Oficina ‘Retratos do Tempo: imagens que contam histórias’ prestigia olhar da pessoa idosa para a fotografia
Clicada pela subsecretária de Políticas Públicas para Pessoa Idosa, Zirleide Barbosa, as indígenas de Corumbá fazem o convite do que vem a ser a oficina Retratos do Tempo.
A fotografia retrata narrativas, tanto de quem posa quanto de quem registra. A imagem que abre esta reportagem é um exemplo. Clicada pela subsecretária de Políticas Públicas para Pessoa Idosa, Zirleide Barbosa, as indígenas de Corumbá fazem o convite do que vem a ser a oficina Retratos do Tempo.
Foi pensando em prestigiar o olhar da pessoa idosa sobre suas vivências cotidianas que a Secretaria de Estado da Cidadania, por meio da Subsecretaria de Políticas Públicas para Pessoa Idosa, inicia nesta segunda-feira (14), o ciclo de Oficinas Retratos do Tempo.
Serão sete dias de oficinas fotográficas e de acessibilidade para alunos da UnaPI (Universidade Aberta à Pessoa Idosa), projeto de extensão da UFMS, com o renomado fotógrafo Bolívar Porto e a especialista em Acessibilidade Cultural, Ivone Ângela.
Na plateia, a turma da Unapi, da UFMS, durante abertura do projeto “Retratos do Tempo”. (Foto: Paula Maciulevicius/Cidadania)
Mais do que ensinar as pessoas idosas a “fotografar”, o projeto é um convite a refletir como a população 60+ tem enxergado a si mesma.
Na abertura, a psicóloga e professora Socorro Pompilio trouxe à tona a palestra “O tempo, o corpo e eu: Percebendo a autoimagem e a autonomia da pessoa idosa”. Ao se apresentar, Socorro anunciou que a palestra seria sobre história, e como o nosso corpo carrega uma.
“O que é o retrato? A fotografia? Não é uma memória que foi capturada? De um corpo, em um determinado momento na história. Hoje, a gente vai falar aqui desse tempo que já passou pela gente. Por mim, já se passaram 50 anos. Só que o tempo, a gente pode olhá-lo de várias formas… O tempo já passou pela gente, a gente já passou pelo tempo. As pessoas falam: ‘você melhora com o tempo’. Mas não é ele que faz melhorar, e sim o que eu faço com o tempo”, reflete Socorro.
O que você diria para o tempo? Em palestra emocionante sobre tempo e corpo, a psicóloga e professora Socorro Pompilio trabalhou o envelhecimento. (Foto: Paula Maciulevicius/Cidadania)
A ideia da palestra foi de trabalhar com as pessoas idosas a relação entre tempo, corpo e autoimagem.
“Envelhecer é ter o tempo marcado no corpo, ter história. Digamos que nós somos livros aqui, uns com mais páginas, outros com menos. Mia Couto vai falar assim em ‘O Espelho’: ‘Esse que em mim envelhece assomou ao espelho a tentar mostrar que sou eu. Os outros de mim, fingindo desconhecer a imagem, deixaram-me a sós, perplexo, com meu súbito reflexo. A idade é isto: o peso da luz com que nos vemos’. E o que eu vejo quando a gente se vê na fotografia ou no espelho? É sobre isso que vamos pensar aqui hoje”, segue.
Retratos do Tempo
O projeto já passou por duas unidades da UnaPI até chegar a Campo Grande, no entanto, o formato apresentado aqui é inédito.
Autora da foto das indígenas e idealizadora do projeto, Zirleide Barbosa explica que o objetivo é trabalhar a criatividade e a vivência da pessoa idosa através da fotografia. (Foto: Paula Maciulevicius/Cidadania)
“Dividimos em três partes, a teórica que continuará trabalhando técnicas de fotografia e olhar fotográfico, mas esta turma vai ganhar reforço com mais duas oficinas: uma que discutirá a autoimagem da pessoa idosa e outra que abordará os conceitos de inclusão e acessibilidade, e como todos esses conhecimentos poderão impactar a vida dos participantes”, explica a subsecretária de Políticas Públicas para Pessoa Idosa, e idealizadora do projeto, Zirleide Barbosa.
Quanto à parte prática, Zirleide resume que a oficina mostra a fotografia como diversão e descobertas, além de ser um convite para produzir registros a partir das trocas de conhecimentos.
“Por último, temos a preparação para a exposição das fotos. É interessante imaginar que pessoas idosas com posse de câmeras poderão olhar à sua frente e produzir imagens que estão relacionadas ao seu cotidiano, que dizem respeito à sua maneira de ver o mundo e que isso está relacionado à sua autonomia. É relevante para o envelhecimento ativo e saudável”, ressalta.
