Com o tema “Mulheres e Tecnologia na Capital das Oportunidades”, a Prefeitura de Campo Grande, por meio da Agência Municipal de Tecnologia da Informação e Inovação (Agetec), realizou nesta quarta-feira (27), a 6ª edição do Encontro de Mulheres na Tecnologia da Informação (EMUTEC). O evento aconteceu no auditório do CREA-MS e e foi aberto ao público geral, proporcionando a troca de conhecimento e experiências, além de promover o debate sobre a participação significativa das mulheres e um impacto cada vez mais profundo na sociedade local e na comunidade de tecnologia.
Com um histórico sólido de promoção da igualdade de gênero e empoderamento feminino na área de tecnologia da informação, o EMUTEC é um espaço dedicado à capacitação e conexão de mulheres nesse setor em constante evolução.
Na abertura do evento, a prefeita Adriane Lopes exaltou a participação e contribuição das mulheres na modernização da gestão e na elaboração e implementação de políticas públicas que impactam a vida da população. “Nós chegamos ao 6º EMUTEC valorizando as mulheres, que são importantíssimas no processo de modernização da gestão e na implementação de ações pontuais para trazer resolutividade e impacto no trabalho do poder público municipal”.
O diretor-presidente da Agetec, Paulo Cardoso, lembrou que o evento foi proposto por servidoras públicas municipais diante da necessidade de se discutir e estimular a presença da mulher no ambiente da tecnologia da informação.
“Queremos que essa discussão aconteça não só na data do evento, mas que se estenda para as universidades e entidades parceiras. Na Agetec temos mulheres em posição de liderança em todos os setores da Agência. É assim que a atual gestão municipal faz e estimula que sigamos trabalhando, promovendo a valorização da mulher competente, com oportunidade em condição de igualdade”.
Há 4 anos na Agetec, a diretora de Desenvolvimento e Gestão de Sistemas, Patrícia Gomez, foi uma das palestrantes. Na oportunidade, ela apresentou aos participantes o Sistema Íris, desenvolvido pela Prefeitura de Campo Grande e referência nacional ao ser utilizado em todas as unidades da Casa da Mulher Brasileira do Brasil.
“Desenvolvido e implementado em 2016, o Íris é uma ferramenta que faz todo o controle da Casa da Mulher Brasileira de forma integrada. Uma das funções evita que a mulher, vítima de violência, ao ser atendida, precise ficar revivendo o trauma e a dor vivida. Ao chegar na unidade, ela faz um pré-cadastro e, ao fazer seu relato no setor psicossocial, as informações são inseridas no sistema. Além de otimizar o processo, a vítima não precisa mais ficar revivendo a história em cada setor que passar. Isso permite ainda que, se essa mulher for atendida em outra unidade, numa outra parte do país, como a base é integrada, o cadastro dela estará lá, permitindo um atendimento continuado”, salientou.
Os desafios para a saúde mental das mulheres na contemporaneidade também foi abordado. O assunto foi colocado em evidência durante a apresentação da psicóloga social Márcia Paulino. “Com uma dinâmica foram apresentadas questões como as relações amorosas, familiares e de amizade, a necessidade de conciliar as atividades domésticas, de cuidado consigo e com outras pessoas, a competição por espaços de trabalho mais rentável, a violência no âmbito privado e público, culpa, medo e o sentimento de subalternidade. Diante de tudo isso, fizemos uma reflexão se a mulher precisa mesmo dar conta de tudo. Essas questões afetam nossa produtividade e, por isso, precisamos estar atentos e saber administrar”, pontuou.
A estudante de Engenharia de Softwares da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Letícia Rocha (19) e o namorado, Gustavo Encinas Fernandes (18), também aluno do curso de Engenharia de Softwares da UFMS, participaram do encontro.
Para Letícia, eventos como o 6º EMUTEC são importantes pois, além do espaço de discussão, ele traz representatividade. “Estando aqui, a gente vê que não está sozinha. Cursando Engenharia de Software eu vejo que a minoria é composta por mulheres, por mais que tenhamos muitas mulheres se interessando e se destacando na área, ainda somos poucas, então, ver esse evento acontecendo, com mulheres falando sobre o tema, é fundamental”, afirmou.
“Essa é a primeira vez que venho ao evento, fiquei sabendo através da minha namorada. Nós gostamos muito de eventos de tecnologia e o 6º EMUTEC tem uma temática muito legal, que é falar e estimular a presença das mulheres no ramo da tecnologia. Me senti até meio acanhado quando entrei e vi que a esmagadora maioria de participantes eram mulheres. Comentei com a Letícia e ela me falou que é exatamente assim que ela se sente na universidade”, frisou.
Durante o evento, um espaço foi dedicado ao fomento do empreendedorismo feminino. Uma das expositora, Tatiana Agnelli, que trabalha no ramo da costura criativa, destacou a iniciativa que oportuniza alcançar um novo público.
“Espaços como esse são muito importantes pois permite que pequenos empreendedores, que não possuem lojas físicas, possam expor seu produto para pessoas que talvez não tivesse acesso pela internet ou pelo site, então a gente consegue chegar e acessar pessoas que pelas redes sociais não conseguiríamos”.
A programação contou ainda com as palestras “Parque Tecnológico”, realizada pela subsecretária de Gestão e Projetos Estratégicos da Capital, Catiana Sabadin; “Histórico do EMUTEC”, com Vanessa Cosme; “Da antiguidade à Inovação: Evolução das linguagens de programação e a Fábrica de Software”, com Enilda Cáceres; “Carreia e tecnologia: o uso da IA no dia a dia”, ministrada por Patrícia Azevedo; “Como transformar o seu dia”, com Érica Ulirich e Priscila Santana.
Paralelo às palestras, em um espaço reservado, foi realizada também a oficina “Planejamento Estratégico: Conhecendo meus valores pessoais e como utilizá-los para meu desenvolvimento pessoal e profissional” sob a responsabilidade de Natália Oliveira, da Vitória Humana Sistemas.
(Com assessoria. Fotos: Divulgação)