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Cidades

Oficinas de trabalho levam qualificação profissional a internos da Penitenciária de Dourados

Ao todo, 474 internos trabalham diariamente em setores como a cozinha, barbearia, serviços de manutenção do prédio, reciclagem entre outros

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O foco no trabalho prisional tem ajudado a levar novas perspectivas de vida a custodiados da Penitenciária Estadual de Dourados (PED), maior presídio de Mato Grosso do Sul. No local, os reeducandos atuam em diferentes frentes produtivas que garantem ocupação laboral ao mesmo tempo em profissionalizam os internos, representando maior possibilidade de reinserção social e não reincidência no crime.

Na padaria, por exemplo, as mãos ágeis do padeiro Fabiano Antônio ao sovar a massa são também a esperança de seu próprio “ganha-pão” no futuro. No presídio, se especializou em panificação e agora sonha em poder trabalhar com isso quando ganhar a liberdade. “Me aperfeiçoei bastante neste trabalho, sei fazer todos os tipos de pães e isso, com certeza, vai me ajudar a ter um trabalho lá fora”, afirma o reeducando, que também recebe 3/4 do salário mínimo pelo trabalho.

Assim como Fabiano, a panificação no presídio representa capacitação profissional, trabalho remunerado e ocupação produtiva para outros nove reeducandos que atuam nesta oficina. A produção funciona diariamente durante 16 horas, com detentos trabalhando divididos em dois grupos que se revezam. Todo trabalho segue criteriosos cuidados de higiene. No espaço, constantemente, cursos de qualificação na área são oferecidos.

Na padaria são feitos, em média, 6 mil pães diariamente que, além da própria massa carcerária, reforçam também a alimentação do Hospital da Vida, da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) – 24 horas do Município, os dois estabelecimentos penais de regime semiaberto e o Patronato Penitenciário da cidade, bem como, são realizadas doações a instituições sociais.

Já na fábrica de tijolos, são confeccionadas 100 peças ao dia. A meta agora da direção da penitenciária é que a produção atenda a construção de uma nova sala para o arquivo e almoxarifado do presídio, gerando economia aos cofres públicos. A oficina foi montada a partir de projeto da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) pelo Programa de Capacitação Profissional e Implementação de Oficinas Permanentes (PROCAP) do Departamento Penitenciário Nacional (Depen).

Pedro Henrique é um dos três internos que trabalham nesta oficina e informa animado como é o dia a dia do serviço. “Peneiramos a areia, a terra e colocamos cimento, jogamos na betoneira, depois tritura na máquina, passa na dala e depois vai para prensa, e aí começa o processo de cura, aguando o tijolo durante sete dias”, detalha empolgado, reforçando que os tijolos podem ser utilizados em vários tipos de edificações.

Ele comemora o fato de poder estar se ocupando, aprendendo uma ocupação lícita, ao mesmo tempo em que consegue remir a sua pena com o suor do seu trabalho, já que, conforme estabelecido pela Lei de Execução Penal (LEP), a cada três dias de labor, um é reduzido no total do tempo de prisão a ser cumprido.

Instalada por uma empresa privada, conveniada com a Agepen, na fábrica de bolas, a frase pintada na parede, extraída do livro bíblico de Provérbios “O caminho do preguiçoso é cheio de espinhos, mas o caminho do justo é uma estrada plana” é um estímulo e chama a atenção para importância do trabalho na vida da pessoa.

A atividade rende ocupação produtiva remunerada a pelo menos 234 detentos, que a atuam na costura e na colagem de bolas oficiais de diferentes esportes, utilizadas, inclusive, em campeonatos oficiais em várias partes do Brasil. No local são costuradas ou coladas, em média, 2 mil bolas todos os dias.