Ministrante da oficina “O olhar fotográfico da Maturidade”, o fotógrafo Bolívar Porto, ao lado da coordenadora da Unapi, Camila Polisel e da especialista em acessibilidade, Ivone Ângela. (Foto: Paula Maciulevicius/Cidadania)
Ministrante da oficina “Olhar fotográfico na Maturidade”, os 35 anos de fotografia profissional de Bolívar Porto são descritos como paixão.
“É realmente uma paixão que eu descobri no milênio passado, e na oficina, vocês podem ter certeza de uma coisa: vão fazer muitas descobertas, e em alguns casos, vão mudar a maneira de encarar a vida. A essência dessa nossa oficina é tirar de dentro de cada um o talento, a sensibilidade, a criatividade e a maneira como encara a si mesmo e aquilo que existe ao nosso redor”, enfatiza Bolívar.
Coordenadora da UnaPI, Camila Guimarães Polisel, explica que junto à Secretaria de Estado da Cidadania, a Universidade reuniu as experiências dessa mesma oficina realizadas anteriormente, para otimizar esta edição.
“São muitas pessoas envolvidas neste projeto, e o que eu quero dizer para vocês que estão aqui hoje é que tudo isso é muito relevante, porque sem vocês nada disso faz sentido. Nós estamos crescendo, e precisamos do apoio de vocês para a participação nessas atividades que a gente oferece e que a gente desenha com tanto carinho e com tanto cuidado”, frisa Camila.
Programação
15/10/2024 a 18/10/2024
Oficina – “Olhar fotográfico na Maturidade”
Ministrante: Bolívar Porto
Horário: 15h às 17h30
Local: Sala de aula da UNaPI
21/10/2024
Oficina – “Caminhabilidade: Conectando pessoas a lugares, vivência e movimento”.
Ministrante: Ivone Ângela
Horário: 15h às 17h30
Local: Sala de aula da UNaPI
O Estado de Mato Grosso do Sul repetiu o processo bem-sucedido de 2023, cumprindo todas as etapas necessárias em ação da Sead (Secretaria de Estado de Assistência Social e dos Direitos Humanos), Segov (Secretaria de Estado de Governo e Gestão Estratégica) e a Segem (Secretaria Executiva de Gestão Estratégica e Municipalismo), para o preenchimento do formulário e apresentação das ações realizadas em 2024.
A renovação da certificação MigraCidades reflete o compromisso do Estado com a governança migratória e a promoção dos direitos humanos.
A certificação MigraCidades, entregue no início deste mês, é uma iniciativa conjunta da OIM (Organização Internacional para as Migrações) – parte do Sistema das Nações Unidas – e da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), com o apoio da Enap (Escola Nacional de Administração Pública).
MS concluiu todas as etapas necessárias para a obtenção do certificado
Este selo reconhece o engajamento de estados e municípios brasileiros na formulação e implementação de políticas migratórias alinhadas aos ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável), promovendo uma migração ordenada, segura, regular e responsável.
O trabalho desenvolvido em Mato Grosso do Sul envolve ações integradas entre diversas secretarias e é coordenado pela Sead, por meio da Secretaria Executiva de Direitos Humanos. Essas ações abrangem iniciativas que promovem a integração social, cultural e econômica dos migrantes, contribuindo para a coesão social e fortalecendo a dignidade humana.
Certificação
O processo de certificação incluiu cinco etapas: inscrição, diagnóstico, priorização, certificação e monitoramento. Durante a avaliação, foram analisadas ações realizadas em 10 dimensões fundamentais para uma boa governança migratória, como participação social e cultural, acesso à educação, assistência social, proteção social e saúde. Relatórios detalhados das atividades e propostas de monitoramento também foram apresentados, consolidando o reconhecimento do Estado.
Entre as principais iniciativas desenvolvidas em prol dos migrantes estão o atendimento permanente por meio da Central de Atendimento em Direitos Humanos, apoio financeiro às OSC’s (Organizações da Sociedade Civil) que atuam com o público migrante, além de palestras e parcerias transversais entre secretarias do Governo. Estas ações reforçam o papel de Mato Grosso do Sul como um exemplo de inclusão e acolhimento no cenário nacional.
A entrega do Cepa (Certificado Estadual de Protetores de Animais) começou nesta semana, com a primeira ação realizada na sede da Suprova (Superintendência de Políticas Integradas de Proteção à Vida Animal).
