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Meio Ambiente

Onça resgatada no Pantanal chega ao Hospital Ayty para tratamento e esturro é o 1º sinal positivo do animal

Animal estava em manilha de uma fazenda em Miranda e chegou à Campo Grande para recuperação

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O esturro – ou rugido – da onça-pintada Miranda, resgatada nesta quinta-feira (15) no Pantanal Sul-mato-grossense, é o primeiro sinal de recuperação do animal que já está no Hospital Veterinário Ayty, localizado dentro do CRAS (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres) de Campo Grande. Ali ela será tratada com pomadas especiais para queimaduras e até com o uso de ozônio, até que estejam curados os ferimentos, que se concentram nas quatro patas.

Com idade estimada em dois anos, a onça recebeu o nome Miranda em homenagem ao município pantaneiro onde foi avistada e resgatada. Toda a operação somou praticamente 26 horas de trabalho – se iniciou às 12h50 de quarta-feira (14), sendo que às 9h46 desta quinta-feira (15) ele recebeu os primeiros atendimentos ainda no Pantanal. O resgate foi realizado pela equipe do Gretap (Grupo de Resgate Técnico Animal Cerrado Pantanal).

Após esse procedimento, o animal foi sedado e encaminhado para Campo Grande por via terrestre, chegando à capital sul-mato-grossense por volta das 16h. No CRAS a onça vai passar por exames de imagem e laboratoriais, mas de forma geral a primeira avaliação já demonstra que a situação de saúde dela é boa, apesar das queimaduras nas patas.

“É uma emoção, assim, como todo animal também é importante para a fauna. Mas a onça pintada dá uma emoção pela agressividade, medo e adrenalina”, disse a Jordana Toqueto, médica veterinária do CRAS que faz o acompanhamento da situação do felino que, ao esturrar, arrancou comemorações das equipes de biólogos e de veterinários que a resgataram, transportaram e agora serão responsáveis pelo seu tratamento.

A estrutura disponível no Hospital Veterinário de Animais Silvestres ‘Ayty’, inaugurado em setembro do ano passado, será importante para a recuperação do felino. “Aparentemente ela está bem melhor do que as onças capturadas em 2020, com queimaduras mais brandas do que a Jout Jout. Precisamos aguardar os próximos exames”, explica a médica veterinária e coordenadora operacional do Gretap, Paula Helena Santa Rita, que complementa.

“Fomos acionados e organizamos toda a operação para fazer o resgate e o transporte dela, com o apoio do Ibama (Instutiro Brasileiro do Meio Ambiente) e da PMA (Polícia Militar Ambiental). Ela estava em uma manilha, conseguimos sedá-la e fazer os primeiros atendimentos. Durante todo o trajeto, monitoramos ela, inclusive para conforto da temperatura, com gelo”, finaliza.

Ozônio, pomadas e um futuro à frente

De acordo com a coordenadora do CRAS, Aline Duarte, “tudo o que for necessário para que essa onça possa estar preparada para uma posterior soltura” será feito, incluindo o tratamento com pomadas especiais para curar queimaduras em animais, além do ozônio. “Durante a captura já foi identificado que ela está com as patas queimadas. Então agora a gente começa o procedimento de tratamento do animal, além dos demais exames”, explica Aline.

A captura do felino para a reabilitação é tida como de extrema importância para a fauna, já que por se tratar de uma fêmea jovem, há muita vida para ela ainda. “A gente pensa nos futuros filhotes, na manutenção da biodiversidade da espécie. É uma fêmea jovem que pode auxiliar a reintroduzir outras onças, dar continuidade na espécie. As onças são especialistas, investem energia para manter os filhotes. Ao longa da vida ela pode ter de 8 a 10 filhos”, revela Paula.

O resgate aconteceu dentro das ações da Operação Pantanal 2024. O Gretap é uma das equipes envolvidas no trabalho, que além da preservação da flora que envolve o combate direto ao fogo, também dá atenção a preservação da fauna e busca ativa de animais que necessitem de tratamento. A Operação durará enquanto ela for necessária no bioma.

