Na data que é comemorado o Dia Nacional da Micro e Pequena Empresa (5 de outubro), o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – Mato Grosso do Sul (Sebrae) realizou na tarde desta quinta-feira (5) a abertura do primeiro e maior festival de empreendedorismo organizado pela instituição, o “Empreend Fest”.
O governador Eduardo Riedel, acompanhado da primeira-dama, Mônica Riedel, participaram da abertura do evento. “Nossa economia tem uma presença muito forte da micro e pequena empresa. Aqui no Estado, das 322 mil empresas, praticamente 170 mil são micro empresas, e mais 70 mil pequenas empresas, que fazem as coisas acontecerem em torno da geração de emprego e renda, oportunidade, e cada vez mais são empresas individuais”, afirmou Riedel durante entrevista para a imprensa.
Riedel descreveu que os empreendedores e empreendedoras são pessoas que sonham com algum projeto de levantar um negócio e que o Estado tem feito o papel, de criar um ambiente favorável para que isto ocorra. Ainda segundo o governador, o “Empreend Fest” é um exemplo deste fomento.
Em Mato Grosso do Sul, entre janeiro e julho deste ano, foram gerados 17.359 empregos em micro e pequenas empresas. Em julho, esse número foi de 2.084, sendo o setor de comércio o mais abrangente, com 868 vagas. Já o setor de serviços seguiu em segundo lugar com 774, e de indústria de transformação fechou o mês com 251 empregos. Números que se alinham à instalação de novos empreendimentos no estado, como é o caso da Arauco e Suzano.
Para o diretor-superintendente do Sebrae/MS, Claudio Mendonça, o “Empreend Fest” é uma oportunidade de mostrar produtos “made in Pantanal”, além dos produtos fabricados pelas mulheres. “Temos 10 mil inscritos na feira para estes dois dias de evento. E vamos ter a chance de mostrar e trocar ideias e fortalecer cada um destes negócios”, declarou.
Também o presidente do Sistema Fecomércio e vice-presidente do Conselho Deliberativo Estadual Sebrae/MS, Edison Ferreira De Araújo, lembrou que era um dia de festa para empreendedores sul-mato-grossenses. “Os pequenos negócios são a base da economia do País. Em Mato Grosso do Sul, eles representam praticamente 90% do total de empresas”, mencionou.
A primeira-dama do Estado, Mônica Riedel, juntamente com outras mulheres, entregou o Prêmio Sebrae Mulheres de Negócios. “É muito importante valorizarmos o empreendedorismo feminino. Vocês fazem a diferença pelas lutas e vitórias. O Sebrae dá uma confiança para as mulheres empreendedoras. Ao empreender, vocês não só contribuem para a economia, mas também estão empreendendo suas vidas, melhorando e transformando a vida de outras pessoas”, destacou a primeira-dama ao entregar o Prêmio para as vencedoras.
As mulheres que decidiram empreender já ultrapassam 122 mil no estado – Foto Kawhã Rodrigues/Comunicação Sebrae MS
O Prêmio Sebrae Mulher de Negócios existe desde 2004 e visa unir a rede de mulheres empreendedoras através do contato e visibilidade. Ele faz parte das ações do programa Sebrae Delas, que incentiva o empreendedorismo feminino, e de acordo com a gestora estadual da iniciativa em Mato Grosso do Sul, Vânia Bispo, o espaço do EmpreendeFest servirá para impulsionar a visibilidade dos negócios liderados por mulheres e o Prêmio Sebrae Mulher de Negócios é uma forma de incentivar e prestigiar o protagonismo feminino.
As mulheres que decidiram empreender já ultrapassam 122 mil no estado, segundo o estudo “Donas de Negócio no Brasil”, disponível no DataSebrae.
O “EmprendFest” segue até esta sexta-feira (6) com grandes nomes do mercado como Martha Gabriel, Marcos Piangers, Diego Ribas e Natalia Beauty.
O secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação, Jaime Verruck, e o secretário da Casa Civil, Eduardo Rocha também participaram do evento, entre outras autoridades.
Veja abaixo a relação das vencedoras do Prêmio Sebrae Mulheres de Negócios
Categoria Produtora Rural
Lucia Maria Oliveira Monteiro, da Empresa Vaca Que Ri, de Anastácio.
Categoria Microempreendedora Individual
3º Lugar – Emprésaria Ana Regina Maidana Dias, da Empresa Ateliê Pérolas da Ana, de Guia Lopes da Laguna.
2º Lugar – Empresária Tatiana Agnelli Ottolia de Souza, da Empresa Tutti Costura Criativa, de Campo Grande.