A horticultura e a jardinagem também representam oportunidade de trabalharem e se capacitarem na profissão. Atualmente, 25 internos atuam diariamente no cultivo de alface, salsa, rúcula, couve, coentro, cebolinha, cenoura, rabanete, repolho e beterraba, e outros dois cuidam das plantas do jardim que harmonizam o pátio interno da entrada da penitenciária.

As verduras e legumes cultivados na horta têm beneficiado mais de 450 crianças e idosos atendidos em instituições sociais e filantrópicas do município. Além da doação, a produção também atende toda a demanda interna e tem garantido uma alimentação saudável aos apenados.

De acordo com o diretor da Penitenciária de Dourados, Antônio José dos Santos, ao todo, 474 internos trabalham diariamente, em setores que envolvem também a cozinha, instalada por meio de convênio com empresa terceirizada responsável pelo fornecimento da alimentação; barbearia; serviços de manutenção do prédio, reciclagem entre outros. Ele destaca que as diversas atividades desenvolvidas colaboram para a disciplina do ambiente carcerário e influenciam no comportamento dos internos.

O diretor-presidente da Agepen, Aud de Oliveira Chaves, ressalta que, assim como na PED, o trabalho é realidade em todas as unidades prisionais do Estado, fazendo de Mato Grosso do Sul referência nacional no assunto. Conforme o dirigente, atualmente a instituição possui 195 parcerias de trabalho e mais de 7 mil reeducandos trabalhando.

“Não são apenas grades, muros e cadeados que nos ajudam a garantir a segurança nos nossos estabelecimentos prisionais, frentes de ressocialização também contribuem para maior tranquilidade e disciplina. São essas ações de ocupação pelo trabalho, educação, cultura a atividades religiosas, de promoção social, entre outras assistências prestadas, que oferecem suporte durante o cumprimento de pena”, finaliza Aud.

(Com assessoria. Foto: Divulgação)

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Dourados terá nova edição do Festival Paralímpico no fim de semana

A ação mobiliza as escolas municipais, estaduais e especializadas de Dourados e municípios vizinhos.

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Dourados voltará a receber o Festival Paralímpico Loterias Caixa 2024.  O evento, promovido pelo CPB (Comitê Paralímpico Brasileiro) e organizado pela Associação Esportiva Dourados Paralímpico, acontece no próximo sábado, dia 21 de setembro, no Clube Indaiá.

O objetivo é promover a inclusão social e a interação de alunos com deficiências física, intelectual, visual, surdo, autista, deficiências múltiplas e um percentual de alunos sem deficiências por meio do experimento nas modalidades esportivas adaptadas.

A ação mobiliza as escolas municipais, estaduais e especializadas de Dourados e municípios vizinhos.

Mais de 200 alunos na faixa etária de 8 a 17 anos da rede pública, privada e escolas especializadas estão inscritos para o evento.

Outras informações pelo telefone (67) 99881-3226.

(Fonte: DouradosNews. Foto: Divulgação)

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Encontros com a Indústria reúne quatro candidatos à prefeitura de Dourados

O atual prefeito e candidato à reeleição, Alan Guedes, valorizou a oportunidade de dialogar com representantes da indústria local.

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A Fiems promoveu nesta segunda-feira (16/09) uma sabatina com os candidatos à prefeitura de Dourados. O evento faz parte do projeto “Encontros com a Indústria”, que tem como objetivo apresentar as demandas das indústrias e ouvir as propostas dos candidatos para o segmento caso sejam eleitos. A sabatina foi realizada no auditório do Senai e contou com a presença de empresários do setor industrial e representantes de entidades de classe.

Representando no encontro o presidente da Fiems, Sérgio Longen, o chefe de gabinete da presidência, Robson Del Casale, destacou a relevância da indústria de Dourados para a economia sul-mato-grossense e citou os desafios do próximo gestor municipal.

“A indústria em Dourados emprega mais de 16 mil trabalhadores e participa com US$ 400 milhões em receitas de exportação, mas tem potencial para muito mais. Não avança por conta de problemas como burocracia e falta de infraestrutura. Cabe ao poder público municipal oferecer facilidades aos empresários para gerar empregos e atrair novos investimentos”.

