Óleo vira sabão, Bonito respira sustentabilidade e Festival de Inverno preserva 5,7 milhões de litros de água
No FIB (Festival de Inverno de Bonito), onde a beleza natural sempre é protagonista entrelaçada às manifestações culturais e artísticas, a sustentabilidade foi, mais uma vez, a preocupação central
O óleo de cozinha, quando descartado de forma inadequada, é um dos maiores vilões do meio ambiente. Um litro do produto é capaz de contaminar 25 mil litros de água, comprometendo ecossistemas inteiros e colocando em risco a vida aquática. Além disso, ele forma uma camada na superfície da água que impede a oxigenação, sufocando a fauna e prejudicando a flora subaquática. Este perigo é ainda mais acentuado em regiões de grande valor ambiental, como Bonito, onde a pureza das águas é a joia a ser preservada.
No FIB (Festival de Inverno de Bonito), onde a beleza natural sempre é protagonista entrelaçada às manifestações culturais e artísticas, a sustentabilidade foi, mais uma vez, a preocupação central. Na 23ª edição, que ocorreu de 21 a 25 de agosto deste ano, uma solução criativa foi colocada em prática para enfrentar o problema do óleo residual: transformá-lo em sabão líquido e em barra. O produto pode ser utilizado na lavagem doméstica geral (superfícies, pisos, bancadas), de roupas e utensílios de cozinha.
Sabão sustentável no coração do Festival
E a transformação aconteceu lá mesmo, em estande montado na Praça da Liberdade, coração do Festival. “Pegamos o óleo das barracas de lanches e, com ele, fizemos sabão sustentável. A própria comunidade veio pegar o sabão que fizemos. Isso é muito importante, porque estamos falando de economia circular em que o óleo descartado é transformado em um novo produto, como o sabão, que é distribuído novamente para as barracas e à comunidade”, explica Ana Franzoloso, fundadora da Du Bem, empresa colaboradora do Festival na gestão de resíduos sólidos e líquidos.
Neste ano, a gestão de resíduos teve impacto ainda mais significativo. Foram coletados 228 litros de óleo de cozinha usado, o que representa aumento de 147% em relação aos 92 litros do ano anterior. Esta quantidade, quando corretamente reciclada e transformada em sabão, por exemplo, preserva 5,7 milhões de litros de água – aumento de 148% comparado aos 2,3 milhões de litros preservados em 2023.
É na tenda de Márcia Quintana que todo o processo começa. Enquanto o aroma dos pastéis frescos invade o ar, a comerciante bonitense, de 50 anos, dá início a uma cadeia de sustentabilidade. A cada pastel frito, o óleo usado, que em outros lugares poderia se transformar em poluição, ganha novo destino. Ela repassa o líquido à empresa, para ser transformado em sabão, iniciativa que teve início no ano passado e que conta também com a participação de outros comerciantes parceiros. No entanto, a conscientização sobre o impacto ambiental do óleo de cozinha vem de muito antes, desde 2009, quando Márcia começou a vender salgados em eventos pela cidade.
Além das vendas, Márcia faz seu papel e colabora para um futuro mais verde e preservado
“Eles [funcionários da Du Bem] vieram me procurar. No ano passado, eu tinha umas quatro latas de óleo usado, e aí eu dei”, explica, expressando também seu sentimento de realização. “Me sinto privilegiada, né? Me sinto muito feliz, porque tem o retorno para a natureza, estou ajudando a preservar”. No final do Festival, Márcia recebeu cerca de 50 litros de sabão em troca do óleo doado.
Economia circular e geração de renda
Ao final de cada dia do Festival, o estande da Du Bem produziu litros de sabão a partir do óleo reciclado e disponibilizou o produto tanto para os comerciantes que haviam doado o óleo quanto para a população de Bonito em geral. Em vários dias, a demanda foi tão alta que filas se formaram para garantir a aquisição do sabão, e alguns moradores chegaram a deixar suas embalagens na tenda para assegurar que não perdessem a oportunidade de receber o produto. “A presença das filas e a espera das pessoas foram um reflexo da importância e do impacto desse processo de economia circular”, observou Ana Franzoloso.