1º Lugar – Empresária Camila da Silva Brito, da Empresa Mato Fértil, de Campo Grande.
Categoria Pequenos Negócios
3º Lugar – Empresária Jackeline Cristina dos Santos Silva, Empresa Academia Feminina Studio Diva Z, de Naviraí.
2º Lugar – Empresária Juliana Aparecida Fleury Aranda, da Empresa Ru Uniformes, de Campo Grande.
1º Lugar – Empresária Beatriz Branco de Araújo, da Empresa Angí Chocolates, de Campo Grande.
As vencedoras em 1º Lugar serão premiadas com uma Missão Técnica custeada pelo Sebrae/MS. As vencedoras em 2º e 3º Lugar serão premiadas com uma solução do Sebrae (Empretec, Bootcamp ou Workshop Liderança: Pausa, Expanção, Foco e Ação).
ASN Nacional - Agência Sebrae de Notícias Foto: Divulgação.
O otimismo do microempreendedor individual (MEI) aumentou no último ano. A Sondagem Econômica do MEI, realizada mensalmente pelo Sebrae em conjunto com a Fundação Getulio Vargas (FGV), mostra que no último mês de junho, na comparação com o mesmo período do ano passado, o Índice de Confiança do MEI (IC-MEI) aumentou 2,3 pontos. Além disso, o sexto mês de 2025 registrou o menor nível da série histórica dos MEIs que avaliam como “difícil” o acesso a crédito (63,2%) – em 2024, esse indicador foi de 67,8%.
“A análise precisa ser feita com base no cenário econômico do país. A confiança está associada ao bom momento econômico que voltou ao Brasil. Associado a isso, o MEI é aquele que se vira, que levanta de manhã e faz sua própria renda. Agora, o Estado está dando condições para que ele continue gerando emprego e renda”, afirma o presidente do Sebrae, Décio Lima.
No recorte por atividades, os profissionais de Serviços lideram o avanço no IC-MEI, com 3,9 pontos em junho de 2025 contra junho de 2024. No mesmo período, os MEIs do Comércio somaram 2,3 acima e os da Indústria recuaram 0,8 ponto. Nesse intervalo de um ano, todas as regiões tiveram variação positiva: Nordeste (4,8 pontos), Sul (4,9 pontos), Sudeste (1,2 ponto) e Norte/Centro-Oeste (0,3 ponto).
Foto: Divulgação.
Crédito
Quando avaliado o fator crédito, apesar do maior acesso, o “custo financeiro” continua sendo a maior dificuldade enfrentada para 25,6% dos MEIs. O presidente do Sebrae, Décio Lima, reforça que as elevadas taxas de juros praticadas no mercado prejudicam o desenvolvimento dos pequenos.
Nós, do Sebrae, junto com o governo do presidente Lula e do vice Alckmin, temos trabalhado incessantemente para apoiar os empreendedores a buscarem alternativas em um ambiente econômico que não foi feito pensando nos pequenos negócios, mas na acumulação de capital.
Décio Lima, presidente do Sebrae.
Por meio do Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas (Fampe), o Sebrae, ao longo de 2025, deve chegar a R$ 12 bilhões em crédito para pequenos negócios viabilizados com garantia do FAMPE.
ASN Nacional - Agência Sebrae de Notícias Foto: Divulgação.
O Pix, sistema de pagamentos instantâneos que revolucionou a economia brasileira, encontra-se no centro de uma controvérsia internacional. Enquanto se consolida como a principal ferramenta de transações para milhões de brasileiros, especialmente microempreendedores individuais (MEI), o modelo de sucesso do Banco Central do Brasil (BC) está sob a mira dos Estados Unidos, que alegam práticas desleais de comércio.
Pesquisa do Sebrae revela que 97% dos MEI usam o Pix como alternativa de pagamento. Mais do que isso, para quase metade desses empreendedores (48%), a modalidade responde por 51% ou mais de todo o faturamento.
Décio Lima, presidente do Sebrae, destaca que o Pix simplificou as transações comerciais “de acordo com pesquisa do Sebrae, o PIX é a modalidade preferida por quase a metade dos microempreendedores individuais do país (48%). Além disso, 97% dos empreendedores aceitam o PIX como forma de pagamento. De todo o recurso movimentado na venda de produtos, esse modelo já responde por 51% ou mais do faturamento das empresas”, afirma o presidente.
É um meio que já se consolidou. A tecnologia é um conceito que não tem mais volta e os pequenos negócios utilizam para pulverizar oportunidades e aumentar a geração de empregos.
Décio Lima, presidente do Sebrae.
