votado.

Agência Brasil

Continue Lendo

Justiça

CNJ suspende pagamento de auxílio-alimentação de R$ 10 mil para juízes

Decisão foi proferida pelo corregedor nacional de Justiça

Publicado

on

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) decidiu suspender o pagamento de auxílio-alimentação natalino de R$ 10.055,00 aprovado para juízes e servidores do Tribunal de Justiça do Mato Grosso (TJMT).

A decisão foi proferida na sexta-feira (20) pelo corregedor nacional de Justiça, Mauro Campbell Marques, e suspende a deliberação do Conselho da Magistratura do TJMT que foi aprovada no dia 17 de dezembro para garantir o repasse  do benefício no mês de dezembro. A norma também reajustou o auxílio mensal dos meses seguintes para R$ 2.055,00.

Na decisão, o corregedor entendeu que o aumento do auxílio-alimentação representa uma “desconfiguração” do benefício e achou necessário suspender o pagamento para analisar profundamente o caso.

(Fonte: Agência Brasil. Foto: Reprodução)

Continue Lendo

Justiça

STJ autoriza cultivo de cannabis para fins medicinais

Pela decisão, Anvisa terá 6 meses para regulamentar

Publicado

on

A Primeira Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu nesta quarta-feira (13) autorizar a importação de sementes e o cultivo de cannabis (maconha) exclusivamente para fins medicinais, farmacêuticos e industriais. 

A decisão vale para o chamado cânhamo industrial (hemp), variedade de cannabis com percentual menor de 0,3% de tetrahidrocanabinol (THC), princípio psicoativo da maconha.

Durante a sessão, os ministros entenderam que a concentração não é considerada entorpecente. Dessa forma, o cultivo não pode ser restringido devido ao baixo teor de THC.

Com a decisão, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) terá prazo de seis meses para regulamentar a questão.

Por unanimidade, o resultado do julgamento foi obtido com o voto proferido pela relatora, ministra Regina Helena Costa. No entendimento da relatora, a baixa concentração de THC encontrada no cânhamo industrial não pode ser enquadrada nas restrições da Lei de Drogas, norma que define como crime a compra, porte e transporte de entorpecentes.

“Conferir ao cânhamo industrial o mesmo tratamento proibitivo imposto à maconha, desprezando as fundamentações científicas existentes entre ambos, configura medida notadamente discrepante da teleologia abraçada pela Lei de Drogas”, justificou a ministra.

Regina Helena também ressaltou que a proibição de uso da cannabis para fins medicinais prejudica a indústria nacional e impede o acesso dos pacientes aos tratamentos.

“A indústria nacional não pode produzir, mas pode importar”, completou a ministra.

A liberação da cannabis para fins medicinais foi decidida a partir de um recurso de uma empresa de biotecnologia que buscava garantir a exploração industrial no Brasil. Apesar de a importação ser autorizada pela Anvisa, os insumos se tornam caros no mercado nacional.

 

(Fonte: Agência Brasil. Foto: Reprodução)

Continue Lendo

Mais Lidas

Copyright © 2021 Pauta 67