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

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Meio Ambiente

Com reconhecimento nacional, MS poderá captar recursos internacionais para conservar florestas e reduzir emissões de carbono

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Mato Grosso do Sul está elegível para certificação e futura comercialização de 86 milhões de toneladas de carbono no bioma Cerrado. O passo importante para tornar o território do Estado, “Carbono Neutro” até 2030, ocorre após reconhecimento e aprovação – na terça-feira (14) – da elegibilidade pela Comissão Nacional para REDD+ (Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal / CONAREDD+), do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima.

Com isso, o Estado passa a estar oficialmente habilitado a captar recursos internacionais voltados à conservação das florestas e à redução das emissões de gases de efeito estufa. A decisão reconhece a capacidade técnica e de governança ambiental de Mato Grosso do Sul, consolidando o estado entre os protagonistas nacionais na implementação de políticas de mitigação climática reconhecidas pela Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC).

“Essa decisão reconhece a capacidade técnica, jurídica e institucional do Governo do Estado, por meio da Semadesc, para coordenar o programa jurisdicional de REDD+ no território sul-mato-grossense”, afirmou o secretário Jaime Verruck, da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação).

O Governo do Estado vai realizar o chamamento para parceria e iniciar o processo de verificação e certificação dos créditos gerados pela redução de desmatamento e degradação. “É justamente nesse movimento que o Estado avança agora. Não apenas com esses créditos do Cerrado, mas incorporando todo o território estadual em um chamamento público para estruturar o REDD+ jurisdicional. Nossa expectativa é de que, apenas em créditos de REDD+, o potencial esteja na casa de R$ 1 bilhão”, disse o secretário adjunto da Semadesc, Artur Falcette.

O Estado também avança em um projeto voltado à restauração de áreas dentro das unidades de conservação estaduais. “Isso traz outro potencial relevante, que está sendo calculado. É importante lembrar que os recursos do REDD+ seguem um sistema de repartição de benefícios. Todos os entes da sociedade que contribuíram, direta ou indiretamente, para o desempenho desses créditos poderão acessar, conforme a governança criada, os recursos obtidos com a venda. Estamos estruturando esse modelo e o chamamento público deve ocorrer ainda este ano, para que o projeto avance em 2026”, finalizou.

Reconhecimento do CONAREDD+

A resolução de oficialização da elegibilidade pelo CONAREDD+ será publicada nos próximos dias pelo Ministério do Meio Ambiente. O reconhecimento abrange a redução de emissões provenientes do desmatamento no bioma Cerrado e permitirá à Semadesc conduzir a captação dos recursos de REDD+ em nome do Estado. Na mesma reunião, também foi aprovada a elegibilidade do estado de Goiás.

Com base em políticas públicas consolidadas, sistemas de monitoramento e salvaguardas socioambientais já em operação, Mato Grosso do Sul demonstrou estar preparado para acessar mecanismos financeiros internacionais com transparência, segurança e legitimidade.

O engenheiro florestal Fábio Bolzan, da Secretaria-Executiva de Meio Ambiente da Semadesc, foi responsável pela defesa da proposta sul-mato-grossense durante a 6ª Reunião Ordinária da CONAREDD+. Ele destacou que o resultado é fruto de mais de um ano de trabalho técnico coordenado pela Semadesc, com apoio do Earth Inovation Institute. “Cumprimos todas as exigências legais e técnicas necessárias para organizar a estrutura do REDD+ institucional em Mato Grosso do Sul”, disse.

A submissão reforçou a relevância ambiental do Estado, que abriga três biomas: Cerrado (62,2%), Pantanal (27,3%) e Mata Atlântica (10,5%). São mais de 110 mil km² de vegetação nativa remanescente, essenciais para a regulação do clima e para a oferta de serviços ecossistêmicos. No CONAREDD+, Mato Grosso do Sul comprovou que reduziu suas emissões de forma consistente, deixando o uso da terra como principal fonte e avançando rumo a um modelo sustentável de desenvolvimento.

Marcelo Armôa, Semadesc
Foto: Arquivo/Secom

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Meio Ambiente

MS recebe pronto-socorro veterinário móvel para auxiliar no atendimento de animais silvestres vítimas de incêndios no Pantanal

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Para auxiliar na reabilitação de animais vítimas de incêndios e outras catástrofes, o Mato Grosso do Sul recebeu um trailer equipado com aparelhos e utensílios necessários para fazer o socorro emergencial, como tubos de oxigênio, sedativos, anestésicos, curativos, maca e equipamentos de imobilização. O equipamento com itens tecnológicos, será usado pelo Hospital Veterinário do Cras (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres) e Gretap (Grupo de Resgate Técnico Animal Cerrado Pantanal), e permite que o animal atendido no local seja devolvido ao seu habitat, ou então estabilizado para suportar o transporte até a unidade de tratamento intensivo em Campo Grande.