A transformação do óleo usado em sabão não apenas contribui para a preservação do meio ambiente, como também gera novas oportunidades de renda para a comunidade. Durante o Festival de Inverno, esse processo foi ampliado de maneira colaborativa, envolvendo a população local em cada etapa, desde a coleta do óleo nas barracas de lanches até a produção do sabão sustentável.
A empresa parceira do FIB promoveu oficinas para ensinar a produção de sabão a partir do óleo reciclado, garantindo que o conhecimento se espalhasse entre os participantes. Antônia Alves, de 53 anos e atualmente desempregada, viu na oficina uma chance de mudar sua situação. Ela explica que o aprendizado prático proporcionou uma nova habilidade e abriu portas para gerar uma renda extra.
“Passei pela praça e vi o estande. Fui lendo os cartazes e assim que vi o baldão de sabão que tinha acabado de ser feito, me interessei a aprender”, conta Antônia, prometendo repassar o conhecimento aos seus amigos e familiares. “Além de aprender a fazer sabão, que é uma habilidade valiosa, sinto que agora posso contribuir de forma significativa para ajudar outras pessoas a fazerem o mesmo em suas casas”.
Empolgada com a oficina, Antônia rapidamente compartilhou a novidade com sua amiga Eva Aivi, de 59 anos, que trabalha como catadora de materiais recicláveis em Bonito e também é dona de um pequeno comércio, um mercadinho de bairro.
Interessada na oportunidade, Eva decidiu se envolver após encontrar vários litros de óleo no aterro sanitário da cidade. Ela afirma que planeja fazer sabão para vender em sua loja e também distribuir para quem não pode comprar. “Foi uma chance única de aprender e ajudar as pessoas. Vou usar o que aprendi para transformar o óleo e oferecer uma alternativa acessível a todos”.
José Antônio Lopes, de 65 anos, é artista plástico, terapeuta holístico e tem profunda conexão com a natureza, além de ter o hábito de consumir produtos naturais. Ao explorar o Festival de Inverno de Bonito, sua curiosidade o levou à tenda da Du Bem, onde a produção de sabão reciclado capturou seu interesse.
“Eu descobri a produção de sabão reciclado passando por aqui e fiquei fascinado. Sempre procurei formas de contribuir para a preservação ambiental, e o sabão feito com óleo reciclado me chamou a atenção”, explica José, revelando seu compromisso com práticas sustentáveis. Para ele, o sabão produzido será exclusivamente para uso próprio. “Embora eu não tenha óleo usado em casa para transformar, vou comprar óleo novo para fazer o sabão para mim mesmo”.
O ciclo de reciclagem que transforma vidas
No FIB, o processo de reciclagem é cuidadosamente planejado para garantir que os resíduos tenham um destino correto, contribuindo tanto para a sustentabilidade quanto para a geração de renda. Neste ano, a coleta de recicláveis se expandiu, com aumento da equipe de catadores locais. “Nossa equipe recolhe materiais como latinhas, plásticos e papelão e os leva para uma empresa local que faz a triagem e separação. Depois disso, esses materiais são vendidos, gerando renda para os catadores”, afirma Ana Franzoloso, gestora da Du Bem.
O impacto dessas iniciativas reflete-se nos números. Em 2024, foi coletada 1,2 tonelada de materiais recicláveis, representando um aumento de 28,8% em relação ao ano anterior, quando foram recolhidos 938,29 quilos. Ana Franzoloso também destaca a importância de enviar os resíduos para a reciclagem de maneira adequada.
“Quando descartamos corretamente e enviamos para empresas especializadas, evitamos que toneladas de material acabem em aterros ou no meio ambiente. É um processo que vai além da coleta, envolvendo uma cadeia produtiva, onde cada parte tem seu papel, desde o catador até a empresa que recicla e transforma os materiais em novos produtos”, explica.
