Um sorriso é capaz de acolher, demonstrar empatia, entusiasmo, felicidade ou mesmo gratidão. Sorrir é uma das ferramentas mais poderosas para gerar conexão e confiança e isso reflete diretamente tanto nas relações pessoais quanto profissionais. Além de estética, ele é necessário para a função mastigatória, digestiva e da fala.
Contudo, quem nasce com uma má-formação congênita, a fissura labiopalatina, popularmente conhecida como ‘lábio leporino’, desde cedo enfrenta diversos obstáculos. O indivíduo que possui a má-formação que acomete o lábio e/ou o palato tem dificuldades na alimentação, respiração, alterações na arcada dentária e na mordida, comprometimento do crescimento facial e do desenvolvimento da fala e audição. Além dos infortúnios de saúde, o pior são impactos sociais e emocionais, a exemplo do bullying. O tratamento cirúrgico é fundamental para corrigir a deformidade e melhorar a qualidade de vida do paciente.
Com a missão de mudar esse cenário, o Programa MS Saúde – Mais Saúde, Menos Fila, em parceria com a Funcraf (Fundação para o Estudo e Tratamento das Deformidades Craniofaciais) e a Maternidade Cândido Mariano, está transformando a vida de dezenas de pacientes com fissura labiopalatina. Até o momento, mais de 120 cirurgias corretivas foram realizadas, proporcionando um novo sorriso e mais qualidade de vida para essas pessoas, em sua maioria crianças e bebês recém-nascidos.
A iniciativa, que tem como objetivo reduzir a fila de espera por procedimentos cirúrgicos, já atendeu mais de 70 pacientes em 2024 e a expectativa é que esse número continue crescendo. As cirurgias são realizadas por uma equipe multidisciplinar altamente qualificada, referência nacional no tratamento de deformidades craniofaciais.
Na última sexta-feira (13) a SES realizou um encontro que reuniu pacientes operados e seus familiares para compartilhar experiências, histórias de vida e celebrar a conquista de novos sorrisos.
A superintendente de Gestão Estratégica da SES, Maria Angélica Benetasso, enfatizou a importância da parceria entre as instituições que hoje proporciona o atendimento destes pacientes aqui no Estado. “A Funcraf possui uma equipe multidisciplinar especializada na reabilitação de pacientes com fissura labiopalatina. No entanto, os procedimentos cirúrgicos não eram realizados em Mato Grosso do Sul, sendo encaminhados para São Paulo, referência nacional nesse tipo de tratamento. Com a regionalização dos procedimentos reduz o tempo de espera na fila, facilita o acompanhamento dos pacientes e elimina os custos com viagens e hospedagem, além de fortalecer a rede de saúde estadual, contribuindo para o desenvolvimento da capacidade cirúrgica do Estado”, afirma.
Um novo começo
A fissura palatina é uma má-formação congênita que ocorre durante o desenvolvimento do embrião. É caracterizada por uma abertura vertical no céu da boca, no lábio superior e na base do nariz, normalmente em um lado do rosto. O diagnóstico das fendas labiopalatinas pode ser feito por ultrassonografia a partir da 14ª semana de gestação. No entanto, grande parte dos diagnósticos é realizada após o parto.
A história da vendedora Vitória Moraes, mãe do Bernardo, de 1 ano e 3 meses, é um exemplo de como as ações do MS Mais Saúde têm transformado a vida de muitas famílias. “Quando recebi o diagnóstico de fissura labial do Bernardo, fiquei preocupada, mas sabia que não estava sozinha. O atendimento que recebemos foi excelente desde o início. A equipe médica foi muito atenciosa e cuidadosa com o meu filho. Após a cirurgia, Bernardo se recuperou e já está se desenvolvendo normalmente. Ele ama sorrir e brincar”, emociona-se Vitória.
Um desafio enfrentado duplamente pela cuidadora de idosos, Lucy Gomes, mãe do Ângelo Gabriel, de oito anos, e da Maria Vitória, seis anos, ambos nascidos com fissura labiopalatina.