O Samu Veterinário, como é chamado, foi adquirido pelo Ibama (Instituto do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), com recursos de R$ 400 mil – provenientes de compensação ambiental repassados pela Empresa Vetorial, de Corumbá -, e estará à disposição das equipes do Gretap e do CRAS para atendimento no Pantanal, que concentra a maior população de fauna do Estado. O presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, participou da cerimônia de entrega do SamuVet ontem (17), na Capital, e elogiou a parceria com o Governo do Estado em várias frentes de conservação ambiental.

“Mato Grosso do Sul é um estado especial, temos aqui o Cerrado, Mata Atlântica e o Pantanal. O Ibama não está sozinho, temos parcerias importantes com o Imasul, com o Governo do Estado”, disse Agostinho, sobre a complexidade da biodiversidade que exige “resposta rápida” dos órgãos de proteção e controle ambiental, e lembrou o intenso trabalho de combate aos incêndios florestais desenvolvidos nos anos anteriores na região pantaneira.

O Samu Veterinário vai auxiliar no socorro estratégico de animais vítimas dessas catástrofes. “Quando o animal recebe atendimento no local, logo após o ferimento, a chance de sobrevivência aumenta muito. O período e as circunstâncias de um transporte longo até Campo Grande estressa muito o animal, o que compromete seu restabelecimento”, disse a veterinária Aline Duarte, gestora do Hospital Veterinário Ayty e coordenadora do CRAS.

O hospital já recebe este ano, entre janeiro a setembro, um total de 1.676 animais – 300 continuam em reabilitação e aproximadamente 800 foram devolvidos à natureza.

Texto e fotos: João Prestes, Comunicação Semadesc

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Meio Ambiente

Caravana da Castração: 2ª etapa atende 9,6 mil animais e avança para Grande Dourados e Cone Sul

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A maior ação pública de castração gratuita da história de Mato Grosso do Sul concluiu mais um capítulo de sua trajetória. A Caravana da Castração, executada pela Suprova (Superintendência de Políticas Integradas de Proteção da Vida Animal), vinculada à Setesc (Secretaria de Estado de Turismo, Esporte e Cultura), encerrou a segunda etapa do programa com 9.621 cães e gatos castrados, microchipados e medicados em diversas cidades sul-mato-grossenses.

Integrando o Programa MS Vida Animal, o projeto tem como meta inicial 20 mil procedimentos em 45 municípios até abril de 2026, consolidando-se como uma política pública permanente de cuidado, responsabilidade e controle populacional. Até o momento, a plataforma digital SigPet, responsável pelos cadastros e agendamentos das castrações, já ultrapassou 19 mil registros de tutores e animais em todo o estado.

Interiorização e impacto direto na vida da população

Entre 22 de agosto e 6 de outubro, a Caravana percorreu 14 municípios levando atendimento gratuito, estrutura técnica, medicamentos e microchipagem. As cidades contempladas foram: Inocência, Cassilândia, Chapadão do Sul, Paranaíba, Selvíria, Três Lagoas, Brasilândia, Santa Rita do Pardo, Bataguassu, Anaurilândia, Nova Andradina, Taquarussu, Batayporã e Novo Horizonte do Sul.

Para o titular da Setesc, Marcelo Miranda, o avanço do programa reflete a prioridade do Governo do Estado em políticas públicas de proteção e bem-estar animal.

“A Caravana da Castração representa uma política pública estruturada, sensível e transformadora. Ela leva dignidade aos animais, alivia a sobrecarga das prefeituras e contribui diretamente com a saúde única: animal, humana e ambiental. Seguiremos expandindo esse trabalho com responsabilidade e compromisso com a vida em todas as regiões de Mato Grosso do Sul”, destaca o secretário.

O superintendente estadual de Políticas Integradas de Proteção da Vida Animal, Carlos Eduardo Rodrigues, enfatiza que balanço da segunda etapa impacta diretamente na saúde pública e na qualidade de vida dos municípios atendidos.