Foram convidados os quatro candidatos mais bem colocados nas últimas pesquisas de intenção de voto. A sequência das apresentações foi definida por ordem alfabética dos candidatos na urna.

O atual prefeito e candidato à reeleição, Alan Guedes, valorizou a oportunidade de dialogar com representantes da indústria local.

“A Fiems tem um histórico de participação muito efetiva na vida de Mato Grosso do Sul, e em Dourados não é diferente. Temos uma grande cidade, com número alto de indústrias e grande contingente de trabalhadores. Poder ouvir os industriais é uma oportunidade de aperfeiçoar as ações da nossa gestão. Fizemos um grande diálogo durante os três anos e meio da minha gestão, e agora, mais experientes e com a cidade organizada, temos convicção de que faremos uma segunda gestão ainda melhor, com o apoio do setor industrial”.

Ao elogiar a iniciativa, Bela Barros agradeceu pela chance de transmitir suas ideias ao eleitorado por meio da sabatina.

“Através dessa oportunidade, podemos levar ao nosso cidadão as nossas propostas. Que outros eventos dessa natureza possam também surgir, principalmente para mim, que não tenho horário político no rádio e na TV e só uso as redes sociais. Com eventos assim, podemos fazer nossas propostas chegarem a todos os cidadãos do município de Dourados”.

O candidato Marçal Filho fez uma avaliação positiva do encontro e ressaltou seu compromisso com o desenvolvimento da indústria em Dourados.

“Dourados precisa ter muito claro que é a capital da agroindústria, atraindo novas indústrias ou dando incentivo àquelas que já estão aqui para aumentar o número de empregos. Enquanto poder público, precisamos dar todas as condições para que essas indústrias se instalem aqui. A avaliação que faço deste encontro é muito positiva, porque permite o contato com as pessoas que representam esse segmento e investem no ramo em Dourados”.

Para o candidato Thiago Botelho, a sabatina representou a oportunidade de falar diretamente aos empresários que possuem negócios em Dourados.

“Quem é prefeito precisa se relacionar com o pequeno e o grande empresário, aqueles que geram emprego e renda ao município. Se o empresariado vai bem, a prefeitura também vai bem, porque arrecada mais. Estou muito animado porque tivemos oportunidade de apresentar nosso programa de governo, que tem programas para indústria e comércio. Tenho certeza de que vamos ganhar a eleição e voltaremos a colocar a Fiems como grande parceira da administração municipal”.

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

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No teatro Dom Bosco, peça “O Deus de Spinoza” chega a Campo Grande em outubro

Depois do sucesso em teatros de São Paulo, agora é a vez de Campo Grande receber o espetáculo no dia 5 de outubro.

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O espetáculo “O Deus de Spinoza”, com texto de Régis de Oliveira e direção de Luiz Amorim, tem apresentação marcada para o dia 5 de outubro, sábado, em Campo Grande. Após quatro temporadas de sucesso em São Paulo, no Teatro Itália e Teatro UOL, a peça estará em cartaz às 19h30, na Capital, no Teatro Dom Bosco, localizado na Avenida Mato Grosso. Os ingressos estão disponíveis a partir de R$ 30 (meia) e R$ 60 (inteira), com vendas online. A classificação indicativa é de 12 anos.

 

Com um cenário imersivo, figurinos detalhados e música ao vivo, o espetáculo conduz o público a uma jornada instigante, discutindo temas como a existência de Deus, o papel da alma e a fragilidade humana. A obra retrata um encontro entre o filósofo Baruch de Spinoza, após sua condenação pelo Conselho de Rabinos de Amsterdã, e o editor de livros Ian Reuwertsz. As conversas levantam questões profundas sobre a natureza, as crenças, o cosmos e as emoções humanas, tudo amparado por diálogos intensos e confrontos de ideias.