A certificação, promovida pela Setesc (Secretaria de Estado de Turismo, Esporte e Cultura), tem como objetivo reconhecer entidades e protetores independentes, além de facilitar o acesso a programas estaduais de suporte e bem-estar animal, como o ‘MS Vida Animal’.
Atualmente, Mato Grosso do Sul conta com cerca de 300 entidades de proteção animal. Para obter o certificado, é necessário enviar RG, CPF, comprovante de residência, certidão negativa criminal e a carteirinha de vacinação antirrábica dos animais – que é gratuita – para o e-mail vidaanimal@setesc.ms.gov.br.
O certificado é emitido digitalmente e tem validade de um ano, garantindo que os dados sejam atualizados periodicamente.
O secretário de Estado de Turismo, Esporte e Cultura, Marcelo Miranda, destaca a importância da certificação para fortalecer a rede de proteção animal no estado.
“É um certificado que representa um grande avanço na valorização do trabalho dos protetores e das entidades que atuam na causa animal. Ao oferecer suporte e acesso a programas estaduais, garantimos que mais vidas sejam cuidadas com qualidade e responsabilidade”.
De acordo com o titular da Suprova, Carlos Eduardo Rodrigues, o certificado permitirá aos protetores acessar benefícios importantes, como a Caravana da Castração, programada para começar entre março e abril.
“A Caravana vai oferecer 25 vagas de castração por campanha às entidades certificadas. Hoje, as ONGs conseguem acesso por terem CNPJ, mas muitos protetores independentes não têm. Com o certificado, vamos interligá-los à ferramenta SigPet, que organiza o cadastro para as castrações”.
Outro benefício em fase de elaboração é a doação de rações. “Estamos trabalhando em um edital para compra de ração. O certificado nos ajudará a identificar a demanda real, como a quantidade de protetores e animais atendidos. Isso permitirá uma distribuição mais eficiente desse recurso”, afirma o titular da Suprova.
Sônia Marly Palhano, do Instituto Mãe de Pets, foi a primeira a receber o certificado. O Instituto abriga atualmente 222 cães e 32 gatos.
“Nosso maior desafio é manter a qualidade de vida dos animais. Temos altos custos com ração, medicação, atendimento veterinário e até energia elétrica. Esse certificado é um benefício gigantesco, porque vai nos ajudar com castrações, rações e até na redução de custos fixos. Ser protetora é enfrentar desafios diários, mas o amor pelos animais fala mais alto”.
A iniciativa da Suprova também busca incluir os protetores independentes, que muitas vezes têm mais animais sob seus cuidados do que as ONGs.
“Não havia nada no Estado que regularizasse a atuação dessas protetoras voluntárias. O certificado é uma forma de trazê-las para dentro das políticas públicas, garantindo que tenham acesso aos mesmos benefícios das entidades formalizadas”, finaliza Carlos Eduardo.
O Governo do Estado está realizando o Mapeamento de Criativos de Mato Grosso do Sul. A iniciativa da Superintendência de Economia Criativa e Políticas Integradas, vinculada à Setesc (Secretaria de Estado de Turismo, Esporte e Cultura), busca identificar e cadastrar agentes criativos de diversos segmentos, promover um diálogo mais próximo com a comunidade e facilitar a formulação de políticas públicas.
Titular da Setesc, Marcelo Miranda, destacou a importância da ação para o fortalecimento do setor. “A economia criativa é uma das forças que impulsionam o desenvolvimento sustentável e a valorização cultural do nosso estado. Esse mapeamento será essencial para que possamos criar políticas públicas eficientes e inclusivas, que atendam às demandas reais dos nossos criativos”.
Luciana Azambuja, superintendente estadual de Economia Criativa, reforça a relevância da iniciativa. “Sem o mapeamento, não sabemos onde estão e quem são os criativos de Mato Grosso do Sul, e não podemos fazer políticas públicas sem dados, sem estatísticas. Por isso, essa ação é fundamental para a criação do banco de dados do MS + Criativo”.
O cadastro é realizado de forma on-line, por meio de um formulário (clique aqui para acessar). A proposta inclui os segmentos de artesanato, música, artes visuais, artes cênicas, design, moda, gastronomia, cultura geek/nerd, literatura, audiovisual, entre outros.
Os dados coletados servirão como base para consultas e eventuais convites a ações realizadas pela Secretaria, sem gerar vínculos obrigatórios de contratação. “Os formulários recebidos ficarão armazenados no setor, permitindo que conheçamos as iniciativas criativas existentes em Mato Grosso do Sul e promovendo o desenvolvimento do setor”, conclui a superintendente.