Lixeiras ‘bag’ foram espalhadas pelo Festival de Inverno de Bonito para incentivar a coleta seletiva e promover a sustentabilidade
Nesse ciclo de reciclagem, personagens como Francisca Santos, de 72 anos, têm um papel fundamental. Natural de Bonito, ela trabalha como catadora há 15 anos. Sua jornada começou por necessidade, buscando uma forma de sustentar sua família. Hoje, a reciclagem é a principal fonte de renda de sua casa, permitindo que ela reformasse sua moradia e instalasse água e esgoto.
“Com a reciclagem, consegui melhorar minha vida. Reformei minha casa e vivo com mais dignidade”, conta Francisca, que participa do Festival de Inverno há cinco anos. Durante o evento, sua coleta diária, que costumava ser de quatro quilos, chegou a 40 quilos, resultado do aumento do fluxo de pessoas. Todo o material é levado para uma empresa local e vendido, gerando o sustento necessário para ela e sua família.
Já Ana Rosa, mineira de Porteirinha (MG), está em Bonito há muitos anos e vê na coleta de latinhas uma atividade que a mantém ativa e que complementa sua aposentadoria. “Catar latinhas me ajuda bastante. O dinheiro que ganho com elas cobre alguns custos, e como as coisas estão caras, faz diferença”, explica Ana, que há mais de vinte anos atua como catadora. Mesmo com o frio das noites do festival, ela não deixou de comparecer. “Eu gosto de vir, encontro pessoas boas, converso e faço amizades. Isso me deixa feliz”, relata.
Material coletado no FIB é enviado para uma empresa local, que garante a destinação correta para reciclagem
Além de catadoras como Francisca e Ana, há também outros agentes importantes no processo de reciclagem durante o Festival, como Ronaldo Barrios, de 53 anos. Ele é responsável pela mobilização dos catadores locais, desempenhando papel crucial na organização da coleta durante o evento. “Eu converso com os catadores e faço a mobilização. Quando a Ana [Franzoloso] chega, visitamos os catadores, e eles participam da coleta,” explica Ronaldo, que mantém contato com mais de 20 catadores ao longo do ano.
Ronaldo, que também trabalha como jardineiro, se envolveu com a reciclagem no festival no ano anterior e, desde então, colabora com a Du Bem. “É uma forma de ajudar a galera a ganhar um trocado a mais e, ao mesmo tempo, preservar o meio ambiente,” afirma ele, destacando o orgulho que sente ao contribuir para a conservação do paraíso natural que é Bonito, sua terra natal.
Com 16 mil pessoas somente no show da dupla Teodoro e Sampaio, o Festival de Inverno de Bonito chegou ao fim levando arte, cultura, entretenimento, movimentação econômica e sustentabilidade para um público de 95 mil pessoas – quatro vezes mais do que a população do município sul-mato-grossense, que é de 23 mil pessoas.
Para quem queria música, tiveram ainda os shows nacionais de Alexandre Pires, Zé Ramalho, Olodum e Sandra Sá, a apresentação internacional Norberto Cruz (Concerto Gaya), de Portugal, e as apresentações emocionantes da Catedral Erudita.
Com o tema ‘Na terra viva, nossa arte vibra’, não foram só os shows musicais que movimentaram Bonito. Teve danças no chão e nas alturas (com a ajuda de um guindaste), gastronomia, teatro, circo, economia criativa, literatura, circo, exposições, artesanato, oficinas, ações de conscientização, músicas diversas (do clássico ao sertanejo), esportes, cinema infantil, tecnologia, sustentabilidade e inclusão.
Tudo isso de graça, sem necessidade nem mesmo de cadastro. Foi só chegar e prestigiar. A inclusão, aliás, é uma das marcas do Festival de Inverno. Os eventos contaram com tradução simultânea em Libras (Língua Brasileira de Sinais), os stands tiveram acessibilidade e os shows contaram com uma área específica, em uma localização privilegiada, para PcDs (Pessoas com Deficiência).