 

“O público terá a oportunidade de ver um filósofo que viveu séculos atrás, mas que tem muito a dizer sobre os dilemas contemporâneos. Spinoza falava sobre a importância do livre pensamento, e outros temas que ainda são muito atuais”, afirma o diretor Luiz Amorim. “E a peça tem o mérito de trazer o pensamento de Spinoza de maneira acessível, simples e ao mesmo tempo envolvente, sem perder a profundidade de suas reflexões.”

 

O ator Bruno Perillo, que interpreta Baruch de Spinoza, destacou o desafio de dar vida a uma figura histórica tão complexa. “Tive que mergulhar profundamente nas ideias de Spinoza para entender sua filosofia e transformá-la em ação no palco. Além disso, trabalhamos muito a composição física do personagem, considerando suas características reais, como os problemas respiratórios que teve ao longo da vida”, conta o ator, que em determinado momento da trama toca guitarra, reforçando o caráter transgressor e atual do personagem.

 

A peça também conta com a atuação de Juliano Dip, jornalista da Band e ex-repórter do CQC, no papel de Ian Reuwertsz, amigo e editor de Spinoza. “Interpretar Ian foi uma experiência enriquecedora. Ele é quem publica as obras de Spinoza após sua morte, perpetuando o seu legado. Além disso, faço o narrador, que costura a história, dando contexto ao espetáculo”, comenta Dip, que afirma ter “fascinação por discussões filosóficas”. Trabalhei no Vaticano, então, a peça me pegou de imediato”.

 

Régis de Oliveira, autor da peça, destacou sua paixão pelo filósofo que inspirou o texto. “Estudo filosofia há quase 20 anos e Spinoza sempre me impressionou. Ele enfrentou o julgamento de sua própria comunidade com coragem e uma convicção absoluta em suas ideias. Sua concepção de Deus, do mundo e das emoções humanas continua sendo uma das mais marcantes na história do pensamento.”

 

E se o enredo já não fosse envolvente o suficiente, no palco, ainda há música ao vivo, executada por uma banda com músicas sefarditas (descendente de antigos judeus de Portugal ou Espanha), o que dá um toque especial à peça, enriquecendo a experiência sensorial do público. Trabalho esse que é executado pelos músicos Marcus Veríssimo, e Gabriel Ferrara, além de Laura Visconti (voz e teclado), indicada ao Prêmio Bibi Ferreira pela direção musical do espetáculo Beetlejuice.

 

 “As canções sefarditas, típicas do século XVII, são um elemento forte na dramaturgia. Elas nos transportam para a época de Spinoza, com arranjos que dialogam com o ambiente do espetáculo. Além dos músicos, os atores também participam da performance musical, contribuindo para o clima envolvente da peça”, explica Luiz Amorim..

 

Com reflexões filosóficas e momentos de leveza e humor, “O Deus de Spinoza” promete emocionar o público de Campo Grande. “É um espetáculo que tem de tudo: boa música, conflitos de pensamento e, acima de tudo, uma mensagem poderosa sobre liberdade”, conclui o diretor.

 

Não perca essa oportunidade única de assistir a um dos espetáculos mais elogiados do momento. O evento é promovido pela Maktub Produções e mais informações podem ser obtidas pelo Instagram @mktproducoeseventos ou pelo telefone (67) 98117-6000. Acompanhe a peça pelo Instagram (@odeusdespinoza).

 

Serviço

Peça “O Deus de Spinoza” em Campo Grande

Data: 5 de outubro (sábado)

Horário: às 19h30

Local: Teatro Dom Bosco – Av. Mato Grosso, 225 – Centro, Campo Grande

Ingressos: A partir de R$ 60,00 (inteira) e R$ 30,00 (meia-entrada)

Vendas pelo link: https://www.sympla.com.br/evento/o-deus-de-spinoza/2604803

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

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