“Foram 24 municípios contemplados até agora, com adesão total das prefeituras e das equipes locais, que atenderam o projeto como um verdadeiro instrumento de saúde pública e de responsabilidade social. O impacto é direto. Reduzimos o número de animais em situação de rua, prevenimos zoonoses e fortalecemos o vínculo entre o poder público e a população. É uma transformação silenciosa, mas profunda, na forma como o Estado cuida da vida acima de tudo”, afirma Carlos.

Segundo o superintendente, apesar dos resultados expressivos, a etapa trouxe desafios importantes, especialmente na logística e na conscientização da população. “Os maiores desafios dessa etapa foram os logísticos, especialmente pela extensão territorial e pelas condições climáticas de alguns municípios, além da necessidade constante de sensibilização da população sobre os cuidados pré e pós-operatório”.

“Foi um período de aprendizado e aprimoramento da gestão, com aperfeiçoamento dos fluxos de agendamento, triagem e desenvolvimento via SigPet, tornando o sistema ainda mais eficiente e acessível. Cada desafio nos fez evoluir e hoje temos uma caravana muito mais estruturada, integrada e preparada para atender com a qualidade que a população merece”, completa.

Terceira etapa: mais municípios e estrutura reforçada

Com o ciclo da segunda região concluído, a Caravana da Castração inicia agora em outubro sua terceira etapa, contemplando a Grande Dourados e os municípios do Cone Sul. A nova fase será a maior já realizada desde o início do programa, com reforço técnico, ampliação das equipes veterinárias e manutenção dos protocolos de segurança e bem-estar animal.

“A expectativa é ultrapassarmos ainda este ano a meta de 10 mil animais, já que estamos próximos de alcançar esse número. Até abril de 2026, atingiremos o objetivo estadual de 20 mil castrações, garantindo atendimento digno, medicação e microchipagem para milhares de animais. Castrar é um ato de amor e também de responsabilidade pública”, finaliza Carlos Eduardo.

A terceira região da Caravana da Castração vai contemplar mais 20 cidades até 16 de dezembro: Nova Alvorada do Sul, Rio Brilhante, Maracaju, Guia Lopes da Laguna, Itaporã, Douradina, Ponta Porã, Dourados, Fátima do Sul, Glória de Dourados, Ivinhema, Deodápolis, Caarapó, Itaquiraí, Paranhos, Japorã, Iguatemi, Jateí, Laguna Carapã e Vicentina.

O serviço é agendado exclusivamente pelo site oficial da ferramenta digital: www.sigpet.ms.gov.br. Confira as datas de agendamento on-line e de atendimento:

Nova Alvorada do Sul: 8 a 9 de outubro (agendamento: 7 de outubro)

Rio Brilhante: 11 e 12 de outubro (agendamento: 10 de outubro)

Maracaju: 14 a 18 de outubro (agendamento: 13 de outubro)

Guia Lopes da Laguna: 20 e 21 de outubro (agendamento: 19 de outubro)

Itaporã: 23 e 24 de outubro (agendamento: 22 de outubro)

Douradina: 26 de outubro (agendamento: 25 de outubro)

Ponta Porã: 28 a 31 de outubro (agendamento: 27 de outubro)

Dourados: 3 a 12 de novembro (agendamento: 1 e 2 de novembro)

Fátima do Sul: 14 e 15 de novembro (agendamento: 13 de novembro)

Glória de Dourados: 17 de novembro (agendamento: 16 de novembro)

Ivinhema: 19 a 22 de novembro (agendamento: 18 de novembro)

Deodápolis: 24 de novembro (agendamento: 23 de novembro)

Caarapó: 26 a 29 de novembro (agendamento: 25 de novembro)

Itaquiraí: 1 e 2 de dezembro (agendamento: 30 de novembro)

Paranhos: 4 e 5 de dezembro (agendamento: 3 de dezembro)

Japorã: 8 de dezembro (agendamento: 6 e 7 de dezembro)

Iguatemi: 10 de dezembro (agendamento: 9 de dezembro)

Jateí: 12 de dezembro (agendamento: 11 de dezembro)

Laguna Carapã: 14 de dezembro (agendamento: 13 de dezembro)

Vicentina: 16 de dezembro (agendamento: 15 de dezembro)

Lucas Castro, Comunicação Setesc
Foto: divulgação

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