“É maravilhoso ver meus filhos sorrindo, saudáveis e felizes. Quando o Ângelo Gabriel nasceu eu não conhecia essa má-formação, então foi um grande susto na família porque ninguém tinha experiência em lidar com a situação. Na época foi desesperador pois esses procedimentos não eram feitos aqui no Estado e as primeiras cirurgias dos meus filhos foram feitas em João Pessoa (PB). A Funcraf abraçou nossa causa e me apoiou em tudo, nos primeiros cuidados, na alimentação do Ângelo Gabriel e depois com a Maria Vitória eu já tinha mais experiência, mas sempre recebendo o suporte da Funcraf e Secretaria de Saúde,” comemora Lucy Gomes.
Parceria e resultados
A parceria entre a Secretaria de Estado de Saúde, a Maternidade Cândido Mariano e a Funcraf tem sido fundamental para o sucesso do programa. A Funcraf, com expertise em tratamento de deformidades craniofaciais, oferece suporte técnico e científico para a realização das cirurgias. A Maternidade Cândido Mariano disponibiliza sua infraestrutura e equipe médica para a realização dos procedimentos.
“Essa parceria é um exemplo de como a união de esforços pode transformar vidas. Estamos muito felizes em poder contribuir para a melhoria da qualidade de vida desses pacientes. E isso não é só um momento, é a consagração de uma parceria que está apenas começando”, afirma Iracema Baptista, presidente da Funcraf.
O cirurgião bucomaxilofacial, Bruno Ayub, explicou que a intenção é descentralizar o atendimento e oferecê-lo aos pacientes de todo o Estado, proporcionando dignidade e qualidade de vida. “Queremos melhorar a sociabilidade dessas pessoas. Devolver autoestima para que elas possam levar uma vida convencional, estudar, trabalhar, ter relacionamentos”, ressalta Ayub.
“É gratificante ver a transformação na vida desses pacientes e de suas famílias. Com essas cirurgias, estamos transformando a vida dessas pessoas, proporcionando uma nova chance de viver de forma saudável e sem estigmas. Tenho muita gratidão e me sinto realizada de poder contribuir nesta grande entrega de novos sorrisos, ” completa a cirurgiã plástica craniofacial, Fernanda Saturnino.
Próximos passos
Segundo dados da ONU (Organização das Nações Unidas), no mundo, um em cada 700 bebês nasce com a fissura labiopalatina. Muitas dessas crianças chegam a fase adulta sem acesso ao tratamento adequado. É por isso que o Governo de Mato Grosso do Sul, por meio da Secretaria de Estado de Saúde, continuará investindo em programas e ações que visem garantir o acesso da população a serviços de saúde de qualidade. A meta é ampliar o atendimento a pacientes com fissura labiopalatina e outras deformidades craniofaciais, proporcionando uma vida mais saudável e feliz para todos
“Assim que findar o projeto, nós vamos restabelecer as cirurgias como rotina em parceria com a maternidade Cândido Mariano e a Funcraf. Então a partir de maio, quando encerra a resolução do MS Saúde – Mais Saúde Menos Fila, a realização dos procedimentos cirúrgicos das anomalias crânio bucomaxilofacial, será permanente no estado de Mato Grosso do Sul”, anunciou Maria Angélica Benetasso.
De acordo com a superintendente de Gestão Estratégica da SES, a expectativa é que Mato Grosso do Sul se torne referência nacional na realização de cirurgias para tratamento de fissura labiopalatina, atendendo não apenas os pacientes do Estado, mas também de outras regiões do país.
Cerca de 40 pessoas participaram, nessa segunda-feira (16), do último curso do Projeto Prevenir para Salvar, realizado na Igreja Aliançados – Campus Bandeirantes. A iniciativa é organizada pela Secretaria Municipal de Saúde de Campo Grande (Sesau), em parceria com a CCR MSVia, e tem como objetivo disseminar conhecimentos básicos de primeiros socorros para a população.