No primeiro destino de ecoturismo carbono neutro do mundo, certificação concedida pela Green Initiatives em 2022, o cuidado com a preservação foi outro ponto forte do festival. O evento contou com reaproveitamento e destinação adequada do lixo, esculturas feitas com material reciclável, e ações e práticas com foco na neutralização de carbono, contribuindo com os objetivos do Programa Estadual de Mudanças Climáticas.
Realizado pelo Governo de Mato Grosso do Sul, o Festival de Inverno de Bonito foi feito para as famílias. Por isso mesmo, pelo 2º ano consecutivo, o Festival Bonitinho marcou presença e se consolidou como parte essencial do evento. É o que contou a bonitense Lucilene Rodrigues, que assistiu uma apresentação de circo “O Grande Salto” com a filha Isabela, de 4 anos.
“A Isabela adorou a apresentação! O Festival é bem família mesmo. E nesses últimos anos aqui eles têm pensado nas crianças, desde o ano passado. Está muito bom!”. Estava mesmo. Em sua 23ª edição, o Festival de Inverno de Bonito terminou neste domingo (25) depois de movimentar a economia com turismo, ocupação hoteleira e vendas e deixar marcas de prosperidade, sustentabilidade, inclusão e tecnologia.
No Festival de Inverno de Bonito 2024, as atrações foram feitas para todas as pessoas. Durante os cinco dias de festa, seis intérpretes de Libras (Língua Brasileira de Sinais) se revezaram para traduzir em tempo real as rodas de conversa, os eventos literários, as peças de teatro e os shows, tornando o evento mais acessível às pessoas surdas ou com perda auditiva.
“Aqui a gente está fazendo um trabalho de tradução, interpretação e Libras para as pessoas da comunidade surda. Estamos fazendo um apoio também na deficiência física. Todos os espaços na frente dos palcos têm um espaço de acessibilidade. E a Fundação de Cultura também se programou para que todos os espaços físicos aqui dos stands tivessem rampas”, explicou Felipe Sampaio, da Comunica Acessibilidade. A empresa atende o Festival de Inverno de Bonito desde 2022.
Em Bonito, a comunidade surda que participa dos eventos, segundo Felipe Sampaio, é de aproximadamente 20 pessoas. Elas participam de um grupo de WhatsApp em que recebem um material adaptado do Festival de Inverno. “Nós mandamos toda a programação para a comunidade surda através desses vídeos e a gente sempre coloca, faz uma arte específica para a acessibilidade, avisando que vai ter a área PcD na frente para que as pessoas consigam se locomover de forma mais segura”, contou Sampaio.
Intérpretes de Libras traduziram a magia dos shows, conectando emoções e experiências (Fotos: Elias Campos)
Nessas áreas reservadas, que ficam em um local privilegiado, bem na frente do palco, é possível ver, em todos os shows, pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida e, algumas vezes, pessoas surdas.
No show do Olodum, com participação especial de Sandra Sá, foi possível presenciar pessoas surdas curtindo o espetáculo, sentindo na pele e no corpo os ritmos e as vibrações dos instrumentos e vendo a tradução feita por intérprete de Libras.
Pessoas com mobilidade reduzida também aprovaram o espaço reservado, em localização privilegiada, diante do palco. “Esse espaço é uma maravilha. Maravilha mesmo! Nem sempre tem isso. O Festival é o primeiro evento, dos que eu fui, que tem espaço reservado para a gente”, contou a cadeirante Carolini da Rocha Barros. Ela avaliou ainda que é preciso melhorar a acessibilidade, mas que o espaço reservado está aprovado.
Carolini viu de pertinho os shows do FIB no Palco Lua (Fotos: Elias Campos)
O Festival de Inverno de Bonito 2024 também contou com uma oficina feita por uma pessoa com deficiência. Maria de Jesus, que é cadeirante, ministrou a Oficina de Biojoias da Natureza, no stand do Artesanato, na Praça da Liberdade.