Para o dirigente, essa aproximação com o sistema financeiro é crucial, pois facilita o acesso a crédito, superando uma das maiores barreiras para o desenvolvimento desses negócios: a falta de informações precisas sobre sua realidade financeira.
Foto: Luís Tajes/ASN.
Consolidação
O Pix já desbancou plataformas bancárias como o TED e o DOC em número de transações e, no fim de 2023, superou os cartões (débito, crédito e pré-pago) em quantidade de pagamentos no país. As novas funcionalidades, como o Pix por aproximação e o Pix automático, já lançadas este ano, e a futura cobrança híbrida (Pix via QR Code de boleto) reforçam a agenda do Banco Central.
Para o BC, o Pix tornou-se uma ferramenta fundamental para aumentar o acesso da população ao sistema financeiro e diminuir a concentração bancária, beneficiando não apenas os usuários, mas também bancos e empresas de tecnologia. A possibilidade de usar o fluxo de recebíveis do Pix como garantia em empréstimos para micro e pequenas empresas, uma agenda de interesse do governo, é outra inovação em estudo que promete fortalecer ainda mais o ecossistema dos pequenos negócios.
Décio Lima avalia que qualquer medida que venha a restringir ou onerar o uso do Pix teria um impacto direto e severo na principal fonte de faturamento de milhões de MEI, comprometendo sua capacidade de operar, crescer e gerar renda. Segundo ele, a gratuidade e a instantaneidade do Pix são pilares que sustentam a inclusão financeira e a competitividade desses pequenos negócios.
Lançado em 2020, o Pix alcançou um estágio de universalização em menos de quatro anos. Segundo dados do BC, ele já é o meio de pagamento mais usado pelos brasileiros. O número de transferência por mês já supera 6 bilhões, que movimentam cerca de R$ 2,8 trilhões.
O Banco Central (BC) lançou hoje (4), em São Paulo, o Pix Automático, que vai permitir o agendamento de despesas periódicas e recorrentes, como contas de luz, mensalidades escolares, academias e serviços por assinatura.
Por meio dessa ferramenta, informou o Banco Central, o pagador vai precisar autorizar uma única vez a operação, sem precisar fazer um novo pagamento a cada nova cobrança.
“O Pix é o dinheiro que anda na velocidade do nosso tempo”, disse o presidente do BC, Gabriel Galípolo, durante o evento denominado Conexão Pix, realizado durante todo o dia de hoje na capital paulista.
“O Pix é um ativo de todos os brasileiros, da sociedade brasileira, do setor privado, dos indivíduos, das pessoas físicas, do Banco Central, de todo mundo”, ressaltou.
Com essa nova modalidade do Pix, o presidente do Banco Central disse que “as grandes empresas vão poder colocar cobranças recorrentes de maneira automática com muito menos custo e com a segurança de que vão receber”.
Além disso, enfatizou ele, “60 milhões de pessoas que hoje não tem o cartão de crédito vão poder ter acesso a uma série de serviços ou a uma série de facilidades”.
Só no ano passado, o Pix alcançou um marco histórico ao registrar mais de R$ 26 trilhões em transações realizadas.
De acordo com o BC, o Pix automático vai funcionar da seguinte forma: o pagador fará a autorização do pagamento e definirá regras, como o valor máximo de cada pagamento. Nos dias anteriores ao pagamento, a empresa deverá enviar a cobrança ao banco do pagador que, por sua vez, fará o agendamento do pagamento e notificará o pagador para que ele possa conferir, antes do dia do pagamento, se o valor cobrado está correto. O Pix Automático será gratuito para a pessoa pagadora.
Segundo o diretor de Organização do Sistema Financeiro e de Resolução do Banco Central, Renato Gomes, o Pix automático deverá sintetizar comodidade, facilidade e controle.
Facilidade
“Comodidade porque o consumidor vai realizar todos seus pagamentos recorrentes de forma automática, sem preocupação. Facilidade porque o consentimento será dado uma vez e aquele serviço vai ficar disponível por um tempo indeterminado. E controle, porque o consumidor não só vai ter que consentir para participar daquele serviço como vai poder estabelecer um limite máximo para cada pagamento recorrente que será realizado, podendo cancelar aquilo a qualquer momento”, disse Gomes.
Com a modalidade de Pix Automático, o BC calcula que as empresas que receberão por essa modalidade de pagamento vão diminuir os custos de cobrança, pois a operação independe de convênios bilaterais, como ocorre atualmente no débito em conta, e usa a infraestrutura criada para o funcionamento do Pix.
Outra vantagem apontada pelo BC é a possível redução da inadimplência porque os pagamentos ficarão programados na conta do cliente.