O projeto é realizado em parceria com acadêmicos de medicina, enfermagem e fisioterapia, que compartilham o conhecimento técnico adquirido com escolas, igrejas, empresas e outras instituições públicas e privadas.
Capacitação para salvar vidas
Coordenado por Ionise Piazzi Medina, o projeto nasceu da necessidade de preparar a comunidade para agir em situações de risco iminente, como engasgos, quedas, queimaduras e outras emergências domésticas e sociais. “Nosso objetivo é capacitar o maior número de pessoas, desde profissionais da saúde até cidadãos comuns, para que estejam preparados para agir em situações de emergência. Essa preparação pode ser a diferença entre a vida e a morte e fortalece o senso de responsabilidade social”, destaca Ionise.
Resultados e impacto do projeto
Desde que foi criado, em 2019, o Prevenir para Salvar já capacitou mais de 2.500 pessoas por meio da Coordenadoria-Geral de Educação Permanente da SESAU. O projeto busca empoderar a população com práticas simples e eficazes para agir em momentos críticos, antes da chegada do socorro profissional.
As atividades do projeto serão retomadas em 2025. Instituições interessadas em agendar cursos de capacitação podem entrar em contato pelo e-mail: projetoprevenirparasalvar@gmail.com.
Mais um importante passo foi dado rumo à ampliação e fortalecimento da rede de saúde em Mato Grosso do Sul. Em parceria com o Governo do Estado, por meio da SES (Secretaria de Estado de Saúde), o Hospital Adventista do Pênfigo (HAP), inaugurou nesta terça-feira (17), 10 novos leitos de CTI (Centro de Terapia Intensiva) e 20 leitos clínicos – na unidade centro – em Campo Grande. A iniciativa visa atender à crescente demanda por serviços de saúde na Capital, reforçando o compromisso com a assistência de qualidade à população.
O secretário estadual de Saúde, Maurício Simões, destacou a importância desta colaboração e reforçou que os investimentos em infraestrutura são parte de um esforço contínuo do Governo do Estado para fortalecer o sistema de saúde, garantindo que todos tenham acesso a serviços de qualidade.
“Acreditamos que a parceria com o Hospital do Pênfigo é extremamente benéfica. A disponibilidade adicional de leitos, tanto de UTI quanto de enfermaria, tem sido fundamental para atender a alta demanda por internações. Essa parceria, que já vinha sendo construída, foi agora ampliada de forma significativa, o que nos permite desafogar o sistema hospitalar não só de Campo Grande, mas de todo o Estado”, enfatizou.
Na avaliação do secretário estadual de Saúde, para 2025 é prevista uma expansão ainda maior dessa parceria, incluindo a realização de procedimentos cirúrgicos de média e alta complexidade, especialmente na área de ortopedia, que enfrenta uma demanda crescente. “A inauguração do novo Centro Cirúrgico do Hospital do Pênfigo será um marco importante para a realização desses procedimentos. A estrutura do hospital é excelente e demonstra um grande compromisso com a qualidade do atendimento. Acreditamos que, com a manutenção desse padrão, a parceria entre nossas instituições continuará a crescer e a beneficiar a população”, disse o secretário.
O novo espaço do CTI será equipado com tecnologia de ponta e contará com uma equipe multidisciplinar altamente qualificada, pronta para oferecer cuidados intensivos e suporte a pacientes que demandam atendimento especializado. A ampliação dos leitos também permitirá uma melhor gestão de casos complexos, reduzindo o tempo de espera e aumentando a eficiência no atendimento.
“O HAP reafirma sua parceria com o poder público ao disponibilizar, a partir de hoje, mais 10 leitos de CTI e 20 leitos clínicos adicionais contratualizados com a SES. Essa iniciativa reforça a vocação assistencial da instituição, que é trabalhar sempre com foco no cuidado e no bem-estar dos pacientes. Como hospital filantrópico, nosso compromisso com o atendimento pelo SUS é permanente, reconhecendo a alta e constante demanda por leitos na Capital. Essa parceria surge, justamente, para suprir essa necessidade, garantindo que a população tenha acesso ao atendimento hospitalar de qualidade”, afirmou Everton Martin, diretor do Hospital Adventista do Pênfigo.