Walfrido Castro de Sá, cadeirante de 78 anos, veio de Campo Grande para aproveitar o fim de semana em Bonito. Ele acompanhou os shows do Olodum com Sandra Sá e a apresentação do último dia, com João Haroldo e Betinho, e Teodoro e Sampaio. Para Walfrido, que frequenta o Festival anualmente, o espaço acessível foi uma surpresa positiva. “Eu gostei muito de todos os shows. Mesmo com o frio, não deixei de vir. A propaganda na TV foi o que me trouxe aqui, e estou aproveitando cada dia”.
Sua irmã, Marilene Castro de Sá, farmacêutica aposentada e artesã por hobby, sempre faz questão de se programar para ir ao FIB com um grupo de amigos. Ela prestigiou muitas das manifestações artísticas do evento, tanto na Praça da Liberdade quanto no Festival Bonitinho. Marilene cuida de Walfrido em sua vida diária e o acompanhou durante todo o Festival.
“Viemos de Campo Grande especialmente para o Festival de Inverno, uma tradição que cultivamos com carinho. Meu irmão é minha prioridade, e ver que há um espaço acessível para nós foi um alívio. É uma alegria poder estar aqui, juntos, desfrutando desse momento com conforto e segurança”, compartilhou Marilene.
Luísa Bran, natural de Bonito e surda, acompanhou com entusiasmo todos os shows do Festival de Inverno ao lado de sua amiga Élida Rosa, enfrentando o frio e a garoa. Ela sentiu toda a energia e as batidas de cada apresentação através da tradução dos intérpretes de Libras. “Gostei muito. É muito importante ter esse espaço para que a gente possa participar dos shows. Minha amiga, Élida Rosa, que também é surda, compartilha do mesmo sentimento. O show do Olodum foi legal, deu para sentir a emoção através dos intérpretes. Foi muito bom, muito importante e prazeroso”, expressou.
O quarto dia do 23º FIB (Festival de Inverno de Bonito), que acontece neste sábado (24), promete uma noite de grandes apresentações com Marta Cel, Negabi, Olodum e Sandra Sá. O evento, que se estendeu até domingo (25), tem encantado os visitantes com o tema “Da Terra Viva, Nossa Arte Vibra”, destacando a diversidade cultural de Mato Grosso do Sul.
Abrindo a noite, as cantoras Marta Cel e Negabi sobem ao palco, trazendo a força e a autenticidade da música afro-brasileira. Marta, conhecida por sua fusão de ritmos do samba e MPB, impressiona com sua presença de palco magnética e sua voz que transmite paixão e profundidade. Suas apresentações são uma imersão na cultura afro-brasileira, valorizando a rica herança musical do país.
Negabi, por sua vez, inova ao misturar samba, funk e jazz com influências africanas. Em ascensão na cena musical de Mato Grosso do Sul, ela se destaca pela energia vibrante e pela conexão profunda que estabelece com o público.
Após essas apresentações, a noite continua com o renomado grupo Olodum, ícone da cultura afro-brasileira, e a poderosa voz de Sandra Sá. Fundada em Salvador (BA) em 1979 como um bloco afro carnavalesco, a banda Olodum é hoje uma das maiores referências da percussão afro-brasileira, conhecida tanto por seu trabalho artístico quanto por seu engajamento em causas sociais. Ao longo de sua trajetória, o grupo gravou com artistas internacionais como Paul Simon, Michael Jackson e Pet Shop Boys, levando a cultura baiana para o mundo.
Sandra Sá, conhecida como a “rainha do soul brasileiro”, também promete emocionar o público com sua voz grave e potente, que carrega a influência de suas raízes africanas. Com uma carreira premiada e marcada por letras de forte conscientização social, Sandra é uma das grandes representantes da música popular brasileira e da black music mundial.