A parceria entre o Governo MS e o HAP iniciou em setembro de 2024, com a abertura de cinco leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e 20 leitos clínicos na unidade Centro. Em resposta à alta demanda do setor e a disponibilidade para ampliação do atendimento, um aditivo no contrato foi feito em dezembro, permitindo a expansão para mais 10 leitos de CTI e outros 20 leitos clínicos que estão no processo de adequação para entrar em funcionamento. Para isso, a instituição está finalizando o processo de contratação de médicos, enfermeiros e técnicos, que irão integrar a equipe responsável pelo atendimento.
O contrato entre a Secretaria de Estado de Saúde e o Hospital Adventista do Pênfigo tem vigência inicial de um ano, com possibilidade de renovação a partir de dezembro de 2025. Essa parceria público-privada tem como objetivo oferecer uma estrutura robusta e atendimento de excelência aos moradores do Estado, contribuindo significativamente para o fortalecimento da saúde pública em Mato Grosso do Sul.
O Hospital Regional Dr. Álvaro Fontoura Silva, em Coxim, foi o mais recente a receber a equipe da SES (Secretaria de Estado de Saúde), com visita do secretário estadual de Saúde, Maurício Simões Corrêa, da Superintendente de Gestão Estratégica, Maria Angélica Benetasso, e do titular da Assessoria Técnica Médica da SES, Dr. João Ricardo Tognini, na última quinta-feira (12).
A visita faz parte da série de encontros para apresentar o Plano de Regionalização Hospitalar, uma iniciativa do Governo do Estado para ampliar o acesso a procedimentos e atendimentos de média e alta complexidade no interior de Mato Grosso do Sul.
Acompanhados por gestores municipais e profissionais de saúde, a equipe da SES destacou o papel estratégico de Coxim como sede de uma das regiões de saúde do Estado, integrada ao plano de regionalização que prevê a criação de “cinturões de saúde”. O objetivo é descentralizar o atendimento em blocos, como cirurgia geral, ortopedia, urologia e oftalmologia, garantindo que os pacientes sejam tratados em suas regiões sempre que possível.
“Estamos mapeando as principais demandas e identificando onde o Estado pode apoiar com recursos financeiros e técnicos. Coxim é uma cidade-chave, e o Hospital Regional tem potencial para oferecer uma gama maior de serviços, desafogando os grandes centros e beneficiando diretamente a população local e de municípios vizinhos”, afirmou Maria Angélica.
Avanços em Coxim e o impacto regional
O Hospital Regional de Coxim já se destaca como referência para atendimentos da região norte do Estado. A inclusão no Plano de Regionalização Hospitalar visa fortalecer a capacidade da unidade, ampliando a estrutura para realizar procedimentos mais complexos. Além disso, a SES está ouvindo as demandas específicas de cada unidade hospitalar visitada.
Relembrando as ações do plano
Antes de Coxim, a SES já apresentou o Plano de Regionalização Hospitalar em cidades como Nova Andradina, Paranaíba e Cassilândia. Em Nova Andradina, a iniciativa começou no Hospital Regional Francisco Dantas Maniçoba, enquanto em Paranaíba e Cassilândia, o foco esteve na Santa Casa e hospitais locais, sempre com o objetivo de criar um sistema hierarquizado e integrado, que funcione como uma grande rede de saúde estadual.
O projeto busca criar um modelo de gestão hospitalar regionalizado que garanta agilidade, eficiência e mais proximidade entre pacientes e os serviços de saúde. “Estamos construindo uma nova realidade para a saúde pública em Mato Grosso do Sul. Nosso objetivo é que o paciente possa ser atendido na sua região, com qualidade, sem precisar se deslocar para os grandes centros, salvo em casos de alta complexidade. É uma estratégia que impacta positivamente não só a saúde, mas a vida de todos”, destacou o Secretário de Estado de de Saúde, Maurício Simões.